Futebol: Hipócritas X Céticos – O jogo mais esperado do ano

Copaamerica2019

Eu até parei de postar críticas ao Futebol baseadas no meu ceticismo, na minha sensibilidade para analisar fatos, bastidores e partidas e tirar das verdades propagadas sobre o futebol as mentiras.

Estavam me chamando de paranóico, conspiracionista, alienado insistente, só porque o time que criei, o Céticos Futebol Clube, cresceu muito na preferência dos internautas.

Mas, enfim, a TV Globo não se preocupou com o dinheiro que perde remexendo o ralo da latrina que ela conhece muito bem e expôs o Cruzeiro de Minas Gerais.

As postagens que me desgastei publicando no Twitter deixavam a teoria toda mastigadinha quanto à suspeitas de haver muita sujeira em campo onde se vê um grande entrar. Era só seguir a trilha, que quem pode chegar perto do esterco constataria o fedor.

Postei muito sobre resultados duvidosos de não terem sido combinados, andamentos programados de partidas, lances preparados, possíveis títulos comprados, contratações estranhas, ações de lobistas e de agentes de jogadores.

Se aprofundarem nesse lixão que assola o time da Toca da Raposa em primeiro lugar, vão ficar encurralados outros clubes, gente das imprensas – rádio, TV, jornais, sites -, árbitros, CBF, FIFA, patrocinadores, políticos. Empresas que fizeram negócios para viabilizar a Copa 2014.

Se Bolsonaro quer aparecer passando um pente fino em tudo quanto é setor propagador de corrupção no Brasil, eis um forte candidato: o mundo do futebol. A gente de bem conta com isso. No mínimo, no mínimo vão parar com a poluição sonora e aérea que os foguetórios comemorativos de besteirol geram.

E se o Bolsonaro precisar de um empurrão para apertar o cerco nesse campo (sem trocadilho), eu dou: Foi Lula quem trouxe a Copa pra gente sediar e ficar arruinado.

Que a Copa 2014 acabou com o Brasil e o brasileiro tá pagando a conta até hoje ninguém duvida. Em Belo Horizonte, terra do Cruzeiro, isso é visibilíssimo. Não é à toa que vivem produzindo grandes eventos no Mineirão, idas anuais dos grandes times da cidade para a Libertadores, conquistas suspeitas de Brasileirões. E outras produções mais.

A merda que o PSDB fez com a BWA para a reforma dos estádios de Belo Horizonte e com outras empreiteiras que cuidaram da infraestrutura na cidade e adjascências ainda não parou de feder. Tem que serem quitadas as dívidas pra isso parar.

Só forçar o Galo voltar a jogar no Mineirão parece não estar ajudando muito porque o atleticano tá menos bobo e anda faltando aos jogos onde o querem como massa de manobra.

Tentativa de arrecadar dinheiro dentro dos estádios ou de frente para telões em bares e lares e de arrumar hóspedes para hotéis e restaurantes construídos para a Copa e que hoje minguam clientes é o mais fácil de se deduzir serem essas operações.

Tem hora que os grandes clubes das capitais do Sudeste e do Sul vão jogar entre si em Brasília, Cuiabá, Manaus só pra socorrer esses elefantes brancos construídos para o evento da FIFA e largados de mão a seguir por sequer ter nessas localidades um Clássico capaz de encher pelo menos uma fileira de assentos nos monumentos.

A conta da Copa só fez piorar quando para destruir a imagem da Dilma e tentar tirá-la do posto democraticamente inventaram de o Brasil perder de 7 a 1 para a Alemanha. No mesmo Mineirão. Eta sina de contribuinte de operações clandestinas essa arena tem!

Não deu certo, a associação só funcionou com os que já haviam caído em outros golpes desse comando obscuro manipulador da opinião pública, e a Dilma acabou sendo eleita novamente.

Tiraram ela no golpe do impeachment e para passar mel na boca do brasileiro padrão – o apaixonado por futebol canastrão – colocaram ele pra comemorar em casa a conquista da primeira medalha olímpica do Brasil no esporte. E acreditando ele que aquela vitória justamente sobre a Alemanha na final foi armada coisa nenhuma. Prêmio consolação de luxo!

E ainda em 2019, a campanha para pagar a conta continua descaradamente. Copa América disputada no Brasil. Jogos em vários estados. Participação de seleções da Ásia.

O que é que tem a ver seleções asiáticas em torneio das Américas? Nada. Talvez os olhos puxados dos peruanos ou os dos chilenos. Mas, é a Ásia um continente onde gostam muito de futebol, têm os asiáticos dinheiro para sair em turismo pra acompanhar sua seleção e o calendário local do futebol por lá não concorre com o do evento, como ocorre com o europeu. Morou?

Por que não times da África? Sim, por lá existem times que dão partidas muito mais interessantes de serem jogadas contra os sulamericanos. Mas, é a pobreza da população  africana que impede essa melhora na qualidade do certame. Esta Copa América é uma operação caça-níquel e não um torneio. Sacou?

Hipocrisia, eu quero uma pra viver
(Hino do Hipocrisia Futebol Clube)

O poder do “non sense”

A sátira é a forma com que quem não tem poder dá seu recado a quem tem

Imagine a seguinte situação: Uma caixa de sabão em pó guardada dentro de uma geladeira. Isso é completamente non sense, concorda? Não possui lógica, não faz qualquer sentido.

Mas, e se com isso alguém esteja querendo dizer algo? Se aquele a quem a comunicação deve chegar, captar a mensagem, então, ela não poderia ser melhor comunicada. Certo?

Nem sempre uma comunicação direta consegue dar seu recado. E às vezes, esse tipo de recado nem pode ser dado senão de forma simbólica.

Principalmente assuntos que se relacionam com vertente política. Quem segue a linha esquerdista tapa a cabeça para mensagens que não sejam de esquerda e vice-versa.

E quando a pessoa é poderosa, sequer acessível ela é. Utilizar de meios convencionais de se transitar mensagens é que não vão fazer efeito mesmo em se intencionando enviar algo para elas.

É nessas horas que se pode ver coisas como gente pelada segurando faixas de protesto em meio a uma multidão.

É até muito comum falarem “mas, que sem-noção” – outro jeito de se aludir ao non sense -, “o que que tem a ver ficar pelado pra falar de política”.

Mas, de outra forma, quem vai olhar para a faixa? Principalmente se for um homem ou uma mulher bem feios. E o corpo deles idem.

Assista o vídeo acima e se inspire a cultuar o non sense. Nem que seja pra se divertir e aliviar o stress. Se tornar criativo ou exercitar a criatividade. Se libertar mentalmente para estar apto ao sucesso em qualquer campo.

Veja bastante desenho animado. Principalmente aqueles em que uma personagem tenta capturar outra e arma um monte de planos que dão certos só contra ele. É cada coisa mais esdrúxula do que a outra.

Como por exemplo: o burro do dinheiro que a personagem gasta em suas tramas, que poderia ser usado para comprar o bicho já pronto pra ir pra panela.

E quando o sujeito possui uma bomba e espera eliminar sua caça com ela? A bomba explode na mão dele e mesmo com muito mais chance de se vir livre deste mundo, não acontece mais do que umas sujeirinhas na cara. Kkkkk!!! E espera que com sua presa seja diferente.

O revisionismo do Governo pode afetar a Bíblia

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O governo, além de tirar sociologia e filosofia da grade escolar, pretende fazer modificações na História. O Golpe Militar de 1964, por exemplo, passará a ser entendido como um esforço militar para deter a implantação do Comunismo no Brasil. Que mentira mais bonita, não? Que bravos heróis esse revisionismo da História nos traz.

No meio direitista, por conta própria, mas, seguindo o mestre, os direitopatas andam atribuindo a cunhagem do termo idiota-útil ao líder comunista Vladimir Lenin, quando a autoria mais aceita menciona Yuri Alexandrovich Bezmenov. E a aplicação do termo, conforme o mundo bolsomimimion, se refere exclusivamente àquele que participa de passeatas em favor de líderes esquerdistas.

Reflitamos: O que direitista entende de história, sociologia, antropologia, geopolítica, marxismo ou filosofia pra sair por aí querendo dar uma de revisor acadêmico? Ou melhor: eles entendem que têm que acabar com essas disciplinas para que o lado que eles combatem não volte a ficar maior. As disciplinas só não: as universidades também.

O brasileiro médio entrou em contato com o termo há uns cinco anos quando espalharam biografias perdidas ou proibidas na internet e entre elas estavam as de gente como Antonio Gramsci e Saul Alinsky. O teórico Gramsci chamava de idiota-útil não só o manifestante citado pelos direitopatas, mas, qualquer contribuinte. E Alinsky, ativista político estadunidense, formava legiões de idiotas-úteis em pró da derrubada do sistema em sua pátria. E quase conseguiu!

Um cara de pé em uma esteira de linha de produção em uma fábrica e que coloca peças de um produto no lugar e com isso ajuda enriquecer seu patrão enquanto ele próprio apenas ganha seu sustento é um idiota útil. Os grandes craques de futebol de hoje em dia não passam de idiotas-úteis. Nisso, quem não está no controle da sociedade está no rol de idiotas-úteis, massas de manobra. Lenin, sim, definiu o termo “esquerdismo” em seu livro “Esquerdismo, doença infantil do Comunismo”.

Mas, como esses “conserva dores” que estão em vitrine têm a obrigação de seguir os “dita dores” da informação deles, a verdade terá que ser modificada. Gente como Rodrigo Constantino e Olavo de Carvalho. Terraplanistas que acreditam que o Sol é que dá volta na Terra.

Aliás, não está errado isso, em todo o Universo, qualquer um dá a volta nos terráqueos. Entendeu? Riu? Então, vamos voltar ao assunto.

Eram danosos para o cidadão de Minas Gerais aqueles tempos em que cheio de intenções para com o estado difíceis de serem interpretadas, o governador Newton Cardoso sofria o massacre da imprensa que opunha-se ao seu governo. Graças a ela, ficamos todos nós daquela época com a opinião formada quanto à capacidade intelectual debilitada do político pmdebista, vulgo Porcão. Pejorativo que foi lhe atribuido também pelos opositores. O jornal “O Estado de Minas” chefiava os marrons.

Tendo herdado o aparato estatal absolutamente comprometido com o pagamento do funcionalismo: 113% do orçamento eram direcionados à folha dos funcionários de Minas, tal qual herda hoje Jair Bolsonaro o cetro federal, Cardoso se viu necessitando realizar cortes no orçamento público. Um dos primeiros atos de Newton Cardoso como governador foi a exoneração de mais de trinta mil funcionários fantasmas.

E, naquela circunstância, tal qual acontece hoje, os servidores públicos – que votaram em peso no ex-prefeito de Contagem, MG – se transformaram na esquerda. E se embrenharam a recrutar idiotas-úteis inclusive no meio privado. Gente que nada tinha a ver com o peixe por não ser funcionário público e que estaria era ganhando com os resultados que o governador colhesse, impelidos pelo marketing político de terceiros apoiou a luta pessoal dos beneficiários do sistema estatal.

E tal qual os direitistas desavisados de hoje, os daquela época ajudaram a esquerda servindo de massa para manobrar a causa dos jornais e bancos estatais, que estavam na mira de corte de verbas – os primeiros – e privatizações, que acabaram ocorrendo.

Essa massa criou, então, um mito: a burrice de Newton Cardoso. E várias piadas bem criativas. Algumas foram parar em programas de televisão de cadeia nacional.

No caso atual, a soberba que nos exibe Jair Bolsonaro faz a gente imaginar que ele leve à sério o título de Messias, o qual ele tem desde menino. Fazer o verbete “comunista” virar significado de “vagabundo” deve estar entre as exigências destinadas aos organizadores do dicionário Aurélio. Pode ser que ele não se contente com o campo nacional e queira também dar pitaco na Bíblia.

E aí, emprestando de uma piada contra o Newton Cardoso, “cristão” vai designar um cristo grandão; encíclica, uma bicicleta de uma roda só; epístola: pistola para atirar em perfis de redes sociais na internet.

Não tem essa de ‘dar a outra face’, bateu, levou de volta”. Nesta passagem relatada em Lucas 6:29, a protagonista da história sem dúvida seria Maria do Rosário, conforme essa divagação. “vende tudo o que tens e me segue”: “Ô louco, isso é coisa de comunista, ou seja, de vagabundo”. O Mar Vermelho que Moisés teria abrido terá que mudar de cor. E por aí vai!

O fato de apesar de a Bíblia ser profundida como um livro inspirado por Deus, portanto, não pode haver dúvida e nem despautério, o Rei Saul ter morrido uma vez, mas de três formas diferentes, duas sendo assassinado e uma cometendo suicídio, pode impelir o Coiso a exigir: “Não tem essa de morre-não-morre, arrume uns caras bons de serviço, põe uma metranca na mão deles na história e acaba logo com esse rei”. E ainda se pode esperar por um “rei que procura necromante é bandido; e bandido bom é bandido morto”.

Mas, a necessidade maior de revisionismo bíblico nos novos tempos, que destacarão a pedagogia da Escola Sem Partido, está na crucificação de Jesus. Como todo cristão sabe e até ateus sabem, Jesus foi crucificado entre dois ladrões. E o bom ladrão, apesar da passagem não deixar isso claro, é apresentado tanto na cultura artística cristã quanto na profana, como o que está à esquerda do Cristo, causando uma difamação à lateral direita. Mas, nada que uma ordem bem ao estilo bolsonarista não resolva: “Tá errado isso daí, bota o vagabundo na esquerda, talquei”.

Não queremos reforma política, queremos o fim do PT

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Utilizo esta postagem para deixar claro para todos os que me leem e que possam ter se identificado com as minhas opiniões voltadas para a esquerda, que estou apoiando o Governo Bolsonaro. A questão é que as propostas desse governo, que só vieram à luz agora que ele foi eleito, me interessam. Incluindo a Reforma da Previdência. Se a campanha eleitoral do próprio tivesse deixado claro o que planejavam implantar, teria recebido meu voto. É claro que sei agora o porquê de terem arriscado tanto e feito pessoas como eu abominarem a candidatura de Jair Bolsonaro. E é exatamente isso a razão desta postagem.

Tenho frequentado grupos de apoiadores do Bolsonaro. E entrado em contato com o material que neles são postados. Não sei qual material tem menos nexo: se o de direita ou se o de esquerda. Todos são idiotas e levam a lugar nenhum. E nos dois lados, se a sua opinião for favorável à causa apreciada, mas, não conter ataque ao lado oposto, ela é ignorada ou ridicularizada. Quanto a isso, a falta de amadurecimento político não muda em nada em ambas as facções.

Os bolsonaristas agora estão propagando ataques ao STF. Colocando-o, só agora, como o verdadeiro inimigo do Governo Bolsonaro. Se esquecem que o ministro da justiça é quem coordena o STF – Supremo Tribunal Federal – e que da mesma laia de juristas ele participou antes de chegar ao posto que chegou.

Se esquecem que o STF teria cuidado para que Lula fosse preso, o que foi decisivo para a vitória do candidato do PSL à presidência da república.

Essa prerrogativa poderia muito bem ser rebatida, se o timing da prisão fosse outro. Por que Lula não foi preso em 2015 por exemplo? Ou, deixado participar das eleições, continuado o processo e, caso constatado instrumento definitivo de acusação, ou seja: prova cabal de um crime, com ele eleito, fosse punido e impedido de seguir mandato presidencial.

É óbvio que não queriam que isso se desse, pois, o vice petista é quem o substituiria. Mas, por que a prisão às vésperas da eleição?

Se esquecem que o STF, podemos dizer que através de um braço seu, o TSE – Tribunal Superior Eleitoral -, como ficou parecendo para nós que não temos acesso ao que não é noticiado pela grande imprensa, foi omisso em apurar fatos relevantes na campanha eleitoral de Jair Bolsonaro. Como, por exemplos: a facada estranha, a máquina de espalhar fakenews, a fuga dos debates, a propagação de ódio e de opinião afrontadoras da nação.

Só recentemente é que fui detectar que me inscrevi em várias páginas ditas esquerdistas no Facebook, as quais teriam sido criadas pelo marketing do PSL. Este reunira em várias destas pessoas para o fim de receber material falso de ataque ao PSL, propagar e na própria página supostamente esquerdista ver comentado por membros delas, considerados infiltrados, ou até mesmo por administradores do canal de comunicação, críticas e chamadas de atenção por propagar inverdades que ocasionavam mais aversão à esquerda por parte do público não cooptado ou ainda não cooptado pela direita. Sem estes, é claro, revelar que era esse o propósito.

Por vezes eu estranhava por que cargas d’água alguém com visível perfil bolsonariano compartilhava o que eu publicava nas páginas. Caí que nem patinho, mas aprendi mais sobre marketing de destruição de reputação. E o quanto é perigoso opinar e colher opinião em redes sociais na internet. Falei com muito perfil falso, inclusive por inbox. Ainda recebo reações em postagens vindo de perfis suspeitos.

Golpe de mestre esse dado pelos marqueteiros bolsonaristas. Nisso estaria envolvido o Facebook – nos outros locais, as outras redes sociais -, a grande imprensa – incluindo a que emprestava seu crédito para ser ancorado links de notícias falsas em seus sites, empresas consagradas e uma série de outros participantes, que estariam comprometidos com a mesma causa.

Deve ter havido um encontrão em alguma fraternidade esotérica onde congregam políticos, empresários, religiosos, mafiosos, midiáticos do mundo todo, para ser passado o papel de cada um no que teria sido e ainda seria um grande plano para salvar uma nação, sem ter que responsabilizar consistentemente os causadores do rombo, que certamente seria todo esse pessoal.

Como dizer que não saberiam desse esquema, que só posso chamar de suposto, os magistrados em evidência na ocasião? Sendo os mais notáveis a Janaína Paschoal, que se viu beneficiada sendo eleita deputada estadual muito bem votada e agora estaria sinalizando, conforme a agora suspeita Folha Uol informa, saída do PSL por inconformar com os esquetes envolvendo os Bolsonaro, e Joaquim Barbosa, que ajudou bastante no número quando às vésperas da eleição de segundo turno declarou seu voto ao PT, o que deu ar de erguimento à candidatura de Haddad e fuga das desconfianças sobre a credibilidade do sistema judiciário quanto às omissões que protagonizou.

Dentro desse raciocínio, se o STF fosse conspirar contra o governo deveria primeiramente trocar todos os magistrados e colocar as ações nas mãos dos substitutos, como manda a lei do rabo preso. E a recíproca também é verdadeira: se o governo fosse conspirar contra o STF teria que primeiro haver renúncia do presidente da república, levando junto seu vice, e troca de todo o ministério por políticos que nada teriam a ver com o peixe podre.

Logo, para bom entendedor, ou o bolsonariano é bem burrinho ou compactua de um segredo que sobre ele só podemos divagar. Aguarde a divagação ao fim da postagem.

Outra coisa que os bolsonaristas estão exigindo em seus antros é reforma política. Eles também têm sido jogados contra seu partido, assim como o marketing anti-PT jogou então petistas contra o PT. Com isso eles abriram os olhos para uma questão que foi uma das razões para que Dilma Rousseff sofresse o impeachment.

No momento em que Dilma apertava o cerco para votarem a Reforma Política e a taxação sobre grandes fortunas é que todo o Congresso se viu necessitando tirar o PT do posto. Pois, acabaria as regalias de políticos, quantidade de cargos e outras mamatas, que junto com a sobrecarga do orçamento público, dada principalmente pela Previdência, quebram o país.

Nessa versão conspiracionista, Michel Temer teria estado todo esse tempo tentando socorrer não só a nação, mas, também seus irmãos da política, que incluiria a ex-presidenta, da qual era vice. Sobre isso divagarei em outra postagem.

O interesse desses direitistas conservadores marias-vai-com-as-outras que hoje exigem reforma política era que tirassem o PT de campo. Isso foi feito. Mas, e aí? Agora, por exemplo, o alvo deles é o PSol. Se este partido for destruído, virarão-se contra o de esquerda que sobrar. É esta a consciência política e proposta de avanço social e nacional que eles têm: Vingança contra os inimigos que arrumarem para eles terem.

Se tivessem esses direitistas se unido com os esquerdistas da época para lutar pela reforma política que Dilma precisou de apoio popular para fazer discutirem e aprovar, as conquistas seriam muito maiores. Teriam, inevitavelmente, acabado não só com o PT, mas com vários partidos, independente da linha ideológica, uma vez que a Reforma Política visava a diminuição de partidos políticos. E ainda facultado mudanças no orçamento público, atuando diretamente na eliminação das despesas dos que mais gastam desse orçamento, os políticos.

Só as viagens de Jair Bolsonaro andam publicando, sem o acusado procurar desmentir, que passam dos 13 milhões de reais só nesses quatro meses de governo.

Quanto ao suposto desconforto do governo com o STF, eu penso que o mesmo faz parecer que enfrenta uma oposição invencível da esquerda. Prepararia, junto com o próprio STF, com o apoio indesconfiável de políticos progressistas, na verdade é um palco para uma nova tomada do poder pelos militares.

O motivo seria a situação econômica do país estar realmente drástica. Isso sendo de conhecimento de todos os partidos. Ao ponto de terem armado todo esse circo que temos sido expostos a ele e nutrido opiniões a respeito. E teria ocorrido de o governo ter identificado que mesmo quem o apoiou nas eleições anda não concordando com as mudanças radicais, inevitáveis, na economia, no trabalho e no sistema estatal.

Medidas que seriam imprescindíveis e implanta-las é o que essa turma que ocupa a presidência e a esplanada ministerial teria ido fazer nos cargos, custe o que custar.

Acharam que seria mais fácil essa aceitação bastando ter destruído literalmente a adesão à política petista, mas não foi assim.

Mas, não se assustem, pois, será um regime militar de fachada, caso venha. Focado só nas mudanças necessárias. As questões sociais, sexuais e de liberdade de expressão não sofrerão cerceamento.

E essa nova ditadura durará somente até que sejam implantadas as reformas e assimiladas as mesmas pela sociedade. Logo devolverão aos brasileiros, que estarão adaptados a um sistema civilizatório novo, a democracia nos setores onde foi tirado.

O comunista que o Governo está caçando é você, povo!

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O site O Antagonista noticiou que Jair Bolsonaro publicou no Whatsapp que estava difícil governar o Brasil respeitando-se as instituições democráticas. Reclamou ele de corporações no Congresso Nacional que estariam criando dificuldades para aprovar reformas que ele e seus ministros acreditam que são indispensáveis e urgentes para o controle econômico do país. Um viral, que também foi recebido pelo Whatsapp, alegava que o Congresso estaria fechado neste dia 18 de maio de 2019.

O que viria por aí? O Antogonista supôs que viria uma renúncia do presidente ou o anúncio de um novo golpe militar.

Suponhamos que a segunda opção fosse a verdadeira, qual seria o motivo? A alegação falsa de ameaça do comunismo que outrora utilizaram? Tá mais pra isso, não é mesmo?

Bom, e se for? Perseguiriam os ativistas políticos de esquerda, como se todos fossem comunistas, colocariam todos na cadeia, cerceariam a liberdade de expressão em todos os canais de comunicação, para o povo inteiro, e pronto. O que viria depois?

Será que isso é o que salvaria a Economia? Com certeza não. Pode até ser que sairia, à força, a aprovação das reformas que o Governo intenciona implantar. Mas, vai resolver a economia? Imediatamente?

Se a solução está na aprovação dessas reformas, é coisa para no mínimo dez ou quinze anos para se constatar. Logo, prender ou deportar a minoria comunista nada tem a ver com o fato.

O que falta para esse governo é capacidade de diálogo. Boas intenções tem. O inimigo, os que cuja oposição aparece, não são os que tentam fazer-nos acreditar que são quem dificulta a gestão. Essa caça a comunista é o paleativo que o marketing do Bolsonaro encontrou para convencer a população de que atitudes bruscas como fechamento do Congresso, se vindas seria compreensível aceitar.

Que usariam de teatro para forçar aceite desse tipo já se viu logo no início do mandato quando surgiu uma onda suspeita de ataques ao cidadão nas ruas de Fortaleza, Ceará. É claro que aquilo era patrocinado pelo mesmo que fingia tomar providências e atiçava as pessoas a concluirem a razão dos ataques da forma conveniente aos propósitos geridos.

Se está difícil dialogar com os parlamentares, dialoga com o povo. O Governo deveria parar de tratar a população como criança ou como imbecil, deixar desses esquetes para abafar caso, é guerra contra a Venezuela, é caça a comunistas, e conversar com quem pode e deve apoiá-lo.

Não deve temer, o Governo, que o povo não vá compreender a gravidade da situação que o país passa, que exige cortes orçamentários estatais e outros sacrifícios, endureça e em vez de contê-lo com tática de marxismo cultural – criar um inimigo aterrorizante e colocá-lo como autor de ações terroristas visando sabotar o Governo – ter que usar o poder das armas contra o cidadão.

Ué, arrisque dialogar com a população e se esta não entender ou não aceitar o que realmente precisa ser feito, aí sim: parta para a repressão. Mas, se for pra aplicar novo golpe militar, que seja dado em favor de quem nesse governo inspira ter mais competência pra governar: o general Mourão. Na falta de um ainda menos pior dentro do elenco.

O Brasil de Bolsonaro jamais será uma Venezuela

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FONTE: Statista

A direita agora anda querendo fazer os outros acreditarem que a Venezuela, dona da maior reserva de petróleo do planeta, não tem petróleo. Deve ser uma tática de moldagem de opinião dos imbecis faltantes para acabar de vez com o encosto carne de pescoço Nicolas Maduro. E também ajudar o Tio Sam a colocar a mão no ouro preto, né!

Afinal, o bolsonarismo é capacho do Tio Sam. E este sabe muito bem qual é a verdade nessa mentirada que institutos de estatísticas espalham na forma de gráficos tridimensionais e que agradam aos direitistas acreditarem neles. Quem tem Q.I. abaixo de 70 mesmo?

Mas, uma coisa não podemos discordar dos bolsomimimions: O Brasil de Bolsonaro jamais se transformará em uma Venezuela.

Isto é verdade! Por que a Venezuela supostamente passa pelo que passa? Porque resiste à pilhagem do Tio Sam. Certo? Se aquele babaca do Trump e sua quadrilha quiser tomar dos venezuelanos suas riquezas, vão ter que comer muito feijão.

Os venezuelanos demonstram ser corajosos, ter muita consciência política e dão lição de nacionalismo. Não são uns bundões que nem os brasileiros que fizeram a covardia de eleger um presidente que só se preocupa com o que não interessa ao crescimento e estabilidade do próprio país que preside.

Enquanto os brasileiros forem capachos dos Estados Unidos, escravos, colonizados, subservientes aos mandos e desmandos yankees; aceitarem os espelhos que trazem para dar em troca de servidão, jamais vão nos aborrecer ameaçando invadir nosso território e tomar o que é nosso.

Enquanto nosso governo bundão der de mão beijada vistos para qualquer idiota norte-americano entrar aqui para nos dar chicotadas e “fazer sexo com nossas mulheres”  sob a alegação falsa de que é isso que não nos torna um paraíso gay, estaremos ilesos.

Enquanto for possível aos Estados Unidos arrendar nosso STF, barganhar com políticos chinfrinhos em troca de favores, formar nossos magistrados em escolas de torturas que pagam de centros de formação de juristas contra o terrorismo, podemos ficar tranquilíssimos. “Take it easy, brother Sam“.

Enquanto estiver indo pro glutão da América do Norte a Base de Alcântara, o Pré-Sal e de repente até as terras indígenas, estaremos blindados, livres de viver privações e guerra civil, ainda que fictícia do tipo dígno de passar no Jornal Nacional.

Nem entendo o motivo do Bolsonaro se incomodar tanto com áreas reservadas aos verdadeiros indígenas. O bossal permite que os forasteiros nos tratem como índios, logo, terá é que aumentar as reservas pra caber mais gente.

Enquanto a babaquice do American Way of Life estivermos cultuando, sendo reverentes ao modo de viver do americano, teclando celular o dia inteiro ou vendo idiotices na televisão e no cinema, comendo sanduíches da McDonald’s e bebendo Coca-Cola, recebendo uma mixaria por mês de salário e vendo estrangeiro dar pitaco na nossa soberania, levando embora nosso minério e voltando com ele na forma de produto manufaturado, estaremos amparados.

O que os Estados Unidos não conseguem com a Venezuela, descontam no Brasil. E por aqui é muito mais fácil agora que o escudo da Esquerda foi quebrado. Deixemos de ser estúpidos, os gringos só estão dando as cartas por aqui porque fizeram um bom financiamento em certas candidaturas de políticos no Brasil para tirar da reta a Esquerda e abrir passagem para os assaltos que em conjunto andamos sofrendo.

A ignorância adora bater panela e dar moral para slogans idiotas e populistas. É por isso que estamos penando. E não era preciso. Havia a opção de abstermos totalmente do voto.

A família (de filhos da puta) acima de tudo e Deus acima de todos“. Tem mais a dizer sobre isso os Titãs na música “Homem primata”: “Cada um por si e Deus contra todos“.

O antipetismo hoje é uma ‘Luiza que voltou do Canadá’

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Os colegas num grupo de Whatsapp passavam pra lá e pra cá vídeos que os ajudavam a venerar o antipetismo. Nada como bater em cachorro morto pra se cultuar o ar de superior. Um outro, num perfil solo do ‘zap’, me mandou um vídeo em que pessoas limpinhas e branquinhas apareciam insinuando serem militantes ou apoiadores do MST, querendo invadir uma região em Brumadinho, Minas Gerais, que pertenceria a Vale, sugerindo que o braço político do PT entendia que a empresa perdera direitos por causa do acidente ocorrido na região, da qual ela vem fugindo das responsabilidades lhe atribuídas. E o governo moralista “paga pau”.

Em primeira instância a gente pensa que ainda não estão satisfeitos com o arraso feito na imagem do PT. Ou, então, o medo da legenda é tão grande, que a tranquilidade jamais chegará para os oponentes dela.

Só que o petista está quieto num canto, abatido, derrotado, à espera da reorganização da nação para enfim escolher para que lado vai. Muitos mudaram de lado antes mesmo de findada a eleição 2018. Eu, por exemplo, vivia cercado de petistas. Hoje estou cercado de bolsonaristas. E sem ter mudado ninguém à minha volta.

Quem anda fazendo oposição ferrenha ao Governo Bolsonaro são pessoas que possuem poder para fazer aparecer suas ações, cheias de objetivos que não interessam nem um pouco ao governo deixar serem cumpridos, e que utilizam a efígie radical dos petistas para ganhar atenção suas causas, se mantendo os autores nas escuras, longe de desconfiarem de quem são os verdadeiros insurgentes e quais são seus verdadeiros objetivos. “Deixem que os inocentes dos bolsonaristas transitem pra lá e pra cá nosso material de guerra“, devem falar nos redutos onde se escondem.

Por outro lado, o próprio Governo Bolsonaro, especialista em propagar fakenews, como se suspeita, precisa que o antipetismo continue existindo. Se isso pára, a atenção das pessoas é desviada para aquilo que o governo quer esconder até que possa ser mostrado, quando não dará mais para fazer nada pra mudar.

Imagine o quanto a audiência dos telejornais da Globo e todo o material do PIG não despenca se de-repente o antipetismo acaba? É bem capaz desses grupos de mídia, para o próprio bem gritarem: “Volte PT”, “Faça tudo de novo”, “Eu quero vender ódio”.

O antipetismo hoje faz o papel que fez a Luiza que voltou do Canadá. Aquele meme de 2012 que fez a paraibana filha de um engenheiro famosa e o Youtube crescer e se tornar, no Brasil, o que é atualmente. Aquele vídeo importantísssimo, que não levava ninguém a lugar algum, mas, milhares de pessoas o espalhou mesmo assim. Tal qual fazem nas redes sociais na internet e nos celulares os antipetistas com seus virais.

O curioso é que o antipetismo começou a ganhar forma em 2012. Três anos antes, o Wikileaks divulgou que Michel Temer trocara telegramas com a Casa Branca em 2006, reivindicando intervenção no Brasil, preocupado com o rumo que o Brasil tomava em direção ao socialismo.

A CIA, então, teria treinado o juíz Sérgio Moro, hoje ministro de Bolsonaro, para conduzir uma operação visando destruir a imagem do PT já em 2013. Mas, não foram eficientes à tempo e o pouco de amor pelo PT que ainda existia na população fez com que Dilma Rousseff fosse re-eleita. Temer se mantinha como vice dela e ficara à espera do momento em que o Tio Sam o faria subir de posição na presidência.

Eu não ajudei a eleger Jair Bolsonaro. Mas, e aí? Vou passar quatro anos rejeitando e secando tudo o que o governo fizer? Vamos, toda a nação, ficar estagnados, esperando a próxima eleição?

Eu não! Sou ateu (vocês não acham que eu continuaria cristão depois do bolsonarismo ter surgido, acham?), mas, esta vou retirar da Bíblia: “Examinai tudo, retendes o bom“. É claro que tem coisa boa vindo por aí. Desde que saibamos lidar com elas e acima de tudo colaborar. E deixar de lado os bolsonaristas o antipetismo é tão importante quanto a dor de cotovelo os esquerdistas.

O antipetismo é uma doença neurológica, precisa ser tratada. O paciente se sente numa sala de parto durante o tratamento. E tal qual a mulher que quer regozijar com o fato de ser mamãe tem que antes passar por uma imensa dor, o Brasil não será consertado sem que passemos pelo mesmo. Sacrifícios advirão. Mas, depois da dor, será só alegria.

Um outro exemplo de que quando nos submetemos a tratamentos e nos livramos do mal que nos acomete a gente vê a vida mudar para melhor: Não é verdade que quando um ex-drogado palestra sobre si ele conta que subiu na vida depois que deixou o vício?

Neste caso tem alguns cuidados a serem tomados para não haver recaída. Geralmente, eles comentam que encontraram a salvação na fé em Jesus Cristo. Bem, incomodam os outros, fazem seu dinheiro explorando a fé religiosa. Porém, isso não é tão honesto, mas, no Brasil não é nenhuma irregularidade. Melhor não acabar com essa boquinha pra não termos de volta o drogado, que é muito pior do que o alienado.

É só controlar para que os caras não se transformem num Malafaia, num Macedo ou num Santiago. Senão, ó, o poder faz a cabeça e podem fazer com que Jesus vire Jah. Se é que me entendem! E o número de igrejas que não pagam impostos e ainda assim merecem a condescendência do presidente aumentará. É bom lembrar que os seguidores de Jah não vão atrás de pão e vinho pra fazer seus milagres ou jejum pra entrar em estado de gnose.

Dá pra perceber com essas ilustrações que banir da natureza o antipetismo só fará o país crescer?

Eu reclamei que Bolsonaro não fala para a população em cadeia nacional de radio e televisão pra deixar bem explicadinho, tirando os medos e dúvidas do povo, seus projetos, sobretudo a Reforma da Previdência. Visando isso destruir o marketing destrutivo dos apelidados de petistas e produzir garantias para a população quanto ao que reza as páginas da proposta para a aposentadoria dos trabalhadores.

Um colega comentou no meu comentário que Bolsonaro está sendo muito cobrado e que gostaria que os outros presidentes do Brasil antes dele também tivessem sido. Mas, pensemos: Quem votou nos outros presidentes? Não foram os mesmos eleitores que votaram em Bolsonaro, uma vez que o antipetismo mudou a ideologia de todo mundo? Não cobraram dos outros presidentes antes por quê? Já que cobram agora. É pra não cometer os mesmos erros, certo? O principal: não realizar cobranças.

Combatemos então o antepetismo e os usurpadores da má fama dos petistas. Aí, sim, mantendo o foco no que importa, vamos realmente vencer essa batalha e salvar o país. Unidos.

O fim do socialismo implantado no Brasil

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Frank Delano Roosvelt e Getúlio Vargas em Natal, Rio Grande do Norte, em 1943. (Fonte)

Paulo Guedes sabe que o antipetismo foi estratégia montada para que o atual governo fosse instalado democraticamente, sem intervenção militar. Os problemas do Brasil não têm nada a ver com o que é propagado.

Os problemas do Brasil começaram em 1930 com Getúlio Vargas. Quando iniciou-se uma política socialista no campo do trabalho e macro intervenção do Estado na economia. João Goulart ampliou isso e os militares mantiveram e criaram mais estatais e mais benefícios sociais.

Veio a redemocratização e encheram a máquina pública de cargos políticos e servidor público. Regalias para todos, que sobrecarregaram o sistema tributário e a seguridade social. Parte da conta sendo empurrada para a iniciativa privada e o grosso do orçamento saindo dos cofres públicos. Já se sabia que a partir de 2000 a corda arrebentaria e que o Estado não daria conta de pagar as proezas.

Fernando Collor foi o primeiro encarregado de fazer o rompimento com o getulismo. Tentou, mas, sofreu impeachment porque mexeu com barões, que nem Guedes parece estar mexendo. FHC herdou de Collor a tarefa, mas, só fez a parte mais fácil: as privatizações, que viraram privatarias.

A bola passou para Lula – Luís Inácio da Silva. Porém, o ex-metalúrgico encheu-se de soberba por causa das transformações sociais que proporcionou ao país, sendo ele tachado de incapaz por causa de seu baixo alfabetismo.

O resultado econômico e trabalhista que atingiu fez aumentar a conta pro Estado pagar. Ficou ele, também, de olho grande na descoberta do Pré-Sal, que calculou que traria a independência financeira do pais, se, ao exemplo da Noruega, em vez de aumentar impostos para custear os benefícios sociais, os royalties ganhos com a exploração do petróleo brasileiro os custeassem.

Já em fim de mandato, e não podendo ser re-eleito, Lula teve que abdicar-se do plano totalmente viável. E torcer para que seu sucessor – que seria um tucano, conforme mandava a versão da política do café com leite estabelecida às escuras entre petistas e tucanos, cito que a fonte desta especulação é conspiracionista  – continuasse o projeto.

Talvez Lula não tenha cumprido com os termos de seu primeiro discurso de posse – realizar as reformas política, agrária, trabalhista e previdenciária – porque achou que os cálculos previstos para o estouro do orçamento público fossem ser alterados pelo advento do Pré-Sal. Jamais o público saberá a verdadeira história.

O fato é que as reformas, que Temer começou, eram urgentes. Mas, se o PT fosse fazê-las, pra quem encheu de benefícios os mais pobres, tirá-los seria o mesmo que dar com uma mão e tomar com a outra. E está se vendo que é imprescindível tirá-los.

Fizeram, então, um plano pro PT sair do poder em 2010, sem que lhe fosse acarretada uma má fama e o tirasse de estar de volta após o novo octênio tucano.

Escolheram Dilma Rousseff como sucessora de Lula. Uma candidata muito fraca em termos de popularidade graças à histórico político. O Vice dela, Michel Temer, conforme o Wikileaks havia trocado telegramas com a Casa Branca nos EUA, tramando um plano que visava colocar um nome do PMDB no posto presidencial naquele ano.

Dilma fez por onde não ser eleita, uma campanha eleitoral muito insípida. Faria isso parte do plano? Mas, não deu certo, o povo a escolheu, pensando no próprio umbigo, a manutenção dos projetos sociais criados. O concorrente tucano, José Serra, foi honesto em suas insinuações de que acabaria com eles. Era necessário.

Eleita, construíram a imagem de comunista pra Dilma. A de terrorista, suposta ex-integrante do COLINA e da VAR-Palmares, estava era lhe favorecendo. E começaram a rechaçar ideais impostos como comunistas. Qualquer atitude que Dilma tomasse e que lhe afirmasse no posto era tachada de comunista.

Criaram as manifestações de 2013 para abalar ainda mais a imagem dela. Que até que abalou, mas, novamente por meio democrático Dilma foi eleita para presidir o Brasil em 2014.

Acharam que seu oponente, o tucano Aécio Neves, era muito fraco em termos de popularidade ou de simpatia do público. Marina Silva venceria facilmente Dilma Rousseff no Segundo Turno naquela ocasião se o embate fosse entre as duas.

Outros, mais ideológicos, passaram a perceber que o ponto não era rechaçar a imagem da Dilma e sim a do PT e a do Lula. Então, criaram a Operação Lava-jato, que seria dirigida para atingir o propósito de criar o antipetismo.

O resto é a história recente: a criação do mito Jair Bolsonaro e sua estranha campanha eleitoral que contou com a cooperação de todos os outros candidatos à presidência da república, cada um se autossabotando, de maneira invisível aos eleitores desavisados, inclusive Fernando Haddad. E a prisão de Luís Inácio Lula da Silva, que se não ocorresse o plano iria por água a baixo, como ficou demonstrado pelas pesquisas.

Prisão que junto com a de outros parlamentares de peso, como Eduardo Cunha, faria parte do plano. Vai saber se esses caras estão mesmo presos! A maioria dos conspiracionistas acerta em seus palpites.

Se tivermos tempo para refletirmos melhor à respeito, duvidaremos do resultado da eleição presidencial de 2018. Que o número de abstêmios no Segundo Turno foi maior, isso é indubitável, fora de questão cogitar ter sido maqueado. Mas, que Bolsonaro venceria já no Primeiro Turno, eu não tenho dúvida. A forma com que William Bonner noticiou ao vivo que haveria Segundo Turno foi muito teatral e óbvia de estar ele no controle da verdade que propagava.

Deixar para que a decisão se voltasse para o Nordeste, logo onde se propagava que o candidato do PSL era mais repugnado, foi outra traquinagem muito sacada. Para cumprir algum propósito – tipo disfarçar melhor a maquinação ou até mesmo cogitações absurdas como melhorar a venda de jornais e a audiência de veículos de imprensa radiotelevisiva – fizeram o eleitor ir às urnas no dia 28 de outubro. Votar esperançoso no que já estava decidido.

Então é isso, para que o povo aceite quebrar o vínculo com a política de Getúlio Vargas e, acredite, Franklin Delano Roosevelt, que modelam o Brasil nos setores trabalhista e econômico desde antes da Segunda Guerra Mundial, foi preciso criar um teatro inconfessável e com grande ar de teoria conspiratória para jamais receberem créditos aqueles que o intuirem e propagarem o fruto de sua intuição.

E o que vem por aí é muito sentimento de traição. O público, tanto o de esquerda, quanto os de direita e centro, se sentirão traídos com seus representantes ao vê-los tendo que tomar decisões que parecerão absurdas e fora do combinado. Principalmente as imprescindíveis que viabilizam o liberalismo econômico e o minimalismo.

Desde vinte anos atrás eu venho me informando sobre as filosofias que estipulam o Liberalismo Eeconômico e o Estado-mínimo. Caminhos inevitáveis para o Brasil. O caminho correto, na minha opinião, seria o Comunismo. Porém, as forças interessadas na manutenção do atual regime político brasileiro existe em maior número o contingente atuante. Medir força com elas é ir pra lugar nenhum.

A batalha polar que vemos mais em redes sociais na internet do que na imprensa mais séria, onde tanto o material de direita quanto o de esquerda propagados são imensamente duvidosos, fazem parecer que foi estabelecida como as esquerdas simplesmente querendo recuperar o poder e os conservadores gozando de supremacia barata, fundada em desejo de chacotar o lado vencido, desviando a atenção dos feitos que seu representante vem realizando.

De forma alguma deixam transparecer, mas, quem vem se pronunciando como esquerda e liderando os ataques contra as decisões na economia não tem nada a ver com comunista. E sim com os grandes alvos do liberalismo: os servidores públicos e ocupantes de cargos políticos que necessariamente irão se extinguir.

Estão também olhando para o próprio umbigo nessa luta. Muitos destes votaram em Jair Bolsonaro e agora se encontram arrependidos.

Engana-se quem acha que Paulo Guedes abandona o trabalhador. Ele tem sido coerente na maioria de suas aparições em público. Existem vários fatos noticiados o envolvendo onde é nítido que suas medidas irão fazer todos pagarem a conta.

As mesmas moralizarão trabalhador, empregador, consumidor. E ainda acabarão com o vagabundo e com os baderneiros, sujeitos inúteis a economia e ao progresso, que encontram no sistema atual meios de gozar de serviços públicos sem prestar qualquer cooperação para a formação do bolo que gera os subsídios.

Só que nem o eleitor do Bolsonaro sabe disso. São estes os que terão as regalias mais comedidas. E são também o maior obstáculo para a implantação das severas medidas já inadiáveis que tentam tramitar no Congresso Nacional.

*Este texto se vale de conteúdo informativo encontrado em material oficial de história mesclado com focos de opinião do autor.

Intimidando o Capitalismo

Comunista é o pseudônimo que os conservadores e saudosistas do fascismo inventaram para designar todo sujeito que luta por justiça social
(Érico Veríssimo, 1971, no romance Incidente em Antares)

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Mao Tse Tung por Andy Warhol

Um jovem disse pro outro que não sabia o que valeu pra ele ter visto na escola filosofia e sociologia. Os amigos e amigas dele condescenderam. Estavam dando seu apoio à decisão do governo de tirar essas duas disciplinas da grade escolar. Fruto do combate ao eficiente pensamento comunista.

Como prova da abilolação que os absorviam, tiveram a audácia de dizer, apontando o dedo para o que chamaram de “esquerdinhas”, que “na China não tem essas disciplinas na grade escolar e o país é a maior potência do planeta”. Não citaram em que setor seria a China essa potência. A China de Mao Tsé Tung, pode?

Num ponto de ônibus, o primeiro da fila era um jovem de talvez vinte e poucos anos. Vestido até civilizadamente, mas, com linguajar, gesticulação e assunto de marginal.

O volume da prosa ruim do cara atingia todo o terminal de ônibus. Contava ele, sem pedir licença, para dois outros na fila, sujeitos típicos conservadores, que estava a um ponto de se vir livre de sua mulher. Comemorava até.

Depois chegaram outros dois sujeitos. A julgar pela aparência completa, incluindo vestes, cabelos e semblantes, bisca ruins também. Enturmaram com o primeiro. Distantes, mantinham a desinteressante conversa em alto e repugnante som.

O primeiro contou a nova sobre a separação. Deu detalhes do tipo: “a mulher estava me enchendo o saco e ainda veio com agressividade pra cima de mim”. Ao que os outros perguntaram: “não matou ela não”. E obtiveram como resposta: “Não, tenho que ficar pianinho porque estão na minha cola”.

Daí, o besta gritou feliz e foi parabenizado pelos outros dois bestas, que nem conseguia acreditar que ia ficar livre de usar o anel de compromisso que lhe apertava o dedo anular da mão direita. Para ele não importava trocar o anel por uma tornozeleira eletrônica.

Então, do nada começaram a falar sobre um lugar comum aos três. O primeiro, sempre em som evidente e perturbador, fez questão de dizer que conhecia bem o lugar e que vendia droga no tal. Frisava, sem qualquer temor, que vendia droga.

Para se tornar ainda mais repugnante, perguntou para os outros dois se eles pagaram passagem que nem bobocas para estarem ali dentro do terminal. Queria com isso relatar que impôs ao motorista do primeiro ônibus que utilizou para levá-lo até ali, que lhe deixasse entrar pela porta de saída, sair pela de entrada ou pular roleta. Virou herói para os outros dois, que não disseram nem que pagaram e nem que não.

Cada vez que o sujeito expelia pela boca sua idiotice, mais ele fazia se sentirem ameaçados e inseguros as pessoas de bem que sem chance de evitar o ouviam.

Num outro dia foi no corredor de um call center. Era um feriado e as ligações davam muita trégua. Como se sabe, o predomínio de homossexuais e drogados nesses ambientes é total. E que os assuntos que eles comentam são de nível duvidoso e em tom para chamar bem a atenção, o que satisfaz o ego deles.

No momento observado, queriam intimidar a platéia formada por trabalhadores que não tiveram a alternativa de não se submeter à confissões sórdidas e prosas ruins enquanto praticam sua atividade laboral. Foram obrigados a ouvir o mesmo naipe de conversa que tecia o causador de insegurança do primeiro cenário esboçado.

Esse tipo de comportamento intimidador tem financiamento político. E o objetivo de deixar instável e amedrontada a sociedade. É tática de recrutamento político e manipulação de comportamento social.

Só funciona dentro do Capitalismo essa tática. O destruindo, qualquer seja a ideologia do praticante. Inibe o consumo, pois, a insegurança faz com que a população evite sair de casa.

Se arranca com essas táticas pessoas para aderirem propostas que prometem dar um basta nesses tipos de sujeitos, não importando o meio, ou propostas que dão a sensação de que a democracia está evoluindo para o “tudo pode”, “não dá nada pra ninguém a contravenção ou a falta de ética”.

São estes apenas dois entre os muitos exemplos do que se pode conseguir em se aplicando esse golpe nos desavisados. Golpes que prosperam principalmente quando não se pode contar nas escolas com disciplinas que abrem a mente e fazem com que se tenha condições de decifrar articulações políticas como a citada. Disciplinas como sociologia e filosofia por exemplo.

Se vacinar contra isso é fazer como um dos que aguardavam o ônibus fez. O comunista enfiou fones no ouvido, ligou o rádio de seu celular, a lotação apareceu e ele deixou passar, pegou a próxima. Deixou que aqueles imbecis falassem apenas entre si, onde nenhum efeito surtiria.

Diferente deles só mesmo os incautos que se incomodavam com a conversa chata e não tiveram a esperteza de boicotar a viagem. Correram estes, inclusive, risco de serem assaltados pelo trio dentro do veículo.

Esse tipo de coisa a Direita gosta de associar à Esquerda. Mas, tanto uma quanto outra lateral política aplica no povo a estratégia pragmática, que gera resultado bom para quem não tem competência para administrar.

Quem deseja o bem social e qualidade de vida, segura e livre de exposições indesejadas, deve tomar atitudes que patrocinam, mesmo que sutilmente, pelo exemplo, a doutrinação nessa direção. E cobrar descência das autoridades da nação quanto ao foco na administração pública, sem uso de manipulação social.

É missão dos governantes educar as pessoas a se comportarem de maneira a não oferecer perigo umas às outras. Se fizerem isso, protegerão, automaticamente, a propriedade privada e os direitos humanos. E sem precisar, na gestão, desviar o foco da vontade do povo e gastar dinheiro em combate ao Comunismo.

Que nada tem a ver com os cânceres que realmente assolam o Capitalismo e ainda assim recebe associação dos defensores deste à tudo quanto é coisa ruim. Tão somente porque iguala as pessoas o pensamento comunista. Havendo igualdade, não há maldade.

A ameaça que o Comunismo oferece ao Capitalismo é bemvinda perto da que no Capitalismo os cidadãos oferecem a si mesmos.