
IMAGEM: Diário do centro do mundo. (com interferência)
O Brasil administrado pelo PT incomodava uma elite obscura nacional e o poder global do Capitalismo. O país rumando para o Socialismo mexeria com a organização mundial. Ricaços deixariam de ser ricaços e de explorar a plebe. Teriam que trabalhar para garantir seu sustento, tal qual trabalha os que na verdade são quem produz seus enriquecimentos.
Teriam que condicionarem-se e aceitarem viver com a mesma qualidade de vida dos empregados os patrões. Isso para esses sovinas e usurpadores seria o mesmo que a cova. Não lhes interessariam viver num mundo assim.
Por não fazerem falta, exceto em um mundo onde o corporativismo impera, seria uma boa para o restante da humanidade tal genocídio.
Então, a necessidade desses que no fundo são quem governam não só o Brasil, mas também o mundo, era derrotar neste país o pensamento de esquerda – ou seja: que não aceita desigualdade e nem submissão ao outro – e o governo que além de propagar esse pensamento lhe dava sustentação. Aumentava direitos para todos, embora isso custasse para os cofres públicos um custo completamente predatório.
Descuido econômico com o orçamento público, que para ser saneado senão pela aplicação de regras do Liberalismo Econômico que o Governo Bolsonaro tenta implantar, o país teria que consolidar, de uma vez por todas, o socialismo como regime governamental. A planificação da economia, estatização de empresas e distribuição do trabalho seria imprescindível.
Coisa que nem mesmo entes que se dizem esquerdistas – ou, pasmem, comunistas –, sem saber ao certo o que é isso, não gostariam de experimentar viver cotidianamente. Vez ou outra ficar sem usar o celular, por exemplo, até que poderia ser.
Daí, esses obscuros que controlam as nações e as mentes dos naçãos planejaram para o Brasil uma mudança de governo: sairia a Esquerda e colocariam em seu lugar “liberalistas econômicos”. Esse negócio de chamá-los de ‘conservadores’ é prática para recrutar intelectos menores, principalmente os moralistas religiosos, e estes aderirem o termo como algo que soa que os interessam e forçá-los a ajudar, com isso, a viabilizar a intencionada migração política.
A primeira medida que tomaram foi rechaçar a imagem de Dilma Rouseff, então presidenta da república do Brasil, transformando-a mais em uma “anta” – menosprezando sua capacidade intelectual – do que em alguém que tomava decisões perigosas para o sistema econômico do país. Fazer o povo se sentir estar a ser governado por uma incapaz, mais “burra” do que ele, funcionaria melhor.
Conhecendo a mente do povo como “eles” conhecem, não podia falhar essa investida. E não falhou. Assim como é normal o povo se achar um bom crítico de cinema e técnico de futebol, acreditar em factóides políticos ou mexidas imbecis na economia e dar pitacos também imbecis sobre isso lhe é peculiar.
Só que o PT, o partido de Dilma, que em suma era quem estava no poder representado pela presidenta e quem dava as cartas para ela, com tanto intelectual em sua organização não herdou a alcunha imposta à Dilma, nem tão pouco o desprezo de que necessitaria a cúpula que orquestrava as ações do público em busca de troca de gestão política nacional.
Ao menor sinal de propaganda eleitoral relacionando seus feitos em matéria de avanço social o eleitor já decidiria seu voto em pró de um outro candidato petista – ou de um candidato de outra legenda esquerdista.
Sabendo disso, os marqueteiros dos conspiradores bolaram o antipetismo. Tentaram a destruição legal da legenda, porém, as alegações usadas eram falsas e as que não eram não sustentavam a cassação.
O remédio foi criar rejeição à Esquerda. E com a ajuda do Tio Sam, através da NSA e da CIA, isso foi viabilizado. Criaram a roubalheira no governo, a corrupção na Petrobrás. E por fim: a Operação Lava-jato.
Entretanto, nada disso derrotou o inimigo abstrato da conspiração: o pensamento esquerdista, a acostumação com direitos e relativa igualdade social com que se via o grosso do contingente eleitor. A mudança que precisavam fazer mexeria nisso. Envolveria retirada de direitos e grandes sacrifícios financeiros para se chegar o país nos parâmetros que desejavam os gestores do capitalismo mundial. Daí a urgência em se intensificar a tática de persuasão pública chamada antipetismo.
Sopraram no brainstorm entre eles da cúpula, que talvez a melhor chance de sucesso na abordagem pretendida fosse afetar o ex-presidente Lula, ícone do PT. Imaginaram que por ter conquistado o que conquistou o povo a partir da era petista, a imagem de Lula simbolizava estrondosamente os avanços e a manutenção deles.
A ideia era: Se pudessem atuar na cultura ao expoente Lula, modificando os conspiradores conforme seus fins as qualidades do expoente, dominariam seus cultuadores. Teoria ensinada por Antonio Gramsci. Persona não grata para aqueles que foram arrebatados pelo chamado pensamento conservador e de direita.
Então, além de atacar os avanços sociais e criarem para estes desmistificações cientificamente incomprováveis, vinculariam a eles o ex-presidente como progenitor e ao mesmo tempo rechaçariam sua imagem, a moldando para o público como a de um sujeito ignorante que se meteu a Luther King e Robin Hood sem prever as consequências que à longo prazo surtiriam seus feitos.
Só que Lula era só a figura de proa. Era só quem usava a caneta presidencial para assinar as medidas projetadas por gente de todos os partidos políticos, inclusive os tucanos, e da mesma forma discutidas e votadas por tais.
Há benefícios sociais implantados nessa era e que foram atribuídos ao PT e que são de autoria de gente que hoje fica observando sem dar muito na cara para não perder sua aceitação junto ao público que se formou pós antipetismo. Gente que sente o maior pesar de ver sua ‘cria’ passar aperto ou rumar para a morte e prefere não defendê-la porque a versão de gente poderosa de que a cria não presta faz mais a cabeça dos alienados do que a defesa que possa se apresentar.
Isso é a melhor prova de que a maior corrupção que o país sofre é a da mente do povo. Corrupção praticada principalmente pela grande imprensa, porta-voz da conspiração anti-democracia. Apontando o dedo para as revelações recentes sobre o que teria sido o meio de colocar Lula na cadeia, suspeitamos de que essa imprensa não toma jeito.
E se o povo não comprasse essa ideia? Se tivesse dito “foda-se o Lula” em vez de se sujeitar à tática aplicada que esperava que o comportamento social fosse o de lamentar estar numa condição social melhor graças ao que seria um ladrão ignorante? Somado isso ao fato de estar vivendo na época o país um quadro econômico periclitante – criado com as fakenews propagadas pela imprensa, protegidas pelos institutos de pesquisa, que davam ao país um cenário de volta de inflação e de desemprego alto – que só teria sido materializado porque Lula – como se fosse e se tivesse que ser ele – não pensou que um dia o poderia ser?
Se o povo não desse atenção ao rechaçamento diário na mídia legado ao Lula, não teria possibilitado tudo que veio depois e que culminou na derrocada do PT e instalação do governo que a conspiração pretendia que fosse eleito – democraticamente – para viabilizar seus anseios. Não teria bancado sua própria declinação social e futuro escravismo.
Lula não estaria preso sob fraude. Não gastariam tanto dinheiro com a operação investigativa que busca manipular a opinião pública com sensacionalismos impostos como se fossem combates à corrupção. Não teriam sido tão bem sucedidos na criação de vilões e nem de heróis.
Não teria havido tanta prisão falsa de políticos e empresários, que a cada episódio cronometricamente exibido ajudou na eleição de bandidos, corruptos e de gente de caráter duvidoso para os principais postos da política brasileira. Gente, por exemplo, que finge atentado ou que propaga notícias mentirosas para o fim de combater o adversário e consegue perdão vinda dos órgãos judiciais que deveriam moralizar suas atitudes eleitoreiras. Gente que arremata voto à força.
Não teria havido tanta alienação popular e guerra ideológica insana, que fez grandes amigos virarem inimigos e a população conhecer o que foi classificado como ser a sua verdadeira cara – a de sociedade preconceituosa e anti-cristã por exemplo – quando na verdade o fenônemo não passa de efeito de estratégia de moldagem de comportamento e de pensamento. Ninguém pode dizer ao certo que fulano escondia sua verdadeira personalidade. Tá mais para ele ter adquirido uma nova, ter deixado de ser quem era. Sem o seu consentimento consciente, inclusive.
A gente pode esperar que se não tivesse funcionado a rejeição imposta ao Lula visando destruir o PT e o pensamento esquerdista teriam se obrigado a nos tratar como gente crescida, contado conosco para discutir as questões que ainda assolam a vida do Brasil e suas respectivas soluções.
Não estariam nos tratando como idiotas-úteis, contribuintes apenas, para nos forçar a tomar o procedimento correto, a ter o comportamento que viabiliza as soluções, a entender na marra os sacrifícios que teremos que fazer e nos lançar a eles.
Qual teria sido o trunfo que usariam para substituir a estratégia que serviu-se de Lula – talvez até com a condescendência dele próprio, como se suspeita – para aniquilar de uma vez por todas o pensamento classificado como esquerdista da massa?
Pensamento que blindava o país contra as aspiraçoes do imperialismo global, que hoje sem disfarçar apresenta seus interesses no Congresso Nacional. Os quais só não foram aprovados ainda porque existe uma resistência que age sem que os conspiradores consigam ver devidamente sua face. Resistência formada provavelmente por pessoas que não se sujeitaram às manipulações empregadas contra o público, entre elas o não dizer “foda-se o Lula”.
Precisamos, o povo, desenvolver o comportamento niilista. Pelo menos com relação à imprensa. Aí, sim, o povo irá ter o que merece: a cúpula que pode nos dar uma sociedade melhor e mais justa se curvando a ele.
Leia o livro “Os meninos da Rua Albatroz”.
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