
IMAGEM: Internacional Estadão
“Construa pontes e não muros, Trump“. Bonita demais essa frase que até Isaac Newton é creditado como autor. Até arrepio-me. “Pontes” tá no sentido figurado. Tá ligado, né? Tipo: “faça amor, não faça guerra“. Construa amizades, algo que te ligue ao outro.
O emprego da frase que está em questão foi protagonizado por um grupo de ativistas londrinos que estão “p” da vida com a arrogância do novo presidente da república dos Estados Unidos. Difícil é saber qual é a ponte que eles esperam que Donald Trump construa. O que faltou para Obama, os Bush, Clinton, Reagan e outros anteriores fazerem? As pontes que cuidam de transportar a soberba dos imperialistas yankees e os seus estão de pé e sempre recebendo manutenção há bastante tempo. Desde que Trump não as destrua, que mal há para os que se valem dessas pontes em o homem querer construir muros?
E que lamentações sem muro mais sarcásticas, pois, tentam usar da chacota que sofrem os mexicanos por conta da projeção negativa dada a eles pelas insandices do bilionário presidente, simplesmente para tirá-lo do posto. Sim, Trump falou em “murar as fronteiras“, sem mencionar o Canadá. Não é muito claro se irá interessar a quem sofre alguma humilhação e resolve dar seu apoio a manifestantes de botique preocupados, talvez, apenas com o próprio umbigo, o que virá depois de cumprido o objetivo desses que manifestam. Se a mídia dá projeção a eles, certamente querendo recrutar a sua adesão, é porque ela ganha para isso. Eu pronuncio para isso é o meu bom e velho fô…
Essa coisa de ativismo a gente tem que ficar cabreiro. Tem muita mulher, citando um primeiro caso, que acha bonito constatar que um grupo de feministas ganhou evidência para a causa do feminismo. Elas não percebem que à noite nem todo gato é pardo. E que o que não é pode muito bem parecer ser. O Movimento Feminista, por exemplo, assim como a maioria dos movimentos em pró de alguma causa, nasceu em laboratórios de pesquisas sociais. Entre eles o Instituto Tavinstock – olha, olha – de Londres. São atitudes pensadas por psicanalistas e outros cientistas da mente e injetadas nas ruas como se partissem de um avatar qualquer e se tornassem conhecidas espontaneamente. E a causa verdadeira desses movimentos está sempre oculta.
Foi assim com os beatnik, a beatle e a elvismania, os hippies, punks, grunges, funkers, rappers; movimento LGBT, Marcha da Maconha. Parece que é só balela o que escrevo, mas, olhe bem para os olhos de cada um dos maiores expoentes de cada partido desses e procure o que revela se houve mesmo espontaneidade no que eles fizeram. Com toda certeza digo: 100% de espontaneidade não há nesses movimentos. Sempre, alguém que os descobriu quando eram embriões, enxergou oportunidade neles e investiu nisso para algum propósito.
Uma das acusações de se tratar a verdadeira causa do feminismo é jogar mulheres contra os homens e com isso satisfazer duas necessidades: manter certa camada da população ocupada com uma guerra entre sexos e inibir a criação de família e, consequentemente, o nascimento de filhos. Controle populacional e mudança de estilo de vida (vida sem família, como a imaginada por Aldus Huxley em seu “Admirável mundo novo“). E outras mais aparecem, como, modificar a imagem do homem como o provedor da espécie, uma vez que o feminismo imperando faz com que as mulheres obtenham oportunidades de trabalho e ganho maior do que os homens. Status e projeção na sociedade mais qualificado. É meu chapa: “Se a mulher se igualar ao homem ela o supera“. Frase cunhada em instituto de psicolgia social para acreditarmos nela. O FEMEN não luta contra isso, pode? A sorte do homem (gênero) é que eles é quem está por trás desses institutos e usam o feminismo como uma granada para por as mulheres a seu serviço sem que elas saibam.
Vamos a mais exemplos do quão ingênuos podemos ser e o quanto é provável de darmos tiros nos pés se não tomarmos cuidado com essa coisa de dar força para ativismos, principalmente os que ganham visibilidade na mídia, pois, esses ganham porque a mídia quer dar ou é paga para dar. Compreendes?
De repente, nos anos 1980, em uma região situada à Oeste do Paralelo 49 N, o progresso é muito bemquisto. Porém, o progresso polui o mar de tal forma na região, que se não houver uma compensação em outros pontos do globo terrestre, a suposta qualidade de vida dada pelo funcionamento voraz das indústrias e pelo consumismo do que essas indústrias produzem será bastante comprometida. Um comprometimento que para a população dessa região continuar a viver, pelo menos de maneira quase rústica, abrir mão do cotidiano industrial e consumista será imperativo.
Para o lado do Atlântico Sul, costas do Brasil e da África, o conteúdo aquático que banha continentes e arquipélagos, se preservado com os índices de poluição de então, melhorando só um pouquinho, é suficiente para equilibrar clima e ecossistemas das regiões onde o progresso compete com a paz maritma, fornecendo condições para que o cotidiano dos lugares industrializados permaneçam o mesmo. Desde, é claro, que a sustentabilidade sistêmica da área alvejada seja mantida.
Diferente do hemisfério oposto, sentido Leste na linha de meridianos, permanecendo no mesmo oceano, os habitantes são predispostos a serem comovidos por engajamentos pró ecologia. Eles se chocam ao saber que baleias estão sendo mortas e precisam ser preservadas, tartarugas marinhas e peixes sofrem com a poluição descarregada nos mares, golfinhos, gaivotas, pelicanos não têm onde repousar. E eles acreditam em riscos de maremotos, tsunamis, terremotos e outros fenômenos catastróficos que supostamente advêm da falta de cuidado do homem para com os oceanos. Acreditam em aquecimento global ou efeito estufa – ou seja: que o planeta está esquentando por causa dos pecados cometidos pelos pouco industrializados (é de rir essa).
Se estrategistas políticos, de porte desses problemas, contratarem institutos de engenharia social para criar falsas informações com respeito a esse assunto, que preocupem os habitantes da região que se pretende que seja preservada tal qual está, com o trabalho dos institutos eles conseguem que a população da região cuide, de graça, na verdade: com o próprio dinheiro dela, tendo havido para os estrategistas apenas o custo para aliená-la, de fazer na região o que eles precisam. Tomar conta do que é seu para os outros. Deixar de desfrutar do que é seu, da forma como os outros desfrutam do que é deles.
Entra em cena, a serviço dos estrategistas, grupos como o Greenpeace. Que se fará parecer autônomo, carente de financiamento e com a luta pela ecologia cravada na carne, acima de qualquer outra coisa e a qualquer preço. Uma militância formidável, motivante, e muito bem divulgada pela mídia, tanto a vidente quanto a cega. A primeira, a fazer parecer ser contrária ao grupo, o que faz com que pessoas deixem se enganar mais depressa, achando que o ativismo deles mexe com poderosos e por isso sofre o ataque dos aparelhos conservadores. A causa, com isso, ganha ar de ser justa. A segunda, tem a mesma percepção que o engajado anônimo tem: se lança ao ativismo descriteriosamente, às vezes até fazendo donativos, que para o grupo recebedor é extremamente desnecessário.
E o que dizer do ativismo da falsa direita do Brasil? Jovens bem nascidos que se passam por revoltadinhos com o sistema esquerdista que foi implantado no país e que o assola em todas as suas camadas.
Revoltados On Line, MLB Brasil, Black Block, Rolezinho, Faca na Caveira, TV Revolta. São alguns dos nomes que seguem o roteiro definido pelo escritor Olavo de Carvalho: criação de fan pages no Facebook, blogs, vlogs e pontos de encontros em outras redes sociais para marcar manifestações, geralmente contra a esquerda brasileira, muito bem patrocinadas na surdina e cobertas pela grande mídia com ar de repugnação, no melhor emprego da tática explicada no parágrafo anterior.
Esses bandos são bancados pelo PSDB (só suspeita, tá?), para cumprir sua agenda de tirar o PT de campo, usar o PMDB como governo de transição e em seguida utilizar o mesmo pessoal para dar-lhe o xeque-mate e roubar-lhe o posto roubado. O “Fora Temer” que esses revoltadinhos gritam hoje tem aparência de arrependimento, mas está tudo como traçado no plano. Os esquerdistas que estão zombando deles em diversos veículos de comunicação deveriam ter mais desconfiança desse ativismo em que se acometem. De repente, confundir Engels com Hegel não foi gafe espontânea nenhuma e holofotes foram jogados em gente sem luz ou distrações foram promovidas na plateia, tudo com a ajuda de quem não queria que isso ocorresse.
E quando o trabalho contratado aos especialistas em controle mental é quebrar, inibir ou macular a imagem de um ativismo? Há certos ativismos que dá pra gente botar a mão no fogo por eles. Geralmente, aqueles cujo ganho da causa é visível de se dirigir apenas ao grupo manifestante. Por exemplo, famintos podem se unir para reivindicar pão. É diferente de famintos se unirem a pessoas que protestam contra a fome no mundo. Pessoas cuja fome que combatem elas não passam na prática. Elas só querem comer melhor, com mais dignidade, enquanto os outros querem só comer. O ganho da segunda causa se dirige a todos, mas ninguém irá comer imediatamente.
No final dos anos 1970 apareceu o MST – Movimento dos sem terra. História que, tal qual muito do que é citado acima, é referenciada no livro “Os meninos da Rua Albatroz“. Militantes políticos, posseiros, religiosos católicos de várias arquidioceses, da Esquerda Católica e da Resistência Ecumênica se voltaram contra a política do Governo Militar de destinar terras devolutas a quem quisesse migrar para regiões fronteiriças do Brasil, a maior parte sendo do Norte do próprio. A intenção do governo era acabar com o êxodo para o Sudeste e Sul do país, mobilizando brasileiros para tomar conta de partes do território nacional onde não existia civilização a contento, cujas glebas não eram proveitosas. Uma tentativa de se livrar de um problema social como a migração para o Sul, que culminava em alta taxa de desemprego, queda no progresso e surgimento de favelas e marginalização, ao mesmo tempo que resolvia o da presença brasileira em locais onde nem os órgãos do governo chegavam ou queriam ir. Nem mesmo as Forças Armadas.
Com o passar do tempo, o MST ganhou força. Muitos dos que integravam o movimento tinham ideologia e firmeza nas campanhas, dentre elas as invasões de terras produtivas abandonadas e de grandes latifúndios. Quando isso começou a incomodar os barões, os coronéis e os industriários que mantinham grandes terrenos parados tão somente para fazê-los valorizar para vendê-los, vendendo às vezes para estrangeiros que colocavam a mão no território e o explorava mercantilmente, enquanto muita gente precisava de um lugar para morar, plantar e trabalhar, e o próprio país carecia disso, um basta para as ações do bando se fez necessário.
Ataques corpo a corpo entre jagunços e posseiros já não surtiam efeitos pragmáticos. Exposição na mídia de repulsas aos membros do MST, os taxando de todo tipo de avaliação ruim, feitas, didaticamente, ao observador que se expunha à mídia, que tinha seu cantinho para encostar e seu emprego, e nada sabia sobre o que passava aquela gente que ele aprendia a odiar e o quanto a luta dela poderia servir para ele próprio, pouco adiantava, pois, havia intelectuais entre os organizadores do MST e estes faziam por onde os tiros da mídia saírem pela culatra.
Para que você reaja a uma ofensa, basta você se sentir ofendido. E para essa ofensa existir, basta alguém criá-la. Ela não precisa ser natural. E quando você entra em contato com notícias retratando invasões de propriedades, e os que dão a você essas notícias o fazem de maneira bastante atraente, pedagógica e recrutativa, se você não for vacinado contra essas técnicas de persuasão, captação de mentes e moldagem de opinião, você cai na cilada e vira defensor da ideia lhe impregnada.
Se te disserem que uma mulher que saiu de dentro de um movimento de sem-terra goza de vida boa e só está no movimento para se projetar, você não dá muita atenção. Acha que é intriga da oposição, mas fica com um bichinho te atormentando na nuca, lhe dizendo que isso é totalmente possível. Mas, você, se achando esperto, dá uma de São Tomé e diz para si mesmo que só acredita vendo.
Então, a mídia te dá o que você pede. Ela quer você para ela. Ela quer você, na verdade, para o cliente dela. E nisso, você aparece numa banca de revistas e vê em letras cooptativas que a garota da capa da Playboy do mês, logo a Playboy, é uma sem-terra. Ela te parece tão linda. Possui traços e tamanha garbosidade nada compatível com os trejeitos de uma retirante sem posses.
O que vem depois é essa garota da capa aparecer em todos os programas de variedades da televisão que você assiste. Nas colunas de jornal, no rádio e, a partir de certo tempo, nos mais badalados sites de fofocas. Só com esses momentos você já admite que o MST é uma farsa. O movimento cai na sua concepção por supostamente ter uma integrante assim. Na certa, pensará você, tem mais gente do tipo, só esperando sua vez de entrar no showbizz, dentro desse MST. Os próprios instrumentos midiáticos te dão esse pensar. Colocam um expoente para aparecer em uma cena de telenovela ou em um programa de entrevistas e dizer tal coisa para te contaminar. É o famoso “merchandising” de opinião.
E para piorar, mais pra frente a retirante sortuda por causa de sua beleza se torna socialite. Vira empresária, vira piloto de truck, participa de reality show na TV, ganha a apresentação de um programa de TV só pra ela. Essa é só uma das formas com que os moldadores de opinião operam. E isso também é falso ativismo.
Bem, se você leu até aqui, peço desculpas pelo tamanho do texto. Acho que me empolguei. Espero que tenha sido proveitoso e valido a pena ter lido. Conto com a sua opinião, se não for pedir muito. Bye!