Eu simplesmente adoro teorias conspiracionistas. Elas são tão melhor argumentadas do que o que publica a mídia PIG, por isso ganham a minha adesão facilmente.
Eu estive debatendo em comentários no Facebook e o meu rebatedor escreveu “Essa teoria que tudo é algo midiático tá um pouco fora da realidade” em um comentário meu que propunha duvidar que Sérgio Cabral ou Eduardo Cunha estivessem realmente presos em cela física, como faz parecer a Grande Mídia. Minha tréplica foi: “A realidade é midiática; Estando ou não os supostos políticos em cela física, você sabe disso é pela mídia“. E assim, entrou em pausa as notificações da rede social para a postagem que deu origem a esses comentários.
Logo, se a realidade é midiática, para que vou me conformar com a história que a mídia vende se ela não me satisfaz? Vou criar a minha própria versão para os fatos ou vou apoiar as que eu encontrar pela frente vindo de qualquer meio e que forem mais mastigáveis.
Daí apareceu-me a seguinte:
O Lula, talvez o PT, ficara em apuros com a economia ou com a cobrança do capital estrangeiro com relação ao grande avanço dado para a população pobre brasileira durante os idos de governo petista. Todos sabemos que para o Capitalismo funcionar é preciso haver pobres, miseráveis, pedintes de esmolas, servos, escravos para servir os senhorios, donos do Capital. O PT estaria, então, tirando o brinquedinho dessa elite mantendo o povo no nível em que estava.
Para sair dessa roubada, ou seja: voltar o povo ao que era antes da Era PT, seria preciso que um grande golpe de opinião pública fosse traçado. Pedira arrêgo o partido de esquerda às personagens que vemos desfilar com simpatia na tela da Globo.
No plano, encontrariam um ponto onde pudessem enquadrar Lula em alguma acusação de erro de conduta durante seus tempos de presidente da república. O esquema envolvendo a Petrobrás seria a galinha dos ovos de ouro para o intento. Meio delicado, porque embora entre bastante nomes de petistas para ajudar na difamação da legenda, enquadra também nomes de políticos marcantes, empresários intocáveis. E até a emissora de tevê paga para liderar o resto da imprensa e meter na mente das pessoas a história bolada estaria com o telhado de vidro.
No enredo, Lula aceitaria passar por martir. Ser alvo de escutas telefônicas e de delações de empresários supostos pagadores de propina, sofrer ataques da mídia hegemônica, ser pintado como corrupto e ladrão. As acusações seriam massivas e fenomenais, e bastante repetitivas e repercutidas. Até que o povo que vota na Esquerda se encha de ódio pelos ícones e partidos da vertente – ou se encha de ódio contra a política – ou até o ídolo petista ter cassado seu direito de ser eleito novamente presidente da república. Assim, por falta de condições legais para ser reeleito, Lula se safaria de ter que prestar conta para o seu eleitor da sua ausência nas eleições. Todo mundo estaria vendo que não seria covardia e nem abandono.
O objetivo é não tê-lo como opção para voto em 2018. Senão, o povo vota nele. A Grande Mídia e os partidos conservadores por trás desse golpe sabem que não influenciam mais o povão como antes e que se não for na marra como está sendo dirigir o voto dele, continuaremos a ter a Esquerda no poder, os trabalhadores com o chicote na mão para dar chicotadas nos empregadores e o pobre andando de avião ou fazendo faculdade, que nem é com os burgueses do MBL, que estão uma arara com essa ostentação toda do público favelado.
Já que tudo é uma grande armação, conforme essa teoria da conspiração, não pode haver provas concretas que não só maculam a imagem do Lula, como também o põem legalmente na prisão. Se houver, esse povo que é enganado por esse cartel formado por políticos, juristas, empresários e veículos de comunicação não vai conseguir segurar o ranso e exigirá condenação e cela para o martir. Cela mesmo! É por isso que há tudo que se pode imaginar para deixar o público encucado nesse grande show teatral. Menos provas que encarceram definitivamente o protagonista do show. Estas, se existirem, levariam com ele para o xadrez a gangue toda, incluindo os que teriam o sentenciado.
Depois das eleições tudo voltará a ser como dantes no quartel de Abranches.