Por que o Flamengo está na final da Libertadores 2019?

O futebol é a coisa mais importante dentre as coisas menos importantes das nossas vidas” (Arrigo Sachi)

falmerda

Eu já acho que o futebol é a coisa mais importante dentre as coisas sem importância. Mas, não podemos negar que quando a política precisa dele, ele passa para o status de supra sumo.

O advento da Copa do Mundo 2014 e da Olimpiádas 2016 quebraram o Brasil junto com a política socialista petista, que encheu o sistema público de servidores e o privado de contas geradas por benefícios sociais para pagar.

Depois dos dois eventos esportivos de grande porte ficaram estádios para senão lotar pelo menos receber jogos – estão tendo que completar com shows de artistas internacionais -, hotéis para receber hóspedes e restaurantes para servir pratos para alguém em visita à cidades que às vezes não têm nada para ser visitado pelo turista comum, que é o massivo.

Então, o futebol passou a ser gerido de um jeito que nem tá tendo graça acompanhar. As próprias partidas acontecem com total controle dos controladores. E é notável isso. Não é preciso ser tão sensitivo como eu!

Quando ao ver uma dessas partidas de futebol nos deparamos com gols incompreensivelmente perdidos, expulsões estranhas, pênaltis causados de maneira mais do que infantil por atletas que só vivem de treinar sua posição e sua movimentação dentro da área pode saber: é fruto de gestão. E agora tem também o VAR, árbitro de vídeo, que não passa de mecanismo pra ajudar nos artifícios dos gestores.

Quando um pênalti é cometido fora do alcance das atenções dentro do estádio e das câmeras de vídeo colocadas em pontos de visão mais coerentes, aí é que me deixa mais desinteressado de acompanhar o Esporte. É coisa armada com zagueiros e atacantes para acontecer caso o gol não saia naturalmente em um jogo em que o resultado é pra ter gol do time que vai cobrar a penalidade, de repente, gol de quem for o cobrador ou a vitória ou o empate do clube favorecido com a penalidade.

E quando os técnicos enfraquecem seu time para favorecer o adversário que tá combinado de ganhar ou empatar o jogo? Tiram o melhor em campo e põem uma água; fazem substituições descabidas. Pior é quando no decorrer da semana, jogo importantíssimo pra ser jogado, inventam que o craque ou os craques do time se contundiram ou foram convocados pra jogar amistoso pela seleção de seu país, às vezes sub 20?

Só quem quer ser enganado é que acredita que tudo isso sai espontâneamente, sem ajuda dos gestores de resultados. É um tal de fulano de tal perder uma partida para um time que precisa ganhar para ajustar a tabela. Vai o entregador ter mais pra frente sua compensação em cima de outro time. Um tal de deixar se vencer em um campeonato pra ser o vencedor noutro. Tenham dó!

É nítido isso se acompanharmos os últimos resultados dos clubes de Minas no Brasileirão. Nem Atlético e nem Cruzeiro cobiçam qualquer coisa nesse fim de temporada, parece que a gestão faz o número da ameaça de o Cruzeiro cair pra Segunda Divisão para com isso atleticanos e cruzeirenses reagirem à mídia dando atenção pro certame.

Precisam de audiência para os veículos de imprensa e de transmissão esportiva pelo menos para salvar a grana do patrocinador. E cuidar da imagem dos atletas que as presidências e os lobistas estão interessados em mandar para o exterior, que compra tudo quanto é lixo que no futebol brasileiro aparece. Haja vista Neymar, Vinicius Jr…

O Atlético Mineiro perdeu em casa para os reservas do Ínter de Porto Alegre não só porque seu elenco é medíocre. Isso é o que querem que o torcedor replique. Mas porque o time gaúcho tava combinado de perder a Copa do Brasil para o xará paranaense do Galo e chegar à Libertadores pela porta do Brasileirão.

O Grêmio socou uma goleada no Galo, também no Independência, porque sabiam que ele precisaria estar na porta do G4, pois, seria pelo Brasileiro que a gauchada chegará à Libertadores 2020, já que a semi-final da liberta 2019 no Maracanã estaria vendida para os cariocas e só virou 5 a 0 o jogo de volta para que o torcedor gaúcho perdoasse seu time convencido de que o Flamengo é mesmo “o cara” da temporada. Coisa simples de aceitar pra ele, pois, há não muito tempo viu o Grêmio erguer a taça da mesma competição.

Aí vai o Cruzeiro vencer em casa o São Paulo propositalmente apático para não deixar os candidatos ao Z4 no ano escapar muito e ficar ruim de se gerir o torcedor. Vencer o Corinthians na casa dele pelo mesmo motivo.

Vai o Galo empatar com o Palmeiras na Allianz Parque, perder pro Fla no Maracanã praticamente sem jogar, empatar com o CSA no Rei Pelé, em Maceió, num jogo em que todos os esquetes possíveis entraram em campo – pênalti por conta do VAR, expulsão por ato infantil de jogador do Atlético para convencer o atleticano desavisado que o resultado de 2 a 2 foi vitorioso para o Galo, já que o time jogara com jogador a menos. E outras coisas que é melhor uma postagem inteira para discorrer sobre elas e mostrar como são artificiais.

E ainda tenho que citar o Galão da massa abater em casa o Santos, então terceiro colocado na competição, sendo deste a vez de mesmo superior não incomodar o adversário para facilitar a vitória dele. Aí tem também o número da troca de técnico.

As bilheterias nem chegam a ser a expectativa de reação do torcedor. Se bem que bastou o atleticano esvaziar o Independência para que o time do Atlético voltasse a ter resultados positivos.

Queriam gerir o torcedor do Galo fazendo o time dele perder pontos e o rival se recuperar da zona de rebaixamento, ameaçando uma troca de posição. Nas locuções de rádio e de TV e na boca dos jogadores, técnicos e torcedores escolhidos a dedo para dar entrevistas o conteúdo “os resultados positivos saem quando o torcedor incentiva presenciando no estádio seu time” é fácil de ser percebido nesses jogos.

É assim que se faz engenharia de comportamento e se põe o torcedor para pagar o pato e não deixar o samba morrer. Se ele fosse esperto perceberia que sua ausência nas arquibancadas faz seu time pontuar mais, então, ele diria: “vamos continuar faltando“.

O presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, pai de piloto de Fórmula 2, falou em entrevista ouvida pela Rádio Inconfidência AM que os clubes vivem da renda obtida com a televisão, da venda de cotas à associados e da venda de jogadores.

No Brasil, a pindaíba tá tão grande que os clubes aguardam conclusão de legislação para se tornarem empresas. O Figueirense de Santa Catarina estaria em teste e já decreta falência – na Série B deste ano já perdeu jogo por WO por não comparecimento em campo dos atletas devido à crise financeira que o impediu de pagar salários, árbitros e etc. O Botafogo do Rio de Janeiro, em crise já indisfarçável, cogita ser o primeiro grande a seguir a trilha.

O Cruzeiro de Minas Gerais é notícia desde o início do ano na lista negra dos inadimplentes. Holofotam suposta corrupção, mas, o estouro parece ser anestésico ou estratégia de persuasão do público. E o Atlético é o que melhor consegue esconder que está na mesma merda financeira que está a grande maioria dos times brasileiros de futebol. A demagogia contratada pela imprensa à seus jogadores fez doerem vários estômagos: “atrasos nos salários não é desculpa para não vencermos o Santos“. Kkkkk!

Mas, como é que o Flamengo tá na boa? Era notícia frequente nas páginas de jornais sobre economias fracassadas a situação do rubonegro do RJ. Tá certo que é superprotegido pelo lobby do futebol e o que não falta é quem põe dinheiro na roda para salvar o clube.

Só que só botar dinheiro pra pagar salários, deslocamento das esquipes, permanência nos campeonatos não resolve a situação. É preciso encher estádio, vender produtos com a marca do clube. E às vezes, por mais que seja qualificado o escrete, as coisas não acontecem no campo sem que a conspiração manobre.

Tanto é que o Flamengo virou o bicho-papão do meio do ano pra cá. Por necessidades midiáticas e econômicas no mundo todo cada ano é um o bicho-papão. Geralmente do Rio de Janeiro ou de São Paulo e nunca do Nordeste e companhia no caso do Brasil.

E enquanto o Flamengo atropela todo mundo, com uns cedendo sob demanda a derrota, todos ganham. Até o clube pequeno, que só cede e vai passear na Série A pra pegar dinheiro bancando o boi de piranha fatura alto. A briga pelo acesso na Série B é por essa boquinha. Tanto é que quase ninguém que sai da B e vai pra A fica. É bate e volta! Rende mais.

Porém, tem algo nessa história gloriosa do Flamengo 2019 que ultrapassa essa mecânica usada pela gestão do futebol há boas dezenas de anos. Em fevereiro de 2019 o Ninho do Urubu, CT do mengão, sofreu um incêndio que ceifou a vida de jovens promessas do clube que estavam na mira de virar níquel e ir para os cofres rubonegros. Outros Vinícius Jr. Se recompor financeiramente se tornou imperativo para os cariocas.

E mesmo que não haja qualquer indício de o Flamengo ter recebido favores nesse sentido como foi bem claro com a Chapecoense por causa do acidente aéreo que levou a vida do time inteiro praticamente, só se pode deduzir que fizeram bem tecnicamente a artimanha. Afinal, o Flamengo é o Flamengo, não? Vai mendigar na TV? Ainda por cima, apadrinhado pela Globo como é?

Com a Chapecoense armaram da equipe catarinense não ser rebaixada no Brasileirão por três anos consecutivos. E assim foi. Participar da Copa do Brasil, Libertadores ou da Sulamericana idem. À cada fase ultrapassada, grande soma de dinheiro na conta corrente. E sem que ninguém perceba, pelo menos até as oitavas de final tendo maquinada a passagem.

E para essas coisas acontecerem como planejado é preciso que todos no certame estejam de acordo e cumpram um papel. Clubes, confederações, patrocinadores e mídia. Inclusive os times sulamericanos e a Commebol.

E você fica aí fazendo inimigos enquanto os outros fazem dinheiro!

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