A Deus o que é de Deus

O rapaz da T.I. – gay inconformado – fazia sua administração nas máquinas de um galpão, quando perto dele iniciara-se uma discussão entre um operador do setor e seu, também gay, supervisor. Os administradores de máquinas do setor de tecnologia da informação preparavam computadores dedicados para que os usuários que trabalhavam no galpão não mais precisassem revezar os equipamentos dos postos de trabalho.

O operador encrenqueiro, que também era analista de sistemas, desconfiava de que estivessem batizando as máquinas para então destiná-las. Com isso, a empresa espionaria os colaboradores que exerciam a função no galpão. Ele, irreverente, perguntou para o operador da T.I. se ele já podia entrar com a senha dele para ser captada pelo keylog instalado no sistema operacional.

O rapaz da T.I. ficara sem jeito com a pergunta e demonstrou dificuldade para não confirmá-la por meio de gestos. O operador encrenqueiro, que jogava na cara de seu supervisor todas as tretas que este fazia para sabotar o trabalho dos subordinados que estavam sendo perseguidos a mando da gerência, o que ele captava por meio de intuição, se valeu disso para tentar mostrar para o supervisor que havia algo bastante convincente para ser utilizado como fonte de informação, com o que ele devesse preocupar, já que todas as acusações feitas à gestão não podiam ser provadas documentalmente, graças ao trabalho maldito desta de não deixar rastros que ajudassem a evidenciar seus abusos e sua má fé para com os membros das equipes de dealers.

Como eu sei que você está batizando essa máquina e que vão me espionar e forçar-me a erros, é o que você deve estar se perguntando“. Disse ele para o jovem da T.I. E logo, ele mesmo respondeu: “Está cheio de espíritos desencarnados aqui me avisando, pois, sou sensitivo“. E continuou perante um sorriso jocoso que o ouvinte da interlocução esboçava. “Espíritos de pessoas que trabalharam em empresas como esta e partiram tendo levado para o túmulo grande angústia por causa dos abusos que sofreram e não puderam se vingar deles antes de partir. Eles esperam uma oportunidade para isso para que eles possam descansar em paz. Sou médium e empresto minha presença aqui no mundo material para que eles consigam se livrar dessa angústia“.

O falante ouviu do ouvinte um “tá bom, viu” mixado com gestos de deboche e resolveu ser mais detalhista, sabendo ele que o técnico em informática com quem dialogava era velho de casa e conheceu certos casos ocorridos na empresa.

Perto de você há uma moça que trabalhou aqui. Ela morreu em um acidente de carro quando vinha para cá. Ela e duas amigas. Ela dirigia. O carro caiu em uma ribanceira. Ela corria por estar atrasada. Buscava evitar broncas de gestor. Só sobrou uma das garotas, que ficou tetraplégica. O fato tem dois anos.

O jovem identificou logo o fato e amoleceu-se. Teve um início de desmaio. Apoiou-se numa bancada e tentou conter a respiração acelerada. Reportou ele, em seguida, que era amiga dele a mulher. Ele falou o nome dela, quase concomitantemente com o que se dizia médium. Isso o deixou mais impressionado ainda com o que presenciava.

Uma situação em que o sobrenatural está bem perto de ser revelado longe de suspeitas de fraude faz com que até mesmo o mais ateu dos mortais pense em Deus. E o rapaz da T.I. pensou. E disse: “Se você pode mesmo se comunicar com mortos, pergunte se Deus existe“. Mas, o que ele ouviu do encrenqueiro foi: “Eu mesmo posso te responder isso: Deus não existe, Deus é. Existir é próprio de seres finitos. Ser é eterno, está sempre no presente de uma forma infinita.

Era uma explicação filosófica demais para um momento em que todos os presentes estavam surpresos com a possibilidade de encontrar de uma vez por todas as respostas que procuravam sobre questões místicas e religiosas. O administrador de sistemas, por sua vez, quis saber algo das suas preocupações que lhe era urgente saber: “Pergunta se é errado ser gay e se vou para o inferno pagar meus pecados“.

De novo, o protagonista da história fez saber que ele poderia dar a resposta. “Deus não se ocupa com problemas humanos. Problemas que criamos aqui na Terra, devemos nós resolver. Depois daqui, todos somos iguais. Do mesmo jeito que o rico é pra Deus, é o pobre. Pro mesmo lugar que vai o gay, vai o hétero. Isso vale para o inocente e para o culpado pelas leis terrestres; para a vítima e para o algoz“.

Aí, danou-se tudo para o jovem ainda em estado de letargia. “Ué, um cara rouba o outro aqui na Terra e perante Deus não tem que pagar por isso“, ele quis saber. “Por que deveria“, ouviu a réplica. “Deus criou o planeta, o ser humano e nos pôs pra tomar conta dele. Era tudo grátis pra todo mundo. Precisou, pegou. Frutas bastava ver o pomar cheio, subir numa árvore e se fartar delas; peixes, havia o mar e os rios para se pescar. Dormia-se ao relento, pois, a comodidade do lar não existia para nos corromper a mente e nos fazer pensar que precisamos de abrigo. Não havia propriedade privada e nem o desejo de posse. Era só viver cada dia, satisfazendo no tempo certo suas necessidades com o que Deus deixou para nos sustentar. Quem idealizou a vida de pertences – e até inventou a palavra ‘roubar’ para restringir o ato de pegar o que é de outro – foi o homem com o livre arbítrio que Deus lhe proveu para que ele tomasse conta da Terra enquanto o próprio se dedicava ao que deve ser da natureza do divino ocupar-se com. Um ladrão, que tem impulso de pegar algo que precisa, indiferente de haver proprietário, age mais fielmente à sua natureza – ou seja: ao que Deus cunhou – do que o que limita um território e o chama de seu.

A explicação melhorara. Deu para entender a ideia de naturalidade. Desde que você esteja agindo conforme sua natureza, você não infringe regra nenhuma do ponto de vista de Deus. Na jurisdição do divino não existem comportamentos que só o conhecemos porque um dia o homem fez questão de criar hábitos e atitudes que os fizeram aparecer. Onde esses hábitos e essas atitudes não se justificam ter, o jurista não precisa se ocupar de julgá-los. Provavelmente não há distinção de sexo no plano espiritual, sendo assim, onde se encaixaria a orientação sexual de alguém?

Tava tudo indo muito bem, quando o supervisor, filho de pastor evangélico, resolveu entrar na conversa para se opor ao suposto médium. Já que eles digladiavam-se, ele quis alfinetar. E não estava nem um pouco impressionado com a provável mediunidade em foco. “Você pode até ter razão com relação a ser gay, mas não quanto a ser ladrão“. É claro que sempre puxamos para o nosso lado, mesmo quando queremos ser do contra em uma questão. “Na Bíblia não falam sobre gays, mas falam sobre ladrões. Deus não concorda com o ato de roubar, ou de matar, por exemplos“.

O supervisor teve que ouvir a defesa: “A Bíblia é uma invenção do homem. O homem diz nela o que lhe é conveniente. Os romanos eram contra o ato de roubar, por isso colocaram esse adendo em seu livro de formação e condução moral, que eles se esforçaram para passar para as gerações como livro sagrado e tornar-se conhecido e temido pelo mundo todo. Assim ficaria facilzinho para o Império Romano dominar as multidões até mesmo entre os povos cuja oposição seus soldados não eram eficientes em derrotar”.

Teimoso, o supervisor foi à forra: “Aí é que você se engana, a Bíblia é um livro escrito sob inspiração divina e não pelos romanos. Esses só compilaram e divulgaram o que estava escrito em outras escrituras“. E mexer com gente preparada dá nisso: “Se é um compilado de livros escritos sob inspiração divina, então, não pode haver falha nos relatos daqueles que canalizaram do divino as histórias e os ensinamentos. No entanto, a história da morte do rei Saul aparece no cânon bíblico em três versões: ele suicidou-se (1 Samuel 31), ele teria pedido a um soldado que o matasse com a sua respectiva espada (2 Samuel 1), ele teria sido enforcado (2 Samuel 21). A própria Bíblia diz que Deus é infalível, portanto, ele não podia ter dado versões diversas para um fato que é único: a morte de alguém.

Para não estender o assunto, o encrenqueiro do setor retomou o foco da conversa e finalizou dizendo que a questão da sexualidade passa pelo julgamento humano e só por ele. Deus não iria questionar algo que ele próprio é que permitiu que ocorresse ao homem. Ele próprio deu ao homem livre arbítrio para viver como quiser e sem levar para ele, Deus, qualquer necessidade de julgamento. Seria o mesmo que Deus confessar que ele não é onisciente, onipresente ou onipotente. Sim, ao dizer que o correto é um de dois fatos, por ser possível o incorreto o criador de tudo não o teria previsto. Isso é inconcebível para quem é eterno, onisciente e etc. E também não é concebível mesmo tendo conhecimento de haver o oposto ou o incorreto permitir que ele ocorra para uns e para outros não e deixar que os humanos se separem. A Bíblia diz que Deus busca a unicidade. Ou que se distanciem da perfeição. Deus é perfeito. Isso não é justo. E Deus é justo segundo a Bíblia. Afinal, vivemos na escuridão: ninguém sabe realmente o que faz!

Mas,  o que nos causa dissabores são as diferenças constatadas dentro das sociedades. Porém, até a Bíblia nega que Deus quisesse que fôssemos sociais. Se ele quisesse que vivêssemos em sociedade não teria criado um único casal de humanos e desejado que seus membros vivessem um para o outro permanentemente em um local, o Jardim do Éden. Não seríamos por acaso frutos do pecado cometido por Adão e Eva de comer de um fruto proibido e por causa disso dar início aos filhos e à multiplicação do homem. Começar uma sociedade foi um erro. Pecar é errar em qualquer língua. Deus não erra, mas o homem sim. É de Deus a responsabilidade de reparar nossos erros? É mais nobre perdoá-los e deixar-nos conviver com o erro perdoado de modo a querer, por nossa própria conta, não mais repeti-lo.

Ficou a reflexão: Deus no fundo é comunista e os que pregam em seu nome, os evangelizadores, todos capitalistas muito bem sucedidos, usam de engenharia social baseando-se na Bíblia para se manter no alto da casta dando ordens e recebendo sem trabalhar.

O operador encrenqueiro não confessou que também usava de engenharia social para se beneficiar do ato e intimidar o supervisor com a aparência de que ele poderia sim provar na Justiça o que seu superior achava improvável e por isso recorria a abusos contra os membros da equipe que comandava. Ele já conhecia a história da mulher que morrera em acidente automobilístico e que trabalhara naquele local. Sobre ele intuir o que poderia estar a ser feito na máquina que ia operar era algo de sua experiência profissional como analista de sistemas e ex-chefe de equipe de desenvolvimento de software.

Parte dos argumentos deste texto foi extraída do livro “Os meninos da Rua Albatroz“.

Idiota-útil todos somos, procuro não ser só idiota para não estar sozinho

alice-nova-edicao3

Sair pode significar ficar; e ficar: trabalhar.

As abominações que se vê em comentários dados em postagens publicadas no Facebook em apoio ao ex-presidente Lula. O comentarista quis chacotear a audiência, até seu comentário: unânime, simpática ao texto de uma publicação que junto veiculava um vídeo contendo a resposta do Lula a um jornalista do New York Times que lhe perguntou sobre o que o ex-presidente achava das acusações que sofrera por parte de seus inimigos e da atuação supostamente financiada do juiz Sérgio Moro. Se referiam ao episódio da escuta telefônica com posterior entrega do material a um órgão de comunicação do PIG. Aquele grampo que para a Globo, diferentemente do atual envolvendo Michel Temer, era democracia propagar e não crime como o de agora.

Naquela de se vir como um infiltrado no ambiente anti-tucano e querendo executar o trabalho para o qual o cara foi encarregado de fazer, achando que só tinha coelho na toca, o mesmo molhou veneno em uma cenoura e a balançou para a plateia ir buscar. Disse ele que era uma oportunidade para que os insanos adversários de opinião provassem o gosto da sabedoria e deixassem a condição de idiotas-úteis.

Deixara um link e um convite para o acesso. Quem se dispusesse a visitá-lo ia saber, através de dados “inquestionáveis”, como o PT quebrou o Brasil. Pairava no ar a esperança de o link ser acessado pelos dali e de que em se submetendo ao material didático provavelmente sofismático o curioso sofresse uma espécie de epifania, que fosse, paulatinamente, legar uma reprogramação mental em pessoas intelectualizadas e espertas, pró PT, cujas reuniões em antros no Facebook acontecem fortemente e  ameaçam categoricamente os planos de uma elite conservadora, perita em uso de táticas de engenharia social para corromper o pensamento coletivo, para a qual o viralista estaria a serviço. Deve ele ter espalhado seu veneno em vários redutos esquerdistas naquela rede social da internet e noutros locais mais.

Eu não acessei. Mas imagino que o conteúdo pseudo informativo seja composto de uma série de dados estatísticos de produtividade e de gastos públicos, levantados livremente, sem compromisso com a verdade e difíceis para qualquer cidadão comprovar a veracidade, por gente que quer ver a imagem do PT tão repugnante quanto a do Capeta sugere ser. Envolvidos em um texto metricamente redigido para enganar. Capaz de criar até ao mais atento dos consumidores de informação deixada à deriva com ar de estarem a tentar afundá-la, o convencimento de que as acusações propagadas pelo hoax são terminantemente indubitáveis.

Mais atento, então, estaria quem desconfiasse da infame prática de marketing de guerrilha. Simplesmente porque o sujeito citou Gramsci ao prometer esvair-se da condição de idiota-útil quem se dignasse a perder seu tempo assistindo o viral na página lincada, que de quebra ganharia visitação massiva. Talvez o plano fosse esse. Foi Gramsci que cunhou o termo ao instituir sua filosofia de combate ao sistema. Referia-se ele com o termo àqueles cuja parte no sistema é contribuir empurrando a roda para que ele gire. A parte formada por quem está nele em busca de proteção contra a falta de dignidade e não de liberdade para agir sem ter que se dignar a dar um braço para usufruir de uma vida realmente digna.

Gramsci pregava que se pode apoderar de um sistema desestabilizando culturalmente a população ou destruindo sua economia. O sujeito convidava a assistir um vídeo que argumentaria contundentemente que o PT teria feito isso com o Brasil, economicamente falando. O golpe orquestrado pela ala política conservadora do Congresso Nacional brasileiro para afastar o Partido dos Trabalhadores do posto de governante legítimo da nação teria o objetivo de salvar o que ainda restava dessa economia arrasada. A resistência que parte dos que não caíram no golpe e ainda apoiam o partido esquerdista – como os que se reúnem em antros físicos e virtuais para celebrar sua vertente ideológica e arquitetar planos para a recuperação do posto perdido anti-democraticamente – precisa ser derrubada e a opinião destes conquistada. Utilizar métodos gramcianos como estratégia para se atingir a meta pouco importa. São só ossos do ofício… digo: da hipocrisia.

Entretanto, ninguém que é ideologista corre para pegar cenoura balançada e volta com ela devorada sem ter antes a cheirado bastante. Procedendo assim, no mínimo se veria o que um pescador quer de um cardume. Cada simpatizante de um partido ou de um regime político verifica o que lhe compreende antes de aderir a luta do próprio. Ele quer saber o que ganhará com a sua lealdade. É isso que é ser um idiota-útil. Se você enche suas mãos de calo ajudando a empurrar a roda das engrenagens do sistema para ganhar só o que comer e nada mais você é um tremendo idiota. E poderá estar sozinho.

O que vem depois de uma economia destruída? Desinteresse de colonizadores por achar que não têm o que explorar e que há muita miséria para sanar. Reconstrução, muita reconstrução. E o melhor de tudo: liberdade e direitos iguais para os que sobraram para reconstruir o país arrasado. Sem a presença dos glutões direitistas, que fogem para as metrópoles a que se acostumaram a reverenciar e prestar serviços em busca de vida melhor como um idiota-útil local.

Se a verdade existe no título do tal material para o qual o prestante buscava uma audiência, quebrar economicamente o Brasil teria sido uma estratégia petista para a redenção do povo, expulsão dos inimigos do sistema e reconstrução da nação, a tornando uma nação independente e respeitada, como aconteceu com o Japão. Vamos expulsar os vendilhões direitistas e fazer pra gente um país de respeito. É melhor do que ficar procurando justificar as razões de um caos quando o caos exige gasto de tempo com solução para ele. A minha escolha é ir atrás de solução, por isso não me dignei a ver o viral.

“Aonde fica a saída?”, perguntou Alice ao gato que ria.
“Depende”, respondeu o gato.
“De quê?”, replicou Alice;
“Depende de para onde você quer ir…”
(Alice no país das maravilhas. Lewis Carroll)

Se te causo repugnação, posso te fazer me amar

Uma garota chegou até mim e me perguntou se eu só tinha a camisa que eu vestia. Eu repliquei perguntando a razão de ela me perguntar isso. Ela treplicou com um “não é por nada, é porque te vi ontem com essa mesma camisa”. Aí, para fechar a sequência, eu comentei: “isso quer dizer que você repara em mim, te chamo atenção”.

Ela saiu pelos cantos com ar de que eu não lhe disse boa coisa, pois, o que eu atraía dela era sua repugnância. Entretanto, seria pior se eu não atraísse nada. O primeiro passo com ela, fazê-la ter olhos para mim, eu já havia dado. E ainda obtido feedback oficial com ela vindo até mim. Qualquer outra coisa que eu quisesse atrair nela, obter dela, cabia a mim trabalhar.

A gente que quer se destacar na multidão só tem que descobrir a forma de dar o primeiro passo e conseguir ser observado. Daí descobrimos em que somos fortes, competitivos, capazes de influenciar. Não importa se essa coisa seja algo negativo, importa é o que você fará com ela.

A História está cheia de casos em que essa tática foi voluntária ou involuntariamente empregada. Há pessoas que por terem cometido crimes foram evidenciadas perante a sociedade. Seu julgamento ou o cumprimento da pena a que se submeteram foram usados para que essas pessoas dessem a volta por cima e passassem a ter a admiração de muitos que antes disso haviam ficado impressionados com o ato criminoso cometido e se lançado à rejeição do criminoso qualquer fosse o assunto em que ele fosse noticiado.

Utilize essa reflexão em seus empreendimentos!

Thank you, Mr. Castro

frase-hablan_sobre_el_fracaso_del_socialismo_pero__donde_esta_el_-fidel_castro

É realmente um ano disposto a levar deste mundo pessoas que realmente tiveram o que deixar para ele. E na noite de 25 de novembro de 2016, lá se foi mais um:

Fidel Alejandro Castro Ruz, líder da Revolução Cubana, nascido em Birán, Holguin, Cuba, aos 13 de agosto de 1926, nos deixa, aos 90 anos, com causa mortis não mencionada pelo irmão Raul Castro, que deu a noticia através da principal TV estatal cubana, mas era sabido que Fidel se encontrava bastante doente.

Antes de Fidel, a humanidade estava acostumada a ver sua parte oprimida reverenciar aos mais fortes e aceitar a escravização por pensar que não era possível mudar esse quadro social. Depois de Fidel, os mais poderosos do planeta e aqueles que se curvam a eles em busca de rebarbas ou de proteção contra a pobreza arbitrária tremeram por encontrar um eloquente revolucionário capaz de mover a massa oprimida e escravizada contra eles.

Não sou reverente a nenhum grupo opressor e escravagista por causa de caras como Fidel Castro. Os que hoje comemoram a morte de Fidel não deveriam fazê-lo, pois, foi só o líder que se foi. Um líder que ensinou a seus liderados que é preciso seguir com a luta mesmo sem a presença do condutor. Hoje, há muito mais gente conscientizada e disposta a dar o mesmo trabalho para ameaçar o status quo desses que são complacentes com a opressão e com o escravagismo no mundo.

Descanse em paz, meu querido revolucionário, aqui a luta continua. E sua vitória será mantida. Será, como sempre, pátria ou morte!

Um revolucionário pode perder tudo: a família, a liberdade, até a vida. Menos a moral.
(Fidel Castro)

UMA LIGEIRA HOMENAGEM À FIDEL CASTRO NA MÚSICA DOS ROLLING STONES

NOTA: Como na maioria das canções dos Rolling Stones que trazem protestos em sua letra – vide também “Luxury”, de 1974, do LP “It´s only Rock and Roll, e “Highwire”, de 1991, “Flashpoint” – os versos parecem se opor ao que fazem os expoentes políticos citados neles, como se fosse uma obrigação daqueles que são beneficiados pelo show business se opor aos estadistas que sofrem antipatia do meio empreendedor desse segmento de mercado, porém, a sutileza da crítica gerou um efeito contrário. Essa canção parece martirizar o Sr. Castro por ele se dedicar a combater sanguinariamente em nome da instauração do socialismo pelo mundo a fora. No entanto, a garota indiana retratada na música, cujo pai está ausente por ajudar Castro em Angola, sofre por causa da guerra civil vivida na Nicarágua dos anos 1950, que teve como condutor e principal opressor dos nicaraguenses, Anastásio Somoza, um ditador, cuja ditadura, como todas na época, era financiada pela Casa Branca. Mick Jagger foi influenciado a compor pela sua então esposa Bianca Jagger, que era nicaraguense e politizada.

MATÉRIAS SOBRE A MORTE DE FIDEL

http://www.bbc.com/news/world-latin-america-38114953

RESUMO SOBRE A REVOLUÇÃO CUBANA

http://www.suapesquisa.com/historia/revolucao_cubana.htm

O livro “Os meninos da Rua Albatroz” obviamente não deixou Fidel Castro e a Revolução Cubana de fora de seu texto. Aproveite a promoção vigente e adquira-o!

Engenharia social: é bom saber a respeito

Gente que tem o que dizer, que desmantela golpe e que tira o povo das matrix do mal eu divulgo. O vídeo que deixo abaixo é de um camarada que muito alerta a população sobre os mais aterrorizantes furos de reportagens que aparecem na grande mídia e que não passam de golpes contra a opinião pública.

A moldagem da opinião do povo, as crenças que o povo constitui, é a melhor expressão do que vem a ser engenharia social. O nome é bem claro: engenharia vem de engenhar, de moldar, de projetar. E social vem de sociedade, sociologia, indivíduos que vivem em coletividade. Ou seja: moldagem da sociedade, projetar indivíduos. Projeta-se, no caso, especialmente a mente, o comportamento das pessoas.

A engenharia social está presente em tudo. São as matrix que formam o modo de pensar e de se comportar das pessoas perante a sociedade. Tem as matrix religiosas, as do futebol ou as esportivas em geral, as midiáticas – em que o sujeito que se submete a elas adere a tudo que a mídia injeta -, as trabalhistas, as elitistas, as escolares. E muitas outras. Desde não cuspir em público para demonstrar recato até cuspir em público para demonstrar rebeldia e inconformismo, tudo é comportamento primariamente desenvolvido e testado para o público alvejado ter.

O comportamento da juventude é o mais suscetível a sofrer engenharia social, por essa razão vemos mais jovens em evidência em quase todos os grupos de contestação populares. Os principais movimentos declarados à juventude que se tem notícia são produtos de engenharia social. A beatlemania, o beatnik, a elvismania. O movimento hippie, o punk, o emo. Os grupos que se envolvem em lutas raciais. O feminismo e o machismo. O movimento gay, o nerd, os que pedem a liberação das drogas. Os neurolinguistas, os misticistas. Os que defendem o meio-ambiente, o veganismo. O fanatismo religioso também é fruto de trabalho de manipulação do comportamento humano. Se alguém se incomoda com alguma questão e quer dar um basta nela, só precisa criar um comportamento que vá de encontro à questão e seduzir pessoas com ideias que as façam ver razão em aderir a causa e ajudar a proferi-la.

Esses produtos são pensados e iniciados em laboratórios de pesquisas sociais. Centros de psicologia que estudam o comportamento humano e vendem os resultados de suas pesquisas para os meios militares, econômicos, políticos e midiáticos utilizarem em seus objetivos de atingir o público e se favorecerem com algum tipo de comportamento extraído com o emprego do estudo realizado por esses laboratórios. A Escola de Frankfurt e o Instituto Tavinstock de Londres teriam sido os primeiros desses institutos. No Brasil, a AERP teria sido uma versão desse tipo de entidade de pesquisa.

O principal objetivo da engenharia social é a escravização de mentes, que favorece o consumismo e o neocolonialismo. Entretanto, o efeito do emprego dessa tática contra a população, por, aparentemente provocar anarquia, é muito atribuído a marxismo ideológico (ou marxismo cultural) o termo quando se evidencia o uso de moldagem da população em pró de alguma causa. Porém, é apenas lobo em pele de cordeiro ou uma forma de a Direita conquistar os corações que a detestam, uma vez que mais se vê movimentos ligados à direita (conservadores do capitalismo) o que se destaca em matéria de manifestações de pessoas com comportamento uniformizado. No Brasil são exemplos os black blocks, o Vem-pra-rua, o rolezinho.

O livro “Os meninos da Rua Albatroz” muito menciona o trabalho desses laboratórios e o que se obteve com o emprego do resultado de suas pesquisas.

O imaterial ao nosso redor

Já refletiu a respeito do que é a existência? Para mim, a existência se resume àquilo que meus sentidos podem captar. O que posso ver, ouvir, sentir seu gosto, seu tato ou seu cheiro existe.

Mas, eu consigo entender que não é só isso o mundo. Há coisas que nenhum dos nossos sentidos é apropriado ou desenvolvido para capitar, mas, nem por isso duvidamos que estão ao nosso redor. As ondas de rádio que pairam no ar em busca de um aparelho que consiga as decodificar, por exemplo.

Eu acredito que depois que morremos passamos a ser constituídos de uma substância que os sentidos humanos em estado normal não conseguem percebê-la. Para nós é como se passássemos a não ter cheiro e nem fazer ruídos, a não se poder ser tocado ou degustado. E vivemos por aí. Misturados conosco e sem poder ser sentido. Quando vivos somos também essa mesma substância, só que com um corpo físico para poder usufruir dele para se comunicar com o meio material sem maiores esforços.

Exceto se considerarmos que a emoção seria o sexto sentido humano. Partindo do pressuposto que através da emoção o sobrenatural ou o espiritual consegue estabelecer contato conosco. Sempre que alguém relata ter tido contato com algum ente espiritual é comum se ouvir alegar que foi por meio da intuição que a comunicação foi estabelecida, não é verdade? Que sentiu-se uma presença, ouviu-se um som incomum, teve as mãos conduzidas para escrever uma carta.

Eu escreveria um longo texto se eu fosse deixar aqui tudo o que já refleti tendo essas coisas como inspiração. Mas, vou resumir ao mais importante. Já percebeu que o pensamento é uma substância imaterial que influencia totalmente este mundo? Logo, é verdade que podemos transformar o mundo só com o pensamento.

E é o pensamento que nos provoca emoção e que nos faz intuir. Eu chego a pensar que aquela conversa que diz que quando desencarnamos vamos morar na mente daqueles que nos amam é muito mais do que metáfora.

O poder da palavra “gostaria”

doacaosuperm

Se tem uma coisa que não tenho paciência para fazer é postar na internet tudo quanto é fato que acontece comigo. Me sinto um velho adolescente. Só por isso. E também um prestador de contas. Mas, esse eu vou quebrar o protocolo para falar de uma coisa bastante interessante que é o poder das palavras. Poder de persuasão, poder de transformação, poder de tudo.

Eu comprava um artigo em um supermercado, item único que me custou R$3,39. E, na hora de passar no caixa para fazer o pagamento, dei R$5,00 para a atendente. Ela se preparava para me voltar o troco, mas fez uma pausa, tendo reparado que havia uma sobra em centavos além dos um real. E me fez a pergunta: “Você gostaria de doar esses sessenta e um centavos para o Hospital do Câncer”. Como que hipnoticamente eu respondi “claro, que sim”. Ela, então, fez outro registro no caixa e me deu a notinha, a qual declarava o valor da doação.

Eu estou sempre fugindo de doar qualquer coisa. Não acredito na intenção das pessoas e nem acho que seja problema meu levantar fundos para qualquer que seja a instituição. Mas, ela usou a palavra “gostaria”. E em tom educado. Aí, foi diferente. Diferente de perguntar “quer fazer uma doação” e me permitir raciocinar se eu quero fazer algo que eu não estava com intenção de fazer naquele momento. Eu queria comprar uma lata de cerveja e só. Diferente de “vamos aproveitar e participar do bolão da Megasena” que os atendentes das lotéricas falam e que te deixa aborrecido por que não te dão na frase uma escolha e sim uma sugestão quase que obrigando sua acatação. Diferente dos chatos telefonemas da LBV ou do Criança Esperança, que podem acontecer a qualquer hora do dia e que de tão estratégico o texto da fala eletrônica não isenta ninguém de imaginar que seja gente rica pedindo dinheiro para dar pra gente pobre. Desconfiável, não?

Mas, ela falou “gostaria”. Ela me deu a chance de decidir. Ela me perguntou se eu teria gosto em fazer uma doação. Me apresentou uma causa nobre. Me fez perceber que o valor era irrisório e que eu tinha condições de doá-lo. Não veio com os 10, 15, 30 reais do Criança Esperança. Essa é a abordagem mais apropriada para se conseguir algo de alguém. Muito melhor do que a que faz aquele que te assusta ao mostrar suas feridas ou o seu sofrimento quando pede esmolas nas calçadas ou dentro dos ônibus. Esses, jamais irão poder contar com o poder da palavra “gostaria”, pois, há a necessidade de ser humilde para usá-la. E você nunca está sendo humilde quando apresenta seus problemas para ganhar algo de alguém, pressupondo que este seja melhor do que você e está em condições de te ajudar, por isso ele não tem que decidir nada, já está tudo decidido por ele. Isso é extorsão.

E, então, leitor, foi útil esta leitura? Gostaria de ajudar a divulgar o meu blog compartilhando-a?

Mais sobre o poder das palavras no livro “Contos de Verão: A casa da fantasia“. Aproveite a black friday no site.

Sem medo de contestar: Ditadura do proletariado sim, por que não?

ditaduradoproletariado

Opressão existe em qualquer meio trabalhista. Mas, só acontece quando a parte subordinada da relação não procede de modo a dar o resultado que a comandante quer ou não aceita a forma de o subordinado atuar, mesmo dando resultados. Quer seja por ameaçar seu posto, quer seja pelo fato de o operador dar resultado sem sabotar nenhum critério lhe dar direito a uma remuneração variável e isso comprometer o orçamento com que as chefias desejam operar, o que lhes dão mais lucro pessoal. Ou seja, os gestores oprimem por que querem montar nas costas do operador.

Algumas empresas ou algumas gestões em particular, parecem oprimir o trabalhador por preferência. Não sabem gerir pessoas e não conhecem ou não são capazes de desenvolver métodos de operação capazes de fazer a empresa gerar o lucro que precisa para existir e ainda aumentar o ganho pessoal do gestor, sem oprimir o trabalhador e nem enganar o cliente. E, ainda, possibilitando que esses dois últimos também saiam ganhando nessa relação de trabalho e de consumo.

No caso do trabalhador, a opressão é premeditada: a empresa procura contratar quem ela pensa que vai se submeter a qualquer abuso por precisar muito do emprego ou por intimidar-se com as noticias que evidenciam que emprego está difícil ou que poucas empresas estão empregando. Motivos que, inclusive, essas empresas desonestas fazem de refém o resto do sistema, como o Ministério do Trabalho, que faz vistas grossas para os abusos dessas gestões, a fim de evitar o aumento do desemprego, que faz cair o consumo e a arrecadação de impostos.

Entretanto, mesmo diante dessa realidade, protestar e não aceitar essa condição de escravo é preciso. Quem dá as cartas é o trabalhador. Unidos: sim. Se o operador que realiza a atividade-fim e sofre maus tratos resolve cruzar os braços até ter sua vontade atendida, não há chefe e nem patrão que o faça circular. Terão que engolir a opressão que desejam lançar, terão que mudar os critérios para ganho de remuneração variável para índices honestos e suportáveis, se quiserem ver o operador trabalhar e salvar o faturamento da empresa, que é ele que faz.

Pense nisso, se você é importante para a empresa onde trabalha, é enganado para não ganhar comissão, é submetido a exercer práticas criminosas para dar o resultado que sua gestão deseja colher, sofre muita cobrança injusta de produção e muita ameaça de sanções cujo merecimento é tão abusivo quanto são os motivos alegados para aplicá-las. Não se curve ao seu chefe, pois ele também é empregado. Se você o afronta – dentro dos seus direitos – e o impede de obrigá-lo a fazer o que você não tem que fazer, quem vai ser intimidado é o chefe dele e quem sai ganhando é você e seu chefe. Ele vai é te agradecer por ter a consciência de luta que você tem.

Estamos caminhando para uma luta de classes e nisso a esquerda, que integro, tem know-how e é perita. Venham!

A comunicação via inconsciente coletivo

Hoje passei em um lugar onde eu muito ia quando adolescente e um pouco mais. Por causa da Copa 2014, a região está bem mudada. Casas, prédios, amplos lotes vagos e arborização viária e imobiliária foram destruídos, dando origem a um grande e monótono campo cercado por um muro extenso feito com blocos de cimento. A avenida foi alargada, de modo a ganhar outras duas pistas de ida e volta do Centro da cidade, as quais servem ao BRT e são entrecortadas pelas estações do mesmo.

Ao me deparar com essa transformação, me lembrei de um sonho que tive certa vez, quando eu morava em Goiânia, GO. O Brasil havia sido escolhido para sediar a Copa do Mundo de Futebol 2014 e Belo Horizonte estava entre as capitais que iriam receber jogos da competição. No sonho eu via uma bagunça de paredes e terra revirados de ponta a cabeça e em seguida um longo terreno baldio, que me passava a impressão de eu já ter passado no local e de ele não ser, então, da forma que no sonho eu estava o vendo.

Passado um tempo, de volta à Belo Horizonte, passei pelo local novamente, mas, ainda estava como era. Já às vésperas da Copa das Confederações, em 2013, o mesmo eu não pude dizer. O lugar já havia perdido totalmente a configuração que tinha e aparentava-se com o que é atualmente. Então, entendi que eu havia tido em sonho uma espécie de premonição, que me avisava que aquele lugar iria sofrer uma vasta modificação.

Teria eu visionado o futuro? Durante um tempo, ao me lembrar desse sonho eu me questionava dessa forma. Entretanto, eu já não acreditava que o futuro possa ser antevisto. Para que uma coisa possa ser antevista ela tem que já existir pronta. E nisso eu não consigo acreditar: que tudo esteja pronto e que apenas estamos indo em sua direção à medida que o tempo passa. Logo, em que teoria devo me amparar para me fazer qualquer explicação?

“A melhor forma de prever o futuro é criá-lo”. Disse Peter Drucker. É claro que antes da transformação que se sucedeu no local ter sido implantada, passou pela cabeça de uma equipe de engenheiros, arquitetos, projetistas urbanos, a forma como ficaria o local para que fossem viabilizadas as obras que demandava em BH a promoção da Copa do Mundo. O que ocorreu comigo foi isto: por algum motivo eu me sintonizei com os pensamentos dos membros ou de algum dos membros dessa equipe.

Há um inconsciente coletivo que parece estar disponível para que possamos contatar com ele. Deve haver uma forma de controlar isso. Eu acredito que esse tipo de contato seja perfeitamente possível. E como eu acessei essas informações por meio de sonho, talvez estar em estado hipnogógico seja uma pista a ser perseguida para se estabelecer essa forma de se controlar a capacidade da mente de fazer previsões (na verdade: de fazer contato remoto com mentes visionárias). E deve ser de grande utilidade ter esse controle.

Aproveite a black friday no Clube dos Autores e adquira um dos meus livros! Grato!

Contos de Verão: A casa da fantasia

Os meninos da Rua Albatroz

Somos meros acionistas da Congresso Nacional S/A?

congressosa

O Congresso Nacional do Brasil, na minha opinião parece uma empresa de capital aberto. Aberto só não: escancarado. E nós, contribuintes, somos acionistas dessa empresa, pois, a fonte de receita dela é a arrecadação de impostos.

O curioso é que essa empresa em vez de satisfazer os sócios com o lucro que consegue gerar, ela satisfaz a seus executivos, chamados de políticos. Na forma de propina ou de caixa 2 formado com o capital que vem de licitações superfaturadas, esses políticos enchem seus grandes bolsos, o qual é preciso que seja realmente grande porque ainda tem que caber o gordo salário que eles ganham da companhia.

Os clientes dessa empresa são variados. Já foram empresas – nacionais e estrangeiras – e seus empresários; teve um tempo – como no governo passado, o petista – que o cliente era o trabalhador; e agora voltou a ser empresas o freguês potencial. O trabalhador passou a ser produto e é vendido para este.

O segmento de mercado dessa companhia, atualmente é a venda de licitações e de favorecimentos a grupos empresariais. Alguns desses querem ganhar dinheiro viabilizando obras públicas de infraestrutura. Construir pontes, estradas, estádios, vila olímpicas fazem parte dessas obras. Arrendamentos, aluguéis de imóveis públicos e pedágios idem.

Outros querem explorar o trabalhador, lhe vendendo indiretamente planos médicos – substituindo o desconto do INSS no holerite -, ticket de alimentação, caderneta de poupança em vez de PIS, Décimo Terceiro e FGTS. Restringindo os meses de Licença Maternidade para que a mãe precise de uma creche para deixar o filho enquanto ela trabalha. Imagine se a Nestlé não está por trás dessa operação para oferecer a essas creches, além da água que ela diz não ser direito humano, o seu leite Nan, saindo o preço final bem salgado à trabalhadora!  E há quem diga que há consórcios do ramo de transporte de olho no desconto do Vale Transporte.

Não pára por aí a privatização e o entreguismo a que o Governo Temer parece se empenhar: o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida ou o FIES também dão bons subsídios à exploração da população carente. Que já se acostumou com esses insumos sociais, tendo criado um perfil de consumo, de moradia e de escolaridade. Talvez, então, para manter a dignidade com que viveu durante os anos de PT no poder, vá se interessar em conhecer as alternativas privadas e não deixar cair o padrão de vida. E nisso cairá no conto do vigário, que é próprio de políticos conservadores vendilhões aplicar.

Às empresas de mídia essa sociedade anônima também atende, oferecendo a elas reality show de primeira. Que garantem audiência 24 horas. A começar por shows circenses como o último impeachment protagonizado pela casa ou a entrevista dada por Mr. Fora Temer ao “Roda Viva” da TV Cultura, que fez com que a seriedade do programa fosse comparada à de um “Caldeirão do Hulk” no conceito dos até então seguidores do próprio.

A você que é sócio dessa companhia e que não vê a cor do capital que emprega nela, só resta uma opção: boicote tudo que sai dela. Assim nada entra nela e todos que mamam em suas tetas terão que caçar jeito de trabalhar decentemente. E isso tem que ser rápido. Antes que, como diz a Rita Lee em música, né, “tudo vire bosta”.