Futebol e engenharia social: Quando os engenheiros falham

O Atlético Mineiro jogava no Mineirão contra o Corinthians Paulista, quando o narrador da televisão, canal Premiere, justificando o motivo de o jogo ser no estádio municipal e não no Independência, local de praxe onde o dono da casa vinha jogando, disse que era mais lucrativo para o Atlético colocar no Mineirão seus jogos com expectativa de torcida maior do que trinta mil torcedores. Conforme o narrador, no caso, o Galo de Minas pagava mais para jogar no Independência.

O Galo vinha, na ocasião, de uma vitória fora de casa diante ao Coritiba. Os que estão acostumados a sacar as jogadas que são feitas no mercado futebolista nacional não caíram na conversa e suspeitaram de ter sido uma manobra, combinada inclusive com o Coxa, para fazer o então desmotivado torcedor atleticano marcar presença nas arquibancadas do Mineirão e esperar pela reviravolta do seu time, tirando, inclusive, a invencibilidade do Timão.

E isso deu certo, o torcedor compareceu. E viu, ao final do jogo, o que tem visto ao vivo dentro do campo ou pela TV, em casa ou nos bares: o Galo sair da partida depenado. Perdendo um jogo bastante visível de ter sido escrito nos bastidores pela cúpula que faz do futebol uma máquina de engenharia social. Com o Atlético sempre avante, empolgando, parecendo que estava mudado, tendo tomado o rumo certo de uma vez por todas no campeonato, fingindo atacar e a querer agradar o torcedor. E o Corinthians fingindo se defender e a esperar os momentos ou os lances combinados para fazer os dois gols que fez na partida. O lobby de resultado garantiu mais três pontos ao coringa, que afastou-se ainda mais do vice-líder do campeonato, o Grêmio.

Mais tarde, na mesma rodada, foi a vez do Cruzeiro vencer o Vasco em pleno Rio de Janeiro. O Vasco venceu o Galo em Belo Horizonte, então, isso mexeria mais com os nervos do atleticano e melhoraria a autoestima do cruzeirense para com o seu time, o que seria muito bom para garantir sua difícil presença nas arquibancadas do estádio que o time arrendou e que está ruim das pernas, precisando fazer gerar renda nas catracas para sair do apuro financeiro herdado do negócio malfeito pelos governadores do Estado de Minas Gerais de antes e durante a Copa 2014. Tanto é que vem aí Aerosmith e Paul McCartney buscar dólares e bajulação do público, deixando um pouco do cobre para ajudar a sair da penúria a administração do estádio anfitrião de seus shows musicais.

Na rodada seguinte, o Galo foi jogar contra o Grêmio em Porto Alegre. Se o negócio do time era ganhar fora de casa, eis que aí estava uma grande prova de fogo. Mas, ingênuo é quem achava que o o lobby do futebol ia deixar isso acontecer e o Grêmio ficar distante do Corinthians – que ganhara em casa do Sport no dia anterior – uma quantidade de pontos que a considerar as estatísticas do primeiro turno do torneio, poderia-se desde já sagrar o time paulista campeão do próprio no ano.

O Corinthians ganhando o Brasileiro este ano favorece a necessidade de saldar as contas do Itaqueirão, herdadas também da Copa 2014, mas, se isso for feito assim tão precocemente, tira a atenção do campeonato do torcedor do Palmeiras, do Santos, do São Paulo, pois, eles não teriam mais o brinquedo de torcer contra. Sobraria, é claro, outra engenharia de opinião: a torcida de uns para ver o São Paulo cair para a segundona e dos sãopaulinos esperando que isso não aconteça. Curingão campeão também faz eleger candidato a presidente da república que enaltecer o clube ou que se pronunciar corintiano. Voto de torcedor mata qualquer eleitor consciente. Que o diga quem tem que aguentar Zezé Perrela no Senado.

É até por isso que o São Paulo fica revezando com algum time na zona do rebaixamento. Se vai cair ou não, decidirão ainda. Se acontecer, será com o mesmo objetivo mercadológico que foi cumprir este ano na divisão o Internacional do Rio Grande do Sul (por que acham que o Grêmio está tão por cima? Seria porque essa diferença de polaridade mexe bem com o interesse dos torcedores e os fazem tomar certos comportamentos que patrocinam ações políticas e comerciais?), que é o de levar atenções para a divisão e alavancar público e oportunidade para venda de pacotes de assinatura de jogos para a televisão. Arranjar também palco para alguns jogadores antigos e em lançamento irem aparecer para o mercado.

Em Porto Alegre também há dívida da Copa para quitar. Por isso um time de lá está em evidência. O jogo contra o Galo não foi nenhum absurdo o time gaúcho sair de campo com a vitória. Por isso vamos só criticar o fato de que se era para parecer que o Atlético MG anda pisando na bola em casa devido a uma onda de azar, então, que ele vencesse fora de BH um time de real expressão dentro do campeonato atual. O pênalti que Robinho do Galo perdeu, chutando a bola para o goleiro pegar no alto, da maneira mais tranquila possível, foi só para fazer parecer para aqueles que dão corda para as nossas postagens que não temos razão nenhuma nas caraminholas que deslanchamos e que se Robinho tivesse batido o pênalti contra o Botafogo no Rio de Janeiro, ele poderia perder tal qual perdeu Rafael Moura.

Aliás, o pênalti que o Fred perdeu no Independência contra o Santos teve o mesmo propósito de engenharia de opinião: Fred visivelmente bateu para o goleiro pegar. Uma alusão ao fato de que exímio batedor também erra pênalti, feita sob medida para desencorajar crenças à nossa crítica contra a penalidade deixada para Rafael Moura cobrar. Da mesma forma havia ocorrido no mesmo jogo com o goleiro do Atlético, Victor, que dessa vez pegou firme a penalidade mal cobrada de propósito, a fim de sabotar o que escrevemos na postagem que contestou o rebote para frente, nada típico do goleiro, que Victor deu no jogo contra o Botafogo só pra torcida do Galo entender que ele fez a parte dele, mas que infelizmente nessas cobranças o cara que cobra pode se valer de um rebote.

Nesse pênalti a favor do Galo contra o Grêmio, marcado quase no final do Segundo Tempo, quando o time mineiro perdia por 2 a 0, o puxão de camisa que o zagueiro do Grêmio deu no atacante do Galo era visível de ser artificial. Que jogador profissional que faz uma coisa daquela dentro da pequena área? Feito para o juíz marcar mesmo. E bem localizado na área para as câmeras da Globo pegarem, mostrarem com detalhe, com o narrador e o árbitro comentarista dizendo com todas as letras para moldar o telespectador que foi justa a marcação do penalti marcado para acontecer no jogo.

O que move o mundo é a esperança e não o dinheiro. Todos nós somos movidos pela esperança, pela expectativa. Quer que alguém faça algo para você? Encha-o de esperança. E é isso que está sendo descrito aí. Se o Corinthians já fatura logo o campeonato, por exemplo, acaba com a esperança, e consequentemente o interesse, da maioria dos torcedores. Eles não vão ver os jogos nem do seu time mais, não vão pairar na frente da TV nem pra ver programa esportivo, não vão comprar produtos do time para o qual torcem. Não vão apoiar o esquema que gira bilhões e enche bolsos. Exceto os do torcedor, é claro!

Porém, a engenharia de comportamento ministrada pelos gerenciadores do futebol constatou uma falha. Eu falei no começo da postagem que a televisão informou que o Atlético Mineiro coloca seus jogos com previsão de mais de trinta mil torcedores no Mineirão. Um paliativo para justificar a ida do jogo contra o Corinthians para o estádio, que favorece, inclusive, a televisão. Tanto Atlético MG quanto o Grêmio jogariam o próximo jogo de suas equipes pelas Oitavas da Libertadores 2017 na quarta-feira, 9 de agosto. Era tudo ou nada.

O Atlético perdera por 1 a 0 na Bolívia para o Jorge Wisterman e precisava ganhar em seu campo por 2 a 0 para passar de fase. Resultado bem menos esperado pela torcida, devido ao fator casa, melhor campanha na fase de grupos da Libertadores, maior investimento na formação da equipe do que o feito pelo adversário. Era para o torcedor, certo de o Galo vencer e sair da partida classificado.

E o torcedor do Galo tem fama de lotar arenas, independente da importância do jogo e independente da qualidade ou fama do adversário. Jogo do Galo para reunir 30 mil pessoas é qualquer jogo. Na sua estada na Segunda Divisão em 2006 a torcida bateu os recordes de público das três divisões principais. E com o time minguando no Brasileiro, a oportunidade para continuar a sequência de idas para a Libertadores no ano que vem morava nesse jogo. Era de se esperar 50 mil torcedores fácil fácil.

No entanto, não foi o que aconteceu. A Globo anunciou antes de começar a partida um público de 31 mil pessoas. Remediou dizendo que ainda havia muita gente do lado de fora para entrar. O que se viu que não era verdade. Em um momento no meio da partida, uma parte bem ampla das arquibancadas foi mostrada pela câmera. Estava vazia. A Globo remediou dizendo que era onde deveria estar a torcida adversária, que não comparecera em grande peso. Porém, era balela, pois, nunca é deixado para o torcedor visitante espaço tão grande e tão nobre, com boa visibilidade do campo. E nem a torcida do Galo deixa sobrar tanto espaço, ainda que fosse reservado. O público não foi mesmo.

Daí, encheram-se de orgulho aqueles que criticam o futebol industrial e a engenharia social feita através do futebol: o público está amadurecendo e está reagindo contra a moldagem de seu comportamento. Este foi um episódio em que a casa caiu para os moldadores de opinião. Tanto é que o próximo jogo do Atlético, contra o Flamengo do Rio, em Belo Horizonte, pelo Brasileirão, foi marcado para ser jogado no Independência. Como se diz: O Atlético não põe seus jogos contra times com expectativa de público maior do que 30 mil torcedores no Mineirão?

No mundo de Sofia

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E se de repente tudo for um grande teatro? Lula e FHC continuam amigos, como nos tempos em que o primeiro ajudou o segundo a se firmar na política. A turma que na época da Ditadura Militar peitava os militares na rua, clamando por democracia, que se divide hoje em partidos de direita e de esquerda, está mais unida do que nunca e comanda o espetáculo de manchetes, cada um com o seu papel, que nos fazem indignar, sofrer, sentir vontade de abster-se da política e de fugir do Brasil, deixando tudo pra eles como eles querem.

E se de repente existe um grande plano traçado lá nos anos 1970 ou nos oitenta entre esses nomes de direitistas e esquerdistas que vemos desfilar na mídia e o que presenciamos, com mais peso pela tela da TV Globo, não passa de esquetes para esse plano funcionar? Se quando era a vez de estruturar o país empresarialmente e privatizar as empresas públicas que os militares criaram, os tucanos ganharam a vez por ser o PSDB um partido voltado para os interesses do patrão? E quando foi a vez de desafogar o povo da miséria para dar a ele condições de criar o consumo que as empresas criadas, emancipadas, implantadas ou desenvolvidas no governo tucano tivessem para quem vender os produtos e serviços sobressalentes da exportação, o cetro foi passado de mãos beijadas para o PT? No fim, é tudo uma grande maçonaria e todos eles confraternizam nela. Só a gente é que não. A gente só vota, só põe eles lá. A gente só contribui. Paga imposto, pratica o consumo, trabalha e dá audiência.

E se de repente, durante a vez do pobre, o Partido dos Trabalhadores exagerou no cumprimento de seu papel, fez mais do que tinha que fazer e o avanço que deu à classe trabalhadora comprometeu as divisas do país, de um jeito que a garantir todos os benefícios conquistados pelos tutelados do partido o orçamento público fadaria a falir em poucos anos? Não tendo feito coisa errada alguma, tendo havido corrupção alguma, mas, errado nos cálculos. Sendo esses erros irreparáveis, senão por meio de medidas drásticas, que incorrem em ajuda internacional e venda de estatais e de empresas nacionais competitivas. Ajuda que se viesse pelo simples vir a opinião pública não aceitaria nem à força. Daí a razão da participação massiva da grande mídia para chocar e conduzir essa opinião. O PT teria pecado por excesso.

Se de repente, todos os congressistas, de direita e de esquerda, durante o segundo Governo Dilma se reuniram com empresários e poderosos, do Brasil e do estrangeiro, para traçar uma estratégia de socorro que levasse o país às reformas para o Trabalho e para a Previdência, ao corte orçamentário e às perdas de benefícios pelo povo, considerados necessários para se retomar o progresso? Daí saindo a Operação Lava-jato e a queima de imagem do Partido dos Trabalhadores e da Esquerda brasileira, cuja finalidade seria tirar do povo a ternura absorvida nos anos de conquistas jamais imaginadas pela Classe Media. Ternura que ficou declarada no momento em que Dilma foi reeleita.

Se de repente o impeachment de Dilma Russeff foi um golpe que teve a condescendência da própria e de todo o PT. Se de repente Michel Temer só é um testa de ferro que topou bancar o tirano e sofrer as consequências do choque ideológico que levaria o povo com as medidas votadas por toda classe política e empresarial para serem tomadas, simplesmente pelo fato de que alguém teria que fazê-lo e ele seria o mais indicado por ser na ocasião da estruturação do plano o vice-presidente do país?

Se de repente nomes como Jair Bolsonaro apareceram na cena só para garantir de o povo continuar a ter aversão pelo tipo militar e com isso fazer minar qualquer tentativa de intervenção da classe, ainda que supostamente tenha partido de liberais civis esse tipo de solicitação para que a sombra dela contivesse a também suposta conduta dos congressistas mais badalados na mídia e daqueles que pregam sem medir consequências a implantação do Socialismo?

Se de repente a posição que passou a ocupar na política o Supremo Tribunal Federal, bem como a parcialidade que demonstra ter em relação a políticos conservadores e grupos empresariais alinhados com a compra de empresas brasileiras, faça parte do jogo? Fazendo parte também os movimentos de rua e das centrais sindicais; o surgimento do avatar Sérgio Moro e sua perseguição ao Lula; as prisões mega midiáticas que supostamente teriam acontecido; os deliciosos casos de vazamentos por meio de escutas telefônicas e delações premiadas, que lavam a alma dos que se contaminaram com o ódio ao Lula ou ao Aécio; a constrição intestinal causada nos que diariamente se submetem aos dejetos que caem do reto da Grande Mídia, sobretudo da Rede Globo e da Editora Abril.

Se de repente, mesmo tendo a mídia bastante habilidade para moldar a opinião do público, o fato de ainda assim o povo insistir em votar no Lula em 2018 é que levou o ex-presidente da república a aceitar ser finalmente setenciado por seu suposto perseguidor e quem sabe dar um fim na esperança do povo em fazer justiça contra esses manipuladores da realidade nacional, ter seus direitos de volta e voltar ao ponto em que Dilma parou e retomar o caminho que o país estava seguindo, o qual incomodava bastante a elite global que financia e coordena todo esse circo?

Se de repente, de verdade mesmo só exista a sua atenção às notícias que saem e a sua reação a elas? Se de repente, de verdade mesmo só exista a necessidade de você criar um senso mais crítico e bradar contra o sistema que o envolve, o colocando na simples posição de expectador, deixando que pseudos dramaturgos tomem decisões para o seu futuro e para o futuro da sua casa, o Brasil, sem deixar que você participe disso ou que pelo menos saiba o que realmente está acontecendo na sua nação.

Quem é realmente herói, quem é realmente vilão, quem está do seu lado. Em que se pode acreditar? O que não é trapaça? O que não é golpe de opinião? O que é proteção da nação? Feita por gente que sabe de tudo o que acontece nos bastidores do mundo e que sabe que evitar a perda de soberania do Brasil e consecutiva colonização dos brasileiros se trata de um jogo de xadrez difícil de jogar pois, os melhores enxadristas estão à mesa. Você sabe dizer corretamente qual é a verdade?

Eu escolhi boicotar tudo isso. Não acredito em nada do que sai na mídia como verdade e menos ainda faço repercutir.

“Por diferentes motivos, a maioria das pessoas é tão absorvida pelo cotidiano que a admiração pela vida acaba sendo completamente reprimida.”
Jostein Gaarder em “O Mundo de Sofia”

O cerco à opinião do anônimo

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IMAGEM: Techweez.com

Agora virou moda na televisão programas de entrevistas coletivas temáticas discutirem a liberdade de expressão na internet, que abrange todo mundo e não só as “celebridades” que são convidadas para participar ou têm aceitas a participação nesses programas. Ou seja: os bem-aventurados que realmente têm direito de manifestar sua opinião acerca dos assuntos não têm o umbigo afetado.

No geral criticam que o “povo”, que para bom entendedor se entende por “qualquer um que não seja da tchurma”, abusa quando entra em seu perfil numa rede social e posta fotos descabidas, mensagens irresponsáveis, agressões a pessoas públicas. Quanto a esta última preocupação, parece que esqueceram que a pessoa pública é causadora de modificação na vida daqueles que às vezes se expõem à ela até por ser inevitável. Modificação que quase nunca é para o bem.

Eu, por exemplo, tenho sérios acessos de repugnância quando sou obrigado (obrigado sim: se você está em um ônibus e alguém o invade com um celular tocando funk no viva-voz no mais alto volume, você perde completamente o seu direito de sossêgo e concentração) a entrar em contato com o que propõem certos artistas e outros elementos de vida pública. Eles produzem seus lixos, sabe-se lá com que objetivo, e os que eles conseguem catar pra fã replicam arrogante e irresponsavelmente e infernizam até o diabo.

O que eu vier a pensar desse cara eu vou pensar também do artista que ele venera. Aí, eu tenho que me conformar em ser oprimido? Não posso por da boca pra fora com alguém via Whatsapp e menos ainda postar no meu exclusivo perfil numa rede social?

Isso protege os que montam em cima da gente pra viver vida farta. É para o território ficar livre para o sujeito que tem sua opinião e faculdade de alienar e perverter um caboclo blindadas pelo regulamento que implicitamente diz: “se você não é famoso e nem participa da grande panela, não fala e nem escreve nada, pois, é pior para você“. Quando não é pela razão de a opinião cônscia de um anônimo expor um protegido do sistema e estragar os planos dele e dos grupos que ele faz parte.

E o papo da evasão de privacidade? Ou seja: “um ridículo qualquer achar que sua opinião é importante e tem que ser mostrada”. Achar que ela vai mudar o mundo ou que ela vai fazer diferença na vida dos outros. Que é como Eles dizem.

Isso é  o que as pessoas mais fazem na internet. Massageia o ego delas. As livra do stress. E elas não podem fazer isso porque incomoda um “bem-aventurado que tem espaço na mídia” porque ele acha que o qualquer deveria é estar a compartilhar a opinião dele, desse suposto célebre. Para eles o povo tem é que só pagar seu acesso a internet e dar atenção pros famosos. Tem nada que bancar a pseudo-celebridade ou o modelo de selfie não!

E a preocupação com essa tal liberdade que as pessoas ganharam para deixar de ser só público vai mais longe: esses que opinam na mídia gostam de advertir, de mandar recado olhando para lentes. Ameaçam mencionando leis que protegem os outros contra calúnia e difamação; de sofrer danos morais; de sofrer danos materiais. Rezam que essas leis funcionam, que elas já funcionaram para eles e que aqueles que sofrem de egocentrismo do anonimato devem tomar cuidado, pois, podem sofrer as consequências, mesmo se opinando mascaradamente e mesmo pelas leis e sistema jurídico do Brasil. Pode ser o Julian Assance mascarado que a perita Justiça brasileira o encontra e o pune.

E não é daquele jeito que todo mundo está acostumado a imaginar: Fazendo de testa-de-ferro um caboclo qualquer, criando um crime pra ele, pondo a mídia para expor à exaustão a imagem do sujeito selecionado e mandando o cara para o xadrez espetacularmente diante às câmeras e com isso criar a sensação de estar dando satisfação para a sociedade ou cumprindo com o que prometeu. Sendo que o único crime que o sujeito encarcerado teria cometido é o de ser anônimo e sem dinheiro para pagar um bom advogado que o faça dar a volta por cima e o feitiço virar contra o feiticeiro.

Essa preocupação toda, minha gente, quem não sabe qual é a procedência dela? Perda de espaço que os grandes veículos de comunicação vêm sofrendo. Quem dá trela para televisão, por exemplo, hoje em dia? Eu? Por que eu estou aqui escrevendo sobre algo que eu só poderia ter visto na televisão? Ora, não escrevi aí pra cima que você se expõe à todo tipo de lixo cultural até sem querer? Foi o caso.

E não é só a televisão que disputa com as redes sociais, com os blogs e outros veículos de comunicação democrática o direito de apresentar opinião. A internet te tira também de comprar jornal, de ouvir rádio, de ir ao cinema. Eu acho é pouco! E pra mim, podem cercear à vontade o direito do cidadão de manifestar sua opinião. O importante para mim é a absorção de informação. E mesmo se existir só “Eles” para informar, se conseguirem novamente o monopólio, eu venho sustentando minha vida de anônimo sem dar qualquer tipo de audiência para eles não é por abundar os canais de informação, é porque eu os desprezo mesmo, não fazem a menor diferença na minha vida.

A CIA por trás da alienação da Fé Evangélica

Jonestown Remains

James Warren queria montar um templo em Indiana. Se autointitulava missionário e militava pelos direitos civis. Ele era do tipo apocalíptico e acreditava que o mundo passaria novamente por uma ameaça nuclear. No caso uma hecatombe mundial. E não a experiência conhecida daquele início da década de 1960, na qual americanos guiando o B29 Enola Gay se dirigiram para Hiroshima no Japão, onde deixaram cair do avião uma Little Boy, a primeira bomba atômica a ser utilizada como arma de guerra, constituindo-se um estrago geosócioclimático sem precedentes, que não intimidou os algozes por trás do manche, que ainda disparariam outra bomba similar na cidade de Nagazaki, depois que núvens e fumaça fizeram com que os planos de alvejar Kokura fossem mudados. Era a retaliação feita aos japoneses por causa do episódio denominado “Incidente de Pearl Harbor”, hoje estipulado como uma operação de falsa bandeira operada pelos generais dos Estados Unidos para colocar o país na Segunda Guerra e viabilizar os propósitos de seu governo para a mesma. Causar destruição e reformar nações, endividando-as e criando-se um império era um destes.

Vôos altos explorando a fé humana pretendia alçar James. Numa edição da revista “Esquire”, de 1962, ele listara Belo Horizonte, em Minas Gerais, Brasil, como um lugar seguro para se viver havendo o mundo de sofrer a temida guerra nuclear que ele pregava e da qual buscava se precaver. Por lá imaginou fundar seu império religioso. Instalou-se em um bairro luxuoso da capital mineira e escondendo sua simpatia pelo comunismo buscou conhecer a gente humilde para lotar seu templo. Mas, a cidade precária dos recursos de que precisava o homem forçou sua evasão para o Rio de Janeiro. Os barracos dos morros com vista para a Serra do Curral em Belo Horizonte foram trocados pelas favelas com vista para o mar da então Cidade Maravilhosa, no Estado da Guanabara. Porém, as belezas tropicais do litoral brasileiro não foram suficientes para manter James Warren no Brasil. As reclamações dos pregadores que deixara em Indiana cuidando dos negócios falaram mais alto na decisão do missionário de voltar para os Estados Unidos. O sincretismo das religiões brasileiras, no qual os elementos e as doutrinas do cristianismo, por exemplo, aparecem de maneiras completamente distintas em mais de uma religião, lhe serviu de herança da pátria para tocar seus negócios.

James já havia conhecido a Guiana, colônia britânica, quando partira iludido para o Brasil. Uma locação para seu experimento social no pequeno país sulamericano poderia ter passado pela sua cabeça. Mas, foi em São Francisco que ele viu iniciar suas atividades como reverendo. O reverendo Jones. Sem qualquer ordenação na fé cristã ou compromisso com as pregações clássicas do Evangelho. Era o ano de 1967 e a comunidade que Jones formou levou o nome de Templo dos Povos.

Jones se dizia profeta, clarividente e capaz de realizar milagres. Em nada se diferenciava dos atuais pregadores pentecostais. Pregava ele a cura pela fé e tinha como doutrina maior o medo de uma guerra nuclear. A qual o reverendo vivia a fazer previsões. Que obviamente era o elemento de expectativa que alimenta todas as religiões. A volta de Jesus alimenta a cristã tradicional. Profecias que jamais se cumpriam, mas que sempre encontravam justificativas do malogro e a igreja de Jones ganhava cada vez mais adeptos. Afro-americanos pobres em geral. Os números de fiéis que Jones propagandeava superavam astronomicamente os reais. E assim ele dava segmento ao seu “Socialismo apostólico”, que rejeitava a Bíblia sob a acusação de se tratar de um manual escrito por brancos para justificar a sujeição das mulheres e a escravidão negra.

Jones, com isso, já empregava a tática do aumento das estatísticas em seu favor para alavancar mais simpatizantes para o seu império recém criado. Que serviram bem para arrancar doações dos seguidores e de pessoas influentes. O missionário vendia também suas vestes e objetos pessoais. Sua igreja enriqueceu, embora o fundador militasse contra o capitalismo. Já possuía a própria rádio e a própria gravadora de discos.

Então, se viu que intensificando ao extremo a devoção religiosa das pessoas era possível se tornar um ídolo concorrente de Deus, arrancar doações vultosas e penetrar na mídia fonada com temas e artistas gospel oferecendo concorrência ameaçadora ao sistema secular de música. Se viu também a grande predisposição que pessoas cooptadas pela fé religiosa têm para adquirir tralhas que lhes viessem sob a alegação de terem sido usadas pela entidade messiânica ou espiritual cultuada de uma seita ou de terem sido usadas pelo próprio líder religioso profusor das crenças advindas da doutrina de uma religião. O terreno para a formação de verdadeiros impérios materiais por pastores que pedem em nome de um salvador que pregava a pobreza estava preparado.

Conspiracionistas diziam que Jones recebia financiamento da CIA, que era agente da CIA, para promover seu experimento, cujos resultados seriam acumulados possivelmente nos manuais Kubark da organização de espionagem. Manuais que tratavam de técnicas de controle mental.

Mas, a CIA teria querido mais. Ela queria saber o ponto de ruptura da devoção religiosa. Queria saber o extremo a que se predisporia um indivíduo dominado por seus pregadores. Queria saber se eles aceitariam se suicidar em nome de uma fé. E após a instituição plantar a desconfiança e a discórdia dentre os dirigentes do Templo dos Povos, Jones se desligou do comitê administrador e foi para Guiana levando primeiramente sua família para depois levar seu rebanho. Lá, em um terreno arrendado, no ano de 1974, Jones fundou sua cidade ideal, a comunidade denominada Jonestown. Na localidade de Port Kaituma, próximo à fronteira com a Venezuela, o culto ao horror da “Rainbow Family” brotava.

1977, os primeiros 50 residentes de Jonestown chegaram vindos de São Francisco. No mesmo ano a igreja Hearing conseguiu responsabilizar a CIA pelos danos causados a pessoas expostas a seus experimentos no projeto MK Ultra de controle mental. Jones enfrentava o fisco guiano contra a isenção de impostos conservada pela igreja e suspeitava que a perseguição proviesse dos Estados Unidos, o qual era combatido com a acusação de ser este país e seu regime econômico o anticristo.

Suspeitas de ameaças físicas e extorsão moral aos viventes de Jonestown e de sequestros de crianças filhas de ex-membros que desertaram do templo caíram sobre o reverendo. Seguiu-se acusações de tortura psicológica, com privação de sono e de alimentos, tal qual mandam os manuais Kubark da CIA – e até mesmo o mini-manual do Carlos Marighella; exigência de entrega à igreja de propriedades e mais 25% da renda de cada membro da seita; o fanático passou a interferir na escolha dos membros quanto ao casamento e também na vida sexual dos quais; isolava dos pais suas crianças. E ainda abusou das técnicas de propaganda nazista para dar ao mundo falsa percepção favorável ao movimento e seu líder. Jones não jogava para perder. Vivia arriscando. Como gostava de dizer o viciado em LSD, a droga que a CIA administrava em seu projeto MK Ultra: “A gente não sabe quando é o dia da nossa sorte, portanto, temos que jogar todos os dias“.

O auge da decadência chegou para Jones quando Timothy Stoen, um ex-membro da comunidade em Port Kaituma, acusou o fanático religioso de manter  seu filho, John Victor, sob custódia forçada da igreja. Stoen teria apelado para um congressista democrata norte-americano, Leo Ryan. Ryan se deslocou para a Guiana, onde foi recebido com festa. Presenciara ele as condições de vida suportada na comunidade perdida no meio da floresta. A emissora de TV NBC o acompanhou para testemunhar a miséria e investigar as acusações recaídas sobre Jones. A comunidade viu desertores se unirem à comitiva do estadista norte-americano.

Jones não deixou por menos e não se contentou em apenas chamar de traidores os desertores. Naquela tarde de 17 de novembro de 1978, Ryan foi atingido por um ataque desferido com faca, o que apressou-lhe a retirada de Jonestown. Na pista de pouso de Port Kaituma, guardas que faziam a segurança de Jim Jones alvejaram o avião encarregado de levar Leo Ryan e sua comitiva de volta ao país natal. Larry Layton, um dos seguranças do fanático de Indiana, teria sido o autor dos disparos que decretou o fim da linha para Ryan, que se tornou o primeiro e único congressista dos Estados Unidos a morrer durante o cumprimento do dever. Junto a ele, morreram também três repórteres e uma ex-integrante do culto. Larry alegou ter sofrido lavagem cerebral para chegar a tanto.

Naquele mesmo dia, após o evento mortal envolvendo o congressista norte-americano, os 909 habitantes da comunidade Jonestown foram convencidos a ingerir suco de uva misturado com cianeto e sedativos. As famílias foram orientadas a deitarem-se juntas e 304 crianças beberam primeiramente o veneno. Todos achavam que não morreriam, pois, recebiam durante as reuniões denominadas “Noites brancas”, que Jones promovia na comunidade, um placebo que o reverendo os enganava com ele, alegando ser veneno, o que fazia a comunidade acreditar que era imune a ele.

Ao pronunciamento de seu líder, que, conforme gravação deixada e encontrada pelo FBI, mas que não se sabe se a informação procede não como providência da Guerra Fria existente então entre Estados Unidos e União Soviética, os alienados fiéis debatiam-se enquanto Jones informava que o êxodo que teria sido negociado com a União Soviética para a comunidade não mais aconteceria, devido ao assassinato cometido pelos zeladores da segurança de Jones.

O suicídio coletivo seria proveniente de declarações de Jones sobre haver agências de inteligência supostamente conspirando contra o Templo. “Vão atirar em alguns dos nossos bebês inocentes”, “Vão torturar nossos filhos, torturar alguns dos nossos membros, torturar nossos idosos”. “É um suicídio revolucionário”. “Parem com essa histeria! Este não é o caminho para as pessoas que são socialistas ou comunistas morrer. Este não é jeito que nós vamos morrer. Devemos morrer com um pouco de dignidade”. “Não tenham medo de morrer”. “A morte é apenas uma passagem para outro plano”. “É uma amiga”. “Nós não cometemos suicídio; cometemos um ato de suicídio revolucionário para protestar contra as condições de um mundo desumano”. Encerra-se a gravação e se deu o massacre que não poupou seu protagonista, Jim Jones, que em uma cadeira de praia foi encontrado morto com um tiro na cabeça. Não se sabe ao certo se vítima de uma bala auto-infligida, conforme declarou o legista guianense Cyrill Mootoo, ou se teria solicitado a alguém o tiro. Na autópsia do corpo havia níveis altos do barbitúrico letal para seres humanos Pentobarbital.

Após os eventos de condenações, se especulou que ex-membros da seita e mais a viúva de Jones, que sobreviveu junto ao filho ao massacre, teria destinado, como herança, todo o patrimônio da igreja ao PCUS – Partido Comunista da União Soviética. Porém, o que se extrai de verdade da herança desse episódio é a proliferação de igrejas protestantes que empregam táticas similares às empregadas em Jonestowm. Como a condução dos fiéis ao extremo da devoção; sua exploração moral e financeira e fidelidade às doutrinas aprendidas, incluindo a adoção de atitudes de alto risco em nome da congregação. Essas igrejas, que tornam fundadores em milionários, proliferam e invadem os países  – evangelizando a população e a tornando predisposta à submissão ao mais esperto – sob o financiamento, direto ou sob uso de prepostos, dos Estados Unidos. Daí a dificuldade de não se duvidar se não havia mesmo um acompanhamento da CIA nesse evento em vez de um convênio de Jones com a União Soviética, como se faz acreditar, parecendo ser pela razão de afastar suspeitas.

FONTE DAS INFORMAÇÕES: Wikipédia.

*Essa história também é explorada no livro “Os meninos da Rua Albatroz“.

A farsa por trás da popularização da nudez

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IMAGEM: Notícias R7

Hoje eu precisei passar algumas horas em um centro hospitalar. E na sala de espera, como é comum em muitos estabelecimentos públicos, havia um aparelho televisor. Para a minha tristeza: ligada na TV Globo.

Era por volta das onze da manhã. O maldito aparelho entretia com o programa da Fátima Bernardes os moribundos que aguardavam atendimento. O sujeito já está doente e colocam para ele passar o tempo algo que o enche mais ainda de motivos para adoecer. Mas, parece que são eles próprios, os enfermos, que pedem pelo sadismo.

Como meu celular mostrava o último dos pauzinhos que marca o estado da bateria, não pude contar com ele para ouvir música. E ler o livro que estou lendo, por causa da minha enfermidade era coisa impossível na ocasião. Logo, tive que me submeter ao entretenimento imposto, já que se pode fechar os olhos, mas não desligar os ouvidos.

E, dentre outras futilidades e inutilidades que é peculiar de se ver nesse programa televisivo de variedades, a apresentadora queria incutir na mente de seu público a aceitação da nudez. A engenharia social envolvia entrevistas com atores globais que já tiraram a roupa no palco do teatro, em cenas de shows de TV, no cinema, em comerciais, em reality shows. Dividia com as entrevistas cenas de vídeo das artemanhas mencionadas pelos convidados e outras supostamente colhidas em ambientes recreativos públicos e até em colônias de nudismo. Continham tarjas pretas quando conveniente. Além desses, pessoas anônimas ou conhecidas de público pequeno relatavam no descontraído e importantíssimo papo suas experiências e davam seus apoios à cata de seguidores.

A audiência ao meu redor reclamava. Uns exigiam decência da emissora. Falavam em divulgação e amparo de coisa ruim. E como havia excesso de velhinhos de bunda de fora andando pra lá e pra cá tentando driblar as tarjas pretas, o público local aproveitava para cair de pau: “olha que velho safado”, “só mostra velho”, “velhos hoje em dia tá achando que tem vinte anos”.

Nesse momento eu quase saí do meu silêncio para ajudar aquele povo a entender melhor os programas da TV Globo. É óbvio que o que queria a emissora com aquele papo de nudez e mostração de velho pelado não era só forçar o público a aceitar mulher andar na rua com as tetas de fora. Era, sim, fazer a população aderir a nefasta proposta de reforma previdenciária que o Governo Temer deseja aprovar.

Ou seja, os velhos (pelo menos os que aparecem no Fantástico, no Jornal Nacional, no programa da Fátima Bernardes) de hoje são bombados, saltam de paraquedas, comem carne bem gordurosa em churrascadas proibidas para quem tem estômado de ninfeta, casam com garotas de vinte anos de idade. E mais essa agora: participam de colônias de nudismo e buscam aprovação para a nudez feminina em público.

Pra quê esse pessoal vai aposentar aos sessenta e cinco? Vamos botar todo mundo para aposentar aos oitenta! Afinal, aposentando aos 65 anos deixa o sistema sem trabalhadores por pelo menos quinze anos no futuro, pois, o jovem não quer saber de outra coisa que não se drogar, tatuar, mexer com o celular, ir pra balada. Trabalhar que é bom… E eles, incluindo esses programecos de TV e gente de mídia, não fazem por onde moralizar o jovem e pô-lo no caminho do bem, da produtividade. Preocupam-se, supostamente, com a possibilidade de se ver naturalmente o povo pelado nas ruas.

No fundo, pra esse pessoalzinho de televisão que fatura moldando opinião e gosta de parecer preocupado com questões-tabus pra alavancar ibope, não é boa coisa relaxarem a moral quanto à nudez em público. Primeiramente porque a moda, principalmente a feminina, aposta na vestimenta sexy e sugestiva, que só perde para a nudez total em se tratando de dotar de sensualidade a pessoa que a usa. E depois, quanto menos encoberto, menos mistério. E o mistério, o desejo de ver sob qualquer esforço um distinto corpo nu, acaba se de repente fosse grátis assim ter o desejo alcançado. Perderia completamente a graça. Viraria “Romanos 1” na Bíblia: “O homem perderá o uso de homem para a mulher e a mulher perderá o uso de mulher para o homem“. De certa forma, isso já tá assim. Nem precisa dessa força.

Mulheres e homens iriam ter que voltar a ser bicho e utilizar das armas da natureza para atrair o parceiro. Os animais andam pelados e é só quando aquele cheirinho de feronômio bate no nariz de um outro é que um macho olha com outros olhares para uma fêmea. Os saturados perfumes que há no mercado não seriam os produtos para fazer esse trabalho. Teria que ser um cheiro autêntico de hormônio de ser humano no cio sendo injetado no ar. Tá aí outra indústria que iria pro saco com a liberação da nudez. Outro anunciante de programas de televisão, por exemplo, que a TV perderia o dinheiro dele.

Percebe que percorrendo pequenos detalhes você consegue entender que não é bem pôr você pra aceitar o nu o que eles querem? É o contrário: querem que você esbraveje por causa da campanha, dando feedback de que assistiu a Fátima Bernardes, ainda que por não te darem chance de fazer outra coisa, e, de quebra, se submeta a algumas cenas que te mostram, como os velhinhos podem muito bem trabalhar aos setenta para oitenta anos de idade e dê seu apoio ao ilegítimo Governo Temer, também anunciante das emissoras de televisão e que provavelmente bancou o merchandising. Quando um olheiro do Governo infiltrado no meio das massas ver ou só ouvir você comentando o que aconteceu no TV show da Globo ele vai saber que você também viu velhinhos curtindo a vida boa de aposentado quando poderiam estar pegando no batente e ajudando o país sair da crise. Sacou a engenharia social embutida na trama?

E depois, poxa, não é Fátima Bernardes que vai te dizer se você deve ou não aprovar o nu social. É? Você nasce nu, depois ganha plena consciência de que é completamente natural o homem estar dessa forma perante o outro. Não há nada para estranhar ou para reivindicar decência. Não há afronto nenhum. Você sabe disso em seu íntimo.

A não ser, é claro, se você for doutrinado para pensar assim. Que é o que acontece e sua moral original se torna latente até que algo o faz a recuperar. E quem te doutrina contra a nudez não é o sistema? Então, que hipocrisia é essa de o sistema querer que você aprove a nudez em público? Canalhice pura, típica de televisivos e midiáticos!

E pra fechar o lixo de programa, a apresentadora quis introduzir uma outra aceitação, com certeza também sob demanda, provavelmente de grupo diferente e não do Governo. A campanha foi ao ar com o título “dança é pra menino”. Mostrava um bailarino, talvez fazendo o papel do suburbano que consegue manter costumes de bacana, pra dar aquela impressão que em todos os meios é possível meninos fazerem balé e ainda ganhar notoriedade e talvez até dinheiro com isso. E mais alienação ainda: menino dançar balé estaria ao alcance de todos os bolsos. A proposta de engenharia social principal nesse tópico era aprovar homens (viris – mostraram o sujeito efeminado sendo cultuado por uma plateia feminina e adorando a vida de superstar da dança) que se tornam bailarinos. Vai ver o patrocinador é uma escola de balé carente de bailarinos.

Era mais um daqueles papos que eu volto a repetir: “Não é Fátima Bernardes ou qualquer outro midiático que decide qual deve ser a nossa opinião a respeito de um assunto-tabu“. Mesmo porquê, quem faz virar tabu são eles próprios por trás da mídia e como tabu vão mantendo enquanto der audiência discutí-los.

A hipocrisia que sustenta o problema das drogas

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IMAGEM: IstoÉ Gente. Cena do filme: “Era uma vez”.

Eu ouço muito pessoas falarem que não estão nem aí para o problema das drogas, pois, a gente rica que faz o consumo do pobre parecer um problema social também faz uso de drogas e alimenta o narcotráfico. E que nas festas granfinas tem sempre pó à disposição para ser cheirado nos banheiros das mansões e que até aquelas velhas muxibentas, cheias de maquiagem em todo o corpo e de jóias no pescoço e nos punhos, cheiram e vão com os outros para as orgias.

Nesta postagem, o argumento um está aí nessa crença sem reflexão. Antes de constituirmos qualquer crença e – mais ainda – a propagarmos, devemos refletir os pontos que a colocam em xeque. Se nada houver para negá-los, aí sim podemos dar fé e repercutir se for do nosso desejo.

Ora, pode até ser que tenha fundamento nessa teoria, mas, não podemos dizer que foi o povo granfino que pôs na nossa cabeça que eles condenam e repudiam o uso de droga. Isso veio parar na nossa cabeça, didaticamente, através da mídia. Quem fala pra gente que os bacanas da alta sociedade estão muito preocupados com a violência que sofre o brasileiro e que esta se deve ao uso desenfreado de drogas são os jornais, telejornais, radiojornais, citando os produtos da imprensa; os programas de variedades na TV, as telenovelas, as revistas diversas, para não esquecer o restante da mídia.

É bom lembrar que o que aparece na mídia, aparece sob demanda. Qualquer um pode pagar para ela fazer a cabeça do público com as informações que ela ejeta na sociedade. Até o sistema religioso não está livre de colocar veículos de comunicação a seu serviço. Vai do interesse do pagante, o que nos é metido na mente por meio dos veículos de comunicação. Desde que o pagante pague, a mídia trabalha a opinião de seu público com qualquer merda que lhe pedirem.

E quem não tem a noção da questão tal qual a mídia propaga pela voz da própria, ouviu de alguém que sofreu essa programação cerebral e influenciou os outros. Sendo assim, por não nos aparecer claramente que quem é o mandante da informação nos repassada são os granfinos da alta burguesia, não é hipocrisia nenhuma nas festas de burgueses acontecer o tal ritual de banheiro.

Sem contar que eles podem sequer fazer isso em suas reuniões festivas e uma mentira chegar até nós com ar de ser verdade, tal qual os veiculadores de informação esperam de acontecer, pois, eles faturam mais quando o ibope é maior. E mentira propagada como verdade, as famosas calúnias e difamações, é o prato principal do público que adora marcar ponto para os marqueteiros de opinião e encher os bolsos deles.

Vamos ao argumento 2: Sim, são realmente os burgueses os mandatários da mídia que emite para o grande público a opinião fraudulenta a respeito da questão em discorrimento. Por que eles fariam isso de pedir para espalharem que eles são contra o que eles mesmo fazem? Pense! Só pode ser por duas razões. E nenhuma delas faz deles hipócritas e sim estrategistas.

A primeira das razões: Querem o pó só para eles. Entende? Não há para todo mundo ou “é fino demais para o pobre ter direito também“. Ou então: “O pobre não sabe usar isso, faz a violência aumentar, há muito roubo, muita morte, o sistema tem que gastar mais para conter a violência, às vezes o Judiciário perde o controle e a violência vai parar no território de ricaços. Tem-se gastos demais com saúde pública, logo com quem não gera nem INSS, pois é tudo vagabundo. Gastos que nós da Diretoria é que vamos ter que bancar.

Logo, para que as coisas funcionem como eles dessa elite querem, eles pedem (obrigam) essa colaboração ao sistema. Se há leis que punem a contravenção de usar ou de comprar substâncias ilegais, só há para o pobre. E para não parecer que há uma classe que é privilegiada quanto à essas leis e, com isso, não sofre punição, é melhor ter onde se apoiar. Melhor para os contraventores do meio rico e melhor para o Judiciário, os agentes da lei, os traficantes – que vai ver trabalham para os magnatas do próprio grupo de bacanas. Isso descreve a segunda razão das duas mencionadas: tapar a violação de regras que existiria nos meios elitistas para que o restante do povo – que vai arcar com o problema das drogas – não enxergue seus algozes e nem sua impunidade.

A liberação das drogas nunca vai ter o apoio das classes dominantes exatamente por causa do comportamento dos que sofrem com ela de achar que só o pobre é que arca com os infortúnios da sociedade e que rico nunca vai preso. Feito isso, se conforma por achar que se sabe a razão disso ser assim, cruza-se os braços ou faz-se aumentar o problema, em vez de sair em combate à desigualdade social e impunidade. Vão querer derrubar essa muralha servindo de tapume que o povo ajeita? Não, né!

Nisto, talvez, haja hipocrisia: A multidão alegar certos motivos que não são coerentes com as causas da elite, e esta, que tem acesso, não meter a boca no trombone para falar para nós que as alegações são tudo calúnia e que o que dizem os jornais, os filmes, as telenovelas, os livros e etc. não passa de invenção para derrubar a Classe.

Os prováveis provedores desse problema não se manifestam dessa forma porque seriam chacotados, ninguém iria acreditar neles, pois, se eles quisessem que não existissem, por exemplo, filmes como o “Rio Bailônia” para expô-los, eles impediriam a produção, já que são eles mesmos quem as bancam. Mesmo sendo com o nosso dinheiro, no caso desse filme, que foi feito na época da Embrafilme.

Se não o fazem… “Quem cala, consente”, não é verdade? Deixar o outro te acusar e não reagir é uma confissão subentendida. Principalmente quando não tem arma nenhuma sendo apontada para o acusado enquanto o suposto caluniador o massacra com difamações.

– ACHEI QUE VOCÊ TINHA MORRIDO, POR QUE VOCÊ NÃO ME LIGOU?
– Desculpa, Nina!
– Por que você não me contou? Tá no jornal, seu irmão é um bandido!
– Nina, eu não sabia!
– Como não sabia?
– Eu só soube naquela noite!
– Você colocou minha vida em risco!
– E você queria que eu fizesse o que, Nina? Que eu entregasse o meu irmão?
– Ele é um assassino!
– Ele não é, ele virou! Ele virou! O cara foi preso inocente por minha culpa, Nina! As coisas são assim onde eu moro. Se o Carlão não mata ele, quem era pra tá morto agora era eu!
– E você acha isso certo?
– E O QUE É CERTO? O QUE QUE É CERTO? Criança nascer e não ter o que comer? Ser tratado que nem bicho por qualquer bacana cheio de dinheiro no bolso, Nina? FALA!
– Você tá metido nisso, Dé!
– Ora, tá desconfiada de mim? Quer saber o que que eu acho do Movimento? Acho uma merda. Mas, não foi você mesma que disse: Nas festinhas do seu pai rola de tudo, sua galera toda fuma baseado? Então? Tem pobre que vira bandido porque é ruim mesmo, Nina! O difícil é ser honesto.

Dialogo extraído do filme “Era uma vez”. Direção: Breno Silveira. 2008. Conspiração Filmes.

Three little PIGs

“Yes”, worry about the things…

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IMAGEM: Filme “Three little pigs”, Walt Disney, 1933.

À noite estava eu a ver TV. Meu televisor é melhor ser conhecido como monitor de vídeo. Só o uso para visualizar vídeos que tenho guardado em DVDs. No meu tempo eram apenas quatro emissoras de televisão e para nos ocupar davam conta do recado. Hoje eu nem sei quantas são só entre os canais abertos e nenhuma me satisfaz. Mas, acabara a execução da playlist dos vídeos que eu colocara em um pendrive para ver e o foco no notebook para soltar no blog algum texto que preste me tirou qualquer possibilidade de carregá-lo com outras coisas alocadas no HD do próprio, à espera de serem vistas. Foi por isso que escolhi aleatoriamente algo do UHF que não fosse canal religioso para pelo menos quebrar o som que vinha da vizinhança. Tarefa mais difícil do que colocar mais arquivos no pendrive. Só depois percebi isso. Ah, sim: pagar canal de TV por assinatura não é coisa de radicais que acreditam na força do boicote.

E nisso me deparei com o primeiro porquinho. Um canal de TV, UHF em Belo Horizonte, que parece estar a seguir os passos do SBT para chegar ao pódio da categoria. De “A semana do Presidente” à veiculação de informação perniciosa anti-esquerda brasileira, com direito à opinião estúpida, a la Rachel Sheherazade, de um jornalista ancião do jornalismo brasileiro, contratado da emissora dentre outros anciãos, é o que oferece ao público que consegue assistir esse aspirante ao posto hoje ocupado pelo Jornal Nacional no meio televisivo do PIG – Partido da Imprensa Golpista.

De manhã, indo para o trabalho de ônibus, como se fosse possível evitar, dei de cara com a manchete em letras garrafais em uma página interna, estampada em um pasquim vendido por vinte e cinco centavos ao impaciente que não possui ou não gosta de aparelho celular e não consegue concluir um par de horas de um ponto ao outro sem meter pra dentro da cabeça um punhado de notícia inútil e, pior ainda, pessimista, que só pode contribuir estragando-lhe o dia. O cara já começa o dia se submetendo às manchetes dessas gazetas de baixíssima qualidade.

O segundo porquinho era semelhante ao primeiro em sua busca por minar a moral dos esquerdistas da nação. Bem… daqueles que admiram Lula e companhia melhor dizendo. Na verdade, daqueles que não se submetem ao cliente tucano ou peemedebista do jornaleco PIG e não se desdobram para viabilizar os planos deles de deitar a esquerda para por a mão em tudo que ainda há para se por a mão estando ocupando por tempo suficiente os aposentos do Palácio da Alvorada.

Utilizar ônibus em Belo Horizonte é um sacrilégio. Uma hora entra o cara que insiste que todos têm que ouvir o funk que ele tem arquivado em seu celular. Parece que ele pensa que o sujeito que canta tem o que dizer e quer que as pessoas o escute na marra. Grande porcaria, letra e música! E para competir com esse insano, entrou outro. Este levava uma pilha de CDs de uma coletânea de música gospel, que Deus teria lhe dado a oportunidade de levar aos corações receptivos nos ônibus, cuja aquisição custava o singelo valor de R$10,oo. Imagine o que os proprietários das obras, os autores daquelas “músicas para Deus”, devem pensar de Deus como divulgador de seus trabalhos? Que grande pirateiro! O mascate de CDs possuía uma maquininha barulhenta e bem próximo ao meu ouvido na poltrona onde eu estava sentado colocou sua amostra das músicas para tocar, enquanto corria a sacolinha.

E foi a reação a esses horrores que me fez conhecer o terceiro porquinho. Desisti do livro que eu lia, a situação se tornou imprópria ao hábito, peguei meu Galaxy Sunsumg de dentro da mochila de nylon, enfiei nele e em meus ouvidos o fone de ouvido branco, colocando de volta o aparelho no interior do compartimento da mochila, como precaução contra os trombadinhas modernos, fechei o ziper e me pus a ouvir aqueles roquinhos que chamávamos de new wave nos anos 1980, que eram transmitidos por uma rádio local, cujo nome remetia ao sobrenome artístico de um sujeito que na década mencionada, quando petistas e tucanos andavam nos bastidores de mãos dadas, era badalado entre a moçada meio revoltadinha. Queria ele na época, dizia a boca pequena, que a palavra “maconha” pudesse ser popularizada nas FMs sem qualquer repúdio. Perdeu para a MTV, quando este falecido PIG musical chegou ao Brasil pelas mãos da Abril.

Classifiquei o terceiro porquinho como terceiro porquinho durante os intervalos da boa programação musical da emissora de rádio. Nesse momento os DJ’s davam notícias inúteis e descontraíam o público com suas opiniões subsidiadas pelos patrocinadores do programa. Os comentários, a parecerem naturais e de propriedade dos comentaristas, não traziam nada de mais com relação ao trivial instaurado e administrado pelas Organizações Globo. Quem quer ser grande e não acompanhar as orientações da Globo se ferra! “Fora Dilma“, “Prendam o Lula“, “Abaixo o PT“, “O herói Sérgio Moro foi hoje ao…“. Só faltava eu ouvir “A musa Carmem Lúcia…” para eu implorar para o funqueiro o som dele emprestado ou se ele não poderia aumentar mais um pouco o volume.

Não mencionei os nomes dos veículos, simplesmente para que eles não usem meu texto como trampolim e se tornem grande. Eu perderia meu título. Considere Heitor, Cícero e Prático se quiser. Ou outro nome de porquinho que você vier a querer usar.

*”Cause every little thing ‘not’ is gonna be alright (this way)

*Música incidental adaptada: Bob Marley. “Three little birds”.

O que está por trás do fim do Blogger?

O Blogger Brasil pertencia à Globo e a Google comprou. Nos últimos anos temos visto como a Google tem ficado amiguinha da rede de comunicação odiada pelos brasileiros. Pedem pra tirar isso do Youtube porque tá manchando a imagem da megera com material que é dela própria e a Google tira. Às vezes tira ou inibe o view de material até que a Globo não tem direito algum sobre ele.

Apareceram um monte de blogs hospedados no Blogger por conta da Google, e com endereço blogspot.com, que atacam a Globo. Dor de cotovelo e mordedura de raiva por imaginar estar sendo atacada em território que seria dela própria, pelo menos o domínio, deve ter passado pela cabeça dos donos e executivos da Globo.

Desde 2015 que exatamente a Globo anunciou que vai acabar com o serviço de espaço livre para pessoas comunicarem-se pela internet com um grande público. E agora não é mais boato, pois, de cinco blogs que eu mantinha no serviço que eu achava que era da Google, agora estou na dúvida, apenas um ainda posso atualizar. Não sei até quando. Os outros ainda estão no ar, mas, perdi o acesso para editar.

Se a Google comprou o Blogger, em parceria ou não com o primeiro administrador da marca, por que haveria de ficar sem seus clientes blogueiros sob a alegação de que a Globo não vai mais continuar servindo o domínio? Se é este o problema, não está difícil resolver, é só providenciar um domínio, volta o Sites Google talvez, e faz um batch de atualização de DNS. A não ser que a história não seja bem essa e as hospedagens também pertencem ao terceiro. Meus blogs sumiram do meu perfil.

O interesse da Globo é visível: abafar blogueiros que contam as notícias muito antes dela e, além de tudo, com ótica que discorda da verdade que ela é contratada para propagar. E muitas vezes, o que reza o blogueiro, que nem sempre é jornalista, é muito mais crível ou pertinente de se tratar da verdade incontestável do que o que todo o Partido da Imprensa Golpista publica. Se bem que os bons mesmo estão no WordPress.

É que a Globo, pode pesquisar pra ver, tem aparecido sempre encabeçando as listas de buscas no Google. Deve tá dando um bom dinheiro para os norte-americanos do radar de busca. Torçamos que fique nisso. Ainda podemos usar o WordPress ou constituir nossos próprios sites. Perigoso é se de repente essa organização manipuladora mencionada, que para mim é terrorista, tiver poder para ir mais além do que isso e oprimir na internet o povo que a odeia e cercear sua opinião e sua capacidade de registrar corretamente os fatos.

O Blogger anda capengando. Está carente de blogueiro ativo. O Facebook anda abocanhando esse filão com suas fan-pages. Pode ser, também, que haja nisso uma tática da Google para se livrar de ter que despejar todo mundo abertamente.

Fonte de parte das informações: Ferramentas Blog

A farsa por trás das recusas de jogadores

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Começa as temporadas do futebol e os clubes precisam dar satisfação para suas torcidas de que as férias acabaram e por isso a diretoria está com o status “mãos à obra” ativado; preparar notícias para serem comentadas na mídia e colocar o nome do clube na boca dos que dão atenção para ela; e, por fim, arranjar um nome de peso para que o torcedor seja convencido de que vai valer a pena investir desde já no pacote de Pay-per-view e no cartão Sócio Torcedor, que são mais baratos antes das temporadas começarem, pois, seu time de alienação… ops: de coração estará competitivo e fará belas partidas e trará conquistas, nem que seja os torneios caça-níqueis que nem o tal do idiota Torneio da Primeira Liga.

Porém, a maioria dos times está quebrada (não tem cacife para pegar e trazer para o Brasil jogador europeu ou que joga na Europa e que não é brasileiro), ou é mais visibilidade para o jogador atuar até na China do que no Brasil, ou o jogador tem medo de vir morar nesse país onde para se ter liberdade de andar pelas ruas é preciso estar escoltado, ou outro dos tantos motivos pertinentes que eles alegam aos dirigentes que os sondam (quando sondam mesmo) e fica só dito nos bastidores conhecidos pelos cartolas dos clubes e das federações, pelos lobistas do esporte e pela nata da imprensa esportiva.

Pode ter certeza de que o que vêm enjoadamente noticiando sobre a recusa do marfinense Drogba de jogar no Corinthians de São Paulo cai em uma dessas premissas. Mas, custa pouco para eles (é lógico que eles pegam em grana até nessa hora) fazerem de conta, até quando for preciso, que foram procurados pelo clube brasileiro, que seria uma honra atuar pelo Timão do Brasil, mas que por motivos particulares ele prefere ficar na Europa. E até postura vergonhosa por parte do recusado faz parte do show.

E a outra recusa famosa da atualidade, o francês Anelka, que não quis jogar no Atlético Mineiro, passeia pela mesma tática de enganação. E enquanto essas mentiras sobre tentativa de contratação são alimentadas pela mídia, jogadores meia-boca vão sendo contratados para os torneios, que caso o time não chegar a lugar nenhum quanto a eles, as torcidas permanecerão mansas, gastando dinheiro com o clube e com a mídia, marcando presença nos estádios e de frente para a TV ou para o rádio, comprando jornais dia de segunda-feira, achando que houve um esforço fenomenal das diretorias dos clubes que torcem em dar a elas o melhor que podiam.

E assim manca… ops: caminha o futebol.

53% dos norteamericanos acham que o Kremlin interferiu na eleição de Trump: hora de rirmos deles!

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IMAGEM: Donald Trump defends Vladmir Putin

Sofrer interferência de outro país em eleições internas para cargos políticos é para os fracos. No Brasil até que tentam, mas, se conseguem a gente nem fica sabendo. Por que esses que se acham os melhores em tudo estão com essa agora?

O que é certo, como se suspeitou da espionagem realizada pelas equipes comandadas por Barack Obama aos e-mails tupiniquins em 2014 e como se suspeita da influência da CIA na Operação Lava-Jato ou em um episódio de massacre de índios brasileiros ocorrido em 1968 ou, então, da tal Operação Brother Sam para fazer cair João Goulart em 1964, é que os Estados Unidos tentaram influenciar políticos, coronéis fazendeiros e militares em outros momentos da política brasileira, de repente até mais cruciais, porém, na hora do voto a moçada  daqui sempre mostra que às claras eles não são de nada, pois, o que o povo faz valer é o seu voto. Se vota mal, vota em quem quer. Ninguém manda!

E lá no imponente United States of the America, 53% da população acredita que a Rússia anda de caso com Donald Trump desde antes de o homem ser eleito presidente da república. Que eles estão com relações bem próximas de serem chamadas de caso de amor, isso não é só os esquerdistas ou os veículos de comunicação pequenos que noticiam. Os monstros da comunicação mundial também o fazem.

Vladimir Putin está com a corda toda, posando de “O homem mais poderoso do mundo”, título dado pela (argh) Revista Forbes, e discursa sobre o assunto da maneira mais diplomática possível. Como se de repente pudéssemos esperar de pintar um “E” dentro da sigla “BRICS” e o mundo todo se transformar em um só país… socialista.

Mas, o que pode ser isso? Maldade da mídia? Realidade que favorece políticas estranhas vindo das partes em questão? Esperança de haver paz no mundo sendo protagonizada por um destrambelhado?

Eu acho que é mais uma intriga dos que estão possessos até hoje com a vitória de Donald Trump nas urnas. Vai ver não é só essa porcentagem de preocupados com a aproximação com a Rússia que é arbitrada e exposta na mídia para gerar qualquer resultado, mas, também, o restante de notícias sobre o bilionário presidente, que vemos circular em todo canto, todas buscando recrutar antipatizantes para o político estreante.

Eu não, eu dou é força pra ele permanecer no posto alcançado. Tipo aqueles caras: “Enquanto o técnico do rival do meu time tiver colocando o time que ele comanda na merda, eu quero mais é que ele continue o treinando“. Ainda mais com essa de botar em evidência o Kremlin. Sinal de mudanças até para o Brasil. Que se danem os opositores de Donald Trump! Ok, Avaaz?