Como ocorre a indução de comportamento do torcedor no Futebol

Desde que o russo Ivan Pavlov inaugurou o condicionamento clássico – ou psicologia da aprendizagem, comportamentalismo e também behaviorismo – os pavlovianos estão no poder. E todas as atitudes que a humanidade toma passou a serem geridas por meio de indução de comportamento. Os behavioristas é que nos fazem eleger quem elegemos, comprar o que compramos, julgar como julgamos, gostar do que gostamos, atentar ao que atentamos, propagar o que propagamos, dentre outros atributos da personalidade humana.

Conforme a Wikipédia:

O condicionamento clássico (ou condicionamento pavloviano respondente) é um processo que descreve a gênese e a modificação de alguns comportamentos com base nos efeitos do binômio estímulo-resposta sobre o sistema nervoso central dos seres vivos.”

Em outras palavras, é estar condicionado a ter um comportamento de acordo com o estímulo recebido. Por exemplo: Se um animal por diversas vezes – até estar condicionado – leva choque elétrico na pata toda vez que ouve um apito e isso o faz ter certa reação, é bem provável que ele terá – até se dar conta de que o choque não mais ocorre – essa mesma reação ao ouvir o apito mesmo não ocorrendo o choque.

E uma das camadas da sociedade onde é mais visível a aplicação do comportamentalismo em um público-alvo é o Futebol. O Futebol não passa de um entretenimento comercial. O esporte é só o produto que é vendido nesse artigo do comércio internacional.

Redbullfla

Há bastante tempo temos duvidado das atuações dentro de campo. Tanto de atletas quanto de árbitros e técnicos. Pelo menos as partidas-pontes, aquelas cujo resultado influenciou a trajetória de certas equipes no campeonato, o que assistimos pela TV, ouvimos pelo rádio ou presenciamos de dentro do estádio parece-nos claramente terem seguido scripts determinados previamente para atender certa demanda.

O fato de o Flamengo do RJ estar a enfrentar crise financeira violenta, embora encripada pelos gestores do segmento a verdade, e ainda passar por uma tragédia no início deste ano de 2019, e ter ganhado o Campeonato Brasileiro e a Taça Libertadores do ano por si só já denota haver essa conspiração pavloviana no setor cultural.

Vem mais grana para o clube de futebol oriundo do Mundial que irá disputar. Não seria nenhum absurdo se atualmente houvesse algum papa-tudo europeu sendo ovacionado na mídia – o que não há e é proposital isso – e o time do Rio faturasse o torneio mesmo sendo infinitamente inferior ao papa-tudo. A ala internacional da confraria foi convocada para a operação de salvamento.

Bem, colocamos uma pulga atrás da orelha do torcedor para ele coçar, mas, será que podemos demonstrar que essa opinião deveria ganhar algum crédito mesmo que de um vascaíno que ligou o “foda-se” e que está disposto a acreditar em qualquer coisa que ataque o Flamengo? Lembrando que o que vale para o rival vale para o time dele também. E será que a demonstração que dermos conectará ao assunto que gerou este discorrimento? Ou seja: a gestão que o Futebol sofre seria totalmente pavloviana?

Primeiramente, vamos verificar como o Futebol funciona. Vamos nos ater somente ao Brasileirão Série A.

O Brasileirão é composto de vinte clubes. E de trinta e oito rodadas de jogos, que levam cerca de oito meses para serem jogadas. Essas rodadas poderiam ser concluídas em menos tempo, porém, principalmente por causa da imprensa esportiva, que explora o assunto “futebol” o ano inteiro para fazer seu faturamento, são levadas a durarem mais.

Os concorrentes originam de pelo menos seis estados todo ano. Envolve o cotidiano dos CTs e das confederações; deslocamentos pelo país de delegações de clubes, imprensa, comissão organizadora e de arbitragem; hospedagens; todo o gasto das partidas, dos estádios, dos desportistas e da comissão técnica.

Os clubes têm como fonte de renda original seus sócios e sua torcida. Esta, além de ingressos compra materiais diversos contendo a marca do time para o qual torce. Fazem dinheiro também com a venda de jogadores. Porém, para que isso seja viável é necessário que nomes de jogadores sejam produzidos. E evidentemente a forma disso se suceder é com os jogos ganhando visibilidade e atenções.

Essa visibilidade é dada pela Mídia, sendo a imprensa esportiva o braço principal. De uns anos para cá os clubes faturam também concedendo direitos de transmissão de suas partidas. Somente a TV paga por esse direito.

É negócio para a mídia esportiva perfazer a visibilidade das partidas, pois, é oportunidade para veicular marcas. Assim, os donos das marcas veiculadas arcam com os custos que a Mídia tem e ainda dão lucro para os veículos dela. Os patrocinadores também expõem suas marcas nos estádios, nas vestimentas das delegações e em vários produtos vinculados aos clubes.

Agentes da imprensa própria também faturam fazendo famosos nomes de jogadores, mesmo que sejam eles grandes pernas de pau. O mercado paga pela fama, o torcedor compra gato por lebre, sem questionar, tudo que o mercado futebolístico vende.

Como se pode ver, o dinheiro movimentado é gordo. Porém, só vale a pena o investimento para um patrocinador se sua marca for visualizada e receber adesão de quem a visualiza, que se torna um potencial consumidor. Para isso, é necessário gerir o torcedor. É necessário mantê-lo focado no certame, bem atencioso aos fatos que ele é levado a se interessar. Neste ponto já começamos a falar sobre a aplicação do behaviorismo no Futebol.

Antigamente era mais generosa a tarefa de prender o interesse do público, pois, o que lhe atraía no futebol era o esporte. Era a beleza dos dribles, dos gols, das ações coletivas dentro do campo, das defesas que os goleiros faziam. As conquistas não eram o ponto determinante. Não se esperava de ter cativa a atenção do torcedor só nas partidas decisivas ou nas finais de campeonato.

Hoje, além da rivalidade entre torcedores – que a imprensa esportiva valoriza por obter mais feedback de suas ações, mas, que é o podre do segmento e que o torna desinteressante -, o interesse do torcedor dentro dos campeonatos é saber quem ficará com o título, quem classifica para certo torneio vinculado, quem cairá para a divisão inferior.

A mídia até que consegue embutir no público consumidor do Futebol algumas bobagens. E arranca dele certas reações valiosas. Estas vêm dos bastidores dos clubes, federações e até da vida privada dos envolvidos no esporte. As futilidades envolvendo atletas são o que mais sequestra atenções e comportamentos do apreciador do setor cultural.

Entretanto, reta final de campeonato e o Brasileirão já tem resolvido mais da metade do que prende a atenção do seu cliente. Já se sabe o campeão, o Flamengo; uma das vagas para a disputa da Libertadores do ano que vem pelo Brasileirão, que é do Santos; as outras quatro vagas, tirando o Atlético PR, que vai ao torneio por ter sido campeão da Copa do Brasil, já se sabe quem serão os donos, necessitando apenas conhecer a ordem que eles ocuparão no Brasileirão, que decide quem irá direto para a Fase de Grupos.

A classificação para a Sulamericana ainda tomará alguma atenção do espectador. E a queda para a Segunda Divisão do Brasileiro é no momento desta postagem o que mais retém a preocupação do público em se prender à TV ou ao rádio ou de ocupar as arquibancadas dos estádios. E é aí que os pavlovianos empregam toda a sua habilidade de gestão da opinião pública para somar receita para todos os que faturam nessa modalidade de entretenimento.

Dê uma olhada na tabela de classificação do Brasileirão Série A depois da rodada do dia 27 de novembro de 2019.

GestaoDoFutebol

No momento desse print, a Chapecoense foi rebaixada ao perder para o Botafogo do RJ. O Botafogo aspirava ida à Sulamericana, mas, também poderia ser rebaixado. Em suas partidas finais haverá confronto com times que a gestão do campeonato deseje que dispute a Sulamericana. Provavelmente o Botafogo terá que ceder empate ou derrota para esses ou um desses times, em troca do favorecimento provavelmente cadenciado que obteve ao vencer fora de casa o time catarinense na rodada em questão.

O Internacional de Porto Alegre ainda não carimbou seu passaporte para a Libertadores. Cedeu derrota em casa para o Goiás. Os goianos deverão ter que fazer o mesmo, talvez em casa, nos últimos jogos dele e o Internacional deverá ser favorecido no mesmo período, sendo que ganhar em casa sua última participação será coisa certa. Esta será contra o Atlético Mineiro.

Se o Atlético Mineiro tivesse ganhado do Bahia – que na classificação de então aspirava participar da Libertadores -, com o clube baiano cedendo a derrota, podendo ser compensado em algum dos jogos restantes, o Galo se safaria de vez de ir parar novamente na Segunda Divisão, ainda por cima sendo superado, entre outros, pelo rival Cruzeiro.

Porém, se minasse a possibilidade de o clube cair, deixariam de arrancar reações do atleticano, que se aliviaria e tiraria férias de vez do campeonato, perdendo assim as bilheterias dos estádios onde o Galo ainda jogará e idem a audiência das transmissões de televisão e rádio. À essa altura o atleticano já não consome mais produtos, o que não é o seu trivial. O empate em Salvador teve o objetivo de manter assídua a atenção não só do atleticano, como também do cruzeirense.

Já o Cruzeiro então jogaria no dia seguinte. Qualquer resultado que o time alcançasse não abalaria a gestão de torcedores. Se ganhar em casa do CSA, sairia do Z4, mas, na rodada seguinte jogando fora de casa poderia perder a partida e vencendo a sua em casa o Ceará a ordem novamente estaria revertida e tudo estaria consertado, mantendo acesas as expectativas dos atleticanos de ver o clube cair e o medo dos cruzeirenses de que isso ocorra e com isso os fazendo cativos à TV, ao rádio e às bilheterias até o final do torneio. Caso perca o jogo o Cruzeiro, em seu jogo seguinte ocorreria o inverso. Ceará e Fortaleza, dois rivais cearenses, vivem situação um pouco parecida e que também contribui com a gestão por meio de sadismo de uns e medo de outros.

Veja a tabela de classificação do torneio até o momento desta postagem:

TabelaSerieA28nov2019_20h42m

Se você acompanhou esta postagem até aqui, eis que irá ter premiada sua perseverança. Um grande segredo sobre as transmissões esportivas irá ser lhe revelado.

Verifique dentre os resultados de partidas em andamento na segunda imagem o jogo em que o Flamengo enfrentava em casa o Ceará. Eram 48′ do Primeiro Tempo e o Ceará vencia o campeão. A partida foi para o intervalo desta forma. E terminou com o placar de 4 x 1 para o Flamengo.

O Ceará lutava para não cair. Até o momento do print da imagem 2 e por toda quarta-feira o time se manteve um ponto à frente do Cruzeiro e fora do Z4. Com toda certeza, pelo rádio e pela TV esse jogo foi acompanhado por torcedores dos dois clubes que se enfrentavam, pelos torcedores do Fortaleza, do Cruzeiro e do Atlético. Todos esses tinham interesses diversos no resultado.

Enquanto o Vozão ganhava, a partir dos 26 minutos, o estado psicológico de seu torcedor se encontrava eufórico, entusiasmado, esperançoso. A TV, e o rádio ao seu modo, o enchiam de publicidade na tela e de merchandising na voz do narrador esportivo voltadas para o respectivo estado. No mesmo estado emocional e sofrendo os mesmos efeitos se encontrava o atleticano.

O torcedor do Fortaleza e o cruzeirense se encontravam apreensivos, temerosos, em estado emocional até mais propício para o embutimento de mensagens na psique, que arrancam comportamentos previamente conhecidos pelos pavlovianos. Ia parar também nessas mentes mensagens propícias a arrebatamentos distintos.

Depois veio o alívio gradativo. Primeiro o empate do Fla, a virada e a ampliação de tentos. Cada vez mais uma turma de torcedores se aborrecia, frustrava-se, enchia-se de medo; e a outra regozijava-se e se esbaldava de satisfação, otimismo e euforia, junto com a torcida do Flamengo, cujas atenções também eram usadas para assimilação de mensagens.

Como zumbis, todos os envolvidos foram programados ao final da partida a ter certos comportamentos. Estabeleceram ou fortaleceram crenças e obediências. Comprariam no dia seguinte produtos incutidos em suas mentes. Defenderiam algumas ideias e combateriam outras. Viraram ou se mantiveram servos dos pavlovianos que mandam no mundo e que utilizam a Mídia como seu principal cavaleiro. O capitalismo agradece fortemente.

Eis o grande motivo de as partidas serem geridas. Aplique isso a qualquer jogo que tenha visto e achado estranho times sofrerem apagões ou jogarem com eficiência inusitados; ou facilitarem tomar gols ou perderem gols feitos; ter havido expulsões, substituições de atletas e marcações de pênaltis esquisitos; agora tem também as suspeitas participações do árbitro de vídeo.

Tipo de gestão pública que o habitante do sistema comunista estaria livre de sofrer. “Como assim? Na China também tem futebol e televisão”, você poderia me dizer. Mas, é aí que se vê que em lugar no mundo até hoje não se viveu o Comunismo. Se autointitular uma nação comunista não é o mesmo que ser de fato. O Comunismo não aceita manutenção de futilidades, por isso não pode a sociedade comunista sofrer gestão behaviorista. Ainda mais com foco no Futebol, que é apenas “a coisa mais importante dentre as coisas sem importância“.

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Flamengo: Campeão de quê mesmo, Globo?

maisarmadoimpossivel

23/11/2019, 17h, Lima, Peru, Final da Libertadores 2019. Seria no Chile o encontro futebolístico, mas, ao que parece o Brasil não tem cacife para mandar no povo chileno. Seria necessário esse feito, que agora abrange também o argentino. Grande Salvador Allende e Pablo Neruda, responsáveis por deixar aquele povo com uma consciência política invejável!

Do jeito que contratam à Globo um documentário, um especial de TV, um musical pra ser passado em determinado horário, contratam uma partida de futebol. A partida vai ter determinado aspecto, vai passar por diversas impressões de resultado final durante os 90 que hoje são 100 minutos de duração e vai ter exatamente o resultado combinado. O cliente do contratador, que é o público da Globo, vai obedecer à ordem de se expor ao produto e irá prender sua atenção pelo tempo que o contratador achar ser necessário para que seu objetivo se cumpra.

A partida do Flamengo contra o River Plate pela Taça Libertadores, apesar que o público, sem qualquer argumento válido, considerando apenas sua crença e devoção ao Sistema, baterá a perna pra dizer que não, mas, foi a Globo que escolheu dia, horário e lugar para jogarem os dois times. E sem jogar pra perder: por mais que durante a maior parte do tempo do jogo ter parecido que os argentinos faturariam o título, os gols rubonegros saíram conforme o timing previamente imaginado nos bastidores.

Faria gol o jogador trabalhado para virar dinheiro grosso para o Flamengo se virar com a sua crise financeira e dívida com os cofres públicos encripados. Gols seriam perdidos propositalmente enquanto não desse o timing de marcar; o juíz interferiria anulando ou compensando gols caso saíssem por acidente; até que o script que atenderia prontamente os crédulos torcedores adversários e favoráveis ao Flamengo se desfechasse.

O trivial do futebol indústrial aconteceu como não poderia deixar de ser. Contra armação não tem vez nem força mística para tentar fazer minar o objetivo. Mexem com o credo popular e sabe-se lá qual foi o objetivo do contratador da farsa.

Obviamente eu não me dignei a obedecer o comando dessa cúpula e não assisti o jogo. Não por resistência, mas, naturalmente, não era mesmo do meu interesse. Me movi a escrever esse texto devido à euforia ou à indignação com que pessoas se mostraram pelos locais onde estive. Precisei pesquisar pelo assunto no Google, escolher o veículo de notícia menos prestigiado para eu clicar o link e buscar informações a respeito da partida, a fim de tecer este texto. Ver como foram os gols não foi necessário, por essa razão o Youtube ficou de fora da minha busca. Aliás, eu nem ia ter estômago pra isso!

Eu soube também que propositalmente tiraram o VAR da partida. É claro que não é o fato de pegar lances não focados que pudessem anular gols ou anotar penalidades máximas o motivo, pois, o tal do VAR está no futebol – diga-se de passagem, é outro desmotivador do interesse pelo esporte enquanto entretenimento – sob gestão dos administradores dos campeonatos e das partidas.

Às vezes uma falta de um atacante em cima de um zagueiro durante um ataque fulminante de seu time, ocorrida em região do campo bem imperceptível quando há um foco exclusivo – onde está a bola por exemplo – acontece simplesmente para anular um gol que não é para acontecer. Tanto o zagueiro quanto o atacante cumprem o seu papel. E só o apito do VAR pode convencer os presentes no estádio e os telespectadores que a anulação do gol é devida. Dessa forma fica parecendo real a partida. E necessária a mentira e besteira do VAR.

Mas, a razão de tirar o VAR dessa partida é exatamente porque acostumaram o público com essa alternativa de moralizar os embates, logo, a gestão de torcedor correria risco se o afetado pela iniciativa idiota inserida no futebol cobrasse a atuação do apito eletrônico.

E, caso o VAR estivesse presente e não fosse chamado em momento algum do embate ou caso nas vezes em que fosse chamado se percebesse não ter havido efetividade em ele ser chamado, desconfianças para cima da integridade dessa e das demais partidas de futebol de qualquer campeonato caíriam inexoravelmente.

O certo é que a TV Globo ficou por muito mais tempo após o jogo explorando a audiência com suas inúteis imagens e comentários ufanistas e alienadores também inúteis. Isso se pôde ver mesmo não dando atenção para a emissora. Estendeu por toda a programação do dia, deve explorar por todo o domingo e arrastará semanas com isso. Nada melhor para, por exemplo, cegar o brasileiro e garantir que o Governo consiga consolidar tudo o que planeja. Vai saber se não é o governo o contratador do engodo. E este o plano.

E então um monte de gente abobada começou a se desentender sem que houvesse rincha pessoal entre elas. Uns ficavam indignados por pouca coisa: ver triunfar mais uma vez o time de futebol rival do que eles torcem; outros porque viram o time que torcem erguer uma taça e levantar uma grana que eles próprios não têm direito nem mesmo de ajudar a decidir como os que encherão os bolsos às custas deles gastarão o dinheiro. Futebol só enche os bolsos e barrigas desse pessoal.

A vida é curta e não vale a pena perder qualquer tempo com futebol, nem mesmo torcendo ou dando atenção. Aliás: com esporte algum. Praticar é outro papo. Afinal, os clubes são quase eternos e vão ficar para continuar enganando aqueles que dão atenção e sustentam o negócio deles durante muito tempo. Enquanto a gente, pobres mortais, partiremos a qualquer momento.

Já pensou se de uma hora pra outra você cai morto e com tanta coisa que você poderia ter feito pra deixar história você não fez nada porque ficou por conta de acompanhar futebol? Que desperdício de existência seria. A partir dessa leitura, pense bem no que você está fazendo com a sua vida, pois, você não tem muito tempo para fazer o que realmente gosta ou para construir uma história e ser lembrado por ela. Ser lembrado é a única forma de nos tornarmos senão eternos tão duradouros quanto os clubes.

E mais: o torcedor ajuda a pagar as contas do clube que torce; já o clube não paga a conta de torcedor nenhum. Os pseudo-torcedores que recebem bola pra aparecer torcendo dentro de estádios, prestar serviços espúrios para os times, para a imprensa ou para as confederações esportivas não são torcedores, são operários assalariados. Aqueles tipos que iniciam confusões nas arquibancadas quando a conspiração precisa de motivo pra interditar estádios e fazer o dono do pedaço ir jogar num campo construído pra Copa do Mundo com o dinheiro do povo e que depois da copa não vê jogo, por exemplo. Tirando os massa de manobra, que trabalham sem saber e de graça, é claro!

Tudo isso é a minha humilde opinião! E exposição do meu ceticismo idem!