Discurso apocalíptico de Dilma Rousseff após sofrer o impeachment
2014. Muito esforço foi feito, inclusive pelo PT, para que o eleitor não re-elegesse para presidente da república Dilma Rousseff do PT. Muitos alegaram que o partido criara um curral eleitoral com a ascensão do pobre na sociedade, que em longos anos dificilmente se cogitaria ele sair do poder.
Acontece que o PT estatizou o país. O número de servidores públicos ampliou – muita gente trabalhando para o Estado – e idem o número de beneficiários de programas sociais – muita gente recebendo benefício do Estado.
Nomeações inconcursadas para cargos públicos, nepotismo e funcionários fantasmas já assolavam os cofres da nação havia longos anos. O número de cargos políticos, de eletivos e de assessores nomeados por eles, com salários exorbitantes e sem merecimento, votados pelos próprios políticos, a receber do Estado, além de regalias insanas, ainda obrigam uma reforma política com a qual ninguém quer mexer.
No Judiciário, o esbanjamento e a falta de coerência com o orçamento nacional é semelhante à farra que rola no Executivo e no Legislativo. As togas mais valorizadas do mundo ainda por cima não julgam com justiça e perdoam muito abuso praticados por criminosos do colarinho branco – políticos e empresários.
Comprometendo ainda mais o orçamento público – o dinheiro que o Estado arrecada com impostos – a Previdência e a Seguridade Social encheram de aposentados para receberem aposentadoria e de afastados para receberem licenças médicas.
Os empregadores, com tanto direito a conferir para os empregados, pararam de contratar. E ainda aumentaram as demissões. Com isso, o Seguro Desemprego a ser pago aos demitidos virou problema. O consumidor sumiu.
E como o projeto de previdência brasileiro exige que haja trabalhadores na ativa para encher o bolo que é, entre outras coisas, usado para pagar aposentadorias, o desemprego lhe causou também um baque.
Para pagar os benefícios dados para a população e criar empregabilidade falsa, a fórmula petista comprometeu a arrecadação do Estado por conta de incentivos fiscais, dedução e isenção de impostos dados às empresas.
Bancando os vilões, o sistema de saúde público – o SUS – e as universidades públicas são mantidos com dinheiro do orçamento estatal e não retornam nada para o governo. E para complicar, escolas e hospitais públicos inibem a iniciativa privada de atuar nesses setores.
Até mesmo as farmácias, que poderiam levantar algum troco para o Estado com a tributação sobre remédios, se tornaram um péssimo empreendimento tendo como concorrente o governo, que distribui gratuitamente ou a baixo custo remédios através das farmácias populares.
E como se não bastasse isso tudo, nas poucas empresas estatais, que poderiam com o lucro que geravam tornar a arrecadação nacional menos deficitária, a corrupção acontecia sem pudor.
Propinagem em troca de favores em licitações, tráfico de influência, cabides de emprego, superfaturamentos. Mesmo as empresas estatais brasileiras competitivas passaram a cortar um dobrado para continuarem de pé. Afim de sobreviverem, imploravam por privatização ou – o melhor caso – concessão para a iniciativa privada.
Reforma previdenciária, agrária, fiscal, tributária, trabalhista, política. O Brasil urgia de revisionismo em todos os setores. Era da competência do partido em situação providenciar.
Direitos dados à população teriam que ser retirados para aumentar a empregabilidade real. Cortes de serviços bancados pelo Estado idem. Salários cairiam e o lucro das empresas não ficariam de fora devido a corte de incentivos fiscais e deduções de impostos. Indicadores sociais mudariam para pior. Toda a revolução que o PT promoveu, de repente teve seus erros evidenciados. Teria que ir tudo para o ralo.
Não é difícil imaginar a cúpula do PT querendo passar esse abacaxi para outro descascar. Mas, o plano de sabotar a re-eleição de Dilma não deu certo. A responsabilidade ficou ainda maior.
Precisava toda a classe política em Brasília, de todos os partidos, traçar junto com juristas e empresários um grande plano que pudesse providenciar a implantação de todas as medidas de choque necessárias. E sem que o PT tivesse que sair de cena mal falado até mesmo pelo seu seguidor, a quem o partido devia muita satisfação.
O primeiro passo foi usar a mídia para destampar a corrupção que havia no sistema estatal e com ela destampada levar o público à uma indignação e repúdio incontinentes e gradativos, que serviriam de mola-mestra para tirar o PT do posto. Fora das urnas e sem ferir a democracia, respeitando o voto do cidadão que ajudara a eleger Dilma Rousseff.
Daí foi criada a Operação Lava-jato e a alegação de que o país caminhava para o socialismo dada as políticas públicas que adotava. Obviamente essa alegação, se fosse explicada a razão de serem tais políticas o motivo de rumar o Brasil para o comunismo, o povo não seria afetado, pois, ele teria que saber que os serviços públicos e benefícios sociais lhe disponibilizados pelo Estado é que caracteriza o socialismo. Certamente ele não se convenceria de abrir mão dos direitos e benefícios que recebeu.
Solucionaram isso fazendo do comunismo um assombração e enfiando na cabeça do povo que o esquerdismo do PT é que caracterizava a tendência comunista do governo. E deram como atributos desse esquerdismo assuntos como as invasões de terra do MST; as marchas para liberação das drogas; a emancipação da mulher, que estaria a afetar a Família e a degradando; o crescimento do homossexualismo e dos pedidos de leis pró aborto; a privilegização de direitos humanos para marginais; o ateísmo e o laicismo. O fakenew atual originou-se aí.
E com mais sustância do que nos grandes momentos das redes sociais na internet, pois, o antipetismo ganhou força. Até aqueles que votaram em Dilma pela preservação da ascensão de sua classe se tornaram predispostos a dar tiro no pé e votar em qualquer um que se mostrasse inimigo mortal do petismo.
Na postagem final desta série será narrado do Impeachment de Dilma Rousseff à Pandemia de Covid-19. Por nada nesse mundo perca essa postagem!
A.A.Vítor – Autor do livro “Os meninos da Rua Albatroz”, cujo capítulo “Planejadores do futuro sombrio” previu o momento atual. Sobre saúde e espiritualidade leia: “A magia que enriqueceu Tony”. Sobre empreendedorismo, relação interpessoal e sexo leia: “Contos de Verão: A casa da fantasia” e “Todo o mundo quer me amar”.
Isso aí, parabéns pelo seu trabalho.
Ótimo.
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