1970’s. “O feijão e o sonho”, preconizava o escritor Origenes Lessa. “dez entre dez brasileiros preferem feijão”, cantava As Frenéticas em 1979 na abertura da telenovela “Feijão maravilha”. “Um entre dez brasileiros comem feijão”, parodiava o cineasta Glauber Rocha no programa Abertura da TV Tupi no mesmo ano para criticar a telenovela de Sílvio de Abreu.
Na época jogava no Santos o Rubens Feijão. O feijão nosso de cada dia era dado diariamente. Se podia comer tutu a mineira, feijão tropeiro, feijão de corda, feijoada. Feijão era comida de pobre.
2016. Em Presidente Médici, Maranhão, o feijão se perde por falta de transporte. No sudeste, o feijão encalha-se por causa do preço absurdo. Vale tudo quando querem criar um assunto que ocupe a mente da população, deixando a atenção dela fora dos assuntos principais.
Alô, Presidente interino Temer, PSDB, PMDB e Rede Globo: estamos atentos, vamos comer só arroz, mas não vamos deixar vocês em paz. Não vamos nos preocupar com o preço do feijão e não vamos deixar voces livres para abafar a Lavajato. Que se dane o feijão!
Esta é a minha opinião’