Damares Alves prova que Darwin estava errado: O homem vem é da anta

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CHARGE: Bolsonaro agradece a um representante
da maior parte do seu eleitorado. (FONTE: Facebook)

Parece que Bolsonaro deu um ministério trino desnecessário para um papagaio só pra ajudar a imprensa a tapar o que fica cada vez mais evidente: seu descompromisso para com o povo e a nação.

Damares Alves vai se afastando na liderança isolada da tabela de imbecilidades que ranqueia a explanada do novo governo.

Não digo que seja besteira a critica dela à Teoria da Evolução, de Charles Darwin, pois, pra ela estar ocupando o posto que ocupa, pra terem elegido Jair Bolsonaro, o homem só pode ter originado do cruzamento de um asno com uma anta.

Eu sei que asno não reproduz, mas, barro também não vira gente depois de modelado e assoprado. Já tentei fazer gente assim e não deu certo.

Deu certo foi transar sem camisinha com uma fêmea heterossexual que não toma anticoncepçional e que não concorda com o aborto. Dessas que juram que não, mas, também existem no meio esquerdista. E que ao contrário das mulheres do meio bolsonarista — as micheques da vida — estão acessíveis até à pés-rapados como eu.

Os machões pobretões que apoiam o bolsonarismo já já vão saber por que escrevi ‘isso daí’, pois, o feminismo não tá se deixando intimidar e as mulheres que aderem ao movimento – a maioria esmagadora da população feminina – já anunciaram que vão deixar muito homem desavisado privado de sexo só pra eles saberem com quem estão mexendo nessa onda de ataque ao feminismo.

Eles que tratem de ficar ricos e poderosos pra ter direito à companhia das mulheres que se orientam pela conduta propagada por Damares Alves em seu ministério da mulher. Pra ‘essas daí’ só carinho – carro carinho, apartamento carinho, presente carinho – não basta. É preciso ter cargo de poder ao lado dos ditadores que ocupam o atual governo.

Pois é, Charles Darwin, macaco não é burro! Considere o trocadilho. Por isso, Damares tá certa em fazer sua contestação à sua teoria sobre a origem humana e das outras espécies.

Pausa para pergunta: Deus teria feito do barro também os outros animais? E as fêmeas de cada um, teria sido tiradas das costelas de cada macho? Até dos invertebrados? Explica aí, escola sem partido!

Generalizo à espécie humana do mundo todo essa especulação criada à partir da fala de uma suposta doutora em biologia que reside nos trópicos porque a extrema-direita, que veicula essas bobagens, não está no poder só aqui no Brasil.

Estadunidenses, franceses, italianos são alguns dos grupos humanos que fizeram a besteira de botar no comando de seus países essa corja.

Enfim, o que piora a pérola da ministra e pastora evangélica é ter exposto em um vídeo de 2013 que a Igreja Evangélica perdeu espaço para a Ciência na Teoria da Evolução, que data de 1859. E que a instituição charlatã pós Darwin – a Igreja Evangélica – teria deixado pra lá o assunto, tendo a legítima, de todos os tempos, a Ciência, tomado conta.

A presunçosa ainda proferiu que a tal igreja é que deixou a teoria que a incomoda entrar nas escolas. Resta saber se ela vai querer retirar o conteúdo tachado de viés ideológico das escolas do mundo todo ou só do Brasil. Que poder sobe à cabeça, muito se sabe!

Ao que consta, a Igreja Protestante, que é o termo que a dona da gafe deveria usar, nunca teve espaço pra decidir versões sequer para o criacionismo. Apesar de Darwin ter sido protestante, depois ateu, depois protestante de novo.

Nem mesmo a concorrente Igreja Católica, praticamente dona da franquia do cristianismo, teve esse privilégio de dar as cartas quanto à origem do homem, já que a Biblia, que é de onde vêm as idéias do homem de barro e livro onde se encontra a doutrina moral cristã, é um compilado oriundo de livros apropriados indevidamente de outras culturas e modificados conforme as conveniências políticas do Império Romano.

Se bem que isso de mudar a teoria mais aceita não é problema para Damares. A História é contada pelo lado vencedor e se Damares quiser ela pode solicitar ao colombiano incumbido de ditar a educação para os filhos dos brasileiros uma alteração nos livros de História no que toca a evolução das espécies.

E nem precisará de referências bibliográficas para se consultar a integridade da informação se isso for feito, pois, Jair Bolsonaro aboliu a obrigação que até seus ancestrais da ditadura militar anterior faziam questão de haver nos textos didáticos. Pastora evangélica, ela pode muito bem se valer da tática usada pelos judeus-cristãos ao elaborarem a Bíblia.

O suposto livro sagrado não possui referências bibliográficas e conforme alguns maçons até o Antigo Testamento pode se tratar de contos de autoria egípcia, da nata dos faraós, dos quais Moisés teria se apropriado ao sair do Egito e cunhado uma teurgia para com ela dominar um povo e se tornar líder dele. Olha um bom motivo aí pra se tirar das mãos dos cientistas a explicação de onde viemos.

Daí teria surgido um deus que criou do barro o homem e a história humana ficou perdida e limitada à fé propagada por gente de carne e osso e inteligência superior para gente só de carne e osso.

A maçonaria saberia todos os segredos por trás da construção do cristianismo. Teria, inclusive, sido perseguida pela Igreja Católica no passado para que não revelasse os segredos que sustentavam o poder e a riqueza dos padres. Relatos dizem que Charles Darwin teria sido maçon. Para os mais sensaconalistas: um illuminatti.

Quanta informação! Até parece que estou reescrevendo “Os meninos da Rua Albatroz“!

Tá na cara que esse farol jogado em fala antiga da ministra pop-star é esquete do governo com a pretensão de abafar casos ou criar ambiente pra que intenções desprezíveis pela população sejam viabilizadas enquanto a massa se distrai imaginando o que postar nas redes sociais ou discutir dentro de grupos sobre a nova gafe do papagaio… Digo: da anta que lidera o ranking de ministros inúteis do atual governo.

A Globo, em seu Bom dia Brasil, deu essa noticia consumindo um largo espaço de tempo e as que foram dadas após ela, no mesmo bloco deste telejornal que de veneta entrei em contato e vi esse depoimento, foram esmagadas por ela.

Emendado e se dissipando como num efeito de suavização de som, com a audiência ainda assimilando o inútil sobre Damares Alves, ocorreu, sem farolete piscando, a fala do noticiário discorrendo sobre a preocupação do governo em tratar diferente – com regalias e prioridade – a previdência dos militares, com direito à representante da classe dizer que a própria é melhor do que as que abrangem nós outros profissionais. Amenizaram a notícia com um argumento de usar o governo – na discussão política – de medida contra fraude previdenciária cometida por civis, o que seria a explicação para o suposto déficit na previdência.

Mais apagado ainda se falou, logo após a ufanação aos militares, que ocorreu a prineira baixa do governo Bolsonaro. O presidente da Apex – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, Alex Carreiro, pediu demissão do cargo. Não deram explicações da razão de um felizardo ter deixado a mamata pra lá. Até se falou sobre o fato de o sujeito não ter boa fluência em inglês. É um afronto à inteligência do telespectador. Eu aposto que o cara é honesto e descobriu coisas que ele teria que lidar com elas e preferiu pular fora, e você?

O mais curioso foi o telejornal Global abandonar a notícia e voltar a falar da Reforma da Previdência, dessa vez em tom comemorativo e contagiante pelo otimismo. Juraram que o mercado estava satisfeitíssimo com a agenda para a aprovação da reforma, que a Ibovespa fechou em alta e aquele blá blá blá todo típico das táticas de manipulação da audiência de jornalismo que só a TV Globo sabe fazer.

Link para a edição completa do telejornal, se ainda estiver lá: https://www.youtube.com/watch?v=9xm7Xu0zCrY (copie e cole na barra de navegação)

Talvez tenha até a ver o golpe de apresentação de informação com a suposta ameaça de Jair Bolsonaro querer acabar com o BV – Bonificações por Volume -, que são bonificações dadas pelo governo aos organismos de imprensa de acordo com seus alcances de público. O fim do BV pode significar o fim do domínio da Globo no meio midiático.

Se não é nenhuma tática do Jair para fazer o público pensar que a Globo tá pianinho com ele quando ela na verdade está só fazendo acontecer as notícias conforme a pauta estabelecida pelos marqueteiros dele, acabar com o referido domínio favorece mais ao público do que acabar com o atual governo. Esse se acaba sozinho e a Globo não elegerá mais ninguém. Será o fim do emburrecimento e o homem poderá ter novamente vindo do macaco.

Governo Bolsonaro: Separatismo é alívio imediato?

Escolha construir pontes ao invés de muros.
(Chef Di Manno)

Muito foi dito sobre Jair Bolsonaro sustentar uma suposta aversão pelo nordestino do Brasil. Teria ele dito não querer o voto do habitante da região e, a exemplo de Donald Trump e sua determinação de murar os 3 mil metros de fronteira dos Estados Unidos com o México por causa da imigração ilegal que estaria abalando a economia de seu país, intencionaria murar os limites do Nordeste com as regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, isolando os nordestinos com base em suposta xenofobia por motivos culturais e étnicos. Mais implacável ainda seria seu também suposto desejo de separar do mapa do Brasil a região e torná-la independente da federação.

O português garantindo não afirmar qualquer coisa se deve por não ter sido encontrado material de fonte fidedigna que torne autêntico o que se falou envolvendo Bolsonaro nesta questão. O que se pode extrair de vídeos do político são descrições pejorativas dadas por ele, como “ter o cearense cabeça grande e o estômago maior do que a cabeça, por isso se pode imaginar que ele coma muito”; críticas ao Bolsa Família apontando o nordestino como a ser o grande beneficiário do programa e por essa razão não se conseguir trazer da região para o Sudeste quem preste o trabalho de empregado doméstico; e ainda com relação ao Bolsa Família a alegação de que mulheres nordestinas forçariam gravidez para garantir os móveis e eletrodomésticos da casa. A mais contundente demonstração dessa aversão ao Nordeste registrada é a explanação de Jair Bolsonaro quanto ao que é para ele a única coisa boa do Maranhão: o presídio de Pedrinhas. Mas, ele pretenderia entregar para seus patrões yankees a Base de Alcântara.

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IMAGEM: “Os retirantes“. Quadro de Cândido Portinari.

O que se sabe ou se pode deduzir é que Jair Bolsonaro tem um grande apreço – e provavelmente tratados – com os Estados Unidos. E muito se sabe sobre o interesse deste país na região nordestina do Brasil. Além do norte desta região ser do Atlântico Sul o ponto mais aproximado da Europa e da África setentrional, característica que durante a Segunda Guerra foi aproveitada pelos norte-americanos para construção de base naval e aérea para alojamento de combustíveis para embarcações e aeronaves e munições, partidas de bombardeiros e decolagem de vôos e até lançamento de mísseis, o Tio Sam também gosta do potencial turístico, bom de ser explorado, existente em toda a região.

Logo, o que é mais possível de se entender com essa suposta perseguição ao nordestino, tanto devido a essa devoção de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos quanto à natureza de político entreguista que ficou claro devido a alguns de seus depoimentos registrados em vídeo e que foram propagados pelas mídias sociais durante sua campanha eleitoral, é a intenção de provocar o êxodo do habitante da região. A migração possível de se imaginar seria para a região amazônica, que Bolsonaro talvez queira transformar em uma grande fazenda e precisará de trabalhadores braçais para tocar o negócio que visaria a exportação agrícola-pecuária, também para o Tio Sam.

Outra especulação seria o viés ideológico de Jair Bolsonaro. O Nordeste é onde no Brasil a aceitação pela política neoliberal que ele professa enfrentará mais resistência. O nordestino não elegeu Bolsonaro em nenhum dos turnos da eleição presidencial de 2018. E para complicar, elegeu políticos e partidos progressistas em todos os estados. O diálogo para a implantação dessa política será bastante dependente de cessões, que por ter demonstrado nas urnas não estarem dispostos a sucumbir a elas a população dos estados do Nordeste não será fácil de ser convencida. Vai ser muito mais fácil Jair Bolsonaro recorrer à separação da região, que ventilaram ser seu interesse.

Por motivos demográficos, culturais e econômicos já tivemos no Brasil várias partições ou desejo de partição de estados. Em 1977, os militares separaram o Mato Grosso e criaram o Mato Grosso do Sul. Em 1988, já regime civil, a região chamada hoje de estado do Tocantins foi separada de Goiás. Em Minas Gerais há um movimento que visa separar o Triângulo Mineiro do resto do estado, região que outrora pertenceu ao estado de Goiás e foi anexada à Minas e possui um vasto pólo industrial. E recentemente, em 2011, o povo paraense decidiu em um plebiscito pela manutenção da união e os estados idealizados, Tapajós e Carajás, não foram criados.

No entanto, estamos falando desta vez em separação nacional. Tirar uma região brasileira do mapa. Como o que aconteceu na Alemanha e na Coréia após a Segunda Guerra Mundial e com o Vietnã após a Primeira Guerra da Indochina.

O pleito é antigo. Se fala que a Conjuração Mineira teria sido um movimento separatista. A bandeira de Minas Gerais tal qual conhecemos seria a bandeira da República do Ouro. Porém, naquele momento o Brasil não tinha autonomia política, coisa que só aconteceu a partir de 1822, então, essa definição dada ao fato histórico brasileiro que contribuiu para a libertação do Brasil do domínio português não pode ser dessa forma interpretada.

A Revolução dos Padres, ou Revolução Pernambucana, de 1817, que assim como os inconfidentes de Minas Gerais os membros se influenciaram por ideias iluministas e maçônicas, foi outro movimento organizado separatista que objetivava a criação de uma nação independente. A História coloca Pernambuco, terra de Luís Inácio da Silva e de Virgulino Ferreira, o Lampião, no primeiro lugar do ranking de reivindicações provincianas de separatismo.

Sendo assim, exatamente no Nordeste – irritado com descaso e preconceito contra a população local oriundo do resto do país – ocorreu em 1824 incursões em pró de alavancar a Confederação do Equador, formada por Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

Outros registraram que a Revolta da Cabanagem, 1835 a 1840, se deu por intencionarem os estados do Amazonas, Pará, Roraima e Rondônia a criar a República do Grão-Pará. Destacam-se também as rebeliões separatistas ocorridas na Bahia, no Rio de Janeiro, no Ceará e no Rio Grande do Sul dentro desse período histórico.

Voltando o foco para a contemporaneidade, alguns historiadores alegam que a Revolução Constitucionalista de 1932 visava tornar São Paulo uma nação. Porém, outros desconversam e explicam que se tratava de uma pressão de políticos paulistanos sobre as demais unidades federativas do país em pró de ser repensada a carga que recaía sobre São Paulo a condição de ser a única unidade provinciana a receber desenvolvimento. Curiosamente, até então o Brasil não era um país industrializado e a industrialização só se consagrou a partir do Estado Novo de Getúlio Vargas, indo parar no Rio de Janeiro a primeira grande indústria nacional.

Mas, o mais intimidador movimento separatista da atualidade é o pretendido pelos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, cuja meta é formar a República do Pampa. Projeto que existe de maneira organizada desde 1990. Entre os motivos que levam gaúchos, paranaenses e catarinenses a buscarem a partição está até o excesso de crenças religiosas que tomam os povos das demais unidades federativas brasileiras.

A separação da União é proibida pela Constituição Nacional do Brasil. Um governo autorizado pelo eleitor a por em prática qualquer interesse lhe conveniente, ainda que fira os estatutos da Constituição Nacional, pode viabilizar todas essas reivindicações só por serem elas, a maioria, idealizadas pela elite de cada local. Pode até ser que o interesse dos estados do Sul em eleger Bolsonaro tivesse a ver com a expectativa visionária de ter seu pleito separatista com grande possibilidade de ser viabilizado. Lembrando que o grande parceiro de Bolsonaro em campanha, Luciano Hang, dono da Havan, é catarinense.

As justificativas que variam entre questões sócio-econômica-sociais, desprezo pela liberdade religiosa e práticas culturais do outro, concentração de progresso do país, atributos do nazismo e inspiração dada pela Catalúnia, que atualmente deseja se separar da Espanha, se alinham perfeitamente com tudo que Bolsonaro vem pregando desde que apareceu para a mídia por volta de 2012.

Somado ao rumo que toma o presidente eleito na sua formação de ministério, que sugere focar seu governo no desenvolvimento da região amazônica como área produtiva, contando com o capital fornecido por ruralistas concentrados mais contundentemente no Centro-Oeste do Brasil, cujos produtos produzidos seriam levados para o Sudeste para abastecimento da região e transporte para o exterior, tudo leva a crer que não é só o Nordeste que deve ser banido da federação. Corre-se o risco de atenderem às reivindicações dos separatistas tão somente por representar esse grito um alívio imediato para as aspirações bolsonarianas.

No Brasil há espaço para todos. Desde que não haja esse imenso vazio consciencial pregado por Bolsonaro, que como o caco de um espelho quebrado parte corações. Se os brasileiros já enfrentam dificuldades de comunicação devido às diferenças que refletem até no idioma falado internamente, um muro entre elas só dificultaria ainda mais os diálogos.

Somos um povo disperso pelo país à fora. Cada um para o seu lado, limitado em sua região, corre-se o risco de se perder contato com parentes importantes que partiram em busca de um lugar ao Sol. Revê-los poderia esbarrar em burocracias invencíveis. Tal qual aconteceu na Alemanha pós-nazismo.

No cotidiano de cada um de nós, durante os períodos matutinos e vespertinos seria suportável a opressão que esse distanciamento gera. Mas, ao cair da noite, o silêncio da saudade se ecloderia em gritos de desespero. E aí voltaremos a pensar em união nacional. Resta saber se haverá o que fazer para nos reunificarmos.

Há um muro de concreto entre nossos lábios.
Há um muro de Berlim dentro de mim.
Tudo se divide, todos se separam.
Duas Alemanhas, duas Coréias.
Tudo se divide, todos se separam.
(Trecho da canção “Alívio imediato”. Engenheiros do Hawai.)

Enquanto novamente o gigante dorme

Você se lembra das passeatas de 2013? Criaram na ocasião a hashtag #OgiganteAcordou, lembra? Pois é, se havia acordado mesmo, voltou a dormir. O gigante só podia estar dormindo quando seu povo elegeu Jair Bolsonaro.

Bem, o fato é que JB está eleito, vai começar a presidir o Brasil daqui a bem pouco tempo. E precisamos pelo menos antecipar o que ele pretende fazer com o país. Ele ou os que estariam por trás dele.

Obviamente ele só tem três opções: Fazer um bom governo para todos; ser uma catástrofe – de caso pensado ou não – para todos; manter a situação como está.

Venho postando aqui neste blog suposições que vão do inferno ao céu. Não sou contra a nação, por isso, teço opiniões positivas sobre esse futuro governo, com base nas parcas informações que se vê lançadas na imprensa a respeito do eleito. E não sou estúpido de pensar em descartar o pessimismo tendo em vista as mesmas informações.

Para o mal ou para o bem, creio que o que quer que venha por aí do novo governo eu terei antecipado aqui as regras. Não tive vergonha nem mesmo de tecer cenários nefastos demais, típicos de serem enquadrados como teorias vagas sobre conspiracionismo.

Se houver surpresas, independente de serem boas ou más, se o que JB implantar for bem diferente do que tentei decifrar neste blog, o tempo todo a imprensa teria nos enganado, fazendo com que tenhamos utilizado as informações ejetadas para imaginar os polos possíveis que a nova administração federal se sucumbiria a eles e esta tinha em mente planos bem diferentes e não imagináveis se seguindo pistas falsas.

Antes mesmo do Primeiro Turno da Eleição 2018 acabar eu deixei observação de que Bolsonaro seria um bode expiatório e que se eleito quem governaria não seria ele. Passeei na possibilidade do MDB e do PSDB estarem num conchavo com o PSL e fariam um bastidor governamental. Quem daria as cartas seriam os dois partidos conservadores.

Reforcei a teoria apontando que o fracasso de votos que obtiveram Geraldo Alkmin e Henrique Meirelles fora proposital, teria seguido um esquema de voto-útil a partir do momento em que as duas legendas supostamente parceiras do PSL se viram fora da disputa conforme as pesquisas.

Alguém no Facebook até colaborou com essa hipótese, comentando na postagem que se isso estiver certo estariam intimidando a população com uma fachada militar nos postos de presidente e vice da república. Essa fachada ajudaria no combate à esquerda política e no suporte das medidas mais ostensivas que esse governo teria que adotar e certamente sofreria rejeição por parte da população, mesmo da que confiou seu voto à nova Situação.

Eu também divaguei sobre o cenário em que tentariam uma manobra para colocar de volta na presidência do país o PSDB, ficando o MDB como vice. Jair Bolsonaro sairia do cargo alegando incapacidade de presidir. Hoje – verdade ou não, pois, não se pode confiar no que sai de informação sobre Jair Bolsonaro – sabemos que ele carrega uma doença na região estomacal. Uns falam que se trata de um câncer avançado. Porém, ainda que mentiroso o fato, serve de álibi para o abandono do cargo de presidente da república.

Uma vez dono do cargo, o general Mourão o ocuparia e o presidente da Câmara dos Deputados, convenientemente escolhido um político do PSDB, o substituiria no posto de vice. Mais pra frente ocorreria uma manobra para que Mourão transferisse para o tucano o bastão. E aí teríamos o PSDB de novo comandando o Brasil e junto com o MDB concluir suas agendas iniciadas há longo tempo e interrompida pelos governos petistas. Uma lavagem de cargo público parecida com lavagem de dinheiro.

De outra forma, jamais se veria o PSDB – ou até mesmo o MDB – governando novamente, estando no posto legitimamente. E melhor ainda para as duas legendas: autorizadas a fazer tudo o que propôs Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão em campanha e que o eleitor aprovou com seu voto. Incluindo estabelecer o estado-mínimo nos campos da economia e do trabalho, destinar território e riquezas do Brasil para outras nações, privatizar empresas públicas, envolver a população em interesses sionistas, caçar direitos trabalhistas, criminalizar movimentos sociais, praticar genocídios, dar poderes obtusos ao Judiciário e até colocar o Brasil em guerra.

Porém, fatos novos apontam para teorias remanescentes desta, que a modifica pouca coisa, mas, a torna mais confiável de que pode ser estabelecida. O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, teria admitido que as Forças Armadas articularam para que Lula fosse preso. A prisão de Lula foi ocorrência crucial para que Bolsonaro fosse eleito. Isso daria suporte à opinião de que as Forças Armadas estivessem mesmo novamente no poder.

Em outra suposição, a confissão do general Villas Bôas poderia objetivar livrar o juíz Sérgio Moro de responder processos por sua atuação judicial – perseguição ao Lula – visando cargo político – Moro será o ministro da justiça de Bolsonaro –, o que dentre outras coisas poderia estragar os planos do novo governo – sendo ele totalmente do PSL ou conforme as teorias já mencionadas.

Sérgio Moro sendo investigado e impedido de assumir o ministério ficaria comprometida a aparente blindagem jurídica que estariam preparando no Judiciário para dar suporte à verdadeira quadrilha que está sendo montada para assessorar a presidência da república e também as modificações que intencionariam fazer nos códigos penais brasileiros.

Comprometeriam-se também futuras necessidades de ordens de prisão e de mudanças na Constituição Nacional previamente intencionadas. A carreira de Moro sofreria irreparáveis manchas caso ele fosse enquadrado em atuação ilícita usando o cargo de magistrado. E nova eleição presidencial com base na comprovação de existência de fraudes eleitorais que teriam beneficiado Jair Bolsonaro – e até mesmo aqueles que foram eleitos por causa dele, como por exemplo Janaína Paschoal – seria uma consequência justa para todos os que concorreram na Eleição e incrivelmente drástica para os golpistas e seus financiadores, creio eu que norte-americanos.

Com a já sentida ditadura militar em curso, assumir responsabilidades comprometedoras, como a de estar por trás da prisão de Lula, em nada intimida os militares. Eles se acham a poderem confessar o que quiserem, pois, não daria nada para eles. Estariam no poder e acima da Lei.

Segue abaixo um roteiro criado por um anônimo e espalhado pela internet do que seria o estratagema caso a verdade esteja na suposição de estarem mesmo os militares por trás de toda a tramitação política que culminou na eleição de Jair Bolsonaro.

  • Anteriormente, fantoches manifestantes solicitaram intervenção militar na política brasileira.

  • Os militares teriam apoiado o juíz Sérgio Moro em sua caçada aos membros da Esquerda, que ocupavam os principais postos de poder no Congresso Nacional, no Senado e na Presidência da República. Com isso teriam conquistado a população incauta.

  • Teriam eles articulado a derrubada de Dilma Rousseff.

  • Teriam mantido Michel Temer na corda bamba até o decorrer da Eleição.

  • Teriam arrendado o STF (Supremo Tribunal Federal) e todo o Judiciário, cadenciando os juristas e os julgamentos e a Polícia Federal e inclusive os impedindo de realizar certas investigações, como a morte de Teori Zavascki, que dentre os juristas causava dissabor, inclusive questionando ações consideradas suspeitas de Sérgio Moro.

  • Teriam produzido a prisão ilegal do ex-presidente Lula, tendo em vista que se o mesmo não ocorresse o PT seria novamente eleito democraticamente e o plano de tirar do posto o partido que blindava as ações de interesse dos imperialistas por meio de parlamentares no Congresso seria neutralizado.

  • Estariam por trás da armação do indeglutível atentado sofrido por Jair Bolsonaro.

  • Teriam impedido o TSE de investigar as denúncias feitas pela Folha de São Paulo sobre o emprego de caixa 2 pela candidatura de Jair Bolsonaro para bancar fakenews contra os seus adversários eleitorais. Fato também importante na vitória do PSL.

  • Estariam por trás do pacto nacional entre os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo proposto pelo presidente do STF, Dias Toffoli.

  • Armariam a saída de cena de Bolsonaro para que Mourão se aposse do cargo. Em determinado momento de sua campanha, Bolsonaro disse que iria embora para a Itália, de onde descenderia, caso perdesse a Eleição. Poderia ele ter feito alusão a uma provável necessidade de se manter escondido após certa missão cumprida?

  • Viabilizariam, uma vez com o cetro da nação na mão, a pilhagem de território e riquezas do Brasil feita pelos Estados Unidos, através de negócios superfaturados.

  • Sufocariam os partidos de Esquerda e voltariam à condição de bipartidarismo, a exemplo dos Estados Unidos, como foi no próprio Brasil durante o último regime militar. Os partidos conservadores, liderados pelo DEM, se uniriam para formar a legenda democrática e o PSL seria a legenda republicana, disfarçando a linha ideológica verdadeira, a militar.

    O eleitor que elegeu Jair Bolsonaro só notará que o povo perdeu participação nas decisões do país quando constatar que viver em um país sem esquerda é dar tiro no próprio pé e conviver com uma democracia falsa como a dos Estados Unidos, onde quem dá as cartas são os políticos – todos conservadores –, os militares e as grandes corporações. A falsa impressão de ordem e progresso e de bem-estar social que se vive naquele país é que garante o não surgimento de rebeliões populares devido a insatisfações.

Com isso, fica mais uma teoria sobre o que estaria por vir com o novo governo. Uma delas é a correta. Sei que já é proibido fazer qualquer referência à China nesses novos tempos militares, mas, deixo um provérbio chinês para confortar quem compartilha das opiniões tecidas neste texto:

Espere o melhor, prepare-se para o pior e viva o que vier”.

Se for possível, tente fazer o gigante acordar de novo, lendo para isso “Os meninos da Rua Albatroz“.

Fazer dos Bolsonaro os Romanov

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Por mais argumentativas e motivadoras que sejam as duas últimas postagens, esqueça tudo! Jair Bolsonaro é mais sombrio do que podemos supor. Talvez o que ele quer para o país não seja nenhum estado-mínimo beneficente ao povo.

Alguns de nós viram transitar pelo mural do Facebook uma jpeg exibindo dois ou três negros acorrentados e segurando enxadas, remetendo a imagem aos tempos da escravidão no Brasil. O slogan da jpeg dizia: “lembra quando no Brasil havia menos direitos e mais emprego”. Alusão a uma das frases de impacto de Jair Bolsonaro que de tão demagógica lhe arrematou votos.

Pois, novos fatos nos fazem pensar que se essa jpeg era só uma provocação ou chacota, de repente ela está para lá de correta no que diz respeito ao que vem por aí: O Grande Expurgo de Jair Bolso’stalin’.

E não se incomode com o teor de teoria conspiracionista. Resistir é contar com que às vezes, de tão inacreditável a verdade deixa de ser conhecida. E por não antecipar os acontecimentos pode-se cair do cavalo. Bonitinho. Por isso, dê olhos e ouvidos à divagação que se segue e caso sofra um porre racional e visualize mais possibilidades, nefastas ou não, compartilhe.

Sim, bolsonarista, você foi doutrinado a odiar o comunismo e a repugnar o herói soviético Josef Stalin. Entretanto, o seu herói, Jair Bolsonaro, encarna como mito este que ele te faz repugnar. Sua arrogância e ditadura inspirada, também, embora equivocadamente, em ícones soviéticos, não me espanta.

Para mim tanto faz, pois, Lenin, Trotsky e até Nikita Krushev, assim como Stalin são heróis. Se o herói bolsonariano se fazendo de oponente imita os comunistas ou incita o comunismo, eu não posso melhorar isso para ninguém. Cada um escolhe quem idolatra. O imitador, cujo contato com seu eleitor de massa é por meio de lives e feeds na internet, é quem deve provar sua originalidade.

Toco neste assunto por causa dos últimos acontecimentos que permeiam a transição presidencial no Brasil. Jair Bolsonaro tem dado tanto poder para os ruralistas, que estou vendo que ele pretende transformar o Brasil exatamente na Cuba que ele tanto tece e faz seus seguidores pensarem que o país original é tal qual ele ilustra. Um país atrasado tecnologicamente, cuja população não tem liberdade de ação e nem de expressão, e, sobretudo, de economia pecuarista agrícola. Com uma medicina implacável, mas, convenientemente sem Nobel, por isso deve ser desprezada.

Parece que Bolsonaro esconde haver um grande contrato de exportação de alimentos para o Tio Sam. Uma bolada que o país não dependerá da venda de nenhum outro produto e nem de vender para outros países. Talvez seja até por isso que Paulo Guedes cospe ao falar sobre o Mercosul; Bolsonaro inventa de mudar embaixada brasileira para Jerusalém e compra guerra com os árabes, principais parceiros comerciais do país; e andam acatando ordens estadunidenses de manter-se longe da China.

E como seria isso? Já é bem visível que Bolsonaro quer fazer da amazônia brasileira uma grande fazenda. Contratou uma ministra da agricultura especialista em pôr índio pra correr e ganhar o território dele pra entregar para os ruralistas. Aí é só entrar com sementes e manadas de bois e de búfalos e botar pra produzirem.

Pra derrubar tratados que protegem a amazônia da devastação: um ministro das relações exteriores, blogueiro que desenvolve teorias conspiracionistas, dentre elas uma que faz descrer no Aquecimento Global, principal fator que segura os tratados sobre o clima e torna a amazônia área inviolável à exploração mercadológica.

Não se esquecendo que também com base em teorias conspiracionistas Bolsonaro quer tirar o Brasil da ONU e do Acordo de Paris. Talvez, seguindo a agenda preenchida pelos Estados Unidos, ficar livre desses órgão e pacto seja a melhor forma de viabilizar a derrubada de árvores na selva amazônica e o genocídio de índios e quilombolas.

O próximo passo é convencer a população da necessidade disso. Pra isso, um ministro do meio-ambiente que diz que explorar comercialmente a amazônia é a melhor forma de preservar e defender a área. Os empresários do agronegócio – incluindo os Marinho e supostamente sua funcionária decadente Regina Duarte – ainda estão aplaudindo essa poderosa consciência ecológica que ele inaugura.

Entra em cena Paulo Guedes e sua carteira verde-amarela. O benefício do transporte só vai ser dado ao trabalhador no momento da migração dele, de todo o Brasil, para a região de produção – ou campesinato de concentração.

Trabalhar na lavoura e na pecuária Grande Amazonas, financiada pelo BNDES, o único banco estatal a ser mantido, porém a ter um único beneficiário – o próprio banqueiro – será a nova peregrinação para Serra Pelada, onde, conforme algumas fontes seguras, o pai de Jair Bolsonaro trabalhou como garimpeiro e por isso mister “arminha com a mão” gostaria de garimpar nas horas vagas.

O Brasil vai esvaziar então? Vai todo mundo produzir alimento in natura pra exportar para os EUA transformar em enlatado e vender pro mundo todo, incluindo de volta para o Brasil? Aquela forma antiga de comércio exterior que Lula conseguiu reverter retornará.

O grosso da população que sobrar não só dos “trinta mil” que têm que morrer: sim. Não vai ter emprego noutro lugar.

E todos vão querer ir. Os ricaços empresários governadores de cada estado vão incentivar. Paulo Guedes já ameaçou: “Se não cooperarem com as reformas, governadores, não vão ver dinheiro da União“.

E eles já devem estar avisados que não mais vai ser os estados a repassar o dinheiro da produção regional para a União. Quem vai fazer isso é o Tio Sam, com o pagamento de suas importações ao Brasil.

Os estados não vão mais ter autonomia econômica sobre a federação por se encontrarem arrecadando pouco devido ao estado-mínimo imperando na sociedade e o baixo consumo interno devido ao parco número de consumidores com hábil poder de consumo.

Plano maravilhoso, não? Ata as mãos de todo mundo. E sem motim, pois, se amotinarmos vamos para cadeia por causa da criminalização de movimentos sociais legitimada na Lei Antiterrorismo que Dilma implantou e Bolsonaro melhorará em seu favor o texto. E ó: sistema prisional privado. Ou seja: trabalho incondicional de sol a sol nas penitenciárias.

No Sul e no Sudeste ficarão os barões e os burgueses bon vivants, bebendo champagne e arrotando caviar às custas do pobre trabalhador brasileiro. Tendo mais regalias que jamais tiveram os ladrões petralhas em sua suposta roubalheira exclusiva durante o tempo que estiveram legitimamente no poder.

O Nordeste já sabemos que o destino desejado pela cúpula honestíssima e cristã seria o extermínio em massa dos habitantes. Mas, creio que viram que é um povo que sabe se defender. E votar. Ao Tio Sam, na região só interessam a Base de Alcântara, a Base Naval de Alecrim e a Barreira do Inferno. Militarmente são pontos importantes. Em troca eles ajudam os moradores do Nordeste a se manterem vivendo do turismo que oferece o resto da região. E forró para todos!

E quem vai punir os bolsonalhas se todo o sistema judiciário do Brasil, assessorado  e rendido para os Estados Unidos, vai estar do lado deles? Além de JB também estar eleito legitimamente e ainda autorizado a fazer a atrocidade que cismar de fazer, pois, não mentiu em nada disso para quem deu a bandeira de votar nele. Cisma é com o JB mesmo!

Nada a temer senão o correr da luta / nada a fazer senão esquecer o medo“. Um quadro absurdo e opressor desses é bom que liberta a coragem para desagregar da sociedade. Faz ligar o foda-se e partir para a anarquia sem medo de qualquer consequência. O caboclo surta até sozinho, mesmo sabendo que sozinho seja a forma mais eficiente de ele se ferrar. Guerrilha silenciosa não terá efeito nesse panorama.

A última vez que uma bizarrice dessas aconteceu na história, o povo, chamado de bolchevique, estourou o fusível da tolerância e revoltou-se de um jeito que nenhuma lei que criminalizasse motins ou o que quer que fosse ficaria de pé. Se mandaram para a Casa Ipatiev para enforcar o Czar Nicolau Alexandrovich II. Acabaram foi executando a família toda. A tiros. Coisa de população armada. Pobres Romanov! Daí apareceu pro mundo a primeira nação socialista.

Eu acho que por aqui isso não seria muito difícil de ser copiado. Aliás, o brasileiro adora copiar os acontecimentos do exterior, não é mesmo? Até um Trump dos trópicos a gente já tem!

Antes mesmo que a corda se arrebente, uma massa de malucos inconformados deve surgir. Disposta a lançar à mão foices e martelos para usar como armas no lugar de ferramentas de trabalho. E sem porte.

Em vez de ir para a lavoura agrar ou para os pastos tocar a boiada, rumaria essa massa para Brasília ou para onde estiverem os opressores magnatas que deverão ser depostos. Daria de mão de qualquer convenção civil que tenha legitimado os cargos dos perseguidos e tomaria à força seus postos.

Deixaria de lado vontades antigas como a de dar um basta na ditadura dos Marinho ou no sarcasmo dos Abravanel. Encarnaria o espírito de um bolchevique. Alcançaria o “Palácio da Alvorada”. E, ainda que estivessem em carros e casas blindados, faria dos Bolsonaro os Romanov. Que a bancada evangélica, em vez de se ocupar recusando nomeação de ministro da educação opositor da Escola Sem Partido consiga cristianizar essa família para que isso não aconteça!

Preparar a nossa invasão
E fazer justiça com as próprias mãos
Dinamitar um paiól de bobagens
E navegar no mar da tranquilidade
Toquem o meu coração
Façam a revolução

(RPM. Trecho da canção “Rádio pirata”)

Leitura indispensável neste momento: “Os meninos da Rua Albatroz“.

“Lula livre” é inevitável aos planos de Jair Bolsonaro

Lula e Bolsonaro

Mudar a atual política econômica do Brasil para a que exige o mundo hoje em dia requer unidade nacional. Requer esforço conjunto e disposiçao para passar por recessão, re-educação de costumes individuais e sociais e de comportamento econômico; uso regrado da tecnologia; interesse pela busca da informação íntegra e útil; aumento de escolaridade e capacidade profissional; e principalmente rompimento com o modelo trabalhista que desde o Estado Novo de Getúlio Vargas temos mantido.

É preciso deixar a zona de conforto que esse modelo nos pôs nela para nos adaptarmos ao talvez admirável mundo novo que enfim chegou para todas as sociedades no planeta Terra. Se quisermos gozar de uma boa existência e também os que nos importam temos que dar de mão de egoísmos. A vida é curta, não dá pra passar o curto tempo dela em status de espera de melhora ou vivendo o que pode ser vivido. Temos que viver mais o prazer do que a angústia. E estar sempre em oposição, colecionando insatisfação, não é sabedoria. Se não se pode vencer o inimigo é bom se unir a ele e usar as armas dele em benefício próprio, ainda que haja adaptações.

Não dá mais para governos e empresas ficarem responsáveis por tutelar os trabalhadores. É dessa tutela que nasce a corrupção que quebra as cifras do sistema e obriga constantemente o uso de sangrias para contornar as quebras. E fode todo mundo!

Um país sem oposição” é o que sugere configurar-se. E para não haver oposição todos têm que estar caminhando na mesma direção. Interesses comuns conduziriam automaticamente a administração pública. O Parlamento teria a missão de levar ideias ao público para que se selecionem os interesses novos.

Isto parece comunismo? Sim. Na minha opinião. Mas, não amedronta nenhum conservador. Nenhum liberal fica com um olho no gato e o outro no peixe diante da instalação de uma sociedade que livremente se comporta uniformemente, dando a impressão de se viver em um regime planificado.

Conformar com os mais pobres estando gradativamente próximos dos mais ricos, a se considerar estilo de vida, acessos econômicos e nível de informação válida, é algo que a burguesia terá que tolerar se quiser sobreviver. Conformar em incondicionalmente estar trabalhando para receber benefícios do Estado é atributo que será legado ao povo.

Esse quadro social não pode esperar. Temos que largar de dor de cotovelo uns e ódio outros para levarmos o novo governo a estabelecê-lo ainda nesses quatro anos que estão por vir. Os elementos da Esquerda que ficaram para trás têm que ter vez sua voz nesse governo se quiserem que tal objetivo se atinja.

Ficarmos de picuinha tentando a todo tempo sabotar o que o outro tenta fazer para melhorar o país não ajuda ninguém. Nem tanto ao Sol, nem tanto ao mar precisamos ir. Mas, buscarmos união dentro da possiblidade de cada um em pró de um bem comum que é a validação da própria existência é imperativo.

No entanto, um problema se apresenta: Jair Bolsonaro e sua equipe não são capazes de conquistar a parte que por enquanto ele vem mantendo de fora de seu governo. Falo dos 62% que não votaram nele, considerando a população só de eleitores.

É preciso alguém com carisma e eloquência suficiente para convencer essa massa excluída, humilhada pela situação – quando em campanha e também nessas primeiras semanas pró eleição – e irada com os acontecimentos que vêm tomando a atenção de todas as imprensas.

Alguém que seja capaz de levar essa massa a largar o revanchismo, a dar de mão do modelo social que mesmo esse alguém teve o compromisso de mudar e aceitar passar pela privação e realizar o esforço que forem precisos para que o país social e soberanamente se reconstrua.

É preciso alguém que outrora, inclusive, foi estimado pela parte da população que hoje coopera com a radicalização inconsequente, totalmente incompatível com a política que quer implantar, que Bolsonaro insiste em ostentar.

É preciso alguém com história de luta e feitos por este país que motiva até mesmo aqueles que estão induzidos a negar, mas que, livres do ódio lhes fabricado por motivos políticos, conhecem muito bem cada fato e a integridade de cada informação sobre esses feitos, pois, experimentou na própria realidade a prosperidade proporcionada pelo feitor deles.

Este homem está preso. Na verdade, detido. Mas, o sistema judiciário, até mesmo a pedido do presidente da república, pode libertá-lo. O sistema lhe opressor pode se juntar a ele e solicitar a ele a condescendência de sua parcela do povo à política de socorro que se necessita implantar. E assim poderemos cantar “todos juntos vamos, pra frente Brasil” porque vai ser do interesse de cada um cantar.

“Lula livre” ainda que tenha-se que romper com ideologias e desavenças.

O salário-mínimo compatível com o que Bolsonaro sugere

Coxinhas - Estado

Tá difícil ter paciência ou, mesmo não tendo votado nele, tomar atitudes que cooperem com o que Jair Bolsonaro pretende instalar no Brasil, caso favoreça o país e os brasileiros obviamente. Cada vez mais o cara dá a entender que quer mesmo é guerra contra a sociedade. E não apenas contra seus opositores.

Já não basta a índole e histórico judicial de cada pessoa que ele escolhe para membro de seu governo. Paulo Guedes é o que mais chama atenção, pois, é quem vai ter a missão de arrumar a casa nos pontos mais importantes que são a Economia e o Trabalho.

A principal característica da condição de Estado-mínimo, que é o que sugere querer instalar o presidente eleito, é a não intervenção do Estado na economia. Isso significa que o Governo não tem que cuidar de empresas (estatais), não tem que possuir e administrar hospitais, escolas, sistemas de transporte. A função do governo é administrar o território e recursos do país entregando-os para a sociedade usufruir e legislar seu usufruto.

Sendo assim, acaba-se o transporte, a escola e a saúde provido pelo Estado. Isto, entre outros efeitos, significa também menos necessidade de cargos públicos e políticos. Enxuga-se os gastos do governo com funcionários e reduz-se os pontos de corrupção. Não havendo necessidade de administração desses setores, não há a de secretários, ministros e outros membros de alto calão do governo.

Outra característica de estado-mínimo: número de vereadores, deputados, senadores no Parlamento. Com as questões administradas pela administração pública reduzidas, reduz-se também a quantidade de cargos políticos que se vinculariam a elas. E o mais importante: Não há qualquer necessidade de pagamento de salários exorbitantes e regalias para quem quiser ocupá-los.

Essa perspectiva de enriquecer na política é um dos principais atrativos que levam pessoas a concorrerem aos cargos. Com salários pouco apropriados para satisfazer esta expectativa, somente aqueles que tiverem mesmo a política na veia ou quiserem dar seu sangue pelo país é que se enveredariam a concorrer nas eleições.

Geralmente, só mesmo quem pode pagar a própria campanha eleitoral e arcar com compromissos políticos bancando do próprio bolso os gastos gerados pela incompatibilidade de atuações – a de político e a de civil – é que está ao alcance de ocupar os cargos.

Isso colabora para inibir o enriquecimento ilícito, mas, por outro lado, fica o povo suscetível às decisões dos políticos que conseguem chegar aos cargos. Por serem ricos eles se inclinariam a aprovar leis e projetos de acordo com os seus interesses. O câncer do recebimento de propinas para facilitar licitações, por exemplo, não se estaria livre dele só porque o cara é rico.

Estado-mínimo significa o trabalhador pagar por tudo que usufrui. O transporte até o trabalho ou para onde mais for, consultas médicas e remédios, alimentação de casa e do trabalho, escola para si e para os dependentes. Nada que o governo concorreria com a iniciativa privada estaria disponível gratuitamente para a população.

E para que o sistema funcione para um habitante dele, é necessário que este esteja trabalhando ou que seja dependente de alguém que trabalhe. A melhor forma de ilustrar isso é remetendo ao antigo INPS, que foi instalado pelos militares de outrora.

Pai ou mãe trabalhando tinham direito ao cartão do INPS. Com ele era possível fazer consultas nos ambulatórios dos hospitais, que eram privados. Os ambulatórios eram os compartimentos que atendiam pelo INPS, a instituição pagava a consulta. E essa taxa era descontada no holerite do titular do cartão.

Nisso, pessoas que não estivessem trabalhando ou que estivessem no mercado de trabalho informal – que dentro da filosofia do estado-mínimo não deverá existir, nem mesmo esses estabelecimentos sem registro, como bares e igrejas, que também precisarão serem taxadas para se estar coerente com a implantação política (oba) – ou que não fossem dependentes de um trabalhador formal não teriam acesso ao setor ou a qualquer outro, inclusive à escola.

Atendimento hospitalar a não contribuinte: só em emergências. Mesmo assim, fica uma conta para ser quitada assim que se arrumar emprego, caso a emergência não acione um seguro, tipo o DPVAT, ou ninguém se ofereça para pagá-la.

Um reflexo disso que poucos percebem é na violência urbana. Na atual conjuntura, um vagabundo, drogado, que não trabalha e por isso não contribui com o sistema, consegue consulta médica e ainda remédios se enfermo. Isso tem custo para o país. Nesse modelo liberal, esse sujeito terá que se virar para arrumar trabalho para poder garantir seu sustento. Ele não vai conseguir roubar em todas as ocasiões e mendigar já se constata que o número de bem-sucedidos na função é bem pequeno. Ninguém quer dar nada pra ninguém. E nem tá podendo. Sem drogado consumindo, sem tráfico de drogas.

Se a escolha for ir parar em uma penitenciária, no liberalismo econômico elas são privatizadas. Sendo assim, o detento tem que trabalhar lá dentro para pagar a própria detenção. E quanto à possibilidade de ir parar num centro de recuperação?

Num de seus últimos shows, Jair Bolsonaro solicitou à Michel Temer cortar a verba que o governo libera para os CAPs, centros de saúde psicossocial. Com isso bancar o doido pra garantir sustento estará tão comprometido quanto estará a de se aposentar. O jeito vai ser trabalhar. E andar na linha.

O transporte coletivo também se beneficia, pois, sendo explorado por empresários, a evasão de renda afeta os bolsos deles. Eles se mobilizariam para arrumar meios de evitar de pularem roletas, entrarem pela porta de saída e saírem pela porta de entrada. Nem que seja colocando seguranças fardados em cada viagem de ônibus. Medidas que, em se guardando as devidas proporções, valem também para o metrô.

E arruaças que fazem dentro das lotações só porque são públicas serão inibidas. Carro estragado: aumento de tarifa e dor no bolso. Gente que não respeita os outros, o tal do celular que incomoda, pode ser denunciada e estarão dispostos a atenderem a denúncia, pois, terão que ouvir do reclamante: “Tô pagando”. Idem pra pôr pra circular: mendigos, pedintes, os moços das mochilas das casas de recuperação – que perderão o argumento de não receber a tal casa incentivo do Governo, pois, instituição nenhuma estará recebendo -, vendedores de balas e os famigerados pregadores da “palavra de Deus” .

O Vale transporte e o Alimentação terão seus dias contados assim que Paulo Guedes cumprir o que prometeu quanto a não dar mais incentivo fiscal e dedução de Imposto de Renda para as empresas. Aliás, totalmente apropriado para a política de economia aberta. Não é só a Lei Rouanet que irá se extinguir com isso. Quem quiser produzir arte, use seus próprios recursos ou encoste em um empresário que aceite patrocinar só pela exposição da sua marca, sem qualquer dedução de IR.

Os bancos públicos terão que ser vendidos. Aos poucos Michel Temer vem esvaziando a Caixa Econômica Federal para viabilizar isso. O fato da Caixa guardar o FGTS e o PIS de todo trabalhador é que a segura como pública. Já o Banco do Brasil são os financiamentos principalmente do meio rural.

Paulo Guedes falar em deixar de ser cumulativo o FGTS já sugere que o destino da Caixa será mesmo a privatização. E Tereza Cristina como ministra da agricultura, com certeza os bancos privados vão tomar do Banco do Brasil a função de financiador do agronegócio e dos ruralistas. Tem representantes de banqueiros nas equipes do novo governo, Paulo Guedes seria um.

E quanto ao fim das Férias do trabalhador? Já discutimos isso por aqui, é só acessar.

A gente enxerga benefícios nessa política – ou pelo menos no que sugere Jair Bolsonaro, já que ele passa o tempo todo provocando ou confundindo a gente e não esclarece nada – e até gostaria de ajudar a viabilizar. Não sou ingênuo de achar que a política de trabalho e econômica socialista que existe no Brasil desde Getúlio Vargas 1930 é viável hoje em dia, mesmo se não tivesse ocorrido tanta corrupção e roubalheira no setor público. Só que, passam confiança pra gente?

Implementações socialistas só dão certo em regimes socialistas. Se mixou, como é o caso do Brasil, que é um país capitalista que tenta tapar o Sol com uma peneira para resolver os problemas econômicos, principalmente no que diz respeito à política salarial, já não é de se esperar sairmos do status de reclamador da classe política, que é vigente desde 1930. Status que é o verdadeiro motivo da falta de progresso social que amargamos.

Lula deveria ter à mão de ferro feito essa transição do Brasil para o total socialismo em vez de dizer que foi preciso um socialista chegar ao poder para ensinar o Brasil a ser capitalista. Agora pode ser que seja tarde e é melhor ajustarmos as asas para não cair do céu sem paraquedas.

Entretanto, de nada vai adiantar implementar o liberalismo econômico, o estado-mínimo, o laissez-faire, se o salário que o trabalhador recebe por mês não for capaz de assegurar seu consumo. O salário mínimo de R$954,00 reais pago atualmente deve sair a pelo menos R$2500,00 por funcionário para o empregador. Se ele tiver que pagar isso diretamente ao funcionário, sem ver qualquer deduçãozinha no imposto de renda e sem poder negociar e parcelar o INSS quando a feira não tiver sido boa ele vai chiar.

E só isso não atende a todo trabalhador solteiro, sem filhos, imagine os de outros perfis? Eu, por exemplo, calculo que o trabalhador médio deva ganhar cerca de R$4.000,00 mensais para arcar com todas as suas despesas para prestar trabalho e para fazer o que faz o Trabalho servir para alguma coisa: viver sem privações e curtir a vida.

Só que teremos que aguardar o início desse governo para saber se realmente querem essa modernização audaciosa para o país ou se Jair Bolsonaro quer apenas brincar de Herbert Hoover, pregar o liberalismo econômico intervindo no Estado, prometendo baixar os juros bancários sem explicar como e preparando o Brasil para uma Grande Depressão, que se tivermos sorte, dure somente 4 anos.

Este Hoover dos trópicos e a equipe que vem montando não inspiram confiança de que têm essa competência toda para dar tal passo. É mais seguro permanecermos politicamente do jeito que estamos.

E o salário, Paulo Guedes, quando você vai falar algo a respeito?

O que Jair Bolsonaro herdou de Carlos Marighella?

jairmarighella

Postei recentemente no Facebook, enquanto eu compartilhava a informação, sobre Julian Lemos, um dos 28 homens nomeados para compor a equipe de transição do presidente eleito Jair Messias Bolsonaro (PSL), conforme o O Globo. Equipe que irá recolher informações do atual governo para, a partir disso, pensar nas ações para o próximo.

integrantegoverno

O O Globo informa que “Na ficha de Julian, que coordenou a campanha de Bolsonaro no Nordeste e foi eleito deputado federal na Paraíba neste ano, constam uma condenação por estelionato em primeira instância em 2011, que prescreveu antes de novo julgamento, e três processos por violência doméstica entre os anos de 2013 e 20“.  Entre aspas, trecho retirado do site da revista Marie Claire.

No meu post eu alertava que as notícias deploráveis acerca do presidente, quer sejam sobre a composição de seu ministério e assessores, quer sejam sobre outros nichos de notícia, chegam fáceis demais até o público. Parece proposital que Bolsonaro quer que o repudiemos ou que nos confundamos e desviemos a atenção do que poderia nos passar percebido e estragar-lhe os planos.

Daí, vi no site do jornal The Intercept a informação sobre uma tática que os marqueteiros de Jair Bolsonaro estão usando para forçar o público a depreciar a imprensa, fazê-lo pensar que ela espalha notícias falsas sobre o presidente eleito pela minoria.

Emissários de Bolsonaro procurariam a imprensa para soltar notícias venenosas sobre ele especialmente para os veículos publicarem e depois serem desmentidas pelas próprias fontes das informações. Coisa que funcionou algumas vezes, mas, com certeza não funcionará mais porque os veículos de imprensa também são cobra criadas nesse tipo de articulação, apenas menosprezaram a capacidade de jogar sujo e a determinação de Bolsonaro em combater a imprensa, como faz Donald Trump nos USA.

Então, me pus a pensar: Isso é tática de marxismo cultural. E o ministro de relações exteriores de Bolsonaro, Ernesto Araújo, disse que não tolera isso e dentre vários assuntos dignos de serem tipificados de teoria de conspiração que ele teclaria em seu blog estariam conteúdos combativos da modalidade de terrorismo ideológico e produção de desinformação em massa.

Me lembrei logo do Carlos Marighella. O combatente da ditadura militar que Jair Bolsonaro não gosta nem de ouvir falar. Marighella escreveu o “Minimanual do guerrilheiro urbano”, no qual, além de táticas de ataques militares e paramilitares existem muitas informações sobre guerrilha psicológica. E desinformar a população para jogá-la contra o sistema está dentre as páginas do manual.

Além de blogueiro em um dos ministérios vamos ter que aguentar um marxista combatente do marxismo? Ou será que essas duas informações estão erradas e eu estou caindo que nem patinho discorrendo sobre elas?

Bem, sou apenas um escritor de opiniões!

 

Bolsonaro influenciou o aumento da tarifa do metrô de Belo Horizonte?

metroaumento

Estive em uma estação de metrô de Belo Horizonte para confirmar a veracidade da notícia disparada pelo jornal Estado de Minas e por alguns colegas meus que votaram em Jair Bolsonaro.

O aumento da passagem do metrô, de R$1,80 para R$3,40, foi tentado  no meio do ano pelo Governo Temer. Porém, sofreu pressão de sindicatos e de outras forças vivas da sociedade e teve frustrada a iniciativa.

Durante todo o governo Lula/Dilma, o metrô de Belo Horizonte, além de ter sua malha ferroviária aumentada, circulou com a passagem com o valor inferior à R$1,80. A última tarifa bateu recordes sem aumento.

Mas, agora não teve jeito. Michel Temer ganhou força por causa do voto dado em Jair Bolsonaro e a tarifa do metrô de BH passou a ser a mais alta do páis. Cada voto dado à Bolsonaro disse à Temer que ele podia fazer o que quisesse, pois, todos que eram contrário a ele votaram em Fernando Haddad e Haddad perdeu a eleição.

E o presidente eleito não faz qualquer oposição quanto ao aumento dado. E assim vai ser para um monte de outros assuntos. Que o ano acabe logo! Gás de cozinha a 200 reais ninguém aguentará!

Dentre aqueles que votaram na viabilização deste aumento há os que foram afetados pelo acréscimo do valor da tarifa, mas usam disfarçar seu arrependimento com o argumento: “ah, que se dane, eu ganho vale-transporte mesmo”.

Pra estes eu digo: “até quando”. Vai dizer que não sabe o que significa o “L” na sigla do PSL. Não é liberal? Então? Assim que Bolsonaro concluir as prioridades da sua política trabalhista ele vai atacar o vale-transporte.

Política do trabalho que prevê que o empregador pague o transporte do empregado até o trabalho é socialista. A ideia é fazer a transição total de modelo. Começam eliminando o 13º salário e as férias, passam pela eliminação do vale-refeição e do desconto de INSS e por fim o vale-transporte.

Você foi doutrinado a caçar socialistas, humilhá-los e exigir a cabeça deles pela equipe do Bolsonaro, não foi? Se você está pensando no que dizer para não se sentir culpado pela perda desses direitos trabalhistas significa que você é adepto do sistema socialista que o Brasil vive nele desde Getúlio Vargas 1930. Ou seja: você estava exigindo sua própria cabeça. E conseguiu!

Pode ser que você se ache não atingido porque vai todo dia para o trabalho de carro. É fácil explicar para você que em pouco tempo é isso que vai te quebrar. Fazer média para o patrão e aliviá-lo da despesa do seu transporte pode parecer um puxa-saquismo beneficente à manutenção do seu emprego, mas, o que se pode esperar é que você pague para trabalhar.

A gasolina não vai dar refresco no preço do barril para um governo que quer criar intempérie com o mundo árabe e ainda entregar o Pré-Sal pro Tio Sam. Vai ter aumento catastrófico de preço sim e quem sabe greve de caminhoneiro mais intensa. Mesmo Bolsonaro intencionando transformar em terrorista quem fizer greve.

O que pode aliviar a sua barra, você que votou Bolsonaro, é saber que se ele implantar tudo o que intenciona e veicula, o trabalhador inevitavelmente terá que ter condições para suprir seus gastos mensais ou do contrário o sistema quebra e o barco afunda é pra todo mundo. Você está certíssimo de chegar à essa conclusão.

Só que em isso acontecendo você vai ver o outro lado, que está rindo até os cantos da boca de se vir livre de um monte de imposto e de provento para arcar para seus empregados, reclamar de ter que pagar o que seria o salário mínimo. Eu calculo uns 4 ou 5 mil reais.

Todos os empregadores pagam mais ou menos isso para cada empregado que ganha salário mínimo de aproximadamente mil reais hoje. Não era para eles se assustarem  e deixarem de dar risadas até o canto da boca pela tomada no rabo que toma o trabalhador com essa política liberal.

Exceto, é claro, pelo fato de que eles sonegam impostos. Dão pedaladas para lucrar o máximo possível. E com essa articulação política, se Bolsonaro for mesmo íntegro, como ele não faz parecer ser, não vai haver refresco para o empregador. Por uma razão até matemática. Nem precisa ser moral.

O jeito é ficar à espera de qual lance vai ser o vencedor no leilão da sociedade brasileira. Enquanto isso, viajemos de metrô à R$3,40 a passagem, podendo somente o eleitor de Fernando Haddad reclamar.

Ajude a resistência sem pagar nada: Leia as postagens anteriores e compartilhe e comente as postagens do blog.

Medo de Gleisi Hoffman?

BBC Moro pede exoneracao

Um vídeo mostrando manifestantes na porta do tribunal em Curitiba onde Lula faria seu depoimento sobre o caso do sítio de Atibaia circulou pelo mural de esquerdistas no Facebook. O conteúdo apresentava também entrevistas de vários correligionários do ex-presidente injustamente preso.

Durante um longo trecho do vídeo, Gleisi Hoffman, presidenta nacional do PT, dá uma entrevista a repórteres de vários veículos de imprensa livre e corporativa do país.

Entre muitos questionamentos e muitas verdades, a paranaense solta o verbo e prega Sérgio Moro na parede. “Pela legislação, o juiz Sérgio Moro deveria renunciar ao cargo de juiz antes de aceitar o cargo político lhe oferecido”. A crítica se relacionava ao fato de Moro apenas ter tirado férias do cargo, nomeando em seu lugar a juíza Gabriela Hardt na 13ª Vara Federal de Curitiba, que estaria orientada a seguir com sua agenda.

Gleisi elucidou a irregularidade que se estaria cometendo e provocou o sistema judiciário brasileiro colocando em xeque sua idoneidade.

Na minha opinião, esta falta de idoneidade pode chegar a um ponto que de tanto colocar em suspeitas sua capacidade de julgamento e seu interesse por justiça, investidores estrangeiros podem desistir de mirar seus investimentos no Brasil por possuir este país um judiciário fraco. Vai que os juízes em algum momento se vendam exatamente para os concorrentes deles e os deixam na situação do Lula?

Ocorreu que o site BBC Brasil noticiou que Sérgio Moro correu ao TRF-4, Tribunal Reginal Federal da 4ª Região, nesta sexta-feira, 16 de novembro de 2018, e pediu ao desembargador Thompson Flores, presidente do tribunal, sua exoneração do cargo. A partir de segunda-feira, Moro exercerá apenas suas atividades junto à Jair Bolsonaro.

O que você acha disso? Medo de mulher ou medo de pôr toda suposta trama contra o Lula a perder?

Por outro lado, a constatação de se tratar de um golpe político a prisão de Lula e a imensa pressão internacional exercida sobre o Brasil por causa deste fato indigesto pode ter intimidado Moro e os que o acompanham na perseguição ao ex-presidente.

Nomear um substituto para continuar o caso e pedir exoneração do cargo cai bem ao desmonte de consequências drásticas que persistir na caça pode trazer. O juiz sai por cima, podendo dizer para aqueles que ele deve satisfação que o que quer que aconteça com o réu, de repente sua libertação, não será sua responsabilidade. Teria ele feito tudo o que pôde para defender a honra e a justiça (kkkk), mas, todos os brasileiros estão vendo que ele não tinha outra alternativa se quisesse continuar sua luta contra a corrupção (kkkk) de um posto melhor. E segue o baile!

Não descartando também a possibilidade de ele ter sido convidado para comandar o ministério que comandará simplesmente para criar o álibi para ele sair do caso. Teria chegado a hora da farsa acabar?

Compre o livro “Os meninos da Rua Albatroz“.

Sai ‘mais médicos’ entra ‘mais demagogia’

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Bolsonaro não tinha como errar e não ser o presidente da república. O grau de fingimento e demagogia dele supera qualquer capacidade de defesa do eleitor médio brasileiro de se comportar diferente do esperado por ele.

Depois de escurraçar os médicos cubanos do programa Mais médicos e ver que tal atitude lhe facultou um arranhão próprio de virar uma úlcera em sua popularidade, ele se apresentou em público para usar as mesmas armas que usou em campanha e sair da situação que ameaça o posto que ele conferiu de modo bastante anormal.

Primeiro ele usa a tática de mencionar algo que não está acontecendo e se mostra bastante repudiado com a situação. É o caso de dizer que a condição dos médicos cubanos é de total analogia com o trabalho escravo. Daí, ele se mostra revoltado com isso e se prontifica, altruisticamente, a resolvê-lo.

Até o cubano é capaz de carregá-lo no colo com essa. Bolsonaro deve ter elevado ao triplo a situação desses médicos e dizer que eles deveriam estar no quadro estipulado por ele e não no que estão. Algo como dizer para um jogador de futebol recém chegado da base de juniores ao banco de reserva que ele já deveria estar atuando na Europa ao lado do Neymar.

Depois ele sugere que os médicos cubanos estão no Brasil refugiados e que esse panorama só seria possível para eles se aceitassem cuidar de moribundos em áreas sem assistência médica no Brasil. E ainda vai longe na sua demagogia: “aquele que quiser eu ofereço asilo político”. Querendo com isso convencer de que o governo cubano convoca de volta os médicos sem que estes tenham outra alternativa.

O governo de Cuba convoca de volta os profissionais que de lá vieram prestar serviços no Brasil por causa das ameaças e depreciações feitas por Bolsonaro aos profissionais migrantes. Por que aceitariam a condição de exilados políticos esses médicos se não há nenhum argumento de perseguição a eles dentro de seu próprio país? Será que eles cometeram um crime por lá tendo vindo trabalhar aqui a mando de seu governo?

Não bastando essas insandices, Bolsonaro garante para a população que o programa Mais médicos não vai acabar. Com isso ele acalma os que já iam se amotinar dentre seus próprios eleitores. Frisando, entretanto, que os médicos cubanos serão substituídos por brasileiros e estrangeiros. Podemos imaginar que esses estrangeiros têm o inglês como língua original e vêm da América do Norte.

Pode até ser que ele não mude o nome do programa, mas, o formato: vai saber! Eu acredito que a conta que Eduardo Cunha tinha para saldar com seu financiador de campanha – hum… Saúde Bradesco? – e que não ficou paga durante o tempo em que o ex-líder da Câmara dos deputados esteve dando as cartas no Congresso, substituir a cobrança do INSS nos holerites pelo pagamento de um plano de saúde privado, tenha a ver com o novo formato. Lembremos que são políticos farinha do mesmo saco.

A reportagem que inspirou a postagem é do site DW. Acesse!