O futebol é uma arma psicotrônica?

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Eu voltava do trabalho no sábado que antecedia o Seguno Turno da eleição municipal de 2016 e ao passar em frente a um bar notei que o jogo entre Atlético Mineiro e Flamengo do Rio de Janeiro no Mineirão pelo Brasileirão havia se iniciado. Decidi parar para assistir. A situação na tabela do campeonato entre os clubes que digladiavam nessa ocasião apontava o Galo de Minas precisando vencer o Fla do Rio para ultrapassa-lo em dois pontos e tomar-lhe a vice-liderança, além de diminuir a diferença para o líder Palmeiras de São Paulo para cinco pontos. Torceriam para logo mais este mesmo time perder para o Santos paulista para fazer com que essa diferença se mantivesse, assim o campeonato continuaria interessante para atleticanos, pois haveria esperança de chegar ao final dele na ponta, gerenciando-se as cinco rodadas restantes. Para o Flamengo e para o Santos a expectativa de chegar ao final do torneio com chances de ser o campeão também valia.

O bar era atleticano e havia uma turma de frequentadores ligada na transmissão. Esperançosos que o Galo fosse cumprir o seu papel sem maiores dificuldades. Apesar de o time para o qual torciam ter no campeonato um elenco melhor do que o do Flamengo – um time cheio de estrelas –, não esperavam de vê-lo arrasar o rival carioca, mas, uma derrota ou um empate sem propósito era inconcebível, ninguém esperava de ver isso acontecer. O técnico do Atlético, Marcelo Oliveira, havia facilitado bastante para que o torcedor aceitasse esse acontecimento se ele viesse. Jogava ele com três volantes, porém, com os laterais avançando descriteriosamente e deixando a guarda da defesa desprotegida aos contra-ataques. Ou seja: um jogo em casa, com o time precisando vencer, o técnico decidiu criar retranca no meio de campo como se estivesse precisando empatar. Ninguém entendeu a escalação, exceto, é claro, quem acredita em teorias conspiratórias e sabe muito bem a razão do feito e até mesmo que resultado se teria ao final do jogo. Como sou uma pessoa desse tipo, veio-me logo a sacada.

A partida desenrolava-se com a audiência local chiando muito. O Galo jogava com três volantes, mas não ganhava nada no meio de campo, pois, era necessário dar cobertura aos laterais durante os abandonos do setor para avançar para o ataque. E nessas coberturas dos volantes o time se expunha aos contra-ataques do Fla, os quais aconteciam com frequência a determinar que o Flamengo dominava a partida. Por várias vezes apareceram seus atacantes de frente para o gol do Victor, goleiro do Atlético, e perdiam chances chutando para fora ou em cima do arqueiro (claro, deviam estar instruídos que não era hora de marcar). Por pouco um zagueiro atleticano não estraga os planos, tendo jogado da pequena área uma bola na trave de seu próprio campo de defesa.

Eu dizia para os meus companheiros: “Isso é para o Flamengo marcar primeiro, estão contribuindo para forçar a partida e o resultado dela”. Mas, futebol é lavagem cerebral e lavagem cerebral ninguém admite que sofre, logo, os companheiros se irritavam comigo, pois eu lhes fazia pensar que eram uns bestas torcendo doidamente contra situações que estavam escritas nos bastidores da indústria do futebol e que nem por decreto iriam deixar de serem materializadas, as quais não eram as que eles queriam ver realizadas. Eles achavam que o erro estava em os laterais subirem e o meio-de-campo ter que se deslocar para cobri-los, permitindo que o Flamengo penetrasse pelo meio, que ficava desguarnecido, na defesa do Galo. Bradavam contra o técnico do time, dizendo que ele não sabia escalar e nem comandar taticamente a equipe.

Eu, assumindo riscos, é claro, tentei lhes pôr para raciocinar: Os jogadores seguem ordens do técnico. Se este manda os laterais avançarem, eles têm que avançar, não importa se está ficando buraco em alguma parte do campo e isso favorece os contragolpes do adversário. Jogador em campo não tem vida própria como pensamos ter. Não mais. Antigamente tinha. Se o cara não cumprir o que lhe é ordenado o técnico o tira da partida ou o juiz o expulsa. E aí ele vai ter que colaborar de qualquer jeito. E, tal qual em uma empresa quando não fazemos exatamente o que o chefe pede, ele pode tomar sanção do clube e pode até ter prejuízos em seu salário. Jogador de futebol é um trabalhador comum, que tem seus compromissos para arcar, ele vai querer isso? O técnico é outro funcionário e se foi falado para ele organizar taticamente o time tal qual ele está organizado é o que ele tem que fazer e pronto. A organização tática é um dos instrumentos para se cadenciar partidas de futebol e chegar a um resultado forçado sem que a audiência suspeite de que o mesmo não tenha sido natural.

PARTIDA ENTRE AS EQUIPES DE ATLÉTICO-MG X FLAMENGO, VÁLIDA PELA 33 ª RODADA DO  CAMPEONATO BRASILEIROIMAGEM: Sportv

Mas não adiantou, fiquei foi mal com os companheiros. Como eu odeio ouvir a narração da Rede Globo (Sport TV pertence ao mesmo grupo) e a choradeira dos locais estava me incomodando, resolvi ligar o rádio do celular e, utilizando fone de ouvido, sobrepor o som local com alguma coisa. Como havia jogo do Cruzeiro simultaneamente e a rádio Itatiaia, que uso para ouvir os jogos do Atlético, costuma transmitir num esquema de revezamento da narração dos dois jogos, decidi sintonizar em uma emissora que transmitia uma programação musical sortida. Não gosto de funk e nem desse sertanejo eletrônico, mas, eu não estava me importando com o que eu escutava, eu só queria que abafasse os ruídos locais, então o que saía do rádio me vinha neutro e não incomodava.

Daí, após sucessivos e visíveis “erros” de passe do Atlético para favorecer a bola ir parar nos pés flamenguistas, veio o gol do Flamengo. Sem ouvi-la, vi a plateia indignada vociferar raivosamente. Devem ter pensado: “Esse cara aí é que gorou e o Flamengo marcou”. Devo ter escapado de tomar uns safanões, que eu nem poderia culpar os agressores, pois, teria sido minha opinião cética que os fez criar o ódio contra mim e com a mente tomada de ódio ninguém consegue dominar bem o que faz. Eu teria era que sair dali. Gritei um “vamos empatar, acreditem” e isso os deixou mais serenos. “Se o cara disse que o Flamengo ia marcar primeiro e isso aconteceu, então, vamos esperar pelo segundo palpite”, devem ter pensado. Afinal, eles duvidavam, ignoravam, mas tudo o que eu dizia eles estavam vendo acontecer.

Acabara o Primeiro Tempo e a corrida até o banheiro ou para o meio da rua para fumar ou utilizar o celular fez com que o ambiente ficasse semi-silencioso. Nisso, minha atenção foi tomada pelo som que saía do rádio. A batida do funk é alienante. Diferentemente daqueles que o adere, me causa uma irritação, um desconforto. Desliguei o aparelho decidido a voltar a liga-lo só no início do Segundo Tempo. E, dando goladas no copo com cerveja, passei a refletir. Me lembrei das sirenes dessas ambulâncias modernas e também das viaturas de polícia. Pode haver o tumulto que for, que se esses batedores forem ligados a multidão se dissipa, pois, não consegue ter outro comportamento que não tentar afastar o máximo da origem do ruído. Um meliante em fuga fica atordoado e inerte quando submetido ao barulho.

Existe dessas ondas mal intencionadas interferindo nas transmissões de rádio e de televisão e também nas ligações telefônicas. Você não sabe, mas seu celular é usado para infiltrar comportamentos em você. É o ELF, que as equipes de Hitler descobriram a respeito e tentavam com a radiofrequência criar uma arma que causasse distúrbios psicológicos e emocionais e paralisasse infratores ou inimigos pelo tempo suficiente para que fossem capturados. Era o início das armas psicotrônicas, que hoje estão finalizadas e são uma realidade, apesar de as pessoas que entram em contato com esse tipo de denúncia, assim como no que contesta a integridade do futebol, não acreditarem que é possível criar comportamentos através de ondas eletromagnéticas que espalham pelo ar. Estudo que está muito bem explicado nas páginas do livro “Os meninos da Rua Albatroz”.

O problema é que a administração da propagação de ondas ELF para cima das pessoas pode levar elas aos mais diversificados comportamentos, não só o de recuar para longe do local de propagação ou o de ficar imobilizado. As pessoas podem cometer barbaridades, tais quais as barbaridades que comete um indivíduo alucinado por uma droga ou em ataque de abstinência da mesma. Qualquer um em estado de euforia ou de indignação, ou atormentado por uma dor intensa causada por um barulho ou outra coisa, pode se tornar violento e cometer homicídio, por exemplo. Quantos casos já vimos de pessoas que saíram de uma sessão de cinema após ver um filme violento e dispararam contra pessoas causando um atentado? É a mistura da preparação emocional – feita com os disparos de ondas sutis e de ondas intensas de radiofrequência – com a sugestão dada pelo roteiro do filme assistido. Qualquer semelhança com a exposição a uma partida de futebol cadenciada por conspiradores super mal intencionados para com a audiência é semelhança mesmo.

Antes de chegar ao bar onde eu assistia o jogo, eu entrara em contato com a notícia de que um torcedor morreu durante o jogo entre Cruzeiro e Grêmio válido pela Copa do Brasil, ocorrido na quarta-feira anterior àquele sábado. O noticiário falou sobre infarto ocorrido por conta da carga emocional desencadeada nele durante a apreciação da partida para mim cadenciada para ser como foi. Falou também sobre o falecido ter se envolvido em um episódio de agressão que gerou tumulto envolvendo outros torcedores e mais a Polícia e que uma investigação visando apurar a verdadeira causa da morte do torcedor de 37 anos seria aberta.

Arma psicotrônica descrição from Wagner Heiker on Vimeo.

Dentro do que estou debatendo, as duas situações são possíveis de serem promovidas em se expondo a espetáculos que visam manobrar o comportamento de uma plateia. Alguém tem dúvida de que ao se assistir a uma comédia no teatro, a plateia ri quando há a representação de algo que, não que seja mesmo engraçado, é pensado e manejado para se obter risos? Quem em uma igreja que resiste às sugestões dadas pelo pregador e seus instrumentos e não se põe em transe hipnótico de adoração e melancolia? O futebol é pensado para obter certos comportamentos junto aos expectadores, entre eles o de se tornar violento e partir para agressão. Parece até que um dos objetivos de se afetar psicológica e emocionalmente o torcedor é o de produzir notícias do tipo canibais para que os noticiários possam se valer delas e faturar com atenção.

É por isso que os meus companheiros no bar eu não poderia julgar se viessem a me agredir. É claro que a imposição do Código Penal nos obriga a ter o máximo de controle, pois, não seria justificativa para livrar-se de sanções ter partido para cima de alguém e ter lhe causado danos por causa de uma divergência de opinião. E em ambientes onde a egregora formada não é capaz de eliminar por completo o uso do bom senso aqueles que mesmo contaminados com sentimentos destrutivos conseguem contorna-los em nome da manutenção de sua liberdade como civil e seu histórico de não ter sofrido sanção penal de espécie alguma. Os estádios durante a realização de uma partida de futebol que mexe com os brios dos presentes ou durante uma apresentação musical de uma banda que incita comportamentos agressivos, por exemplo, assim como as sessões de cinema em que um filme violento é exibido não são ambientes que favorecem a preservação do bom senso e do autocontrole emocional.

O jogo acabou empatado. 2 a 2. Eu havia lhes antecipado que o Fred, do Atlético Mineiro, marcaria um gol legítimo – o que seria o de empate – mas que sofreria anulação. E também entraria na partida o centravante titular do Atlético, o argentino Lucas Pratto, e faria o gol de desempate. O Atlético passaria pelo gol sofrido, pelo empate e pela virada no sufoco, tal qual manda o script já batido para partidas do Atlético com o histórico de expectativas como o dessa. Só não arrisquei dizer que o Flamengo empataria, por razões já explicadas. Minha leitura foi implacável e a mim não enganam o Clube dos 13, que é quem contrata as demandas recebidas de patrocinadores (investidores) do futebol e de políticos, os marqueteiros da Rede Globo, que são quem decide a forma do desenrolar das partidas dos campeonatos nacionais e os resultados que melhor favorecem ao pronto atendimento dessas demandas, e a CBF, que com toda a sua estrutura, que inclui a comissão de arbitragem, executa em campo o que for proposto.

Para finalizar, me pus a pensar: Por que não deixar os campeonatos nacionais clássicos, como o Brasileirão e a Copa do Brasil, rolando soltos, verdadeiros, com todas as possibilidades abertas, inclusive a de se ver um time do Norte ou do Nordeste campeões, e permitir que o público dite naturalmente as tendências para se criar faturamentos ou o que mais se deseja criar com a manipulação das partidas, e usem torneios caça-níqueis com resultados arbitrados e partidas cadenciadas só para atingir esses propósitos? Esse campeonato chamado Copa da Primeira Liga, que teve sua primeira edição este ano, pode ser essa opção (aliás, foi uma opção).

Para que um mal lhe aconteça, você não precisa acreditar em nada; basta que quem conspira contra você acredite“.

Copa do Brasil 2016: Quem você quer que vá para a Final?

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É você quem decide!

Como eu disse em postagem anterior, para mim os jogos de semi-final da Copa do Brasil 2016, torneio de futebol, foram configurados arbitrariamente com o objetivo de mexer com dois estados brasileiros, que são o Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Um pouco parece que querem dar a ideia de que o futebol no Brasil já pode perder as desconfianças de estar voltado para as equipes do Rio de Janeiro e de São Paulo por meio de corrupção provinda da CBF e uma cúpula organizada, que envolve patrocinadores e veículos de comunicação, e ganhar novamente o interesse e as cifras dos torcedores de outras regiões, pois, a considerar bem-sucedido o golpe de opinião, não tem nada disso, é tudo sério e qualquer clube de qualquer estado pode fazer final ou até ganhar as competições nacionais. Outro tanto parece que chegou a vez desses dois polos aparecerem na mídia dando as cartas, no cenário futebolístico, em posição de destaque maior do que os clubes até pouco tempo privilegiados, que têm suas origens no eixo Rio-São Paulo.

Também parece que, por serem membros ilustres do Clube dos 13, os times que se enfrentam nessas semi-finais, por iniciativa pessoal ou por demanda político-administrativa em suas cidades, reivindicaram a configuração que se fez. Em Minas Gerais se sabe que a Copa 2014 legou muita conta para pagar, as quais ficaram nas costas de Atlético e Cruzeiro e suas imensas torcidas. No Rio Grande do Sul, problema parecido deve haver. Preenchendo com apresentações de grandes artistas internacionais, nos estádios em dificuldades, o resto do dinheiro a ser levantado para finalmente quitar a conta. Coisa que aconteceu não só em Belo Horizonte e Porto Alegre, mas, na maioria dos estádios onde houve jogos da Copa do Mundo sediada pelo Brasil em 2014. Paul McCartney, Elton John, The Rolling Stones, Guns & Roses e outros desembarcaram no Brasil de 2013 para cá tão somente com esse objetivo, sem que isso fosse declarado. Mas, nós temos desconfiômetro que não deixa passar despercebido, aí a gente vai e te conta, né?

A perdulária Copa do Mundo 2014 também legou uma série de outros contratempos. Hotéis e restaurantes de alta monta foram acrescentados nas cidades para receberem o público extra que veio ver os jogos das seleções de seus países nos locais onde eles aconteceram. Ao final do evento, esse público partiu e nunca mais voltou. Deixando quartos vazios nos hotéis e garçons sem quem atender nas mesas dos restaurantes. Não é de se esperar que esses jogos pelas competições nacionais consigam reparar esse estrago trazendo torcedores de um Estado para outro. No máximo os bares conseguiriam algum retorno, pois, os torcedores brasileiros são acostumados a viajar em caravanas, cujo pacote de viagens engloba dormir ao relento ou voltar pra casa logo que a partida acabar, a fim de barateá-lo. E ainda tem o fato de os jogos acontecerem bem no meio da semana e há os que ainda tentam não faltar ao serviço no dia seguinte. Mas, o fato de essa competição levar o clube campeão para a Libertadores já faz da intenção de também salvar hotéis e restaurantes algo pragmático. Torcedores sul-americanos vindo parar no Brasil para ver jogos de seus clubes mobiliza a classe hoteleira. A CBF agiu, inclusive, para aumentar o número de participantes brasileiros na competição da Commebol. Serão sete com o campeão da Copa do Brasil.

Logo, as atenções voltam-se também para a questão de quem irá parar na Libertadores 2017 com o passaporte da Copa do Brasil. Pra mim, o Internacional de Porto Alegre é o mais credenciado. O time não tem qualquer chance de chegar lá passando pelas portas do Brasileirão. O Cruzeiro, com a nova projeção que vem sendo lhe dada na competição mencionada, tem alguma chance. O rival do Inter, o Grêmio, ainda tem possibilidades verdadeiras de estar entre os seis classificados e o Atlético Mineiro tem seu lugar quase garantido. Se pensarmos que basta um de cada estado desses a ir para a Libertadores para saldar a expectativa de trazer turistas de evento esportivo para sua capital, podemos pensar que uma final gaúcha é eminente.

E, ademais, uma inédita final gaúcha da Copa do Brasil vai movimentar muito mais atenções do que a já batida final mineira, que aconteceu em 2014 e nós não deixamos de alfinetar com o nosso “Uai, aí, tem”. Uma fraudulenta experiência que apontou caminhos para a gente que se deu bem com a Copa 2014 arcar com as responsabilidades de recuperar a economia da área do turismo nas cidades por onde ela passou e quitar as dívidas herdadas pelas gestões dos municípios oriundas dos gastos feitos com obras de infraestrutura e recuperação de estádios. A Copa existiu para eles faturarem, então, sem essa de achar que não têm nada a ver com o peixe; se virem! Esses caminhos apontados, se a CBF, os patrocinadores do futebol no Brasil e a mídia hegemônica deixarem de lado o preconceito que têm contra a gente dos estados fora do Eixo Sudeste-Sul, veremos nos próximos anos Bahia X Vitória, Sport Recife X Náutico, Ceará X Fortaleza figurarem como finais da copinha. Pra ser campeão do Brasileirão o buraco é mais embaixo. Eu exijo um Remo X Paissandu na próxima!

Agora, há a possibilidade de haver quaisquer das configurações de final nessa edição da Copa do Brasil? Claro que sim. Os resultados dos primeiros jogos têm toda cara de marketing de resultado para dar renda nos jogos seguintes. Na casa do Cruzeiro foi feito uma grande campanha para colocarem 50.715 pagantes dentro do estádio. No Beira Rio foram 30.118 a atravessar as roletas. Os jogos de volta por certo dobrarão essas cifras a considerar os estimulantes resultados para atleticanos e gremistas se motivarem a gastar um possivelmente salgado preço com ingresso. Detalhe: obviamente o Galo deve jogar no Mineirão, que nem é a casa oficial dele ultimamente. Sendo assim, mesmo que não haja confronto entre rivais diretos na Final, a missão de arrecadar uma boa grana com as partidas das semi-finais e das finais terá sido bem sucedida, pois, se der Atlético MG X Grêmio, os dois jogos terão casa lotada como se estivessem jogando um Atlecru ou um Grenal. Apenas o Mineirão é que perde a bilheteria de um jogo, caso o Atlético, em seu mando de campo, enfrentasse no estádio o Cruzeiro. O que não aconteceu em 2014, quando o Galo jogou no Independência a conveniente primeira partida da Final.

Então, pra que manipular? Sim, pra que manipular, se as manipulações visam apenas o melhor faturamento? A manipulação necessária existiu até a chegada das semi-finais, que foi levar Atlético, Cruzeiro, Grêmio e Internacional até elas. Daí para frente, a necessidade de manobra só existe se for para colocar, com mais segurança e pelo caminho mais curto, um clube gaúcho na Libertadores 2017, como já foi explicado.

Ou não. A Conspiração pode querer fazer experiências com a torcida para ver o que mais pode puxar dela. Os resultados dos jogos fantasia, que foram os dois primeiros, foram planejados para repercutir. O comportamento das torcidas é que vão dar o feedback para a Conspiração decidir quem vai para o trono. Se um torcedor ficar muito confiante em seu time e ficar com muita humilhação para cima do torcedor rival, como vejo acontecer com alguns atleticanos para cima de cruzeirenses, pode apostar: o rival é que vai no lugar do time dele para a Final. Os gestores de psicologia social sabem que o sentimento de indignação misturado com frustração e com decepção e raiva que o torcedor eufórico incontinente vai sentir ao se vir desclassificado e com as expectativas desfeitas, a ducha de água fria que ele vai tomar, já se sabe que dão ótimos resultados. Ele vai ficar atento para secar o rival nos dois últimos jogos e vai ter outros comportamentos que o faz legar audiência e dinheiro para os conspiradores. Sobre a torcida que deu a volta por cima e seu sentimento de vingança e o de alma lavada não é preciso nem descrever o tanto que isso rende. Mas, se o torcedor for de casa para o trabalho e do trabalho para casa sem dar pistas para os coletores de repercussões, aí sim, se não há nenhuma outra necessidade de se levar determinada combinação para a Final, terá-se jogos de verdade, abertos a qualquer resultado. Aí, até eu assisto e torço porque sei que minha torcida valerá de alguma coisa.

Mas, se não precisarem manipular e se os dois primeiros jogos foram maquiados e geraram os resultados que geraram, os quais deixaram o Internacional e o Cruzeiro tendo que correr atrás de prejuízo, como fazer para reparar isso? Simples. Primeiro, conforme minha teoria conspiratória de primeira categoria – que você pode até me chamar de doido, mas eu sei que os majores da CBF, da Globo, dos Clubes e de outras entidades estão com as calças na mão por eu estar divagando em público sobre essas coisas – todos os envolvidos estão em comum acordo no que der e vier. Segundo, nos dois jogos finais veremos as diferenças caírem logo nos dez minutos iniciais do Primeiro Tempo. Veremos o Cruzeiro marcar dois gols e os narradores de tevê e de rádio dizerem que o Cruzeiro foi disposto a arrancar o resultado ou que o Grêmio começou o jogo dormindo, mas acordou a tempo (na verdade tendo pela frente o jogo inteiro, pois, nesses jogos de reparo não faltam cinco minutos de acréscimos em cada etapa). Coisas que estamos cansados de ver, mas que nunca paramos para pensar com essa visão anárquica. Para o Internacional está mais fácil a compensação, pois é só um gol que precisa fazer para equilibrar as contas. Dos dez minutos ou pouco mais para a frente é que as semi-finais realmente começarão para os quatro clubes e qualquer resultado que pintar terá sido honesto e qualquer combinação que se fizer a Final idem. E os jogos desta também serão íntegros. Espero. #Eu_acredito, melhor escrevendo!

Porém, se assim for, algo muito sério terá ocorrido. Primeiro porque Cruzeiro e Internacional terão sido prejudicados, pois, jogavam jogo fantasioso diante a suas torcidas e terão que urrar para derrotar seus adversários no campo deles. E a outra coisa super complicada que terá acontecido, que é a parte pior e por isso jamais saberemos se houve ou não maniqueísmo, só poderemos desconfiar (he, he) de que houve, é que os torcedores que foram ao estádio, pagaram ingressos e tudo o mais, foram ludibriados. Mas, em contrapartida, que doutores midiáticos e políticos corruptos nos enganam todos os dias estamos cansados de saber, então, estamos vacinados e nem vamos nos importar com isso. É só mais um no traseiro. A gente devia pelo menos escolher o tamanho!

Retrocesso: necessidade do Capitalismo?

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Você já reparou a moda? Então, você sabe que vira e mexe eles inventam algo para as pessoas usarem. Às vezes algo realmente novo, ora eles mesclam o novo com o que já foi moda e outras vezes eles simplesmente fazem você voltar a usar a mesma coisa que você usava anos atrás. Só que você vai ter que comprar de novo, pagando mais caro, porque você descartou o exemplar que você tinha. Ou porque deram essa ordem e se você não cumprisse iria se sentir anacrônico (te fariam se sentir assim, logicamente), ou seja: cafona, antiquado, fora de moda, ou porque você cresceu e não cabia mais no modelo.

E, no mundo da moda é mais fácil disfarçar a verdadeira razão desse vai-e-vem. Atribuem a fetiche dos estilistas que determinam para os escravos da moda e da vida fútil o que vestir, calçar, colocar no pescoço. Tem hora que chamam de tendência e dizem que chegaram à conclusão de que as pessoas por vontade própria estão voltando a usar tal tipo de roupa. Pura lorota! Você mesmo deduz o que acontece aqui completando a leitura desta postagem.

Suponhamos que uma fábrica de automóveis empregava nos anos 1980 cerca de 24.000 operários. Passou o tempo, vamos supor: uma década, evoluiu-se a tecnologia de produção e a fábrica rendeu-se à automação industrial. Máquinas passaram a fazer o trabalho de 10.000 dos 24.000 operários que dantes com sua força física e sua habilidade motora ajudava a indústria de automóvel a colocar seus carros na praça.

Quando desempregamos uma pessoa, não estamos apenas tirando dela seu poder de sustentar-se e à sua família. Estamos tirando dela, também, o poder de consumo. Ela vai deixar de comprar do supermercado perto de sua casa onde ela costumava fazer sua dispensa mensal, da lojinha de artigos diversos, do verdureiro, do cabeleireiro, do barzinho onde ela recreava-se. Do clube, da academia, da igreja e etc. Desempregar uma pessoa significa abalar a economia local. Vários estabelecimentos perdem clientes por estes perderem seu poder de consumo.

Ao redor das fábricas se vê muitos comerciantes, formais e informais, tentando ganhar a vida vendendo seus artigos para os trabalhadores delas. Se um surto de demissão faz com que uma fábrica perca um número significativo de empregados, esses comerciantes veem sua possibilidade de sustento abalar-se. No mínimo ocorre redução de consumo em seu negócio, devido à evasão dos clientes que foram demitidos e não vão mais comprar deles. Eles contam com cada gato pingado que puderam reunir ao longo da exploração do negócio nas mediações da fábrica.

Mais do que gerar emprego, as empresas preocupam em gerar consumidores. E o trabalhador tem que ter consciência disso. A empresa A emprega x elementos e as demais empresas a agradecem por se vir com chances de realizar seu exercício porque haverá dinheiro em circulação. E essas demais empresas, que também empregam seu x de elementos, abastecem, também, de consumidor o mercado em que atua a empresa A. No nosso exemplo, quem trabalha nessas empresas que dependem do bom funcionamento da empresa A para existir pode muito bem comprar um carro estando ele empregado e com o salário em dia. Um carro que poderia ter saído da fábrica que foi referida.

A alta tecnologia faz com que as companhias faturem mais por gastar menos com funcionários, mas lega o efeito colateral que explicamos nos parágrafos anteriores: perda de consumidores. Que acaba afetando até mesmo quem inicia o ciclo vicioso, que é quem faz uso da alta tecnologia para se livrar do custo de um empregado. Como resolver isso, uma vez que se todos fossem legados a trabalhar no setor de comércio ou de serviços ou no funcionarismo público teríamos o problema de haver muita gente desejando constituir estabelecimento próprio e comprar das indústrias o que revender, prestar ele próprio o serviço que prestaria como funcionário e ganharia menos ou passar em concurso público e levar a vida de funcionário do Estado, que depende da arrecadação de impostos, que só é possível com o consumo ou com o trabalho de carteira assinada? Quem seriam os consumidores?

A resposta pode estar no passado: só mesmo abrindo mão da tecnologia, já que tentar um regime socialista que não dependa tanto das atividades econômicas para que as pessoas possam saldar suas necessidades ninguém se interessa. Há vários negócios que poderiam usar de automação para cumprir seu objetivo social e que “preferem” contar com a mão-de-obra humana. Eles passam a imagem de preocupação social com o desemprego, mas não é exatamente isso o que eles fazem. O maior exemplo desses negócios são as centrais de atendimento – os call centers. Que aos poucos toma o lugar das indústrias tradicionais e vira o setor que mais emprega e que pode muito bem se virar sem tanta boca para alimentar.

Porém, é um pisar em ovos, pois, focando nos call centers que atuam atendendo o setor de telefonia móvel, que volume de atendimento eles teriam se ninguém ligasse para eles por não precisar de atendimento do tipo, pois, sem emprego não podem comprar celular, nem colocar créditos frequentemente em sua linha e muito menos fazer plano mensal? Se investigarmos a fundo, desde empresas como a Nestlé ou a Coca-Cola, até os grandes interessados na abundância de dinheiro circulando no segmento de telecomunicação, como os fabricantes de celulares, as operadoras de telefonia ou os grandes lojistas de equipamentos eletrônicos, são passíveis de se imaginar que eles dão contribuições financeiras para que os call centers mantenham seu contingente de assalariados em certo nível para, por fim, garantir o consumo em seus próprios negócios. É dinheiro que vai e que volta. Investimento sem muito risco, pois passa pelos programas de incentivos fiscais que beneficiam aqueles que promovem a empregabilidade os isentando ou amenizando o pagamento de impostos específicos.

Não demorará e veremos as fábricas mais tradicionais voltarem com o seu modo antigo de produção, tão simplesmente para ajustarem essa necessidade do Capitalismo. Orgulhosas, é claro que elas não vão dar o braço a torcer e dizer que o motivo é o apresentado. Vão dar desculpas do tipo das que dão com relação à volta do disco de vinil: “possui som melhor; é mais artístico; as pessoas preferem vinil; é mais difícil de ser pirateado”. Ou então essas desculpas que dão os estilistas de moda, já mencionadas no começo do texto. Tecnologia e criatividade, parece que não, mas tem auge. E quando ele é atingido torna obrigatória uma regressão.

Farei mais para frente postagem analisando outras necessidades do Capitalismo. Entre elas a de certos negócios terem que contar com atos desonestos para fazer gerar sua demanda. Na postagem anterior foi citado os negócios que atuam no segmento do esporte, mais particularmente o futebol, e os que atuam no segmento alimentício e farmacêutico, quando foi citada a fabricação de doce de leite.

Mais do mesmo no livro “Os meninos da Rua Albatroz”.

Um candidato a prefeito teria dado o cano em um ex-funcionário, seu concorrente, usando isso resolve dar o cano no eleitorado

Olha que recurso imbecil para se ganhar voto: O candidato do PSDB à Prefeitura de Belo Horizonte mostrou o depoimento de um anônimo em seu programa político para tentar convencer o eleitor de que o seu oponente, Alexandre Kalil, não é um candidato íntegro, pois, conforme o depoimento do anônimo, Kalil, que teria sido patrão do anônimo, não acertou com este seus direitos trabalhistas após encerrada a relação profissional. O eleitor despreparado (o que sempre vota errado) se comoverá com o depoimento e indignado com uma situação que se for verdadeira será isolada, não compete ao coletivo para se decidir um voto, segue para a urna para se vingar do Kalil e fazer sua justiça pessoal (como se estivesse fazendo mesmo).
 
Quem garante que a história que o anônimo conta é verdadeira ou se ela está contada integramente? Que eleitor, que tem sua vida pessoal e outras coisas para fazer, vai se ocupar de tirar a limpo a história para então decidir se confia nela e vota no candidato do PSDB? E se alguém preferir gastar tempo, dinheiro, trabalho e faz isso, de maneira, é claro, a não ser ludibriado por apresentação de documentação falsa, como quando disponibilizam pro eleitor para consulta, em um site ou em um comitê eleitoral, certos materiais que seriam as provas de certa denúncia, estaria ele tomando a atitude certa levando para a comoção com um caso isolado sua decisão, que pode ajudar a colocar um candidato na prefeitura, o que incide sobre todos os moradores da cidade?
 
Pedir para os candidatos e para os partidos não utilizarem esse tipo de recurso é suplicar em vão. Eles sabem o que estão fazendo e que os eleitores espertos utilizam esse fato para os descartar do voto. Mas este é minoria e o candidato não preocupa em perdê-lo, ele sabe que o frágil eleitor que se rende a apelos emocionais (como carregar criança, subir no caminhão de lixo, tomar café num barraco de favela) é um contingente muito maior e que vê televisão de modo a pensar que o que passa nela não precisa ser confirmado. Eu não perderia meu tempo suplicando para políticos para serem mais objetivos com suas intenções para o cargo que disputam, mas, perco meu tempo, escrevendo o tanto que for, para desmantelar seus golpes. Aí está mais um desmantelamento.
Leia o livro “Os meninos da Rua Albatroz” e aprenda a se defender desse tipo de marketing político.

O futebol é uma fábrica de doce de leite

“A verdade é como a vela: precisa ser apagada para não iluminar caminhos; precisa desaparecer para que caminhos sejam iluminados; e queima.”

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Participante do movimento cético que questiona radicalmente o futebol moderno, postei no Twitter severas desconfianças da integridade da configuração das partidas semi-finais da Copa do Brasil 2016. Uma será entre o Internacional de Porto Alegre e o Atlético Mineiro. A outra será entre o Cruzeiro de Minas Gerais e o Grêmio de Porto Alegre. Em princípio eu achei que queriam forçar uma nova Final mineira. O motivo seria o olho grande no que é possível se arrecadar para salvar o Mineirão das mãos da BWA, empresa que reformou para a Copa 2014 o estádio e ganhou o direito de explorá-lo economicamente até ter de volta, com lucro, o dinheiro empregado. Negócio malfeito durante o Governo Aécio Neves, que envolveu o time do Cruzeiro na transação como arrendador do campo, alugando-o da BWA. Hoje, essa transação tem veiculada notícias que apontam prejuízos para a cidade, para os clubes – Atlético e Cruzeiro – e para a Federação Mineira de Futebol.

Porém, olhando com outros olhos, é possível que o marketing de resultados que existe no futebol mundial tenha outro destino para essa Final. A demanda seria algum tipo de salvamento que esteja sendo necessário fazer no Rio Grande do Sul. Melhora de imagem para clubes existe para dois deles: o Internacional e o Cruzeiro, ambos indo mal no Brasileirão, o que faz com que o torcedor (moderno) deixe de ocupar sua mente com os assuntos e de ter comportamentos pertinentes ao clube que torce. Como por exemplo: ir a jogos, pagar Pay-per-view, comprar camisas oficiais do clube, votar em quem um complô gostaria que ele votasse. Ver seu clube em uma Final dessas ajuda a recuperar o ego maltratado de torcedor e, consequentemente, o consumo e a atenção dele. Portanto, há também demanda, nesse sentido, nessa possibilidade de confronto. Haja vista que a ordem das semifinais  favorece esse encontro durante os dois últimos jogos do torneio. Mas, quaisquer que seja a configuração da Final, mesmo havendo Atlético Mineiro contra o Grêmio portalegrense, estar havendo algum tipo de manipulação e de demanda é passível de suspeitas. E nós do movimento cético não abrimos mão de suspeitar e de alfinetar com nossas postagens no Twitter.

Tudo o que posto no Twitter vai parar no Facebook. E por lá tem sempre alguém que reage. E numa delas, me deparei com o seguinte questionamento: Para que esquemas de corrupção aconteçam no meio futebolístico é preciso contar com o silêncio de muita gente para não vazar nada. São em média 30 jogadores por clube no profissional e só no Brasil são, no mínimo, 500 clubes. Só aí seriam cerca de 15000 bocas para serem tapadas. Fora jornalistas, técnicos, árbitros e outros mais. Os números não são oficiais – e nem podem ser – e é bem menos bocas de jogador de futebol para serem tapadas, pois não são os 15000 clubes previstos a participar dos certames que interessam a uma conspiração. Mas, foi por causa deste comentário que decidi criar este texto.

Bom, é importante dizer, que vazamentos há. Só que a entidade que controla a opinião e a realidade de cada um de nós opera há milênios, não só há meses ou anos. E não só o que diz respeito ao futebol ou a outros esportes o que essa entidade controla. Na política, nos mercados, na ciência e em todo conhecimento humano. E ela domina setores bastante cruciais para que vazamentos sejam tapados ou, então, corram livremente sem causar estragos. O principal e mais estratégico desses setores é a mídia. Ao ponto de jogadores como Alex – ex-Cruzeiro –, que integra o movimento Bom Senso F.C., que cobra melhores condições para os envolvidos com o futebol no Brasil, chegar a apontar a Rede Globo como grande interventora no andamento do futebol brasileiro e isso não chegar ao grande público e ainda provocar daqueles que tiveram acesso desconfianças e desprezos contra o ex-atleta, sabotando a informação que ele quis propagar. Imagine o que a mídia não consegue fazer para sabotar a opinião de um anônimo, como os que publicam em seus twitters mensagens que se o povo acreditar nelas vai tirar a mamata de um monte de gente?

E, ademais, se a Conspiração se incomodar com algo que eu publicar, por exemplo, para ela me desacreditar basta colocar uma Final da Copa do Brasil entre Santa Cruz, de Recife, Pernambuco, e América Mineiro, por exemplo. Produzindo um craque a la Neymar nas duas equipes, convocando-os diretamente do clube para a titular da Seleção Brasileira por mais de um jogo e pondo a mídia para trabalhar a sabotagem de opinião. Perderiam um tempo com isso, mas, seria útil para salvar o esquema de corrupção.

Muitos jogadores que souberam demais e ameaçaram contar tudo tiveram destino dos mais variados. Só mesmo os que souberam manter as costas quentes é que não sofreram retaliações e hoje ganharam oportunidades de ouro para prosseguir a vida no meio após a aposentadoria, sem perder faturamento e prestígio junto ao público. Alguns foram convidados a servir à cúpula que administra o futebol, em troca do silêncio, a atuar nas mais diversas atividades: viraram técnicos, dirigentes de seus ex-clubes, comentaristas esportivo, olheiros, técnicos e até lobistas. Muitos também ingressaram como membros – alguns de grau elevado – na organização que está por trás dos negócios do futebol.

Já os que não colaboraram e deram ou quiseram dar com as línguas nos dentes sofreram infortúnios. São amplos os casos de jogadores que foram prestigiados ou que simplesmente apareceram na mídia que perderam tudo e se transformaram (ou a mídia propaga assim) em alcoólatras, drogados ou ex-drogados, mendigos, celebridade em dificuldade, vítimas de doenças neurodegenerativas e não conseguem se comunicar, e até mortos, com duvidosa causa publicada.

Manipulação do futebol existe desde antes de 1970, como podemos verificar em vários documentos hoje públicos. É claro que não sob essa alcunha. Mas, para mim, que até registrei isso no livro “Os meninos da Rua Albatroz”, tomaram gosto por isso a partir da Copa de 1978. Naquele episódio envolvendo a seleção peruana, a argentina e a brasileira. No qual, os peruanos teriam facilitado para que a Argentina fizesse os gols que necessitava fazer para superar o Brasil e ir para a Final contra a Holanda.

Agora, como manter esse rolo enrolado? No caso de dirigentes de clubes e de federações, veículos de comunicação e seus profissionais, árbitros e até técnicos não é difícil imaginar o que eles perdem em não manter o silêncio a respeito desse circo. No mínimo perderiam a qualidade de vida que conquistaram com o futebol e que nenhum deles quer se vir sem ela. E, além de ser ilustre e racional, esse contingente não é tão grande ou de intelectualidade baixa para se ter que preocupar com traições. É um contingente seguro.

Os patrocinadores são quem paga os “espetáculos” e é para eles que a conspiração existe. Estão completamente fora de suspeitas de traição. Se a Adidas, por exemplo, quiser vender milhares de camisas com o número 10 nas costas, de certos clubes brasileiros e estrangeiros, ela combina com a cúpula mandatária do futebol de pôr os camisas 10 e os clubes em questão em evidência na mídia. O público já é adestrado de longas datas a ter o comportamento esperado com o emprego dessa tática mercadológica e comportamental: comprar o que ele não precisa para sentir o orgulho que não lhe é nato.

E não para por aí: tem também a Máfia das Apostas. Que faz circular jogos de aposta e fundam nas pessoas o interesse em apostar para ficar milionário. Antigamente havia só a modalidade que afetava o resultado das partidas, mas hoje há também a possibilidade de arriscar dizer até quem vai receber cartão vermelho ou amarelo em uma partida. Nisso, a máfia, que ganha quando o apostador erra, tendo o controle das informações que foram lançadas à sorte, contrata às arbitragens dos jogos o procedimento que lhe favorece.

Já com os jogadores, a parte massiva do complexo, o buraco é mais embaixo. Não dá para todos eles saberem com o que colaboram. Não é passivo isso de confiança. Então, vou esclarecer o funcionamento das partidas e visitar os CT dos clubes, onde os treinos coletivos são realizados e as jogadas a serem vistas das arquibancadas são elaboradas.

Nas partidas há o dedo dos árbitros e dos técnicos de cada equipe, presenças ilustres e de alta confiança na conspiração. Estes determinam o ritmo como os jogadores irão jogar, pois, eles lhes devem obediência. Se alguém faltar com ela e ameaçar o esquema ele é substituído, quando possível, ou expulso de campo. Acontece muito durante as partidas um revezamento de bom momento e de apagão na partida para os dois times. Sucessões de passes errados, exposição ao perigo de gol, muito disso solicitado pelo técnico de cada equipe em razão de haver na partida emoção que favorece a apreciação do torcedor em campo e, principalmente, do televisivo. Hoje em dia é bastante suspeito os escretes não apresentarem regularidade na partida. Coisas como um time atacar o tempo todo é quase impossível de se ver, devido a esse sistema de satisfazer todos os torcedores. Um tem que comemorar o melhor resultado alcançado pela equipe que torce e o outro lamentar a derrota, mas consolado pelo fato de que houve oportunidades e que o time em alguns momentos dominou a partida e as vezes saem dizendo até que o derrotado jogou melhor, como se isso fosse lógico.

E o que os atletas devem executar no gramado é o que eles fazem nos coletivos. Eles têm a obrigação de fazer o que é treinado ali. Em uma cobrança de escanteio, por exemplo, há previamente escolhido o batedor. Cada jogador de defesa de um time e de ataque do outro já sabem onde ficar e o que farão durante o córner, conforme o que viram nas jogadas ensaiadas. Existem variedades de jogadas, mas, em cada uma o desempenho coletivo é robótico, previamente treinado. De modo que se o treinador ou outro ente qualquer souber as opções de jogada do outro, ele a neutralizará.

Se houver alguma jogada surpresa, a chance de prosperar o gol numa cobrança de escanteio é grande. Faço uma pausa para dizer que aquela informação de treino secreto é conto para inglês ver. É que o público tem fácil predisposição para acreditar no que diz a imprensa. Sendo assim, os técnicos sabem as jogadas de seu oponente. São passadas para eles. Exceto, é claro, a surpresa. E quando acontecem os gols que têm que acontecer por conta dos resultados forçados, eles são gerados de jogadas surpresas, que não dão tempo para os defensores agirem.

Dessa forma, a Conspiração não precisa se expor para todos os jogadores, por se tratar de ser a parte mais volumosa nesse complexo e denotar maior probabilidade de vazamentos de informações secretas. Basta que, no momento em que é necessário que haja gol, o técnico solicite aos seus comandados o uso da jogada surpresa. Se estes fizerem algo a mais e comprometedor sem a sua autorização, eles – os técnicos – descartam o ou os infratores do campo. É por isso que não vemos mais aqueles jogadores atrevidos que saem driblando toda a defesa adversária e fazem a bola morrer dentro do barbante ou então chutam da Grande Área precisamente para o gol, indefensável para o goleiro, quando não era para fazê-lo.

Quando aparece alguém assim, rapidamente se vê ou se ouve falar de substituições ou expulsões estranhas ou acontecimentos extra-campo, tipo contusões em treinos, ocorridos com o autor. Recentemente, no Atlético Mineiro vimos, na minha opinião, isso acontecer com o jovem Casares. O qual voltou de contusão suspeita, após grandes feitos em campo pelo clube em jogos anteriores, e não tem mais a habilidade que demonstrava ter, “perdendo”, até, gols incríveis e com baixa eficiência em seus chutes a gol de fora da área.

Para tentar explicar como esse processo de controle do futebol sai bem sucedido, vou comparar os clubes com uma fábrica de doce de leite. No primeiro galpão há os que lidam com os processos primários da produção do doce. Neles se vê total integridade. Os ingredientes com que os operários trabalham são os que devem mesmo ir no produto, que são a água, o leite, o açúcar. E mais as máquinas que farão a transformação dos insumos em pasta, que já será o doce de leite. Os operários aqui são das categorias de base da empresa, ganham menos do que os das demais e só sabem sobre o que fazem. Pode até acontecer vazamentos vindos de outros locais, mas, para eles é só especulação, não podem confirmar nada e se alguém manifestar opinião em público de maneira a comprometer a parte secreta da fábrica, este alguém pode ser demitido – sem cerimônia –, porém, com a empresa categoricamente apresentando para ele causas diferentes que o convencerão de o serem e apontando na rescisão o termo demissão sem justa causa, dando-lhe todos os direitos a receber. Pode também acontecer de este ter seu intelecto bem avaliado e receber uma promoção, indo parar em setores que lhe obrigarão a discrição.

Mais adiante, em um galpão isolado, sem contato com os outros, fica a equipe que receberá o chuchu e o transformará em pasta inodora e insossa – sem cheiro e sem sabor. Não é lhes falado para que serve essa pasta, mas, eles chegam a desconfiar. Estes operários recebem um dinheiro a mais para guardar segredo do que fazem. Eles são comprometidos documentalmente com isso e convencidos a não desejarem largar a função, o que faria com que eles dessem com a língua nos dentes quando saíssem da empresa.

Vem depois os caras que recebem a pasta sem cor e sem cheiro e colocam nela um corante saboroso. Esse corante saboroso é vendido pela indústria química. Ela não só ganha com a venda dele. Ela também tem convênio com outras indústrias que vão se beneficiar com a utilização em massa do doce de leite, assim se forma uma parceria entre a indústria leiteira e a química. A substância é insalubre – causa doenças como o câncer por acidificar o organismo de quem a consome – e com isso obriga o consumidor a consumir produtos da indústria médica – remédios, consultas e outras particularidades. Temos aí uma comparação com os patrocinadores do futebol. E nem é preciso mencionar que os operários dessa linha são como os jogadores que colaboram sem saber com o que estão colaborando.

Por fim, vem aqueles que vão misturar a pasta de chuchu infestada de corantes e saborizadores ao doce de leite natural. Estes sequer têm contato com o que vão misturar. São treinados – assim como nos coletivos nos CT – para abrir comportas, verem um produto se misturar a outro e seguir para ser jorrado em latas que industrialmente serão lacradas.

A pasta de chuchu serve para essa indústria para dar volume ao doce de leite. Fica mais econômico do que só utilizar o doce in natura. Pratica golpista contra o consumidor, mas que de outra forma não seria possível empregar tanta gente nessas indústrias. Os que operam nesta ou nas outras linhas, mesmo se vierem a saber o que é feito, se tiverem juízo e perceberem que o silêncio faz garantir seu ganha-pão não vão dar com suas línguas nos dentes. Vão preferir ficar na fábrica até se aposentar, pois é salário garantido, pois, apesar de ninguém precisar de doce-de-leite, assim como não se precisa de futebol, muita gente se agrada de consumir o produto. Quem sabe, após a aposentadoria, ganham eles algum cargo de confiança ou algum adicional a mais em seu benefício por conta de permanecer fiel à empresa.

Eu não tenho (mais) nada a te dizer
Mas, não me critique como eu sou
Pois, cada um de nós é um universo (acredita no que quiser)
E (pra) onde você vai eu também vou
(“Meu amigo Pedro”. Raul Seixas)

A magia do futebol

“Crer é criar”

Não é fácil para quem está de fora, na posição de mero observador, e que não se deixa alienar pela imposição de midiáticos que transformam eventos de passatempo em paixão, aceitar que o que acontece dentro de um campo de futebol, na frente de todo o mundo, dentro do estádio ou pela televisão, ou até mesmo no palco da mente, que a própria tece se orientando pela voz de um locutor de rádio ou pelo texto de um cronista esportivos, seja fruto do acaso ou, com menor intensidade, do trabalho técnico desenvolvido em treinamentos ou previstos na prancheta de um treineiro. É, para esses, altamente provável que os eventos ocorridos nos gramados sejam arbitrados, decididos em bastidores e contando com a ajuda em campo de atletas, técnicos e árbitros, em outras épocas até com invasores de campo previamente instruídos para invadir, e, fora do gramado, com a preparação ideológica para interpretação de jogadas e outros lances do futebol dada por jornalistas, comentaristas e locutores esportivos, além da comissão técnica que de fora comanda as partidas preenchendo a súmula com os fatos paralelos que afetam as mesmas, como a contagem do tempo, as anotações de faltas, cartões, substituições e outras ocorrências.

Também fora do campo, antes, durante e depois das partidas, outras entidades entram em ação para fazer do futebol um espetáculo que atrai o interesse de muita gente e faz com que ele fique rentável. Ao ponto de poder ser responsabilizado pela sobrevivência do capitalismo em momentos em que os outros instrumentos do regime social precisam de socorro. O futebol garante a entrada de dinheiro para muitos bolsos. Tanto na forma de lucro, quanto na de salários e arrecadações de impostos. Para que tudo saia como o planejado pela entidade organizadora – que se posiciona atrás das federações esportivas que administram as competições -, tanto o desenrolar das partidas, que têm que parecer reais, quanto seus resultados finais e, consequentemente, a tabela de classificação do campeonato, precisam favorecer um lobby, que se for satisfeito, todos os envolvidos no esquema de corrupção da fé do torcedor saem ganhando, de maneira a valer a pena permanecer pelo tempo que for em cada função e garantir sigilo daquilo que lhe foi solicitado fazer e que tenha gerado estranheza e surpresa. Não deve ser fácil para um atleta, por exemplo, que passou toda a fase de categorias de base acreditando que os jogos eram naturais e disputados, ter que concordar, para não perder o emprego e ficar de fora da bolada promissora, com certas orientações que negam tudo que ele acreditava e que lhe trazia fascínio pelo futebol.

No futebol moderno há partidas que seguem seu fluxo como tiver que seguir. Sem intervenção de ninguém por não haver nelas qualquer interesse no andamento ou no resultado. Porém, há outras em que vemos os atletas jogarem até certo ponto. Um time tenta vencer a barreira do outro. Goleiros e zagueiros têm sua eficiência observada até certo ponto. Centroavantes perdem gols de maneira intencional, evitando parecer que tenha sido assim. E até as traves parecem entrar na roda. Jogadores treinados para acertar intencionalmente a trave ou sensores dentro da bola e também dentro das traves para forçar a atração eu não duvido que existam. Mas, no momento em que ocorre a orientação de que um gol – e às vezes com o autor do gol previamente citado na orientação – deve acontecer, por mais que um zagueiro ou um goleiro estejam eficientes na partida, por mais que o torcedor esteja lamentando que um homem-gol esteja em campo, a ordem deve ser respeitada e todos dentro das quatro linhas sabem sua função secreta e devem obedecer.

Mas, nem tudo é orquestrado apenas tecnicamente. Há muita invocação ao sobrenatural e ao oculto para que o funcionamento do futebol prospere. Nem tudo é possível operar sem que cem por cento dos envolvidos nas partidas esteja corrompido e desempenhe um papel durante o jogo, sem ameaçar rebelião e, mesmo contra a sua vontade, sem cometer vacilos que podem por tudo a perder, como um gol espírita, por exemplo, daqueles que a bola bate na trave, bate nas costas de um zagueiro e entra quando não era para entrar.

É amplamente divulgado, e eu acredito no que dizem, que entidades maçônicas estão no controle – também – do futebol. Não é à toa que no Brasil o conluio de clubes esportivos, que concentram seu faturamento no meio futebolístico, é conhecido como Clube dos 13. E essas entidades utilizam seu conhecimento do oculto para fazer valer em campo tudo o que é planejado para a temporada em reuniões ocorridas em suas lojas, debatido entre irmãos – dirigentes de clube e de federações, patrocinadores, jornalistas de toda sorte, técnicos de equipes, jogadores – e decretado pelos grãos-mestres. A começar pelas datas e horas em que ocorrem os confrontos e a numeração nas costas de cada jogador, que são numerologicamente pensadas.

Aquilo que sai do controle, aquilo que não dá para resolver com a atuação dos árbitros para anular ou com a colaboração dos atletas para chutar para fora ou para facilitar um chute certeiro, é resolvido com o uso de práticas místicas que podem alterar o destino de um lance dentro de campo, as quais a fraternidade que controla os certames conhece muito bem e deixa alguns de seus membros dentre os torcedores para pô-las em ação se lhes for chamada a responsabilidade. É por causa desses infiltrados, que provavelmente escondem-se trajados com seus ternos pretos na área das tribunas dos estádios, que se vê situações incríveis acontecerem, como, por exemplo, placas de grama atrapalharem a partida sem obstáculo para o gol de um centroavante que levou a melhor, sem querer fazê-lo, em uma disputa com o goleiro, que não podia derrubá-lo, pois obrigaria o juiz a lhe dar o cartão vermelho, porque estava fadado pelo lobby a ser herói em uma disputa de pênaltis. Os MIB, atentos minuto a minuto nas tribunas, nesses casos unem rapidamente seus pensamentos e imaginam o capote do centroavante e o álibi para o não acontecimento de outro resultado para a partida ocorre por conta do sobrenatural. Quem vai desconfiar que era ministração de resultado havendo uma coisa desse tipo?

Agora que você já reflete sobre a possibilidade de veracidade que há nessa caraminhola que este texto coloca em sua cabeça, vamos imaginar uma partida fictícia para ilustrar como essa corrupção ocorre. A nossa partida fictícia acontece no estádio Mineirão de Belo Horizonte. O jogo é pela Copa do Brasil, entre Cruzeiro e Corinthians, e quem sair classificado de campo vai parar na semi-final da competição. O primeiro jogo foi em São Paulo e a partida terminou empatada em 0 a 0. A entidade maçônica da nossa ficção decidiu que quem passará para a semi-final será o Cruzeiro, vencendo o jogo por 1 a 0. Os jogadores das duas equipes, bem como suas comissões técnicas, os árbitros e os jornalistas da Grande Mídia Esportiva – somente estes – estão avisados de tudo o que ocorrerá e qual vai ser o final da história, mas todos eles têm que fazer parecer que tudo o que vier a acontecer é natural, que o resultado está aberto, e demonstrar surpresa lance a lance.

Nas tribunas se encontram os MIB para o caso de uma incumbência pintar e eles terem que usar seus poderes para afugentar o acaso e fazer valer o trato feito entre as instituições envolvidas em todo o certame, não só na partida corrente. Entretanto, solitário em um ponto das arquibancadas, perdido entre torcedores de qualquer dos dois times, sem figurar como torcedor de qualquer deles, um ex-irmão da fraternidade, expulso por não concordar com trapaças e nem com manipulação de pessoas e engenharia social visando ganho de dinheiro, resolveu enfrentar a força oculta da organização que fazia parte e se prostrou entre a multidão de alienados aficionados pelo futebol. Ele sabia que podia ser em vão, mas, tentaria fazer minar a intenção obscura de seus antigos mestres em conduzir o resultado da partida de acordo com os seus interesses. Ele chegou a aprender muita prática ocultista, até foi parar nas tribunas como MIB durante o tempo de frequentador da irmandade, e tentaria usar o que conheceu para anular o que foi planejado para enganar aquela multidão, que sairia do estádio com uma opinião e comportamento que não eram de seu conhecimento terem sido engenhados. Quem sabe G.A.D.U. lhe entenderia a hombridade e lhe arquitetaria os pensamentos.

O relógio do árbitro contava 44 minutos do Segundo Tempo. Já haviam subido a placa mostrando três minutos de acréscimo. O rebelde infiltrado aguardou dois minutos mais e começou a mentalizar o gol de empate do Corinthians, que perdia por 1 a 0. Ele sabia que nenhum dos jogadores corintianos arriscaria partir para o ataque com sede e chutar para a meta de maneira ameaçadora, pois, seguia a orientação de não marcar. Mas, eles tinham que fingir fazer isso, finalizando com chutes para longe da meta se fecundasse um ataque.

O centravante corintiano recebeu do meiocampista, estavam eles bem longe da grande área cruzeirense. O mencionado centroavante achou que não ameaçaria o resultado se dali ele chutasse bem forte a bola quase em direção a lateral do campo. Com a mente, o infiltrado nas arquibancadas conseguiu fazer com que o vento desviasse a bola. O goleiro já não esperava ela em sua direção, por isso relaxou-se. Viu a mesma passar por ele já o deixando sem chance de interceptá-la. O gol de empate corintiano, que daria ao time a classificação inesperada, se fez inevitavelmente. O centroavante do time pôs a mão na cabeça lamentando. Foi empurrado pelos companheiros para frente da pequena torcida presente no estádio para simular a contentação com o tento alcançado. Todos eles sabiam de que uma cagada ocorrera, mas não podiam demonstrar isso para não dar bandeira.

Logo que a bola entrou, os marqueteiros de resultado, vendo que o árbitro não tinha desculpas para anular o gol e que o prazo para o mesmo arrumar outro para o Cruzeiro era pequeno, pensaram rapidamente e pelo celular acionou os técnicos de cada um dos dois times. Enquanto a comemoração acontecia, um jogador do Corinthians recebeu a instrução de que na nova saída da bola ele fosse até o jogador do Cruzeiro que desse o pontapé pra o reinício da partida e lhe fizesse uma falta gravíssima. O jogador do Cruzeiro a sofrer a falta foi informado em tempo sobre a  infração que sofreria e que ele deveria cair no chão e simular grande dor. O árbitro foi avisado que após ele expulsar o corintiano ele anunciaria acréscimo de mais um minuto no tempo prorrogado, mencionando o acidente para isso. Ocorreria um ataque do Cruzeiro que culminaria em um escanteio. Na cobrança do mesmo aconteceria um gol de cabeça de um jogador cruzeirense que precisava retomar a simpatia junto à torcida. Ele estava na reserva naquele jogo e havia entrado aos quarenta do Segundo Tempo. A defesa corintiana facilitaria para ele marcar. Se a jogada planejada não desse certo, havia um jogador da defesa do adversário encarregado de cometer um pênalti e isso seria o álibi para o acontecimento do tento salvador da pátria. O cobrador do pênalti já estava encarregado de bater no meio do gol e o goleiro já sabia qual o lado ele cairia. Assim não precisariam correr mais riscos junto à massa.

Para o rebelde infiltrado nas arquibancadas deste nosso conto imaginário, a Conspiração ter que remediar o que planejou já teria sido uma exposição de que os jogos de futebol são arranjados e que o torcedor é levado a acreditar que o tempo que perde com eles não é em vão e que algum benefício eles ganham em destinar tanta atenção e, consequentemente, dinheiro a entidades que não lhes favorecem em nada e que só os manipulam para terem certos comportamentos. Isso para ele já era uma vitória e uma esperança para ver o país livre de elementos que em proveito próprio fazem ele parecer como parece e o povo viver a vida frugal que vive. Boicote o futebol que ele volta a ser verdadeiro e compensador e você, respeitado, terá condição de prosperar o mesmo tanto que dizem-nos prosperar todos os que realmente ganham alguma coisa explorando essa paixão brasileira forçada!

“As vezes, de tão inacreditável a verdade deixa de ser conhecida”
(Heráclito)

O livro “Os meninos da Rua Albatroz” traz outras informações a respeito desse assunto.

Jornada de trabalho de 12 horas uma ova, ditadores!

anarquia

Vi em um outdoor bastante reacionário um brado contra a pretensão do governo instaurado à base de golpe para prejudicar a classe trabalhadora do Brasil, uma mensagem de protesto convocando a população a dizer “não” à Reforma Trabalhista que esse governo quer fazer. Na pauta dessa reforma está a alteração da jornada de trabalho, que deixaria de ser de 8 e passaria a ser de 12 horas diárias a carga de trabalho até os 65 anos de idade.

Esse governo só está aí porque se incomodou com o fato de o governo que ele golpeou ter dado ao trabalhador dignidade e conforto para produzir e ter intencionado promulgar a Reforma Política, que entre outras coisas acabava com a mamata de políticos e dificultava a corrupção. Ou seja, Reforma Política, essa gente que não trabalha não quer fazer, não move uma palha para agilizar o processo que traz ganhos para a sociedade, e ainda se coloca contra, por ver ameaçadas suas regalias. Já Reforma Trabalhista cheia de prejuízos para o trabalhador, essa gente até se coça para votar a implantação o mais urgente possível.

Já não basta a arrogância demonstrada para a aprovação da PEC do Orçamento Impositivo. PEC essa que não discuto aqui a integridade, por necessitar texto expositivo específico, mas que só de a Rede Globo noticiar de bom grado, obrigando sua audiência incauta a aderir a aprovação e se prostrar contra a oposição, já dá para saber que tem pegadinha para o povo se ferrar. Que nem tinha em apoiar a abertura do processo de impeachment.

Com relação a frear a intenção do Governo de macular o trabalhador o colocando para trabalhar 12 horas por dia a tarefa não é muito difícil. Espalhar outdoors para o povo incauto (o que se informa através das rádios, tevê, jornais, revistas ou sites do PIG) até que é boa tática. Fazer manifestação nas ruas também é. Mas, o que vai derrotar os idiotas por trás dessa pretensão de mudança na CLT é outra coisa.

Protestos a gente já viu que por mais que a realidade nas ruas seja de total repúdio contra uma medida governamental, o Partido da Imprensa Golpista consegue fazer parecer o contrário. O que seus jornalistas covardes falam ou escrevem é o que vale como a ser a verdade. Pedir encarecidamente para que os frágeis telespectadores de telejornal desliguem o Jornal Nacional só dessa vez para que eles evitem de serem enganados mais uma vez pela mesma fonte de enganação é atitude em vão.

O método eficaz será, inexoravelmente, o boicote. Quem vai ter que urrar de trabalhar metade do dia é você, não é? Não trabalha, ué! Se ninguém trabalhar eles se vêem obrigados a mudar a lei. Eles é que não vão trabalhar. E nem os filhos deles ou os seus tutelos. Nem é a gentinha da Globo – que, na minha opinião, também não trabalha -, que para ela tá tudo bem se você tiver que passar o dia ralando. Por que será que a sua opinião nunca está na Globo, hein? Já reparou? Quem paga pelo que ela noticia você já sabe quem é!

Vão ter que continuar contando com a sua força nas máquinas. Demitir em massa está sempre fora de questão quando um levante bem numeroso tem que ser enfrentado. Não é só por causa da grana a gastar com as demissões, mas também com os problemas que há em ter que substituir às pressas um contingente ativo. Tá aí a linguagem que eles entendem e obedecem.

Cá entre nós, aumentar jornada de trabalho não ajuda em nada a resolver crises econômicas ou até mesmo de produção escassa. Mais do que racionalidade biológica, é matemática pura. Um país que precisa gerar emprego não está fazendo grandes coisas mantendo o mesmo contingente de trabalhadores no posto. Vão aumentar postos de trabalho para por mais gente trabalhando 12 horas por dia? Quantos a mais? Será que se dividir os postos em três turnos de oito horas, já que o dia só tem 24 horas, é bom lembrar, não se está empregando mais? Não se está gerando assim mais desconto de INSS per capita, que sustenta um monte de outros trabalhadores? Não se está pondo o pão na mesa de mais famílias? Não se está dando condições para mais gente consumir e as empresas venderem mais e, novamente, o Governo arrecadar mais com impostos?

O emprego não é solução só para as pessoas tirarem seu sustento não, é também para as empresas faturarem com o consumo promovido pelo salário recebido. Sem trabalhador, sem consumidor. O mesmo tanto de posto de trabalho, portanto, de trabalhador, significa o mesmo tanto de consumo. E aumentar o consumo é saída para a crise. E para garantir produção suficiente para atender os mercados, uma certa quantidade de gente que inicia o dia a todo pique e lá pela oitava hora do dia já não consegue – por razões naturais, emocionais, psicológicas e fisiológicas – produzir da mesma forma como começou o dia, não dará conta de saciar a fórmula para sanar a crise, pensada pelos imbecis por trás desse projeto vagabundo que explora trabalhador.

Se nada disso comover os indivíduos por trás desse insano projeto de lei, que são todos capitalistas inveterados e esses argumentos tira do túmulo para aplaudir até os que já partiram desta para  a melhor, então vamos a outros mais radicais.

Se o sujeito gastará 12 horas do seu dia com o trabalho, se em média ele gasta 1 hora para se locomover até o local de trabalho, serão 14 horas só nisso. Se ele vai para a escola após o expediente laboral, lá serão mais 4 horas em média. 14 mais 4 são 18, se não sabem. E volto a repetir: o dia tem 24 horas. Ou vão dar um jeito de aumentar as horas do dia também, seus energúmenos? 24 menos 18 dá 6. Seis horas para tomar banho, jantar e dormir. Imagine o tanto de gente que vai trabalhar só para tratar das doenças que decorrerão só da preocupação com a falta de tempo? Pra que esse povo vai querer trabalhar? Sem contar o prejuízo e o aperto que os afastamentos inevitáveis vão dar no patrão!

E aí está ficando de fora o tempo gasto com igrejas, clubes, bares, televisão. Televisão? KKKKK, a Globo vai ficar sem público para ver o Jornal Nacional e o Fantástico! O povo vai trabalhar de 7 às 19 e chegar em casa sem pique para ver novela, já caçando cama. Viva o Temer! Um monte de igrejas irão falir por falta de fiéis, bares por falta de clientes, clubes e escolas por falta de frequentadores. Estará todo mundo ou trabalhando ou cansado.

Que merda de solução é essa que abala a economia mudando os hábitos da população e ocupando o tempo dela com o trabalho? Vocês estão falando de 12 por 36? Se for, tudo bem, faz sentido. Estão falando em limitar a classe trabalhadora a pessoas que já estudaram e que estão na fase de construir família e constituir patrimônio e deixar o resto para os jovens fazerem? Citaram 65 anos como idade limite para se trabalhar essa carga horária, logo, não estão pensando nisso. E falam até em aumentar a idade para a aposentadoria, ora! E as atividades que já é medicamente consagrado ser insalubre trabalhar nelas por mais de 6 horas corridas, vão torná-las salubres? Será com aquelas pesquisinhas fajutas e fraudes científicas que a mídia contratada divulga? Aquelas do tipo: “Pesquisas apontam que as telefonistas podem trabalhar até 12 horas seguidas graças ao avanço da tecnologia de call center e blá blá blá”?

E o melhor de tudo nessa indecência de políticos indecentes e desocupados, que por serem desocupados querem por as outras pessoas para trabalhar a mais: nem falam em melhorar o salário. Se tem uma coisa que todo mundo é convicto é de que se trabalhar mais ajudar a faturar mais, então, não se faz cara feia. Tanto é que quando a hora extra é paga em dinheiro em uma empresa, não precisa nem de ela perguntar quem quer fazer.

Agora, o que seria justo para compensar o seu cansaço, o seu sentimento de tédio e desespero porque as horas não passam e você gostaria de estar a fazer outra coisa, a sua saúde se definhando por causa da rotina repetitiva e do expediente longo? O dobro do salário mínimo? 1700 reais? Você não é ingênuo de pensar que as empresas vão dobrar seu custo com funcionários sem aumentar seus preços, é? Em pouco tempo o que se compra hoje com 880 reais se comprará com 1700. Não haverá ganho nenhum.

Eles não jogam para perder e se você, por qualquer dos argumentos que eles lançarem para te convencer a aderir o plano deles, que nem você aderiu quando apoiou o golpe contra a Dilma, der aval para eles mancharem a Consolidação das Leis Trabalhistas ou a Constituição Nacional e oficializarem essa pretensão de te fazer trabalhar quase o dobro do que já trabalha – e repito: é só você que trabalha, esse pessoal que vota leis que alteram o trabalho não trabalha, vão às sessões no Congresso quando é de interesse deles, senão nem isso fariam – você não vai poder reclamar depois, pois, eles dirão que foi colocado em discussão o assunto e a “maioria” escolheu o que foi escolhido. Que predominou a vontade do povo e vão mostrar esse povo pelas tomadas circenses das manifestações que eles promovem para fazer gravações e manipular a opinião de idiota que se deixa levar com a exibição dos vídeos editados decorrentes delas. Essa maioria que escolhe no Brasil você já sabe que não é nas urnas que a escolha acontece. Por isso, não abra mão de boicotar o trabalho e de ir às ruas. A palavra “urnas” até parece com “ruas”! As empresas sentir sua ausência e precisar de você para elas realizarem seu exercício desmente qualquer verdade imposta pela mídia mentirosa, o PIG.

Conclusão: Pare de ver televisão, de ouvir rádio, de ler jornal, de cair nos golpes compartilhados nas redes sociais; preste atenção em outdoor; participe de manifestações de trabalhadores e de estudantes; filie-se a um partido de esquerda (somente PT, PCdoB e PSol, pois os demais são duvidosos); busque conhecimento para ficar esperto e não cair nos golpes dessa gente que quer te escravizar e seja capaz de tomar atitudes radicais, como grevismo e anarquia, para impor aos patrões e políticos ordinários a sua necessidade e a sua vontade. E se acaso estiveres nas drogas ou no álcool dê um jeito de sair dessas coisas, pois, estando nelas você está nas mãos desse mesmo pessoal e é peça de utilização dele para fazer de refém muitos dos outros. Não seja mané!

No mais, o de sempre e que resume tudo o que foi escrito: Leia o livro “Os meninos da Rua Albatroz” para aprender os truques do Sistema contra você.

Guerrilheiros ideológicos, cuidado com eles, políticos corruptos

A mídia golpista informa, ao mesmo tempo que comemora, que o PT de Minas Gerais, seguindo tendência nacional, perdeu 64% das prefeituras do estado com relação a 2012. Pessoas que possuem estômago para assistir a TV Globo disseram em público que o Jornal Nacional de ontem, 03 de outubro de 2016, deu, bem entusiasmado, a notícia de que a Esquerda brasileira saiu derrotada nas eleições municipais ocorridas no domingo dia 2. Sendo que a soma de votos recebidos pelas legendas esquerdistas não teria atingido o ameaçador patamar dos últimos anos, que tornava a democracia mais segura, embora o vereador mais bem votado seja um petista, Eduardo Suplicy.

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Um dos motivos de a imprensa hegemônica alardear assim é a criação da impressão de que o povo realmente não tolera mais os políticos de esquerda brasileiros e que o golpe dado em Dilma Rousseff teria sido necessário para dar um novo rumo progressista para o Brasil. Com a massa pensando conforme essa manipulação, o abalo na popularidade de Luiz Inácio Lula da Silva ocorreria naturalmente e as articulações – na minha opinião – realizadas pelos partidos conservadores brasileiros – como o PSDB e o PMDB – junto com os juristas do STF, em pró de impedir a candidatura de Lula, não seriam mais necessárias. Com isso, o arranho na própria popularidade sofrido por esse grupo, devido à habilidade que têm os militantes esquerdistas para desmantelar os golpes dessa gente e ainda fazer isso aparecer para a população desavisada sem a colaboração da mídia que aparece (que é arregimentada pela Direita do país e segue os interesses de uma elite mundial), poderia ser evitado e o caminho para os verdadeiros corruptos brasileiros governarem o Brasil e novamente fazerem a farra de sempre estaria mais livre.

Mas, será que essas informações passadas pelo Partido da Imprensa Golpista procedem?

Bem, é sabido que esquerdista por convicção não vota em outra ideologia politica que não a de esquerda. Portanto, se o número de eleitores com essa convicção for igual ao numero divulgado de votos dado nas legendas esquerdistas nessas eleições municipais de 2016, então, a informação procede. Só que esse número é muito maior do que o desprezo subsidiado divulgado.

Das três cidades brasileiras com os maiores eleitorados, respectivamente, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, haverá Segundo Turno em duas delas. Com a disputa ocorrendo entre candidatos de tendência conservadora em Belo Horizonte – um do PSDB e o outro do PHS – e entre um partido conservador, o PRB, e outro progressista de esquerda, PSol, no Rio de Janeiro. Em São Paulo o PSDB ganhou no Primeiro Turno. Sendo que nas três cidades a soma dos votos dados em ambos os candidatos que foram para o Segundo Turno e no novo prefeito de São Paulo não alcança a soma obtida pelo número de votos brancos, nulos e de justificativas pela a ausência (17,5% de justificativas em todo o país) nas urnas.

A presença do PSDB na etapa final em Belo Horizonte e a precoce vitória em São Paulo e a ausência de candidato do PMDB significativamente na competição pelo gabinete de prefeito nessas três capitais já dá a entender que o PSDB é que se deu bem nessa movimentação política e midiática em favor da derrubada do PT do poder. O PMDB sempre mostrou vocação para ser franelinha.

Para bom entendedor, meia palavra basta, logo, se percebe que quem votou na Direita em 2014 manteve ou absteve-se de seu voto. Os direitistas não puxaram ninguém do outro lado para eles, pois, tiveram déficit na votação no cômputo geral, já que as abstenções superaram as exigências de candidato no posto de prefeito em todo o país.

Já no outro lado, os arraigados ideologistas seguiram firme não deixando de votar na Esquerda. Porém, os que não eram militantes ideológicos mas os acompanharam em 2014, por confiarem no Governo do PT, que estava lhes dando dignidade e ainda não estava arranhado pelas trapaças dos golpistas e pelas armadilhas da Grande Mídia (brasileira?), preferiram não votar em ninguém. De modo que no Segundo Turno, nos centros mencionados, vamos ter algo inédito e super audacioso no Brasil: o povo fazendo uso do boicote de voto para mostrar para a corja que engana a população que aqui ninguém é tolo e que a informação que a Grande Mídia veicula só existe para quem perde seu tempo se expondo a ela. A Rede Globo e o resto do PIG só está recebendo dinheiro desses golpistas, mas seu trabalho de manipulação da opinião pública está deixando muito a desejar. Não é o povo que eles estão enganando, é o próprio patrocinador do trabalho. Que se danem estes!

Imagino que essas abstenções foram reacionárias. São votos que iriam para a Esquerda, que levariam aos postos de prefeito candidatos que o povo gostaria de vê-los neles. Porém, os eleitores já sabem que eles não podem escolher, pois, a direita e os conglomerados empresariais, a FIESP, o STF e a Grande Mídia vão lá e arrogantemente macula o voto deles. Então, eles preferiram não terem seu voto surrupiado, preferiram abster-se do voto. Mete muito mais medo nesses políticos e nesse sistema canalha que quer afrontar, escravizar, explorar o povo e impor seu regime social, o qual só favorece seus líderes e os seus. O risco desses políticos tradicionais e seus sucessores, geralmente familiares, ficarem desempregados daqui para frente é evidente, pois, o que os eleitores fizeram é um prenúncio de que a tão esperada reciclagem de políticos devido ao fato de o número de votos nulos ser maior do que os válidos está por vir e não demora.

As pessoas que participaram dessas eleições não têm ideia da demonstração do uso de seu poder que elas fizeram, elas precisam ler este texto para saber disso e se motivarem a utilizar mais esse poder para dar um basta no sofrimento que passamos na mão da Grande Mídia e desse grupo elitista que governa o Brasil, portanto, compartilhe esta postagem. Os políticos canalhas acabarão por entrar em contato também com este texto e isso os deixarão muito preocupados, por isso, não hesite, compartilhe esta postagem. Essa é a minha opinião. mas, deixe a sua nos comentários, o que fortalece ainda mais essa pretensão de formar um levante contra a arrogância e hipocrisia que impedem o país de crescer.

Leia o livro “Os meninos da Rua Albatroz” e aprenda a usar mais do seu poder de impor aos governantes a sua vontade e a sua necessidade. Leia também as demais postagens deste blog.

Desprezo o sistema, por isso sou livre

Sei que eu sou um inútil para você que precisa que eu funcione dentro da sociedade que você manipula. Sei que te incomoda o fato de eu não ser reverente às suas ofertas de vida farta e de abundância, moderna e cheia de facilidades. Eu não acredito nas suas mentiras e sei que te incomoda o meu jeito de ser. Sei que você se preocupa com o fato de eu contaminar outras pessoas e elas passarem a ser como eu sou. Será a ruína para você. Deixará de ser ruína só para aqueles que te dão ouvidos e a duras penas se mantém fazendo aquilo que você espera que eles façam.

Sim, eu não dou atenção para o futebol ou para qualquer outra competição esportiva. Sei que você precisa que eu me programe com a matriz de mero torcedor.

Eu também não procuro estar na moda para massagear o meu ego e garantir que os outros não pensem que eu seja anacrônico. Preocupar com essas besteiras garantem o consumo que você espera que eu dê enquanto eu poso de otário ao pensar que estou de acordo com o que usa a contemporaneidade.

Não, eu não bebo Coca-Cola e nem tampouco consumo produtos Nestlé. Eu vou de orgânicos, é o que eu preciso. O sabor industrializado não corrompe minha mente e por isso a indústria de remédios terá que usar de outras táticas para me levar para o consultório de médicos e deixar neles o dinheiro que ele esperam que eu lhes dê.

Não, eu não reconheço nenhum Jesus como meu salvador do que quer que seja e nem tão pouco o espero voltar. Sei bem do que se trata essa farsa e milagre para mim seria essa máscara cair e com isso o povo se rebelar contra os exploradores das religiões.

Que se dane o telefone celular, você não me vê escravo disso. E nem de tecnologia nenhuma. Quero mais é ser livre e não ter a minha mente escravizada por inventos humanos criados exatamente para escravizar pessoas e as tornar refém de suas paixões insanas.

Não, eu não caio mais na jogada de por na cabeça das pessoas que elas precisam ser bem sucedidas, que elas têm que gastar um bom dinheiro com escolas, fazer uma boa faculdade, viajar pelo menos uma vez para o exterior, falar inglês e conseguir um bom emprego, em uma função considerada branca, e com isso ganhar muito dinheiro e passaporte para participar do círculo de pessoas que têm a necessidade de pisar nas outras para se sentirem vivas. Que se dane esse modelo imbecil de se situar na sociedade. Não vou pagar o preço.

E quanto ao sexo, sinto muito, mas já desvencilhei-me disso também. É outra coisa que metem na cabeça da gente para ser cultuada e que não se importam nem um pouco se sofremos por causa da dificuldade de se conseguir sem se recorrer aos mais dispendiosos hábitos capitalistas ou sem se prostituir. Sei que já me iniciei nisso e é como uma droga, mas, sei também o que fazer para me redimir do erro de ter me deixado pensar que sexo é necessidade fisiológica ou que eu preciso incondicionalmente de um parceiro para me saciar. Não acato mais a nenhum tipo de dogma e nem me digno a lançar a qualquer tipo de cerimônia para realizar interesses que no fundo não são meus, implantaram-me-nos.

Não, eu não tenho que ser direita, eu não tenho que ser condescendente com conservadores para eu me sentir funcional para o meio social e tendo a existência garantida sem privação. Se eu não crio em minha mente toda a ambição e dependência que você precisa que eu crie para eu obedecer ao seu sistema eu não preciso de nada do que você me oferece. Sei que eu me torno, agindo assim, ameaçador para o seu status quo e que você pode querer me matar ou utilizar a sua influência no meio que governa e cercear minha conduta, denegrir minha imagem ou me incriminar com crimes que eu não cometi e que por certo eu jamais cometeria, já que nada do que você me oferece eu preciso. Mas, vou continuar assim: humilde, resiliente, sem qualquer vontade de agregar-me ao seu american way of life. O jeito escravizado de viver. O que muda é que não mais te importunarei tentando escrever para pessoas se conscientizarem do que as faz infeliz e tomar o procedimento correto. As pessoas não leem e estão cooptadas pela sua mídia para agir exatamente do modo que elas agem, que é o que te favorece. Não vale o esforço tentar tirá-las da prisão, por isso, não me dignarei mais em fazê-lo. Se o exemplo influencia mais, que aqueles que me veem rejeitando o sistema se espelhem em mim e se libertem sem que eu tenha que lhes dizer qualquer coisa.

Muita gente diz brigar pela liberdade e pela democracia, acusa as pessoas que estão no poder de cercearem sua liberdade e cassarem seus direitos e nem de longe admitem viver uma vida como essa que levo, que me torna completamente independente do sistema. E é só assim, com todo esse boicote, que se pode vencer os ofensores que estão no controle e passar a viver como se deveria, com dignidade.

Boicote o sistema e se torne dono de si!

NÃO leia o livro “Os meninos da Rua Albatroz”, pois, se o fizer, você se libertará de todas as trapaças do sistema que incidem em você e não mais conseguirá viver essa vida de contribuinte e de ente que se deixa ser iludido.