João 1: 1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Você simplesmente dizer uma palavra para fazer alterações na sua realidade não é suficiente. Tem que haver uma compreensão do que você diz e tem que haver emoção na forma como você fala. A emoção que você sente com a compreensão da palavra que você pronuncia vindo à sua mente enquanto você faz a afirmação é que gera a vibração que fará transformações em você. Sendo assim, se doce de leite traz sensação prazerosa para você, quando você pronuncia essa combinação de palavras a imagem ou a impressão que o doce de leite lhe causa o acomete e você simula em si o prazer que lhe dá comer doce de leite – com menor intensidade de quando há uma experiência real de degustar o doce, obviamente. E a recíproca também é verdadeira: se te causa mal comer doce de leite é isso que o simples pronunciar da palavra irá gerar em seu estado interno.
Fica assim bem entendido que não é a palavra em si que faz mudanças em nosso interior e sim a compreensão dela, o significado dela. Muitas palavras, consultando suas etimologias, têm origem diferente do que compreendemos hoje. Pegamos, por exemplo, em português, a palavra “trabalho”. Segundo o site Dicionário Etimológico ela teve, quando cunhada, o significado de tortura. Nesse período, quem era trabalhador era torturador. Uma pessoa que fazia a afirmação de ser uma pessoa trabalhadora gerava em si a sensação ou a energia motivacional interna que experimenta quem pratica tortura. A semântica cuidou para que o verbete “trabalho” se tornasse o que conhecemos hoje. Seguindo o raciocínio que estou discorrendo, a maioria de nós quando faz a afirmação “eu sou uma pessoa trabalhadora” tem em mente estar a cuidar para transformar a sua realidade em algo positivo.
O Dr. Masaru Emoto, com a sua experiência chamada Mensagem da Água, nos mostrou o quanto influenciamos o mundo com o que dizemos. Se todos nós soubéssemos sobre essa experiência e a aceitássemos viveríamos a passar o dia convivendo o mais possível somente com palavras que nos fizesse bem. Ou seja: palavras construtivas otimistas. Perceber que o dia é melhor quando nos forçamos a dar atenção para e falar sobre somente o que nos causa ganho ou bem estar está ao alcance de qualquer um. O cantor Roberto Carlos é famoso por rejeitar gravar canções que possuem na letra termos que fazem pensar em coisas negativas. Ele mudou a letra de várias composições sua de antes de ele tomar essa decisão. A mais famosa foi a canção “É preciso saber viver”, que antes levava em uma estrofe a expressão “Se o bem e o mal existem” e no álbum acústico do próprio essa expressão virou “Se o bem e o bem existem”. Ninguém duvida que pelo menos publicamente a vida do rei parece esbanjar positividade.
Quando pronunciamos palavras que nos motivam mudando nosso estado interno, a motivação que elas nos causam é que nos impulsiona a viabilizar o que desejamos ver realizado no nosso ambiente. Por isso eu acredito que seja verdade que fazemos primeiro em nós a mudança que queremos ver no mundo. E quando o que você faz para você e que reflete positivamente também para os outros, ao redor ou não, ganha o interesse deles replicar ou preservar. Daí o reforço para eu acreditar nessa máxima. Além de podermos notar que quando somos mal interpretados ou ofendemos “mesmo” alguém com o que dizemos, podemos notar mudanças em seus semblantes e comportamento. É a influência do dito que pronunciamos em sua direção. Quer tenha sido dito para ele ou não.
Histórias sobre gênios das mil e uma noites nos inspiram a acreditar na possibilidade da palavra mágica. Uma palavrinha que falamos e fazemos as coisas acontecerem. E pra mim isso é perfeitamente possível se seguirmos o raciocínio que apresento. Veja: Quem se exibe para uma plateia pronunciando uma palavra mágica e modificando no ambiente algo de modo que possa ser constatado por ela é alguém bastante confiante, com total domínio daquilo que quer apresentar. As palavras que ele usa para fazer as modificações para serem visualizadas, além de fazer o trabalho em seu interior, que o permite se tornar bastante motivado e confiante para o espetáculo, manipula vibracionalmente os elementos de que ele se vale para oferecer à plateia algo impressionante. Sei que pode ser fantástico demais o exemplo, mas, seria comparado a manipular a força da gravidade para erguer um objeto, alterando, com uso de som orientado, as vibrações do objeto ou de quaisquer dos elementos que estiverem disponíveis ao seu redor.
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O uso de palavras ou frases e textos inteiros mágicos está no pronunciar de mantras, no rezar orações, no falar termos ininteligíveis, no simples cantar canções religiosas ou profanas. Mas, é mais funcional quando você cria suas próprias palavras mágicas. “Abracadabra”, diferente dos demais é para o gênio da lâmpada algo que ele interpreta imediatamente e se enche de sensações internas que o faz cumprir com um objetivo. Abracadabra pode ser simples junção de sílabas de vocábulos que todos nós conhecemos, embaralhados de tal forma que só o gênio sabe o que é. Alguns estudos dizem que o termo é hebraico e faz evocação a um Deus que seria oriundo de Siriús (vide) e a Wikipédia dá um parecer mais sério. Mas, a lógica do uso é a mesma desse raciocínio que exponho.
Uma boa dica para o emprego dessa técnica de usar a força da palavra ao seu favor é mesmo você criar seus próprios termos de motivação. Termos que lhe fazem encher-se de fé. Fé é uma sensação que queremos sempre ter, mas que quando temos nos acontece aleatoriamente, em situações condicionadoras. Não conhecemos a sensação de fé de modo a tê-la quando quisermos ter. Se pudéssemos fazer isso estaria resolvido o problema de toda a humanidade, pois, ninguém tem dúvida (sem trocadilhos) de que o que mais nos traz os problemas é a falta de fé. Logo, criar palavras que nos faz pensar no que queremos sentir para utilizarmos em nós é ótima saída. Quando você quiser sentir felicidade basta dizer para si que és feliz e se você se acostumar com isso estará condenado a ser feliz. Quem ficará infeliz com essa condenação? Por isso é que acho que o Roberto Carlos tem razão.
Você vê como são os rappers, funkers e seus seguidores com relação a sorte na vida e ao temperamento deles: estagnados socialmente, revoltados com causas que eles constroem para si, aborrecidos com a vida, pobres e violentos. Pois, é tudo que eles passam o dia a afirmar nas mensagens das canções que cantam e ou escutam e que os fazem ter sensações que eles se acostumaram a reverenciar e as ideias que cultivam, o que eles decidiram para si que é o correto para eles. Ideias, por exemplo, de que a sociedade os exclui. Se exclui, exclui por causa do que eles fazem. Basta dar de mão dessa cultura e dar uma chance para si de ser diferente, mais otimista e a cultivar sonoridades mais assimiláveis e em volumes audíveis, que eles verão modificações na vida deles quando decidirem ver.
As palavras convencionais perderam força para nos estimular. Por estarmos acostumados com elas. Algumas criamos crenças inibidoras contra elas. Por exemplo: Muita gente não consegue ganhar dinheiro porque tem bloqueio sabotador contra esta palavra. Para essas pessoas é bom, quando quiserem atrair dinheiro facilmente e sentem dificuldade de achar que isso é possível, trocar o termo dinheiro para um sinônimo. Pode ser “conseguir uma fortuna”, “conseguir um grande pagamento”. “Ficar rico” pode ser trocado por “Ficar afortunado”, “prosperar”. E por aí vai!
Agora, mais eficiente ainda é bancar o neologista. É claro que você não vai registrar em nenhum dicionário o neologismo que criar. E você pode torná-lo público – tanto o termo quanto o seu significado – ou destiná-lo só para o seu usufruto. Você pode dizê-lo somente mentalmente ou em voz alta. O importante é que ele funcione em você. E nesse sentido, a melhor técnica que conheço é a de formar palavras com sílabas de palavras que têm a ver com o que você quer ter ou ser. Se você quer ser bonito e rico você pode pronunciar para si: “eu sou bonrico”. E pronto: em uma única palavra você tem as duas coisas exercendo influência sobre você. Basta conviver com ela, criar em si a interpretação dela. E rapidamente, toda vez que você pronunciar para si que é bonrico você estará afirmando que é um sujeito repleto de beleza e de riqueza. Logo você se dará conta de que se não era, de tanto usar o termo se tornou. É por isso que eu sou produseduprosperfelicista.
“Pedi e vos darei; procurai e achareis; batei e ao que bateres será aberto” (Mateus 7:7)
Mais truques e reflexões desse tipo no livro “Contos de Verão: A casa da fantasia“.