“Quem vê cara, não vê coração” diz o ditado popular. Mas, pelo menos vê alguma coisa!
Sei que essas militâncias anti-Lula que vêm pro meu perfil supondo vir de perfil de contato meu no Whatsapp não é o contato que posta, sei que são as milícias, para mim: bolsonaristas e tucanas, quem realmente posta. Mas, de qualquer forma, supondo que no lado do meu contato apareça as bobagens que me mandam, faço saber que é pura perda de tempo de quem quer que seja que esteja postando, pois, não dou a mínima atenção. Na maioria das vezes eu apago sem ver, ler ou ouvir o post.
A bobagem da vez: um vídeo apresentando reportagem da Globo, com Sérgio Chapellin mostrando suposta formação violenta de supostos policiais no Espírito Santo em 1980. Bobagem que a milícia digital, provavelmente bolsonarista, que atua no Whatsapp invadindo perfis de pessoas que simplesmente – por serem livres pra votar e não concordarem em dar continuidade ao governo inútil, perdulário e arrogante de Jair Bolsonaro -votaram no Lula, usaria para recrutar apoio à derrubada do presidente Lula, que na minha opinião está fazendo um ótimo começo de governo, o que contraria expectativas de gente inocente e joga no lixo as acusações dos que perderam a eleição presidencial, os quais estariam cortando prego com o rabo porque a mamata deles acabou, incluindo a garantia de não pagarem por possíveis crimes que cometeram, como, por exemplo, atos terroristas.
Digo que Lula faz bom governo, olhando para as minhas necessidades sendo resolvidas: eu sou povão, não sou militar, não sou de família nobre ou descendente da utópica Família Real brasileira e nem empresário.
Em 1980, o governo brasileiro ainda era o militar, que era reverente aos Estados Unidos. Não é à toa que as imagens do treinamento degradante, totalitário e sem objetivo, já que a PM não visa combater em guerras, parecem imagens do treinamento que a CIA dava no lastimável projeto de controle mental MK Ultra, condenado a partir dos processos judiciais abertos por vitimados a partir de 1977, citando violações a direitos humanos, mas que rumores dizem jamais ter a CIA deixado de lado as ações do projeto.
Se a ideia é combater a Comissão de Direitos Humanos, que corta o barato dos bolsonaristas quanto a ter representante para práticas abominadas pela população, como violência e ódio, não é interesse meu dar apoio. Quanto mais essa comissão for contra os interesses dos bolsonaristas, mais terão meu apoio, eu gostaria de estar certo disso. Mas, prefiro apenas me negar a apoiar qualquer interesse de qualquer grupo de extrema-direita.
A mim, nada que essas milícias produzem influencia, mas tá cheio de gente ingênua pelos perfis de Whatsapp. Ingênuos que cairiam facilmente nesses mimimi e de repente apoiaria a queda do Lula se enviassem para os perfis delas VERDADES e militâncias sobre assuntos que elas podem pensar que as afetam. Militar ou “ator” de matéria de telejornal que se diz vítima de treinamento da Polícia ocorrido nos idos de militares no Poder no Brasil não interessa a ninguém suas queixas do sistema. Não acredito que tenham entrado à força no processo de treinamento. E por que só agora vêm querer mencionar essa reportagem?
Falar que hoje bandidos é que fazem treinamento desse tipo e ainda que é porque o Lula é quem é o comandante do Exército e estariam os bandidos com a corda toda devido a isso, como estava no texto postado na interface do Whatsapp, é bastante infantil. O mais besta dos apoiadores do governo sabe que quem comanda a polícia militar de cada estado é o governador. Tanto é que a reportagem é sobre a Polícia do Espirito Santo. Se fosse uma tendência nacional na época, 1980, esse suposto treinamento, a reportagem atribuiria ao governo federal o procedimento. O que para a percepção coletiva do Governo Federal da ocasião não causaria nenhum espanto ou comoção ao se saber do fato.
Outro comentário postado na interface do aplicativo de mensagens instantâneas da Meta dizia que quem manda no Exército é o presidente da república, supondo ser sua responsabilidade o fato de o treinamento atroz não mais ser usado para formar policiais violentos e em vez disso andaria formando bandidos violentos.
O presidente da república, pelo que eu saiba, tendo pesquisado em fontes válidas, só nomeia o general que vai comandar o exército. Este é livre pra comandar. Se abusar do cargo, todo o Parlamento, não só o presidente da república, prepara sua exoneração e reivindica ao STF o aval para a aplicação do pleito. É o STF que mandaria nas Forças Armadas, estaria na Constituição Nacional assim decidido para que não seja, nunca mais, facilitado aplicação de golpe militar como o aplicado em 1964.
Mas, querem atacar o Lula não é? Então, isto é melhor pra colocar em saia justa seu partido, o PT: “A presidente do PT, Gleisi Hoffman, pronunciou que na privatização do metro de BH seu partido sofreu derrota“. Publicação encontrada no site da Rádio Itatiaia, que possui registro como órgão de imprensa e para esse tipo de notícia tem credibilidade, coisa que as fontes que bolsonaristas usam em suas buscas de manipulação de opinião não têm.

Em tal privatização, teriam votado contra os petistas e a maioria que decidiu era a favor da privatização. Quem não pode imaginar que combinariam os votos contra e os a favor, sendo que os votos favoráveis seriam em maior número e teriam sido dados pela oposição do Governo? Para mim: como sempre fazem!
Atitude que pode ser o que se viu em 1965 na ditadura de Castelo Branco, quando a Panair, orgulho do Brasil na época, destaque mundial como empresa de aviação, foi fechada pelos militares sem apresentação de qualquer motivo válido. Junto foi fechada a TV Excelsior, cujo proprietário virara sócio da Panair. Graças à ação dos militares, a VARIG surgiu e tomou tudo da Panair, menos o status de competência.
E a TV Excelsior? Que emissora de TV surgiu em 1965, esteve ao lado dos militares desde então, cresceu astronomicamente e se tornou o maior partido político informal do Brasil ao longo dos anos? Seria a mesma da tal reportagem insinuando que policiais capixabas reclamavam de treinamento desumano que sofreram, o qual fez com que se tornassem violentos?
Quem garante que a privatização do metrô de BH não teve o mesmo objetivo que a suspensão da Panair e o fechamento da TV Excelsior? Quem garante que não houve grupos interessados em operar com o metrô de BH, os quais teriam se aliado aos governos estadual e federal, que não importa aqui se o atual ou o anterior? E não importa porque, para mim, governo nenhum instaurado no Brasil governa de fato: quem governa são corporações, monarcas ou famílias de monarquias extintas, oligarcas, barões, burgueses. Todo o Parlamento brasileiro é formado por fantoches. Cada político representa os interesses de um desses grupos.
Todo brasileiro consciente, que age politicamente sabendo o que é importante para o Brasil, sabe que privatizações – que foi o foco, para mim: fracassado, do, para mim: incompetente, Governo Bolsonaro – são necessárias para que o país não quebre de fato. E o PT saberia disso muito bem.
Mas, o partido, historicamente teve o apoio dos socialistas, sindicalistas, servidores públicos, fornecedores do Estado e outros come-quieto que estariam furiosos com o que já foi privatizado e com o que poderá vir a ser. Não quereriam é perder a mamata de mamar nos cofres públicos e de ter emprego garantido, na minha opinião. Por isso, não dá para o PT confessar que foi a favor da privatização, tem que fazer jogo de dizer que foi contra mas sofreu derrota nos congressos. Ou seja: virtual falsa ideologia com base neste ensejo seria algo melhor de se acusar do que aliança com a formação de bandidos, recorrendo à reportagem inútil, antiga ainda por cima, pra supor sustentar a acusação.
Quem estaria formando as correntes bolsonaristas seriam esses come-quieto que não querem perder regalias. Quem se acha antiesquerdista, antissocialista e sei lá mais anti o que, sem sequer saber o que é cada coisa que ele é anti, esse Brasil Paralelo tucano-bolsonarista, na minha opinião, está recebendo, com força, apoio desses come-quieto. Está agindo como mula para derrubar o Lula para, quem sabe, manter garantida – talvez até fazer voltar as dos que perderam – mamatas de gente que acostumou-se a mamar no orçamento público, às vezes sem sequer ter passado em concurso público, e está a passos de ter que se tornar aquilo que não quer: parte do povão – desempregado ou ganhando pouco em empresa privada, trabalhando de verdade, sem regalias e sendo explorado pelo patrão, sob cobertura dos governos, seja de qual ideologia for, qual empregador participante da elite dominante que governa para si por trás dos que chamamos de governantes.
Para mim, agirem todos esses políticos com transparência, parar com jogo político e o que para mim é típico de formação de quadrilha para manipular a opinião pública, o que vale para o futebol também, é que é o que deveriam estar exigindo aqueles que se acham engajados políticos e ficam pelo Whatsapp atacando perfis dos outros, a fim de angariar militância incauta. Esse é meu desabafo contra isso, embora eu saiba que essa chatice, enquanto for fonte de renda para essas redes sociais, vá continuar.