A Primavera de 2016 chega no próximo dia 21 para o hemisfério sul, local onde se encontra o Brasil. E vem trazendo ventos turbulentos, que prometem mudanças. Até aqui neste ano vimos muito de “mais do mesmo”. É a grande mídia iludir os brasileiros e recrutá-los para uma causa sua e de seus comparsas; a população só perceber o erro que comete depois de vir consumado o golpe do impeachment. Arrependimentos, arrogâncias e muita alienação popular bancada pela minoria enriquecida que se acha dona deste país.
Mas, não poderia ser assim o tempo todo. Uma hora o povo acordaria do transe hipnótico que ele só contrai porque se submete demais aos veículos de comunicação. E mesmo com tanta probabilidade de isso não acontecer, aconteceu.
Aí o povo foi à forra recuperar o que perdeu. Se prostrou a bradar pela saída do presidente golpista e pela volta da presidenta legítima. Ou pelo menos por novas eleições presidenciais ainda este ano. Não desviou a atenção nem um minuto com os esquetes que a mídia planta para distraí-lo. Sequer a olimpíada sediada pelo Brasil ele dirigiu seu foco. O povo parece ter aprendido que primeiro é casa arrumada, depois é que vem diversão. E quem quer distrair o povo usa muito a diversão.
Havia uma massa alerta e essa massa salvaguardava o restante dos oprimidos enquanto eles corriam o risco de ser recrutado novamente e ser condescendente com a perda de seus direitos e com as privatizações nefastas que se esboçaram. Esses alertas é que contavam até três e estalavam os dedos para que os sonâmbulos incautos acordassem antes de caírem nos buracos que a mídia sempre procurar levar-nos rumo a eles.
O povo se viu em greves múltiplas para forçar o respeito da mídia e dos políticos cafajestes. Que acham que é só eles estarem no poder que podem fazer o que quiserem, mesmo sem o consentimento da população. Acham que o consentimento foi dado quando esta exerceu seu direito de votar e os colocaram ali. E que o eleitor não pode se arrepender e exigir a anulação da aprovação de uma lei ou de uma obra sob a alegação de ter sido trapaceado, de ter havido um plano obscuro, bancado por forças contrárias à liberdade do país ou ao desenvolvimento do povo, para que ele destinasse seu voto àquele que recebeu o maldito investimento vindo de grupos estrangeiros que querem roubar o Brasil e escravizar a população fragilizada por imperialistas e seus mandatários.
A forma dos arrogantes políticos falcatrueiros entenderem que se o povo não quer que eles façam algo é para eles não fazerem é experimentando o confronto corpo a corpo com a massa ou sentindo o ódio dela exposto em sua abstinência ao consumo, ao voto futuro, ao trabalho bem aplicado. E graças a Deus, mesmo que paulatinamente, isso aconteceu.
Com o governo golpista ruindo devido à falta de apoio popular, fato que é positivo do ponto de vista de perda de influência sobre a população por parte da grande mídia, uma vez que esta trabalhou para implantar o governo vigente e que tem o compromisso de torná-lo popular e não consegue, podemos esperar que a primavera do golpe será de perspectivas bastante otimistas para a volta do país ao eixo progressista e para a moralização inevitável da mídia e das classes hegemônicas brasileiras. É continuar com as ações, sem medo de perder a guerra, que o poder voltará a emanar do povo, tal qual singelamente, mas real, acontecia durante os quatorze anos de comando nacional petista.
Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusãoVenha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha!
Que o que vem é Perfeição!(“Perfeição”, Legião Urbana)