Como funciona o futebol industrial

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Uma cidade que possui um ou mais grandes clubes de futebol, que disputam as principais competições estaduais, nacionais e internacionais, tem tudo para fazer alavancar negócios em seu solo com o uso desse esporte. Basta ela reivindicar que seus clubes ou um deles estejam participando das competições – ou uma das competições – mais badaladas do país ou do mundo. Dependendo dos clubes que a cidade possui, nem é preciso que a prefeitura reivindique às federações esportivas, donas dos campeonatos. Elas mesmas fazem questão de incluir o clube no elenco da disputa. Você deve estar a pensar: Reivindicar? É necessário se classificar. Mas, você vai entender que não é bem assim. E de repente irá até sacar muitas das coisas do futebol atual que para você ficaram inexplicadas.

Aonde o clube vai, vai sua torcida. E sempre a partida que o clube sedia tem o interesse dos torcedores que torcem para o time adversário. Estes deslocam-se para ver o seu clube jogar ou se prendem às transmissões de rádio ou de televisão, formando a audiência necessária para esses aparelhos comerciais faturarem. Antes e após os jogos, além desses veículos de cobertura esportiva, os jornais e revistas impressos também fatiam do bolo. E hoje em dia ainda há os sites de toda sorte, que faturam antes, durante e depois das partidas jogadas.

O primeiro pelotão de faturamento com base no futebol, tirando os clubes, os empresários do setor, as federações, os estádios e a imprensa esportiva, são os comércios que exploram as marcas dos clubes. Eles as estampam em diversos artigos de consumo, do vestuário ao material escolar, o brasão ou o mascote que identifica o time e isso se torna um item preferencial de consumo não só dos apaixonados pelo clube. Uma fórmula que dá super certo há bastante tempo e que não tem o investidor risco grande de fracasso de vendas. Principalmente se o clube estampado nos artigos estiver em alta na temporada.

Há aqueles cujo faturamento pode ser previsto, programado para acontecer e até ter antecipados os pagamentos. É o caso das agências de passagens aéreas e companhias de aviação, que transportam as equipes desportivas e os elementos da imprensa do ramo. As empresas de ônibus não ficam muito para trás, pois, carregam torcedores em caravanas durante todo o ano.

Entram em cena os hotéis e casas do gênero. Com hospedagem dos integrantes dos clubes e da imprensa é certo de eles arrancarem reservas. É mais provável de eles faturarem também com as torcidas nos certames de amplitude nacional – em cidades distantes mais de 500km do local de origem do time visitante – e internacional. Isso porque muitas vezes as partidas acontecem em dias da semana e horários que comprometem aos torcedores a volta para casa em razão do trabalho.

Os restaurantes, bares e boates, em qualquer situação são os campeões de clientela extra. E essa logística de turismo de evento favorece também a vendedores ambulantes, feirantes e àqueles que ganham seu dinheiro dos turistas em visitas a pontos turísticos de fácil acesso, como parques, praias, monumentos. Não é muito de se esperar, mas, podem pegar alguma renda museus, galerias de arte, casas de shows ou salões de exposições diversas.

Sendo assim, por que não esperar que o Futebol seja totalmente industrializado? Com clubes sendo favorecidos com títulos ou entradas – e até permanência – em competições para criar o interesse do público de maneira a fazer toda essa estrutura funcionar. Além de fazer enriquecerem as cidades hospedeiras dos grandes clubes, torná-las capacitadas para anfitriar grandes eventos, que geram outras divisas, ou, quando necessário, ajudar os governos municipais e estaduais a se livrarem de dívidas públicas, quer estas sejam do setor esportivo ou não. Coisa que vem acontecendo em muitas das capitais que receberam jogos da Copa do Mundo 2014 e ficaram endividadas.

Um grande palco com atletas de laboratório, criados para receberem foco da mídia contratada e virarem astros, atuando em clubes escolhidos, de acordo com uma demanda previamente solicitada, estaria a ser visualizado pelo público do futebol industrial. Com megacompetições produzidas para serem cultuadas como um grande espetáculo da Terra, como é a Copa do Mundo. E tudo servido de muita farsa. Que recebe a contribuição de quem sabe e de quem não tem a mínima ideia de que os jogos e campeonatos são totalmente planejados para serem como são, formarem os campeões que os vencem, tendo a participação dos clubes e dos atletas que os disputam. E gerando nos bastidores os bafafás administrados para serem gerados e repercutidos pelos que perdem seu tempo acompanhando o futebol em vez de procurar viver sua vida com mais qualidade.

Todos nesse esquema ganham. Até mesmo o torcedor. Enquanto ele acreditar que está a haver uma disputa o que acontece dentro dos gramados, é claro. Se um dia isso romper, o encanto acaba e toda essa estrutura de erguimento de negócios desaba. Mingua por falta de faturamento. Qual torcedor irá querer ver, de dentro de um estádio ou pela televisão, arte cênica se passando por entretenimento desportivo? É por essa razão que tudo é muito bem feito. Não há a menor chance de se enxergar que até um pênalti perdido pode se tratar de um golpe contra a opinião pública. Empregam as melhores cabeças maniqueístas para pensarem as estratégias de manipulação da massa que acompanha o futebol. Estas estabelecem antecipadamente tudo que irá ser visto e comentado pelo torcedor. Empregam alta tecnologia nisso. O projeto Blue Beam é fichinha perto da capacidade de artificializar que tem essa indústria.

No mundo de Sofia

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E se de repente tudo for um grande teatro? Lula e FHC continuam amigos, como nos tempos em que o primeiro ajudou o segundo a se firmar na política. A turma que na época da Ditadura Militar peitava os militares na rua, clamando por democracia, que se divide hoje em partidos de direita e de esquerda, está mais unida do que nunca e comanda o espetáculo de manchetes, cada um com o seu papel, que nos fazem indignar, sofrer, sentir vontade de abster-se da política e de fugir do Brasil, deixando tudo pra eles como eles querem.

E se de repente existe um grande plano traçado lá nos anos 1970 ou nos oitenta entre esses nomes de direitistas e esquerdistas que vemos desfilar na mídia e o que presenciamos, com mais peso pela tela da TV Globo, não passa de esquetes para esse plano funcionar? Se quando era a vez de estruturar o país empresarialmente e privatizar as empresas públicas que os militares criaram, os tucanos ganharam a vez por ser o PSDB um partido voltado para os interesses do patrão? E quando foi a vez de desafogar o povo da miséria para dar a ele condições de criar o consumo que as empresas criadas, emancipadas, implantadas ou desenvolvidas no governo tucano tivessem para quem vender os produtos e serviços sobressalentes da exportação, o cetro foi passado de mãos beijadas para o PT? No fim, é tudo uma grande maçonaria e todos eles confraternizam nela. Só a gente é que não. A gente só vota, só põe eles lá. A gente só contribui. Paga imposto, pratica o consumo, trabalha e dá audiência.

E se de repente, durante a vez do pobre, o Partido dos Trabalhadores exagerou no cumprimento de seu papel, fez mais do que tinha que fazer e o avanço que deu à classe trabalhadora comprometeu as divisas do país, de um jeito que a garantir todos os benefícios conquistados pelos tutelados do partido o orçamento público fadaria a falir em poucos anos? Não tendo feito coisa errada alguma, tendo havido corrupção alguma, mas, errado nos cálculos. Sendo esses erros irreparáveis, senão por meio de medidas drásticas, que incorrem em ajuda internacional e venda de estatais e de empresas nacionais competitivas. Ajuda que se viesse pelo simples vir a opinião pública não aceitaria nem à força. Daí a razão da participação massiva da grande mídia para chocar e conduzir essa opinião. O PT teria pecado por excesso.

Se de repente, todos os congressistas, de direita e de esquerda, durante o segundo Governo Dilma se reuniram com empresários e poderosos, do Brasil e do estrangeiro, para traçar uma estratégia de socorro que levasse o país às reformas para o Trabalho e para a Previdência, ao corte orçamentário e às perdas de benefícios pelo povo, considerados necessários para se retomar o progresso? Daí saindo a Operação Lava-jato e a queima de imagem do Partido dos Trabalhadores e da Esquerda brasileira, cuja finalidade seria tirar do povo a ternura absorvida nos anos de conquistas jamais imaginadas pela Classe Media. Ternura que ficou declarada no momento em que Dilma foi reeleita.

Se de repente o impeachment de Dilma Russeff foi um golpe que teve a condescendência da própria e de todo o PT. Se de repente Michel Temer só é um testa de ferro que topou bancar o tirano e sofrer as consequências do choque ideológico que levaria o povo com as medidas votadas por toda classe política e empresarial para serem tomadas, simplesmente pelo fato de que alguém teria que fazê-lo e ele seria o mais indicado por ser na ocasião da estruturação do plano o vice-presidente do país?

Se de repente nomes como Jair Bolsonaro apareceram na cena só para garantir de o povo continuar a ter aversão pelo tipo militar e com isso fazer minar qualquer tentativa de intervenção da classe, ainda que supostamente tenha partido de liberais civis esse tipo de solicitação para que a sombra dela contivesse a também suposta conduta dos congressistas mais badalados na mídia e daqueles que pregam sem medir consequências a implantação do Socialismo?

Se de repente a posição que passou a ocupar na política o Supremo Tribunal Federal, bem como a parcialidade que demonstra ter em relação a políticos conservadores e grupos empresariais alinhados com a compra de empresas brasileiras, faça parte do jogo? Fazendo parte também os movimentos de rua e das centrais sindicais; o surgimento do avatar Sérgio Moro e sua perseguição ao Lula; as prisões mega midiáticas que supostamente teriam acontecido; os deliciosos casos de vazamentos por meio de escutas telefônicas e delações premiadas, que lavam a alma dos que se contaminaram com o ódio ao Lula ou ao Aécio; a constrição intestinal causada nos que diariamente se submetem aos dejetos que caem do reto da Grande Mídia, sobretudo da Rede Globo e da Editora Abril.

Se de repente, mesmo tendo a mídia bastante habilidade para moldar a opinião do público, o fato de ainda assim o povo insistir em votar no Lula em 2018 é que levou o ex-presidente da república a aceitar ser finalmente setenciado por seu suposto perseguidor e quem sabe dar um fim na esperança do povo em fazer justiça contra esses manipuladores da realidade nacional, ter seus direitos de volta e voltar ao ponto em que Dilma parou e retomar o caminho que o país estava seguindo, o qual incomodava bastante a elite global que financia e coordena todo esse circo?

Se de repente, de verdade mesmo só exista a sua atenção às notícias que saem e a sua reação a elas? Se de repente, de verdade mesmo só exista a necessidade de você criar um senso mais crítico e bradar contra o sistema que o envolve, o colocando na simples posição de expectador, deixando que pseudos dramaturgos tomem decisões para o seu futuro e para o futuro da sua casa, o Brasil, sem deixar que você participe disso ou que pelo menos saiba o que realmente está acontecendo na sua nação.

Quem é realmente herói, quem é realmente vilão, quem está do seu lado. Em que se pode acreditar? O que não é trapaça? O que não é golpe de opinião? O que é proteção da nação? Feita por gente que sabe de tudo o que acontece nos bastidores do mundo e que sabe que evitar a perda de soberania do Brasil e consecutiva colonização dos brasileiros se trata de um jogo de xadrez difícil de jogar pois, os melhores enxadristas estão à mesa. Você sabe dizer corretamente qual é a verdade?

Eu escolhi boicotar tudo isso. Não acredito em nada do que sai na mídia como verdade e menos ainda faço repercutir.

“Por diferentes motivos, a maioria das pessoas é tão absorvida pelo cotidiano que a admiração pela vida acaba sendo completamente reprimida.”
Jostein Gaarder em “O Mundo de Sofia”

Pede pra sair, Romanov

A arte, a cultura e o futuro do capitalismo

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Pensadores da Escola de Frankfurt, como Herbert Marcuse, criador do termo “indústria cultural”, e Theodor Adorno, acreditavam que o Capitalismo um dia encontraria seu ponto de ruptura. Esse ponto seria o momento em que os processos de produção seriam automatizados e as pessoas perderiam seus empregos para máquinas. E a população C, formada por trabalhadores de produção (braçais), se ampliaria de tal forma que os parcos empregos deixados pelas máquinas ao homem não suportariam tanta gente. Isso traria uma imensa crise. Pessoas sem trabalho para arcar com o seu sustento e o de suas famílias; mercados à mingua devido a insuficiência de consumidores, principalmente para os produtos do tipo C, pois, máquinas não compram. A categoria de produto não importa quando o assunto é falta de consumidor, pois, a classe de capitalista que explora esse mercado é a mesma que explora o A e o B. Todos fazem parte da mesma irmandade, portanto, se falta para um, falta para todos. O que lucra com produto C, compra ou utiliza os serviços de classe A e B da mesma forma que os outros imperialistas acima na hierarquia informal.

Uma solução também prevista por adeptos da Escola de Frankfurt para a crise desse momento é a redução populacional. A quantidade de pessoas pisando no solo terrestre sempre foi gerida. E quando era conveniente incentivar os nascimentos, como nos adventos das guerras, para alimentar os quartéis, se incentivou. Também quando se precisou alimentar de trabalhador braçal a indústria, como na Revolução Industrial, também se incentivou.

Mas, agora, é hora da engenharia reversa. Dois terços da população mundial precisam ser eliminados. E isso não tem nada a ver com a Bíblia. É gente demais a precisar de moradia, de abastecimento hídrico, de alimento e, consequentemente, trabalho. E ainda temos que contabilizar o consumo e necessidade de espaço que os outros animais possuem.

O chão de fábrica a produzir pilhas de enlatados e ensacados, veículos, utensílios domésticos, indumentárias não é mais suficiente para garantir emprego para pagar os que estão na ativa, os que vão entrar e ainda os que já saíram e gozam de suas aposentadorias.

Instituições como a moda ou como o esporte continuam cumprindo sua missão de criar o desejo de consumo pelo que elas instituem. Falta é oportunidades para que os apaixonados que elas criam possam conter suas paixões com o consumo de seus produtos. É hora de rever tudo isso. Não basta criar o desejo de consumir. É preciso dar essa condição para as pessoas o realizar.

Os filósofos de Frankfurt sugeriram uma fórmula: o emprego da arte e da cultura como meio individual de produção para contrabalançar a falta de oportunidades. O máximo possível de indivíduos levariam vida de artista ou de escritor. Venderiam seus trabalhos para o público que se encontrasse nos empregos possíveis. Em seus momentos de ócio, ele os consumiriam. Necessitar-se-ia aumentar esses momentos. As jornadas de trabalho teriam que ser reduzidas. Jornada de dezoito horas de expediente para a indústria e o setor de serviços, com turmas trabalhando em turnos de seis horas cada.

Necessitar-se-ia, também, fazer com que as pessoas voltassem, através de engenharia social, a gostar de livros, saraus, quadrinhos, cinema, esculturas, peças de antiquário, teatro. Foi por meio de engenharia social que todos nós fomos levados a abominar esses itens de arte e de cultura. Houve um tempo em que era perigoso para o sistema indivíduos se tornarem cultos. Mas, agora é a salvação. A cultura do celular e da internet vieram a calhar e se encaixam bem nessa empreitada de juntar tudo o que ocupa o tempo das pessoas de forma que elas não se importam em pagar por isso. A música, a televisão, o turismo, a moda e o esporte nunca deixaram de contribuir na dimensão que sempre contribuiram.

Feito tudo isso, redução populacional se poderia descartar. Nada de falsos conflitos militares ou civis; nada de falsas epidemias e campanhas de vacinação clandestinas; nada de violência urbana genocida de toda sorte; acidentes aéreos forjados; desastres climáticos orquestrados por meio do HAARP; sem que a Monsanto troque a vegetação natural pelos seus transgênicos para implantar sua vaidosa engenharia alimentar; nada de alteração arbitrária da sexualidade padrão para o fim de evitar nascimentos.

Controle de natalidade, sim, é preciso. E é o bastante. Mas, sem mutilar gente, sem corromper gente, sem esterelizar gente por meio de métodos obscuros. Com direito à admissão do aborto, sim. Sem hipocrisias. Sem que as pessoas se deprimam por estarem sendo privadas de viver um grande amor.

Para que isso deixe de parecer utopia, só precisamos, nós da boiada, trocar de lugar com os governantes do mundo. Os magnatas patriarcas das poucas famílias que determinam como é a história de todas as nações. É deles que temos que tomar o controle. Precisamos mostrar para eles que precisam confiar em nós. Não somos incapazes. Podemos, sim, cuidar do planeta. Não somos máquinas de reproduzir apenas. Temos inteligência de sobra quando não estamos tendo nossas maneiras de pensar manobradas para arcar com os planos dessa elite controladora de humanos e de tudo o que há no planeta. Tá na hora de se libertar das cordas e marchar em direção a eles. Como bolcheviques, fazermos dos filhos dessas famílias uns Romanov. Podemos ver a humanidade sendo feliz sem ter que ser serva de gangsters na pele de grandes empresários que se reúnem em sociedades secretas para dar as cartas para o mundo.

A CIA por trás da alienação da Fé Evangélica

Jonestown Remains

James Warren queria montar um templo em Indiana. Se autointitulava missionário e militava pelos direitos civis. Ele era do tipo apocalíptico e acreditava que o mundo passaria novamente por uma ameaça nuclear. No caso uma hecatombe mundial. E não a experiência conhecida daquele início da década de 1960, na qual americanos guiando o B29 Enola Gay se dirigiram para Hiroshima no Japão, onde deixaram cair do avião uma Little Boy, a primeira bomba atômica a ser utilizada como arma de guerra, constituindo-se um estrago geosócioclimático sem precedentes, que não intimidou os algozes por trás do manche, que ainda disparariam outra bomba similar na cidade de Nagazaki, depois que núvens e fumaça fizeram com que os planos de alvejar Kokura fossem mudados. Era a retaliação feita aos japoneses por causa do episódio denominado “Incidente de Pearl Harbor”, hoje estipulado como uma operação de falsa bandeira operada pelos generais dos Estados Unidos para colocar o país na Segunda Guerra e viabilizar os propósitos de seu governo para a mesma. Causar destruição e reformar nações, endividando-as e criando-se um império era um destes.

Vôos altos explorando a fé humana pretendia alçar James. Numa edição da revista “Esquire”, de 1962, ele listara Belo Horizonte, em Minas Gerais, Brasil, como um lugar seguro para se viver havendo o mundo de sofrer a temida guerra nuclear que ele pregava e da qual buscava se precaver. Por lá imaginou fundar seu império religioso. Instalou-se em um bairro luxuoso da capital mineira e escondendo sua simpatia pelo comunismo buscou conhecer a gente humilde para lotar seu templo. Mas, a cidade precária dos recursos de que precisava o homem forçou sua evasão para o Rio de Janeiro. Os barracos dos morros com vista para a Serra do Curral em Belo Horizonte foram trocados pelas favelas com vista para o mar da então Cidade Maravilhosa, no Estado da Guanabara. Porém, as belezas tropicais do litoral brasileiro não foram suficientes para manter James Warren no Brasil. As reclamações dos pregadores que deixara em Indiana cuidando dos negócios falaram mais alto na decisão do missionário de voltar para os Estados Unidos. O sincretismo das religiões brasileiras, no qual os elementos e as doutrinas do cristianismo, por exemplo, aparecem de maneiras completamente distintas em mais de uma religião, lhe serviu de herança da pátria para tocar seus negócios.

James já havia conhecido a Guiana, colônia britânica, quando partira iludido para o Brasil. Uma locação para seu experimento social no pequeno país sulamericano poderia ter passado pela sua cabeça. Mas, foi em São Francisco que ele viu iniciar suas atividades como reverendo. O reverendo Jones. Sem qualquer ordenação na fé cristã ou compromisso com as pregações clássicas do Evangelho. Era o ano de 1967 e a comunidade que Jones formou levou o nome de Templo dos Povos.

Jones se dizia profeta, clarividente e capaz de realizar milagres. Em nada se diferenciava dos atuais pregadores pentecostais. Pregava ele a cura pela fé e tinha como doutrina maior o medo de uma guerra nuclear. A qual o reverendo vivia a fazer previsões. Que obviamente era o elemento de expectativa que alimenta todas as religiões. A volta de Jesus alimenta a cristã tradicional. Profecias que jamais se cumpriam, mas que sempre encontravam justificativas do malogro e a igreja de Jones ganhava cada vez mais adeptos. Afro-americanos pobres em geral. Os números de fiéis que Jones propagandeava superavam astronomicamente os reais. E assim ele dava segmento ao seu “Socialismo apostólico”, que rejeitava a Bíblia sob a acusação de se tratar de um manual escrito por brancos para justificar a sujeição das mulheres e a escravidão negra.

Jones, com isso, já empregava a tática do aumento das estatísticas em seu favor para alavancar mais simpatizantes para o seu império recém criado. Que serviram bem para arrancar doações dos seguidores e de pessoas influentes. O missionário vendia também suas vestes e objetos pessoais. Sua igreja enriqueceu, embora o fundador militasse contra o capitalismo. Já possuía a própria rádio e a própria gravadora de discos.

Então, se viu que intensificando ao extremo a devoção religiosa das pessoas era possível se tornar um ídolo concorrente de Deus, arrancar doações vultosas e penetrar na mídia fonada com temas e artistas gospel oferecendo concorrência ameaçadora ao sistema secular de música. Se viu também a grande predisposição que pessoas cooptadas pela fé religiosa têm para adquirir tralhas que lhes viessem sob a alegação de terem sido usadas pela entidade messiânica ou espiritual cultuada de uma seita ou de terem sido usadas pelo próprio líder religioso profusor das crenças advindas da doutrina de uma religião. O terreno para a formação de verdadeiros impérios materiais por pastores que pedem em nome de um salvador que pregava a pobreza estava preparado.

Conspiracionistas diziam que Jones recebia financiamento da CIA, que era agente da CIA, para promover seu experimento, cujos resultados seriam acumulados possivelmente nos manuais Kubark da organização de espionagem. Manuais que tratavam de técnicas de controle mental.

Mas, a CIA teria querido mais. Ela queria saber o ponto de ruptura da devoção religiosa. Queria saber o extremo a que se predisporia um indivíduo dominado por seus pregadores. Queria saber se eles aceitariam se suicidar em nome de uma fé. E após a instituição plantar a desconfiança e a discórdia dentre os dirigentes do Templo dos Povos, Jones se desligou do comitê administrador e foi para Guiana levando primeiramente sua família para depois levar seu rebanho. Lá, em um terreno arrendado, no ano de 1974, Jones fundou sua cidade ideal, a comunidade denominada Jonestown. Na localidade de Port Kaituma, próximo à fronteira com a Venezuela, o culto ao horror da “Rainbow Family” brotava.

1977, os primeiros 50 residentes de Jonestown chegaram vindos de São Francisco. No mesmo ano a igreja Hearing conseguiu responsabilizar a CIA pelos danos causados a pessoas expostas a seus experimentos no projeto MK Ultra de controle mental. Jones enfrentava o fisco guiano contra a isenção de impostos conservada pela igreja e suspeitava que a perseguição proviesse dos Estados Unidos, o qual era combatido com a acusação de ser este país e seu regime econômico o anticristo.

Suspeitas de ameaças físicas e extorsão moral aos viventes de Jonestown e de sequestros de crianças filhas de ex-membros que desertaram do templo caíram sobre o reverendo. Seguiu-se acusações de tortura psicológica, com privação de sono e de alimentos, tal qual mandam os manuais Kubark da CIA – e até mesmo o mini-manual do Carlos Marighella; exigência de entrega à igreja de propriedades e mais 25% da renda de cada membro da seita; o fanático passou a interferir na escolha dos membros quanto ao casamento e também na vida sexual dos quais; isolava dos pais suas crianças. E ainda abusou das técnicas de propaganda nazista para dar ao mundo falsa percepção favorável ao movimento e seu líder. Jones não jogava para perder. Vivia arriscando. Como gostava de dizer o viciado em LSD, a droga que a CIA administrava em seu projeto MK Ultra: “A gente não sabe quando é o dia da nossa sorte, portanto, temos que jogar todos os dias“.

O auge da decadência chegou para Jones quando Timothy Stoen, um ex-membro da comunidade em Port Kaituma, acusou o fanático religioso de manter  seu filho, John Victor, sob custódia forçada da igreja. Stoen teria apelado para um congressista democrata norte-americano, Leo Ryan. Ryan se deslocou para a Guiana, onde foi recebido com festa. Presenciara ele as condições de vida suportada na comunidade perdida no meio da floresta. A emissora de TV NBC o acompanhou para testemunhar a miséria e investigar as acusações recaídas sobre Jones. A comunidade viu desertores se unirem à comitiva do estadista norte-americano.

Jones não deixou por menos e não se contentou em apenas chamar de traidores os desertores. Naquela tarde de 17 de novembro de 1978, Ryan foi atingido por um ataque desferido com faca, o que apressou-lhe a retirada de Jonestown. Na pista de pouso de Port Kaituma, guardas que faziam a segurança de Jim Jones alvejaram o avião encarregado de levar Leo Ryan e sua comitiva de volta ao país natal. Larry Layton, um dos seguranças do fanático de Indiana, teria sido o autor dos disparos que decretou o fim da linha para Ryan, que se tornou o primeiro e único congressista dos Estados Unidos a morrer durante o cumprimento do dever. Junto a ele, morreram também três repórteres e uma ex-integrante do culto. Larry alegou ter sofrido lavagem cerebral para chegar a tanto.

Naquele mesmo dia, após o evento mortal envolvendo o congressista norte-americano, os 909 habitantes da comunidade Jonestown foram convencidos a ingerir suco de uva misturado com cianeto e sedativos. As famílias foram orientadas a deitarem-se juntas e 304 crianças beberam primeiramente o veneno. Todos achavam que não morreriam, pois, recebiam durante as reuniões denominadas “Noites brancas”, que Jones promovia na comunidade, um placebo que o reverendo os enganava com ele, alegando ser veneno, o que fazia a comunidade acreditar que era imune a ele.

Ao pronunciamento de seu líder, que, conforme gravação deixada e encontrada pelo FBI, mas que não se sabe se a informação procede não como providência da Guerra Fria existente então entre Estados Unidos e União Soviética, os alienados fiéis debatiam-se enquanto Jones informava que o êxodo que teria sido negociado com a União Soviética para a comunidade não mais aconteceria, devido ao assassinato cometido pelos zeladores da segurança de Jones.

O suicídio coletivo seria proveniente de declarações de Jones sobre haver agências de inteligência supostamente conspirando contra o Templo. “Vão atirar em alguns dos nossos bebês inocentes”, “Vão torturar nossos filhos, torturar alguns dos nossos membros, torturar nossos idosos”. “É um suicídio revolucionário”. “Parem com essa histeria! Este não é o caminho para as pessoas que são socialistas ou comunistas morrer. Este não é jeito que nós vamos morrer. Devemos morrer com um pouco de dignidade”. “Não tenham medo de morrer”. “A morte é apenas uma passagem para outro plano”. “É uma amiga”. “Nós não cometemos suicídio; cometemos um ato de suicídio revolucionário para protestar contra as condições de um mundo desumano”. Encerra-se a gravação e se deu o massacre que não poupou seu protagonista, Jim Jones, que em uma cadeira de praia foi encontrado morto com um tiro na cabeça. Não se sabe ao certo se vítima de uma bala auto-infligida, conforme declarou o legista guianense Cyrill Mootoo, ou se teria solicitado a alguém o tiro. Na autópsia do corpo havia níveis altos do barbitúrico letal para seres humanos Pentobarbital.

Após os eventos de condenações, se especulou que ex-membros da seita e mais a viúva de Jones, que sobreviveu junto ao filho ao massacre, teria destinado, como herança, todo o patrimônio da igreja ao PCUS – Partido Comunista da União Soviética. Porém, o que se extrai de verdade da herança desse episódio é a proliferação de igrejas protestantes que empregam táticas similares às empregadas em Jonestowm. Como a condução dos fiéis ao extremo da devoção; sua exploração moral e financeira e fidelidade às doutrinas aprendidas, incluindo a adoção de atitudes de alto risco em nome da congregação. Essas igrejas, que tornam fundadores em milionários, proliferam e invadem os países  – evangelizando a população e a tornando predisposta à submissão ao mais esperto – sob o financiamento, direto ou sob uso de prepostos, dos Estados Unidos. Daí a dificuldade de não se duvidar se não havia mesmo um acompanhamento da CIA nesse evento em vez de um convênio de Jones com a União Soviética, como se faz acreditar, parecendo ser pela razão de afastar suspeitas.

FONTE DAS INFORMAÇÕES: Wikipédia.

*Essa história também é explorada no livro “Os meninos da Rua Albatroz“.

A velada censura nas redes sociais

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IMAGEM: Observatório da imprensa

Câmara quer punir quem fala mal de político na internet
(Site Congresso em foco, 29/08/2015 11:12)

Quando eu li essa notícia na época, eu não acreditei que fosse pra valer. Meu costume é o de só acessar sites tocados por jornalistas livres ou no máximo esquerdistas. Do pessoal conservador da imprensa corporativa não me interessa suas mentiras ou maquinação da opinião pública.

E mais ou menos dessa época para cá eu vinha colhendo louros em matéria de repostagem de material jogado na internet em sites, blogs e redes sociais, e de textos que eu mesmo escrevia, no formato “minha opinião”, em meus veículos de comunicação pública (blogs, fan pages e grupos em mídias sociais).

Teve uma vez que eu me superei e consegui 500 curtidas e cento e tantos compartilhamentos de uma postagem que eu mesmo escrevi e espalhei em um grupo anti políticos de direita. Foi o início do auge, pois, embora o marco mais notável de reações do público em meus trabalhos tenha sido este, de então para cá, a média de visitações e reações ao que eu fazia (escrever ou compartilhar) era algo em torno de 100 arranques de atenções por dia. O conteúdo: sempre política. Pau em políticos, mídia, empresas, além de reflexões inovadoras, que ainda vêm para mim por meio de sensibilidade mediúnica.

Me senti um influenciador digital e vi nisso um futuro. Até tô escrevendo um livro com colagem das postagens. Publicarei quando o tema “Operação Lava-Jato” estiver dando sinal do fim da novela. Parece estar próximo isso, com o recém espetáculo da prisão de Eike Batista acobertando a votação da homologação das delações da Odebrecht.

Porém, de uns dias, talvez semanas, para cá, alguém apagou minha luz. Na verdade apagou a luz de todos os veículos que eu acompanhava, no Facebook principalmente, que faziam oposição ferrenha ao Governo Temer e aos grupos que lhes dão sustentação, principalmente as organizações Globo. Parece que colocaram uma mordaça na boca de todo mundo para pararem de expor verdades e um tean zu, instrumento de tortura chinês para quebrar os dedos das mãos, para pararem de escrever. As reações aos meus textos foram inibidas e as visitações aos meus instrumentos de publicação deles minguam.

Com relação às páginas e grupos que eu seguia, as mesmas tiveram sumidas de minhas notificações e mural as publicações recentes. Se eu quiser ver o que postam, tenho que ir buscar nos próprios perfis, grupos ou páginas. E o mesmo acontece para quem dessas páginas que quiser ver o que posto em meus canais.

Tudo indica que, de uma forma velada, a censura cobiçada pelos políticos da reportagem a que se refere a manchete que inicia este post está em vigor. E os instrumentos que omitem a comunicação entre aqueles que não têm papas na língua, não devem e não temem os políticos, foram silenciosamente arregimentados. Chegando ao ponto de ter sido cegada e calada a importante oposição que os grupos molestadores da sociedade vinham sofrendo e a invisibilidade herdada à grande mídia, que estava lhe começando a incomodar, pois, pelo menos entre os esquerdistas, o acesso à informação é destinado exclusivamente à imprensa livre, não corporativa, e a amadores que expõem opinião muito mais palatável do que expõem os grandes veículos de comunicação. Que só querem viabilizar golpes contra a própria audiência deles.

Bem-vindo ao Governo Temer: Hocus Pocus Mamom Absalon

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A maçonaria sempre esteve sob suspeita de se meter em política, colocar seus membros nos postos graúdos da política mundial ou, quando não, seduzir e afiliar líderes estabelecidos pela força popular ou por vocação própria. E nessa condição de ter ou de obter representantes na condição de dar as cartas para a sociedade, os interesses da confraria sempre prevaleceram sobre os interesses dos interessados naturais, que são o país e a maioria da população.

No mundo todo vários estadistas ou homens de Estado foram ou são maçons, conforme se especula publicamente. Cada qual tem seu feito. Geralmente, grande feito. Porém, em especial quero discorrer sobre Salvador Allende, ex-presidente chileno e o primeiro líder marxista a ser eleito democraticamente, fato ocorrido em 1970. Allende era maçom convicto e tomava posturas que, até onde se sabe, não são comuns de se esperar tomar um fraterno da maçonaria.

Suas operações marxistas ou simpatizantes do marxismo iam da nacionalização de empresas – como indústrias, bancos, minas de cobre – à reforma agrária, alavancadas pelo lema “via chilena para o socialismo“, e visavam a criação de condições para que a massa pudesse se por em condição de igualdade com as elites. Paulatinamente, ele chegou a colocar em mãos chilenas 60% da economia interna, conforme a Wikipédia e outros textos sobre o estadista, espalhados pela internet a fora, publicam.

Seus afrontos ao poder imperialista fizeram com que a CIA, a agência de operações militares internacional dos Estados Unidos, que já havia agido no país, em 1964, para minar a consagração da candidatura de Allende em postos estratégicos, investisse em grupos de pressão, como a organização terrorista Patria y Libertad, de orientação nacionalista-neofascista, para criar junto à massa, que adorava Allende desde 1964, quando perdera as eleições para Eduardo Frei devido a manobras da própria CIA, um clima de tensão sócio-política e de apodrecimento de reputação do presidente, tal qual aconteceu recentemente com Dilma Rousseff, que, no caso do chileno, o levou ao caminho da morte.

Conspiracionistas acreditam que a maçonaria teria sido a principal interessada em parar o estadista apunhalado pelas costas. A intenção dele seria criar uma maçonaria popular, para o povo. Um estado socialista na América do Sul onde o ideal junto à população seria o de igualdade, fraternidade e liberdade. E “todo poder emana do povo e para o povo deve voltar-se“. E isso a organização filosófica milenar só tolera pra ela contemplar. Embora faça de conta que não.

Atrás da CIA, do Patria Y Liberdad e do algoz de Allende, Augusto Pinochet, que teria também sido maçom, estaria a ordem superior das lojas chilenas, proveniente, talvez, dos Estados Unidos ou da Europa. Coisa que em Cuba não teria acontecido com Fidel e Raul Castro, por exemplo, porque a maçonaria cubana, da qual os irmãos Castro seriam afiliados, se voltava a seus afazeres filosóficos e mágicos apenas e não se metiam em política. Visava ganhar seu mamom, pronunciando deturpações de bençãos em latim, adorando G.A.D.U., o absalon, em suas “logias”,  sem ter que se preocupar com confiscos sob a acusação de prestidigitação, a mando de um irmão de grande posto no comando da nação onde operava. D. Pedro I, no caso do Brasil, não fora assim tão complacente com seus confrades em sua época.

Sim, claro, tudo isso é mera especulação!

A maçonaria seria obsecada por numerologia. Muita importância para a entidade têm os números capícuas e o 13. A data de morte de Salvador Allende, 11 de setembro de 1973, remete a essa obsessão. Excluindo o número que se refere ao mês, seguindo a regra dos nove fora, chega-se a dois 11. Que vai desembocar em um único capícua, o 22, que reduzido a um só algarismo, como manda a numerologia pitagórica, chega-se ao 4, que se refere ao 13 (1+3). Cuidado com as datas para os acontecimentos de seu interesse e com a expressão delas aumentar as chances de êxito nos mesmos, a maçonaria sempre teria tido. Daí as suspeitas dos conspiracionistas que discorrem sobre esse assunto.

Bem, esse longo resumo apresentando informações do assunto política e misticismo parece não ter qualquer relação com o título da postagem quanto à menção ao Governo Temer. Mas, não é bem assim. Neste momento, no Brasil, temos um presidente, da mesma forma que Allende, maçom convicto. Do tipo que faz os mais velhos esquecerem aquela máxima antiga de que maçom deve evitar o máximo que seja pública sua nomeação.

Apesar de a data da consagração do impeachment de Dilma Rousseff, 31 de agosto de 2016, ter escapado por um dia de ser uma data maçônica, pelo menos até onde se conhece sobre esse cálculo de datas atribuído à essa sociedade restrita, em suas andanças e aparições públicas o atual presidente da república faz questão de demonstrar sua convicção e devoção à instituição. Tal qual Allende fazia. Fica então a pergunta: Qual tipo de maçonaria pública Temer quer praticar? Voltada para a popularização da própria e se desconectando dela ao se vir embrenhado em políticas sociais? Ou voltada para a divulgação do poder da própria e embrenhada em ajeitar as coisas, incluindo desarmar de direitos os trabalhadores, para que os irmãos empresários possam atuar tranquilamente nos mercados de comércio e de produção estando ele ou não à frente do Poder Nacional a partir de 2018?

É melhor ficarmos de olho no que faz as equipes de Michel Temer, pois, de repente, quando pudermos enxergar com clareza seus planos, já teremos perdido todo o nosso poder de contra-ataque. E esse procedimento não inclui deixar fora de suspeita de participação nesse plano os medalhões da esquerda brasileira.

*Texto inspirado no conteúdo do livro “Os meninos da Rua Albatroz“. Algumas das referências constam, mais argumentativamente, no texto do livro.

A magia do futebol

“Crer é criar”

Não é fácil para quem está de fora, na posição de mero observador, e que não se deixa alienar pela imposição de midiáticos que transformam eventos de passatempo em paixão, aceitar que o que acontece dentro de um campo de futebol, na frente de todo o mundo, dentro do estádio ou pela televisão, ou até mesmo no palco da mente, que a própria tece se orientando pela voz de um locutor de rádio ou pelo texto de um cronista esportivos, seja fruto do acaso ou, com menor intensidade, do trabalho técnico desenvolvido em treinamentos ou previstos na prancheta de um treineiro. É, para esses, altamente provável que os eventos ocorridos nos gramados sejam arbitrados, decididos em bastidores e contando com a ajuda em campo de atletas, técnicos e árbitros, em outras épocas até com invasores de campo previamente instruídos para invadir, e, fora do gramado, com a preparação ideológica para interpretação de jogadas e outros lances do futebol dada por jornalistas, comentaristas e locutores esportivos, além da comissão técnica que de fora comanda as partidas preenchendo a súmula com os fatos paralelos que afetam as mesmas, como a contagem do tempo, as anotações de faltas, cartões, substituições e outras ocorrências.

Também fora do campo, antes, durante e depois das partidas, outras entidades entram em ação para fazer do futebol um espetáculo que atrai o interesse de muita gente e faz com que ele fique rentável. Ao ponto de poder ser responsabilizado pela sobrevivência do capitalismo em momentos em que os outros instrumentos do regime social precisam de socorro. O futebol garante a entrada de dinheiro para muitos bolsos. Tanto na forma de lucro, quanto na de salários e arrecadações de impostos. Para que tudo saia como o planejado pela entidade organizadora – que se posiciona atrás das federações esportivas que administram as competições -, tanto o desenrolar das partidas, que têm que parecer reais, quanto seus resultados finais e, consequentemente, a tabela de classificação do campeonato, precisam favorecer um lobby, que se for satisfeito, todos os envolvidos no esquema de corrupção da fé do torcedor saem ganhando, de maneira a valer a pena permanecer pelo tempo que for em cada função e garantir sigilo daquilo que lhe foi solicitado fazer e que tenha gerado estranheza e surpresa. Não deve ser fácil para um atleta, por exemplo, que passou toda a fase de categorias de base acreditando que os jogos eram naturais e disputados, ter que concordar, para não perder o emprego e ficar de fora da bolada promissora, com certas orientações que negam tudo que ele acreditava e que lhe trazia fascínio pelo futebol.

No futebol moderno há partidas que seguem seu fluxo como tiver que seguir. Sem intervenção de ninguém por não haver nelas qualquer interesse no andamento ou no resultado. Porém, há outras em que vemos os atletas jogarem até certo ponto. Um time tenta vencer a barreira do outro. Goleiros e zagueiros têm sua eficiência observada até certo ponto. Centroavantes perdem gols de maneira intencional, evitando parecer que tenha sido assim. E até as traves parecem entrar na roda. Jogadores treinados para acertar intencionalmente a trave ou sensores dentro da bola e também dentro das traves para forçar a atração eu não duvido que existam. Mas, no momento em que ocorre a orientação de que um gol – e às vezes com o autor do gol previamente citado na orientação – deve acontecer, por mais que um zagueiro ou um goleiro estejam eficientes na partida, por mais que o torcedor esteja lamentando que um homem-gol esteja em campo, a ordem deve ser respeitada e todos dentro das quatro linhas sabem sua função secreta e devem obedecer.

Mas, nem tudo é orquestrado apenas tecnicamente. Há muita invocação ao sobrenatural e ao oculto para que o funcionamento do futebol prospere. Nem tudo é possível operar sem que cem por cento dos envolvidos nas partidas esteja corrompido e desempenhe um papel durante o jogo, sem ameaçar rebelião e, mesmo contra a sua vontade, sem cometer vacilos que podem por tudo a perder, como um gol espírita, por exemplo, daqueles que a bola bate na trave, bate nas costas de um zagueiro e entra quando não era para entrar.

É amplamente divulgado, e eu acredito no que dizem, que entidades maçônicas estão no controle – também – do futebol. Não é à toa que no Brasil o conluio de clubes esportivos, que concentram seu faturamento no meio futebolístico, é conhecido como Clube dos 13. E essas entidades utilizam seu conhecimento do oculto para fazer valer em campo tudo o que é planejado para a temporada em reuniões ocorridas em suas lojas, debatido entre irmãos – dirigentes de clube e de federações, patrocinadores, jornalistas de toda sorte, técnicos de equipes, jogadores – e decretado pelos grãos-mestres. A começar pelas datas e horas em que ocorrem os confrontos e a numeração nas costas de cada jogador, que são numerologicamente pensadas.

Aquilo que sai do controle, aquilo que não dá para resolver com a atuação dos árbitros para anular ou com a colaboração dos atletas para chutar para fora ou para facilitar um chute certeiro, é resolvido com o uso de práticas místicas que podem alterar o destino de um lance dentro de campo, as quais a fraternidade que controla os certames conhece muito bem e deixa alguns de seus membros dentre os torcedores para pô-las em ação se lhes for chamada a responsabilidade. É por causa desses infiltrados, que provavelmente escondem-se trajados com seus ternos pretos na área das tribunas dos estádios, que se vê situações incríveis acontecerem, como, por exemplo, placas de grama atrapalharem a partida sem obstáculo para o gol de um centroavante que levou a melhor, sem querer fazê-lo, em uma disputa com o goleiro, que não podia derrubá-lo, pois obrigaria o juiz a lhe dar o cartão vermelho, porque estava fadado pelo lobby a ser herói em uma disputa de pênaltis. Os MIB, atentos minuto a minuto nas tribunas, nesses casos unem rapidamente seus pensamentos e imaginam o capote do centroavante e o álibi para o não acontecimento de outro resultado para a partida ocorre por conta do sobrenatural. Quem vai desconfiar que era ministração de resultado havendo uma coisa desse tipo?

Agora que você já reflete sobre a possibilidade de veracidade que há nessa caraminhola que este texto coloca em sua cabeça, vamos imaginar uma partida fictícia para ilustrar como essa corrupção ocorre. A nossa partida fictícia acontece no estádio Mineirão de Belo Horizonte. O jogo é pela Copa do Brasil, entre Cruzeiro e Corinthians, e quem sair classificado de campo vai parar na semi-final da competição. O primeiro jogo foi em São Paulo e a partida terminou empatada em 0 a 0. A entidade maçônica da nossa ficção decidiu que quem passará para a semi-final será o Cruzeiro, vencendo o jogo por 1 a 0. Os jogadores das duas equipes, bem como suas comissões técnicas, os árbitros e os jornalistas da Grande Mídia Esportiva – somente estes – estão avisados de tudo o que ocorrerá e qual vai ser o final da história, mas todos eles têm que fazer parecer que tudo o que vier a acontecer é natural, que o resultado está aberto, e demonstrar surpresa lance a lance.

Nas tribunas se encontram os MIB para o caso de uma incumbência pintar e eles terem que usar seus poderes para afugentar o acaso e fazer valer o trato feito entre as instituições envolvidas em todo o certame, não só na partida corrente. Entretanto, solitário em um ponto das arquibancadas, perdido entre torcedores de qualquer dos dois times, sem figurar como torcedor de qualquer deles, um ex-irmão da fraternidade, expulso por não concordar com trapaças e nem com manipulação de pessoas e engenharia social visando ganho de dinheiro, resolveu enfrentar a força oculta da organização que fazia parte e se prostrou entre a multidão de alienados aficionados pelo futebol. Ele sabia que podia ser em vão, mas, tentaria fazer minar a intenção obscura de seus antigos mestres em conduzir o resultado da partida de acordo com os seus interesses. Ele chegou a aprender muita prática ocultista, até foi parar nas tribunas como MIB durante o tempo de frequentador da irmandade, e tentaria usar o que conheceu para anular o que foi planejado para enganar aquela multidão, que sairia do estádio com uma opinião e comportamento que não eram de seu conhecimento terem sido engenhados. Quem sabe G.A.D.U. lhe entenderia a hombridade e lhe arquitetaria os pensamentos.

O relógio do árbitro contava 44 minutos do Segundo Tempo. Já haviam subido a placa mostrando três minutos de acréscimo. O rebelde infiltrado aguardou dois minutos mais e começou a mentalizar o gol de empate do Corinthians, que perdia por 1 a 0. Ele sabia que nenhum dos jogadores corintianos arriscaria partir para o ataque com sede e chutar para a meta de maneira ameaçadora, pois, seguia a orientação de não marcar. Mas, eles tinham que fingir fazer isso, finalizando com chutes para longe da meta se fecundasse um ataque.

O centravante corintiano recebeu do meiocampista, estavam eles bem longe da grande área cruzeirense. O mencionado centroavante achou que não ameaçaria o resultado se dali ele chutasse bem forte a bola quase em direção a lateral do campo. Com a mente, o infiltrado nas arquibancadas conseguiu fazer com que o vento desviasse a bola. O goleiro já não esperava ela em sua direção, por isso relaxou-se. Viu a mesma passar por ele já o deixando sem chance de interceptá-la. O gol de empate corintiano, que daria ao time a classificação inesperada, se fez inevitavelmente. O centroavante do time pôs a mão na cabeça lamentando. Foi empurrado pelos companheiros para frente da pequena torcida presente no estádio para simular a contentação com o tento alcançado. Todos eles sabiam de que uma cagada ocorrera, mas não podiam demonstrar isso para não dar bandeira.

Logo que a bola entrou, os marqueteiros de resultado, vendo que o árbitro não tinha desculpas para anular o gol e que o prazo para o mesmo arrumar outro para o Cruzeiro era pequeno, pensaram rapidamente e pelo celular acionou os técnicos de cada um dos dois times. Enquanto a comemoração acontecia, um jogador do Corinthians recebeu a instrução de que na nova saída da bola ele fosse até o jogador do Cruzeiro que desse o pontapé pra o reinício da partida e lhe fizesse uma falta gravíssima. O jogador do Cruzeiro a sofrer a falta foi informado em tempo sobre a  infração que sofreria e que ele deveria cair no chão e simular grande dor. O árbitro foi avisado que após ele expulsar o corintiano ele anunciaria acréscimo de mais um minuto no tempo prorrogado, mencionando o acidente para isso. Ocorreria um ataque do Cruzeiro que culminaria em um escanteio. Na cobrança do mesmo aconteceria um gol de cabeça de um jogador cruzeirense que precisava retomar a simpatia junto à torcida. Ele estava na reserva naquele jogo e havia entrado aos quarenta do Segundo Tempo. A defesa corintiana facilitaria para ele marcar. Se a jogada planejada não desse certo, havia um jogador da defesa do adversário encarregado de cometer um pênalti e isso seria o álibi para o acontecimento do tento salvador da pátria. O cobrador do pênalti já estava encarregado de bater no meio do gol e o goleiro já sabia qual o lado ele cairia. Assim não precisariam correr mais riscos junto à massa.

Para o rebelde infiltrado nas arquibancadas deste nosso conto imaginário, a Conspiração ter que remediar o que planejou já teria sido uma exposição de que os jogos de futebol são arranjados e que o torcedor é levado a acreditar que o tempo que perde com eles não é em vão e que algum benefício eles ganham em destinar tanta atenção e, consequentemente, dinheiro a entidades que não lhes favorecem em nada e que só os manipulam para terem certos comportamentos. Isso para ele já era uma vitória e uma esperança para ver o país livre de elementos que em proveito próprio fazem ele parecer como parece e o povo viver a vida frugal que vive. Boicote o futebol que ele volta a ser verdadeiro e compensador e você, respeitado, terá condição de prosperar o mesmo tanto que dizem-nos prosperar todos os que realmente ganham alguma coisa explorando essa paixão brasileira forçada!

“As vezes, de tão inacreditável a verdade deixa de ser conhecida”
(Heráclito)

O livro “Os meninos da Rua Albatroz” traz outras informações a respeito desse assunto.

Jornada de trabalho de 12 horas uma ova, ditadores!

anarquia

Vi em um outdoor bastante reacionário um brado contra a pretensão do governo instaurado à base de golpe para prejudicar a classe trabalhadora do Brasil, uma mensagem de protesto convocando a população a dizer “não” à Reforma Trabalhista que esse governo quer fazer. Na pauta dessa reforma está a alteração da jornada de trabalho, que deixaria de ser de 8 e passaria a ser de 12 horas diárias a carga de trabalho até os 65 anos de idade.

Esse governo só está aí porque se incomodou com o fato de o governo que ele golpeou ter dado ao trabalhador dignidade e conforto para produzir e ter intencionado promulgar a Reforma Política, que entre outras coisas acabava com a mamata de políticos e dificultava a corrupção. Ou seja, Reforma Política, essa gente que não trabalha não quer fazer, não move uma palha para agilizar o processo que traz ganhos para a sociedade, e ainda se coloca contra, por ver ameaçadas suas regalias. Já Reforma Trabalhista cheia de prejuízos para o trabalhador, essa gente até se coça para votar a implantação o mais urgente possível.

Já não basta a arrogância demonstrada para a aprovação da PEC do Orçamento Impositivo. PEC essa que não discuto aqui a integridade, por necessitar texto expositivo específico, mas que só de a Rede Globo noticiar de bom grado, obrigando sua audiência incauta a aderir a aprovação e se prostrar contra a oposição, já dá para saber que tem pegadinha para o povo se ferrar. Que nem tinha em apoiar a abertura do processo de impeachment.

Com relação a frear a intenção do Governo de macular o trabalhador o colocando para trabalhar 12 horas por dia a tarefa não é muito difícil. Espalhar outdoors para o povo incauto (o que se informa através das rádios, tevê, jornais, revistas ou sites do PIG) até que é boa tática. Fazer manifestação nas ruas também é. Mas, o que vai derrotar os idiotas por trás dessa pretensão de mudança na CLT é outra coisa.

Protestos a gente já viu que por mais que a realidade nas ruas seja de total repúdio contra uma medida governamental, o Partido da Imprensa Golpista consegue fazer parecer o contrário. O que seus jornalistas covardes falam ou escrevem é o que vale como a ser a verdade. Pedir encarecidamente para que os frágeis telespectadores de telejornal desliguem o Jornal Nacional só dessa vez para que eles evitem de serem enganados mais uma vez pela mesma fonte de enganação é atitude em vão.

O método eficaz será, inexoravelmente, o boicote. Quem vai ter que urrar de trabalhar metade do dia é você, não é? Não trabalha, ué! Se ninguém trabalhar eles se vêem obrigados a mudar a lei. Eles é que não vão trabalhar. E nem os filhos deles ou os seus tutelos. Nem é a gentinha da Globo – que, na minha opinião, também não trabalha -, que para ela tá tudo bem se você tiver que passar o dia ralando. Por que será que a sua opinião nunca está na Globo, hein? Já reparou? Quem paga pelo que ela noticia você já sabe quem é!

Vão ter que continuar contando com a sua força nas máquinas. Demitir em massa está sempre fora de questão quando um levante bem numeroso tem que ser enfrentado. Não é só por causa da grana a gastar com as demissões, mas também com os problemas que há em ter que substituir às pressas um contingente ativo. Tá aí a linguagem que eles entendem e obedecem.

Cá entre nós, aumentar jornada de trabalho não ajuda em nada a resolver crises econômicas ou até mesmo de produção escassa. Mais do que racionalidade biológica, é matemática pura. Um país que precisa gerar emprego não está fazendo grandes coisas mantendo o mesmo contingente de trabalhadores no posto. Vão aumentar postos de trabalho para por mais gente trabalhando 12 horas por dia? Quantos a mais? Será que se dividir os postos em três turnos de oito horas, já que o dia só tem 24 horas, é bom lembrar, não se está empregando mais? Não se está gerando assim mais desconto de INSS per capita, que sustenta um monte de outros trabalhadores? Não se está pondo o pão na mesa de mais famílias? Não se está dando condições para mais gente consumir e as empresas venderem mais e, novamente, o Governo arrecadar mais com impostos?

O emprego não é solução só para as pessoas tirarem seu sustento não, é também para as empresas faturarem com o consumo promovido pelo salário recebido. Sem trabalhador, sem consumidor. O mesmo tanto de posto de trabalho, portanto, de trabalhador, significa o mesmo tanto de consumo. E aumentar o consumo é saída para a crise. E para garantir produção suficiente para atender os mercados, uma certa quantidade de gente que inicia o dia a todo pique e lá pela oitava hora do dia já não consegue – por razões naturais, emocionais, psicológicas e fisiológicas – produzir da mesma forma como começou o dia, não dará conta de saciar a fórmula para sanar a crise, pensada pelos imbecis por trás desse projeto vagabundo que explora trabalhador.

Se nada disso comover os indivíduos por trás desse insano projeto de lei, que são todos capitalistas inveterados e esses argumentos tira do túmulo para aplaudir até os que já partiram desta para  a melhor, então vamos a outros mais radicais.

Se o sujeito gastará 12 horas do seu dia com o trabalho, se em média ele gasta 1 hora para se locomover até o local de trabalho, serão 14 horas só nisso. Se ele vai para a escola após o expediente laboral, lá serão mais 4 horas em média. 14 mais 4 são 18, se não sabem. E volto a repetir: o dia tem 24 horas. Ou vão dar um jeito de aumentar as horas do dia também, seus energúmenos? 24 menos 18 dá 6. Seis horas para tomar banho, jantar e dormir. Imagine o tanto de gente que vai trabalhar só para tratar das doenças que decorrerão só da preocupação com a falta de tempo? Pra que esse povo vai querer trabalhar? Sem contar o prejuízo e o aperto que os afastamentos inevitáveis vão dar no patrão!

E aí está ficando de fora o tempo gasto com igrejas, clubes, bares, televisão. Televisão? KKKKK, a Globo vai ficar sem público para ver o Jornal Nacional e o Fantástico! O povo vai trabalhar de 7 às 19 e chegar em casa sem pique para ver novela, já caçando cama. Viva o Temer! Um monte de igrejas irão falir por falta de fiéis, bares por falta de clientes, clubes e escolas por falta de frequentadores. Estará todo mundo ou trabalhando ou cansado.

Que merda de solução é essa que abala a economia mudando os hábitos da população e ocupando o tempo dela com o trabalho? Vocês estão falando de 12 por 36? Se for, tudo bem, faz sentido. Estão falando em limitar a classe trabalhadora a pessoas que já estudaram e que estão na fase de construir família e constituir patrimônio e deixar o resto para os jovens fazerem? Citaram 65 anos como idade limite para se trabalhar essa carga horária, logo, não estão pensando nisso. E falam até em aumentar a idade para a aposentadoria, ora! E as atividades que já é medicamente consagrado ser insalubre trabalhar nelas por mais de 6 horas corridas, vão torná-las salubres? Será com aquelas pesquisinhas fajutas e fraudes científicas que a mídia contratada divulga? Aquelas do tipo: “Pesquisas apontam que as telefonistas podem trabalhar até 12 horas seguidas graças ao avanço da tecnologia de call center e blá blá blá”?

E o melhor de tudo nessa indecência de políticos indecentes e desocupados, que por serem desocupados querem por as outras pessoas para trabalhar a mais: nem falam em melhorar o salário. Se tem uma coisa que todo mundo é convicto é de que se trabalhar mais ajudar a faturar mais, então, não se faz cara feia. Tanto é que quando a hora extra é paga em dinheiro em uma empresa, não precisa nem de ela perguntar quem quer fazer.

Agora, o que seria justo para compensar o seu cansaço, o seu sentimento de tédio e desespero porque as horas não passam e você gostaria de estar a fazer outra coisa, a sua saúde se definhando por causa da rotina repetitiva e do expediente longo? O dobro do salário mínimo? 1700 reais? Você não é ingênuo de pensar que as empresas vão dobrar seu custo com funcionários sem aumentar seus preços, é? Em pouco tempo o que se compra hoje com 880 reais se comprará com 1700. Não haverá ganho nenhum.

Eles não jogam para perder e se você, por qualquer dos argumentos que eles lançarem para te convencer a aderir o plano deles, que nem você aderiu quando apoiou o golpe contra a Dilma, der aval para eles mancharem a Consolidação das Leis Trabalhistas ou a Constituição Nacional e oficializarem essa pretensão de te fazer trabalhar quase o dobro do que já trabalha – e repito: é só você que trabalha, esse pessoal que vota leis que alteram o trabalho não trabalha, vão às sessões no Congresso quando é de interesse deles, senão nem isso fariam – você não vai poder reclamar depois, pois, eles dirão que foi colocado em discussão o assunto e a “maioria” escolheu o que foi escolhido. Que predominou a vontade do povo e vão mostrar esse povo pelas tomadas circenses das manifestações que eles promovem para fazer gravações e manipular a opinião de idiota que se deixa levar com a exibição dos vídeos editados decorrentes delas. Essa maioria que escolhe no Brasil você já sabe que não é nas urnas que a escolha acontece. Por isso, não abra mão de boicotar o trabalho e de ir às ruas. A palavra “urnas” até parece com “ruas”! As empresas sentir sua ausência e precisar de você para elas realizarem seu exercício desmente qualquer verdade imposta pela mídia mentirosa, o PIG.

Conclusão: Pare de ver televisão, de ouvir rádio, de ler jornal, de cair nos golpes compartilhados nas redes sociais; preste atenção em outdoor; participe de manifestações de trabalhadores e de estudantes; filie-se a um partido de esquerda (somente PT, PCdoB e PSol, pois os demais são duvidosos); busque conhecimento para ficar esperto e não cair nos golpes dessa gente que quer te escravizar e seja capaz de tomar atitudes radicais, como grevismo e anarquia, para impor aos patrões e políticos ordinários a sua necessidade e a sua vontade. E se acaso estiveres nas drogas ou no álcool dê um jeito de sair dessas coisas, pois, estando nelas você está nas mãos desse mesmo pessoal e é peça de utilização dele para fazer de refém muitos dos outros. Não seja mané!

No mais, o de sempre e que resume tudo o que foi escrito: Leia o livro “Os meninos da Rua Albatroz” para aprender os truques do Sistema contra você.

Guerrilheiros ideológicos, cuidado com eles, políticos corruptos

A mídia golpista informa, ao mesmo tempo que comemora, que o PT de Minas Gerais, seguindo tendência nacional, perdeu 64% das prefeituras do estado com relação a 2012. Pessoas que possuem estômago para assistir a TV Globo disseram em público que o Jornal Nacional de ontem, 03 de outubro de 2016, deu, bem entusiasmado, a notícia de que a Esquerda brasileira saiu derrotada nas eleições municipais ocorridas no domingo dia 2. Sendo que a soma de votos recebidos pelas legendas esquerdistas não teria atingido o ameaçador patamar dos últimos anos, que tornava a democracia mais segura, embora o vereador mais bem votado seja um petista, Eduardo Suplicy.

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Um dos motivos de a imprensa hegemônica alardear assim é a criação da impressão de que o povo realmente não tolera mais os políticos de esquerda brasileiros e que o golpe dado em Dilma Rousseff teria sido necessário para dar um novo rumo progressista para o Brasil. Com a massa pensando conforme essa manipulação, o abalo na popularidade de Luiz Inácio Lula da Silva ocorreria naturalmente e as articulações – na minha opinião – realizadas pelos partidos conservadores brasileiros – como o PSDB e o PMDB – junto com os juristas do STF, em pró de impedir a candidatura de Lula, não seriam mais necessárias. Com isso, o arranho na própria popularidade sofrido por esse grupo, devido à habilidade que têm os militantes esquerdistas para desmantelar os golpes dessa gente e ainda fazer isso aparecer para a população desavisada sem a colaboração da mídia que aparece (que é arregimentada pela Direita do país e segue os interesses de uma elite mundial), poderia ser evitado e o caminho para os verdadeiros corruptos brasileiros governarem o Brasil e novamente fazerem a farra de sempre estaria mais livre.

Mas, será que essas informações passadas pelo Partido da Imprensa Golpista procedem?

Bem, é sabido que esquerdista por convicção não vota em outra ideologia politica que não a de esquerda. Portanto, se o número de eleitores com essa convicção for igual ao numero divulgado de votos dado nas legendas esquerdistas nessas eleições municipais de 2016, então, a informação procede. Só que esse número é muito maior do que o desprezo subsidiado divulgado.

Das três cidades brasileiras com os maiores eleitorados, respectivamente, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, haverá Segundo Turno em duas delas. Com a disputa ocorrendo entre candidatos de tendência conservadora em Belo Horizonte – um do PSDB e o outro do PHS – e entre um partido conservador, o PRB, e outro progressista de esquerda, PSol, no Rio de Janeiro. Em São Paulo o PSDB ganhou no Primeiro Turno. Sendo que nas três cidades a soma dos votos dados em ambos os candidatos que foram para o Segundo Turno e no novo prefeito de São Paulo não alcança a soma obtida pelo número de votos brancos, nulos e de justificativas pela a ausência (17,5% de justificativas em todo o país) nas urnas.

A presença do PSDB na etapa final em Belo Horizonte e a precoce vitória em São Paulo e a ausência de candidato do PMDB significativamente na competição pelo gabinete de prefeito nessas três capitais já dá a entender que o PSDB é que se deu bem nessa movimentação política e midiática em favor da derrubada do PT do poder. O PMDB sempre mostrou vocação para ser franelinha.

Para bom entendedor, meia palavra basta, logo, se percebe que quem votou na Direita em 2014 manteve ou absteve-se de seu voto. Os direitistas não puxaram ninguém do outro lado para eles, pois, tiveram déficit na votação no cômputo geral, já que as abstenções superaram as exigências de candidato no posto de prefeito em todo o país.

Já no outro lado, os arraigados ideologistas seguiram firme não deixando de votar na Esquerda. Porém, os que não eram militantes ideológicos mas os acompanharam em 2014, por confiarem no Governo do PT, que estava lhes dando dignidade e ainda não estava arranhado pelas trapaças dos golpistas e pelas armadilhas da Grande Mídia (brasileira?), preferiram não votar em ninguém. De modo que no Segundo Turno, nos centros mencionados, vamos ter algo inédito e super audacioso no Brasil: o povo fazendo uso do boicote de voto para mostrar para a corja que engana a população que aqui ninguém é tolo e que a informação que a Grande Mídia veicula só existe para quem perde seu tempo se expondo a ela. A Rede Globo e o resto do PIG só está recebendo dinheiro desses golpistas, mas seu trabalho de manipulação da opinião pública está deixando muito a desejar. Não é o povo que eles estão enganando, é o próprio patrocinador do trabalho. Que se danem estes!

Imagino que essas abstenções foram reacionárias. São votos que iriam para a Esquerda, que levariam aos postos de prefeito candidatos que o povo gostaria de vê-los neles. Porém, os eleitores já sabem que eles não podem escolher, pois, a direita e os conglomerados empresariais, a FIESP, o STF e a Grande Mídia vão lá e arrogantemente macula o voto deles. Então, eles preferiram não terem seu voto surrupiado, preferiram abster-se do voto. Mete muito mais medo nesses políticos e nesse sistema canalha que quer afrontar, escravizar, explorar o povo e impor seu regime social, o qual só favorece seus líderes e os seus. O risco desses políticos tradicionais e seus sucessores, geralmente familiares, ficarem desempregados daqui para frente é evidente, pois, o que os eleitores fizeram é um prenúncio de que a tão esperada reciclagem de políticos devido ao fato de o número de votos nulos ser maior do que os válidos está por vir e não demora.

As pessoas que participaram dessas eleições não têm ideia da demonstração do uso de seu poder que elas fizeram, elas precisam ler este texto para saber disso e se motivarem a utilizar mais esse poder para dar um basta no sofrimento que passamos na mão da Grande Mídia e desse grupo elitista que governa o Brasil, portanto, compartilhe esta postagem. Os políticos canalhas acabarão por entrar em contato também com este texto e isso os deixarão muito preocupados, por isso, não hesite, compartilhe esta postagem. Essa é a minha opinião. mas, deixe a sua nos comentários, o que fortalece ainda mais essa pretensão de formar um levante contra a arrogância e hipocrisia que impedem o país de crescer.

Leia o livro “Os meninos da Rua Albatroz” e aprenda a usar mais do seu poder de impor aos governantes a sua vontade e a sua necessidade. Leia também as demais postagens deste blog.

Massacre na boate Pulse, operação de falsa bandeira?

Cruzamentos de informações confusas sobre o massacre ocorrido na boate gay Pulse, em Orlando, Estados Unidos, na madrugada do sábado, 11 de junho de 2016, para domingo, no qual 50 pessoas morreram e 53 ficaram feridas, levam a concluir que o ataque poderia se tratar de uma operação de falsa bandeira.

O autor do ataque, atribuído a um filho de afegão, Omar Mateen, de 29 anos, nos momentos iniciais da repercussao foi descrito como um sujeito atormentado, abusivo, homofóbico e truculento. As notícias de hoje, 14 de junho, descrevem-no como um homossexual frequentador discreto da boate onde aconteceu o episódio. E, ainda, há veículos de comunicação informando que o grupo terrorista Estado Islâmico estaria reivindicando a autoria do atentado, reforçando a tendência de se desejar criar ódio contra o povo islâmico.

Por isso é que suspeito de ser uma operação de falsa Bandeira, ou o massacre ou as atribuições deixadas para a grande imprensa propagar e as pessoas comuns dar fé, replicar e terem certas reações que viabilizam objetivos obscuros.

Na minha opinião, querem reforçar o ódio contra o povo islâmico, colocar a humanidade contra ele ou contra a etnia àrabe. Quer seja para controlar o petróleo deles, quer seja invadir e tomar-lhes o território. Como teriam feito, conforme os construtores de teorias conspiratórias, com o Iraque e com o Afeganistão, usando outra operação de falsa bandeira, que, no caso, foi o ataque às torres gêmeas, o tal do Ataques do 11 de Setembro, ocorrido em 2001.

Para os conspiracionistas, o grupo terrorista Estado Islâmico é uma criação da CIA, a
agência de inteligência militar dos Estados Unidos. E isso pode fazer sentido, pois, a CIA é acusada da criação, ao longo da história, de vários grupos terroristas e de fecundar guerras civis e crises políticas por meio de atentados em países nos quais os Estados Unidos mantinham interesses imperialistas. Se o Estado Islâmico fosse mesmo um grupo de islamicos rebeldes jamais usaria esse termo no nome do grupo, pois saberia que atrairia o ódio mundial ao Islamismo ja na identificação do grupo. Se a arrogância se explicasse pelo fato de estar a facção terrorista acima de qualquer ameaça ela não precisaria agir no oculto, apenas reivindicando para si a autoria de atentados, o que é bastante suspeito.

O ataque à revista Charlie Hebdo, em 7 de janeiro de 2015, e ao teatro Bataclan e a outros estabelecimentos, em 13 de novembro de 2015, ambos os episódios acontecidos em Paris, França, que foram atribuídos ao Estado Islâmico, são considerados pelos teóricos de teorias conspiratórias como suspeitos de também terem sido operações de falsa Bandeira. E, conforme estes, teriam tido a condescendência de uma elite interessada em manchar a imagem de muçulmanos e vilipendiá-los, e que teria, essa elite, acesso ao governo francês.

A ideia por trás dessas operações é fazer com que determinada população crie ódio contra os alvos de determinadas acusações e apóie as investidas do seu governo, considerando o gasto de dinheiro e as atrocidades — que ferem os direitos humanos — a serem cometidas pelos exércitos combatentes, que essas investidas demandam e que de outra forma a população jamais apoiaria.