Seguindo-se o timing estabelecido por Sérgio Moro, que favorece sempre à circunstâncias políticas, Lula prestou depoimento em audiência para julgar o caso com relação ao sítio de Atibaia.
A redação do Pravda Brasil argumentou para seus leitores que Lula estava num ciclo de julgamentos que visariam o colocar em prisão perpétua. Além de lembrar razões políticas e nunca criminais para isso, o jornal publicou que o general Villas Bôas, do Exército brasileiro, teria revelado que Lula é preso político, porém, da instituição que compõe as forças armadas.
A justificativa do general, remetendo aos primeiros anos do Governo Lula, tenta impor ao brasileiro a legitimidade de intenção do governo quando embrenhou-se na obra de transposição das águas do rio São Francisco para matar a sede do Nordeste.
Acontece também à crítica à relação dimensão da obra e trecho viabilizado e em financiamento. Chamou de canhão para matar mosquito. No entanto, as barreiras que Lula e Ciro teriam enfrentado para concluir a obra não são mencionadas. Se as dificultações proporcionadas por adversários políticos não aconteceram, é dever de quem critica ser honesto com quem recebe a crítica e apresentar fatos comprobatórios que legitimam a crítica em detrimento do criticado.
Prestando uma opinião que visa buscar compreensão do porquê de serem tão contraditórias as alegações que ganham simpatia daqueles que são movidos pelo que a mídia valoriza, remeto-me ao livro “Assassinato de reputações” do Romeu Tuma Jr. Tuminha alega que Lula durante a ditadura militar era um agente duplo. Ajudava o Exército à colher informações sobre incursões, greves e subversivos.
Pergunto: Se nessa afirmação está a verdade, o Exército se interessar por manter Lula preso pode ter relação com esses tempos? Ou essa afirmação é mais uma das tantas que ganham simpatizantes por satisfazerem o desejo de justiçamento que a contraditória mídia incutiu em seu ser, que nem pode ser essas que sustentam a prisão do ex-metalúrgico e presidente da república?
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