A caveira é o mais expressivo símbolo da humanidade. Ele tem a faculdade de representar ao mesmo tempo a distância e a proximidade.
Quando a caveira representa lixo tóxico ou veneno ou também risco de morte, como em áreas de quarentena, e de saques, como na bandeira dos piratas, o símbolo induz ao comportamento de manter distância.
Ao representar a morte em si, e não apenas o risco dela, induz a se pensar em coletividade de esforços para se evitar o que seria a morte ou torná-la menos assombrosa. Isso é aproximação.
A caveira também representa a liberdade. O crânio remete-nos à observação do cérebro humano só pela carcaça. Isso quer dizer cabeça vazia, livre de crenças, instruções, preconceitos e julgamentos. E porque ao estarmos nessa condição não se distingue cor, sexualidade, status social e outras evidências que o corpo forrado de pele ou vestido de roupas é capaz de nos diferenciar, a caveira também pode representar a igualdade. No final todos somos iguais.
Ser capaz de se escolher o lado para se observar o mundo é uma faculdade humana que possibilita às pessoas levar a vida mais de acordo com a sua preferência. Tudo tem o seu lado bom e o seu lado ruim e não pode ser claramente representado.