Flamengo: Campeão de quê mesmo, Globo?

maisarmadoimpossivel

23/11/2019, 17h, Lima, Peru, Final da Libertadores 2019. Seria no Chile o encontro futebolístico, mas, ao que parece o Brasil não tem cacife para mandar no povo chileno. Seria necessário esse feito, que agora abrange também o argentino. Grande Salvador Allende e Pablo Neruda, responsáveis por deixar aquele povo com uma consciência política invejável!

Do jeito que contratam à Globo um documentário, um especial de TV, um musical pra ser passado em determinado horário, contratam uma partida de futebol. A partida vai ter determinado aspecto, vai passar por diversas impressões de resultado final durante os 90 que hoje são 100 minutos de duração e vai ter exatamente o resultado combinado. O cliente do contratador, que é o público da Globo, vai obedecer à ordem de se expor ao produto e irá prender sua atenção pelo tempo que o contratador achar ser necessário para que seu objetivo se cumpra.

A partida do Flamengo contra o River Plate pela Taça Libertadores, apesar que o público, sem qualquer argumento válido, considerando apenas sua crença e devoção ao Sistema, baterá a perna pra dizer que não, mas, foi a Globo que escolheu dia, horário e lugar para jogarem os dois times. E sem jogar pra perder: por mais que durante a maior parte do tempo do jogo ter parecido que os argentinos faturariam o título, os gols rubonegros saíram conforme o timing previamente imaginado nos bastidores.

Faria gol o jogador trabalhado para virar dinheiro grosso para o Flamengo se virar com a sua crise financeira e dívida com os cofres públicos encripados. Gols seriam perdidos propositalmente enquanto não desse o timing de marcar; o juíz interferiria anulando ou compensando gols caso saíssem por acidente; até que o script que atenderia prontamente os crédulos torcedores adversários e favoráveis ao Flamengo se desfechasse.

O trivial do futebol indústrial aconteceu como não poderia deixar de ser. Contra armação não tem vez nem força mística para tentar fazer minar o objetivo. Mexem com o credo popular e sabe-se lá qual foi o objetivo do contratador da farsa.

Obviamente eu não me dignei a obedecer o comando dessa cúpula e não assisti o jogo. Não por resistência, mas, naturalmente, não era mesmo do meu interesse. Me movi a escrever esse texto devido à euforia ou à indignação com que pessoas se mostraram pelos locais onde estive. Precisei pesquisar pelo assunto no Google, escolher o veículo de notícia menos prestigiado para eu clicar o link e buscar informações a respeito da partida, a fim de tecer este texto. Ver como foram os gols não foi necessário, por essa razão o Youtube ficou de fora da minha busca. Aliás, eu nem ia ter estômago pra isso!

Eu soube também que propositalmente tiraram o VAR da partida. É claro que não é o fato de pegar lances não focados que pudessem anular gols ou anotar penalidades máximas o motivo, pois, o tal do VAR está no futebol – diga-se de passagem, é outro desmotivador do interesse pelo esporte enquanto entretenimento – sob gestão dos administradores dos campeonatos e das partidas.

Às vezes uma falta de um atacante em cima de um zagueiro durante um ataque fulminante de seu time, ocorrida em região do campo bem imperceptível quando há um foco exclusivo – onde está a bola por exemplo – acontece simplesmente para anular um gol que não é para acontecer. Tanto o zagueiro quanto o atacante cumprem o seu papel. E só o apito do VAR pode convencer os presentes no estádio e os telespectadores que a anulação do gol é devida. Dessa forma fica parecendo real a partida. E necessária a mentira e besteira do VAR.

Mas, a razão de tirar o VAR dessa partida é exatamente porque acostumaram o público com essa alternativa de moralizar os embates, logo, a gestão de torcedor correria risco se o afetado pela iniciativa idiota inserida no futebol cobrasse a atuação do apito eletrônico.

E, caso o VAR estivesse presente e não fosse chamado em momento algum do embate ou caso nas vezes em que fosse chamado se percebesse não ter havido efetividade em ele ser chamado, desconfianças para cima da integridade dessa e das demais partidas de futebol de qualquer campeonato caíriam inexoravelmente.

O certo é que a TV Globo ficou por muito mais tempo após o jogo explorando a audiência com suas inúteis imagens e comentários ufanistas e alienadores também inúteis. Isso se pôde ver mesmo não dando atenção para a emissora. Estendeu por toda a programação do dia, deve explorar por todo o domingo e arrastará semanas com isso. Nada melhor para, por exemplo, cegar o brasileiro e garantir que o Governo consiga consolidar tudo o que planeja. Vai saber se não é o governo o contratador do engodo. E este o plano.

E então um monte de gente abobada começou a se desentender sem que houvesse rincha pessoal entre elas. Uns ficavam indignados por pouca coisa: ver triunfar mais uma vez o time de futebol rival do que eles torcem; outros porque viram o time que torcem erguer uma taça e levantar uma grana que eles próprios não têm direito nem mesmo de ajudar a decidir como os que encherão os bolsos às custas deles gastarão o dinheiro. Futebol só enche os bolsos e barrigas desse pessoal.

A vida é curta e não vale a pena perder qualquer tempo com futebol, nem mesmo torcendo ou dando atenção. Aliás: com esporte algum. Praticar é outro papo. Afinal, os clubes são quase eternos e vão ficar para continuar enganando aqueles que dão atenção e sustentam o negócio deles durante muito tempo. Enquanto a gente, pobres mortais, partiremos a qualquer momento.

Já pensou se de uma hora pra outra você cai morto e com tanta coisa que você poderia ter feito pra deixar história você não fez nada porque ficou por conta de acompanhar futebol? Que desperdício de existência seria. A partir dessa leitura, pense bem no que você está fazendo com a sua vida, pois, você não tem muito tempo para fazer o que realmente gosta ou para construir uma história e ser lembrado por ela. Ser lembrado é a única forma de nos tornarmos senão eternos tão duradouros quanto os clubes.

E mais: o torcedor ajuda a pagar as contas do clube que torce; já o clube não paga a conta de torcedor nenhum. Os pseudo-torcedores que recebem bola pra aparecer torcendo dentro de estádios, prestar serviços espúrios para os times, para a imprensa ou para as confederações esportivas não são torcedores, são operários assalariados. Aqueles tipos que iniciam confusões nas arquibancadas quando a conspiração precisa de motivo pra interditar estádios e fazer o dono do pedaço ir jogar num campo construído pra Copa do Mundo com o dinheiro do povo e que depois da copa não vê jogo, por exemplo. Tirando os massa de manobra, que trabalham sem saber e de graça, é claro!

Tudo isso é a minha humilde opinião! E exposição do meu ceticismo idem!

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

%d blogueiros gostam disto: