Internet: Ambiente para se cometer erros

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O Youtube é o maior disseminador de erros na internet. Levado a acessar um vídeo de marketing de guerrilha, na lateral direita do mesmo o internauta encontra uma série de sugestões de vídeos, cujos títulos duvidosos são bem abordadores e carregam informação falsa para erguer alguém ou uma opinião ou sabotar a imagem e opinião de outros. O serviço também oferece o assédio ao público feito pela constatação de visualização do material, contagem de likes (reação de pessoas), número de compartilhamento e de comentários. Na maioria das vezes trata-se de números falsos, viabilizados pelo provedor do serviço mediante pagamento de campanha de marketing. Pessoas faturam dinheiro deixando qualquer comentário ou se inscrevendo em canais, o que ajuda a natureza duvidosa da integridade da informação veiculada pelo servidor.

Surgiu no Facebook o compartilhamento de uma postagem típica de marketing de guerrilha político, a qual jurava que um grupo LGBT (Lésbicas, gays, bichas e travestis) teria criado uma versão gay para o quadro “A Última Ceia“, que o artista italiano Leonardo da Vinci teria pintado entre os anos de 1495 e 1498. O quadro retrata Jesus Cristo, ícone do Cristianismo, em sua última ceia junto a seus doze apóstolos.

O compartilhamento, como não poderia deixar de ser e fora criada a postagem para isso, causou polêmica entre os usuários da rede social, supostamente por agredir a fé cristã e desrespeitar os seguidores dessa fé. Vale lembrar que o quadro de Da Vinci é uma obra profana, que nada tem de sagrado, ainda que sem levar em consideração a índole e história social do autor. Portanto, desvirtuar a obra em nada está se atacando a religião.

Mas, o fato é que religiosos fanáticos não conseguem ter essa visão. E acham que a inabalável Bíblia Sagrada, fornecedora da história cuja uma das cenas Da Vinci teria retratado em sua pintura, está implicitamente sendo abusada. Daí surgiram, principalmente, comentários e desabafos repudiando o contingente LGBT. Sem variar os ataques, assumindo os atacantes que nenhum outro responsável pudesse estar por trás da suposta ofensa.

Daí se vê como é precipitado o público de redes sociais e da internet como um todo. E como é presa fácil para aqueles que simplesmente querem chocar esse público e jogá-lo contra seus adversários, colhendo, em seguida, alguma vantagem com isso ou simplesmente se divertindo com o seu poder de influência digital.

Basta raciocinar: o grupo LGBT se colocaria ainda mais na mira dos conservadores se eles procedessem a espalhar em ambiente popular material que os ofendem ou ofendem seus adeptos. Os controladores da sociedade são em sua maioria integrantes da linha conservadora de pensamento. Seria medir força com um gigante sem tamanho. Para que comprar uma briga dessa?

Se realmente LGBTs estiverem por trás dessa idiotice, seriam estes os que integram a facção política que utiliza a homossexualidade para afrontar e desestabilizar a sociedade, a fim de pervertê-la e torná-la vulnerável à dominação estrangeira. Tipo de ação política que preocupava nos Estados Unidos dos anos 1950 ao senador Joseph McCarthy, criador do Macartismo, e que viu o sofrimento que dá querer encarar grupos de políticos conservadores preocupados em manter a sociedade estável, concentrada em afazeres úteis, para que o país cresça soberano e vitorioso. Quem tem dúvida de que estas são características dos Estados Unidos?

LGBTs que marcam presença em Parada Gay ou Marcha da Maconha ou nos esquetes da mídia para evidenciar ou tirar da tumba artistas e outras personalidades, como se quaisquer das sexualidades fosse motivo válido para alguém ganhar destaque na sociedade, é que poderiam ter o interesse de legar tal acontecimento. Mas, esses mancham a reputação dos verdadeiros homossexuais. Os que não acham que são diferentes de ninguém por causa da sua orientação sexual e que preferem o anonimato e viver sua sexualidade sem alarde e que procuram fazer por onde se destacar na sociedade colaborando com afazeres importantes para toda a coletividade.

Entretanto, os LGBTs dados à futilidade, que são bancados por grupos políticos, de esquerda, com mais evidência, e de direita, estes utilizam a grande mídia para fazer sua engenharia social e seu investimento na evidenciação da homossexualidade tem o objetivo de controle populacional, nem sempre pertencem realmente à designação que se diz fazer parte. Ocorre muita falsidade ideológica e aqueles que ao se expor ao fakenews compartilhado na internet condenam o público implicitamente destacado como autor da postagem cometem injustiças sem tamanho. E ser injusto não é propriedade que suporte a moral de quem se sente ofendido por causa de ferimento em seus dogmas religiosos.

Estando o grupo LGBT inocente na veiculação de tal material, quem mais poderia estar por trás do trabalho? A primeira desconfiança deve recair em cima de pessoas sem qualquer compromisso político, midiático ou social, que estariam a se divertir fazendo alastrar suas investidas. Estas poderiam estar a ganhar nada fazendo isso, apenas a diversão de verem tolos compartilhando e reagindo ao material que produziu. Ou poderiam estar a ganhar com o clique no link do compartilhamento, que levaria a seus sites ou a de terceiros ou a algum anúncio com o qual faturaria por visita. O melhor emprego do que é chamado de fakenews e de marketing viral. Grassroot marketing, astroturfing, honey pot.

Políticos de direita, como Jair Bolsonaro – que odeia a Esquerda brasileira, e esta se associa ao público gay, e se prostra como moralista – e o pastor evangélico Marcos Feliciano – acusado de ter contratado duas mulheres para aparecerem se beijando na boca no meio da multidão durante um culto que apresentava, tal esquete o fez ganhar evidência na mídia e o colocou na preferência de votos de evangélicos e outros cristãos e defensores da Família, devido à sua suposta postura defensora da moral e bons costumes – poderiam ter contratado o marketing de guerrilha e a respectiva propagação pelos perfis de redes sociais na internet. O interesse deles seria jogar o público cristão contra o LGBT, fazendo, posteriormente, esse público remeter ao fato de a Esquerda brasileira ser condescendente com o que propagam os homossexuais. E isso ajudaria a inibir votos em políticos que integram essa vertente política, o que poderia favorecer a aspiração dos dois deputados, que intencionam chegar à Presidência da República.

Na análise anterior também cabe incluir os hipócritas líderes religiosos. Gente como Silas Malafaia, Edir Macedo, Magno Malta, padre Paulo Ricardo, que se prostram como donos da verdade e defensores da boa conduta religiosa, buscando afirmação de seus nomes perante o público que se ofende com o que seria um ataque ao Cristianismo e veem crescer suas rendas e influência na sociedade. Ao mesmo tempo que atacam o que consideram inimigos, que é o público que não se submete ao controle religioso; que não se curva à escravidão religiosa.

E esquerdistas, estariam livres de qualquer suspeita nessa ação de marketing político? Claro que não! Manter a sociedade ocupada com indignação e repúdio é interessante quando se precisa ganhar tempo. Discutindo a questão e se movendo a atividades implorando providências passaria despercebido do povo afetado tomadas de decisões que este jamais consentiria em estado de lucidez total para os fatos políticos. Réus poderiam ser absolvidos, projetos de leis poderiam ser aprovados, ataques terroristas poderiam ser viabilizados e imposta a culpa aos direitistas ou outros inimigos. Além de ser viável a todo tempo o número da acusação de intolerância e hipocrisia da sociedade, que se move contra cidadãos livres, no caso os LGBTs, que teriam se valido de uma obra de arte profana para manifestar sua opinião quanto a uma possibilidade de versão para um fato bíblico que, como talvez todos os fatos bíblicos, nunca foi comprovado e religiosos e administradores sociais se valem da crença nele para controlar a mente da população e manter as rédeas dela. “Graças a Deus” o povo fica cada vez mais ateu!

Portanto, está cercado de ativistas, marqueteiros e baderneiros mal-intencionados quem se informa e toma qualquer tipo de comportamento com base no que absorve pela internet, seja qual for o veículo de comunicação. O melhor a fazer é ignorar e não propagar o que muito alarde faz quando aparece para ser compatilhado. Clique no link se houver: nem pensar! Nada de dar audiência e retorno para quem só quer o próprio benefício e se lixa para o prejuízo que os outros possam ter com as atitudes que tomam com a exposição à sua opinião, incluindo o do voto.

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