O capitalismo roe-se ao se deparar com a questão do emprego. Para enfrentá-lo, os comandantes da sociedade fazem de tudo para garantir o funcionamento de seu regime. Não só combatendo obscuramente a ascensão ou a afirmação de partidos políticos ou de políticos de acepção socialista, como fizeram com Dilma Rousseff e estão a fazer com o PT. Até inventam ocupações que poderiam muito bem serem automatizadas e colocar nelas o efetivo de trabalhadores que estão tendo dificuldade para encontrar a primeira oportunidade no mercado de trabalho e os que não conseguem recolocação. Recebendo, estes últimos, é claro, o salário mínimo mesmo se já tiverem uma valorosa experiência profissional. E trabalhando nas mais abusivas condições, no caso das duas categorias. Os call center e os contact center são exemplos do tipo de empregador com que os manobradores da sociedade contam para atuar como cabide de emprego e salvar o regime deles.
Vi recentemente um vídeo no qual o físico Michio Kaku fala sobre como será o emprego no futuro (veja uma matéria completa). E ele afirma que as atividades repetitivas estão com os dias contados. Serão todas robotizadas. E que as atividades intelectuais terão longa vida e talvez jamais serão extintas porque os robôs jamais poderão ter sentimentos. Essas afirmações vão de acordo com as teorias propagadas por Theodor Adorno nos anos 1960. Será algo assim: produtores culturais não serão substituídos, pois, eles conhecem o sentimento das pessoas e se o que eles tiverem preparado para elas puder ser robotizado será, mas não a fase em que atuam, pois, robôs não sabem o que é agradar ou desagradar com o que faz.
Temos assistido confortavelmente em nossas poltronas o sistema acabar com o cargo de cobrador de ônibus. A função agora é totalmente passível de ser automatizada. Porém, manter agente de bordo dentro de uma lotação só para atender os eventuais passageiros que precisarem pagar sua passagem sem o uso de cartão ótico, em vez de transferir a cobrança para o motorista, não é diferente de manter um atendente por trás de uma URA (Unidade de Resposta Audível) em uma ligação para um contact center, quando essa tarefa é ainda mais suscetível de ser resolvida por meio autossuficiente. Quando não através da própria URA, com corridas a sites e outros mecanismos de autoatendimento.
Então, por que acabar com uma função e com outra não? Aliás, a segunda função na comparação é recente, praticamente criada para atender as demandas de emprego dos novos tempos. E é uma das alternativas de reposicionamento no mercado que o ex-cobrador tem.
Se você conhece de perto uma empresa que fornece atendimento por meio de telefone, você deve estar informado a respeito do público que existe nela trabalhando como operador de telemarketing ou como representante de atendimento. É um público versátil, que guarda particularidades em comum, e que aos poucos se uniformiza fortemente. Basicamente, a similaridade entre as pessoas desse nicho é o fato de estarem a ocupar o cargo que ocupam, a exercer a função que exercem e a ganhar o salário que ganham por não terem encontrado oportunidade melhor no mercado de trabalho.
Após semanas de convívio essa similaridade aumenta devido as transformações que acontecem graças à exposição ao efeito manada – teoria que reza que a minoria tende a fazer o que faz a maioria em um ambiente onde esta pratica certos hábitos cuja decisão por mantê-lo só depende do aspirante ou executa ação que sugere ser esta em razão de se manter seguro.
Assim, o número de fumantes aumenta porque o não fumante é influenciado a experimentar a fumar – aqui vale o mesmo para o contingente de drogados, que tem muitos membros nesses lugares devido a estratégias de recrutamento; o número de homossexuais também aumenta porque, também como estratégia de recrutamento, os contact e call center empregam muitos entes dessa sexualidade, fornecendo para eles ambiente para se proliferar, pois, o sentimento de estar em grupo o patrocina (é corriqueiro nesses ambientes se vir heterossexuais trocarem sua orientação sexual ou se tornarem bissexuais devido ao envolvimento com homossexuais por motivo de integração de equipes e por causa do emprego de políticas que favorecem essa corrupção de hábitos, entre estas as doutrinas fajutas da inclusão social e do politicamente correto. Somente o número de idosos e de deficientes físicos, que completam o quadro mais massivo de funcionários de uma central de atendimento, focando só nessas características do indivíduo de cada categoria dessas, é que, por razões óbvias, não altera devido à influências, mas engrandece mesmo assim, devido às características principais.
Sobre serem fajutas as doutrinas do politicamente correto e da inclusão social e sobre estratégias de recrutamento eu já discorri neste blog em outras postagens, mas voltarei a fazer isso futuramente. Foco agora no que se conecta ao título deste post a uniformização de pessoas que se vê nos contact e call center, o porquê de ser interessante lotar um lugar de homossexuais, fumantes, drogados e tatuados, que são numerosamente jovens, velhos ou portadores de alguma deficiência física. Parece um anti-nazismo, por contar no contingente todo o tipo de caracteres que Hitler supostamente rejeitava, mas é engano. É, na verdade, a essência do nazi-facismo. Só que encripada.
Percebe-se que um ambiente onde as pessoas são uniformizadas tal qual descrito acima é um ambiente que o sistema caracteriza como a ser formado por pessoas excluídas da nata da sociedade. Aquela parte da sociedade que dá as cartas e que não sofre privações e muito menos punições do sistema. O efeito manada faz esses excluídos pensar que não conseguirão outro lugar e ocupação para trabalhar. Eles se sentem aceitos nesse lugar por ver similares. Eles classificam a empresa para a qual prestam serviço como uma mãe por lhes empregar e lhes manter empregado mesmo que deem os piores resultados. E o pior: essa massa aceita escravidão.
Os contact e call centers são verdadeiros cativeiros de trabalho escravo. As condições de trabalho são as piores possíveis e acontece às vezes de o trabalhador receber menos do que o salário mínimo oficial em troca de seu suor. Por razões de estratégia de mercado e por haver várias fontes de receita para equilibrar as contas, tendo como parceiro inclusive o Governo, haja vista a recente doação bilionária do Governo Temer às empresas de telecomunicação, atrasos de pagamentos quase não acontecem. Ouvi dizer que um contact center de Belo Horizonte tem Donald Trump como sócio-incentivador. Como não duvido do boato que até empresas como a Nestlé e a Coca Cola participam de fundos cujo capital vai parar na conta dessas centrais de atendimento – e depois volta pra eles na forma de consumo dos trabalhadores -, não duvido em nada que os Rockfeller ou o George Soros também tenham o dedo nesse negócio. Os Rotchild é fácil de se enxergar: seus bancos é que recebem os depósitos que os contact e call centers fazem em suas operações financeiras.
Pessoas trabalhadas para cultivar esses pensamentos descritos serão condescendentes com tudo que for propagandeado como necessário para garantir a elas a situação que estão. Por exemplo: apoiar as falsas reformas trabalhista e previdenciária que o governo não eleito de Michel Temer quer aprovar. A Lei da Terceirização o ditador já tem a seu favor. E não esqueçamos que contact e call center é um setor formado por empresas que trabalham com terceirização de serviços.
As péssimas condições para o trabalhador que Temer deseja implantar só serão aceitas por pessoas que já vivem no limite da dignidade e da miséria humana. Por pessoas que encheram-se de dívidas, de vícios ou de medo. Não só que sejam emburrecidas e desinformadas pela mídia. E as empresas onde é explicito o emprego de processos de uniformização de pessoas e onde a produção é o que menos importa (senão se empregaria métodos robotizados, que dão mais resultados) trabalham para a elite oculta por trás do Governo para viabilizar essa necessidade do capitalismo de garantir emprego e formar consumidores.
São essas companhias verdadeiros campos de concentração, que de quebra contribuem com a redução da população do mundo, outra meta dos condutores do capitalismo. Gays e lésbicas convictos não se reproduzem. É grande o natimortismo, as malformações pós nascimento comprometedoras e o número de abortos dentre as gestações de drogados e fumantes. Não é de se esperar que idosos, ainda que férteis e potentes, venham a engravidar. O mesmo vale para deficientes físicos do tipo que mais se vê nessas empresas. Parece haver humanitarismo, mas é gerência, é controle de massas.
Essa manipulação da sociedade é demonstrada da forma mais didática possível no livro “Os meninos da Rua Albatroz“. Adquira! Na próxima postagem demonstrarei a faca de dois gumes que acua o consumidor que necessita ligar para um contact center ou que recebe ligação de um call center.
O desemprego não é só o maior medo do trabalhador, é também do patrão. Pois, o trabalhador com o seu salário na mão vira consumidor. E consumidor é que faz o patrão ganhar dinheiro. Contanto, não deve o trabalhador se sujeitar a nada, pois, para que ele tenha o poder de comprar, haverão de o empregar noutro lugar. Basta querer trabalhar. Façamos, então, o efeito manada funcionar ao inverso: com pessoas que se negam a se submeter à qualquer salário e à qualquer condição de trabalho influenciando outras que fariam diferente disso por basearem-se em suas necessidades e em seu estilo de vida. Com essa orientação em funcionamento, pode até a corja governista aprovar a reforma que quiser, pois, duvido que ela dure muito tempo, por falta de colaboradores. (A.A.Vítor)