Digam ao povo que fico!

“Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, digam ao povo que fico”
(Adaptação da frase de D. Pedro I que registra o Dia do Fico)

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Poucos conseguem entender o que está acontecendo na política do Brasil. Em seus anos de governo, o PT abusou da estratégia de criar benefícios sociais para o trabalhador e empregabilidade sustentada pelo poder público.

Quando a fonte secou ou demonstrou sinal de fraqueza a curto prazo, através de fraternidades esotéricas os conservadores foram convocados a tomar de volta o posto presidencial e corrigir as cagadas do PT.

Afinal, se o próprio partido fosse fazer reforma na previdência da forma que era necessário fazer, reforma tributária, reforma social e política sua imagem ficaria arranhada para sempre.

Combinaram então um plano que envolvia Dilma sofrer o impeachment e se isso não fosse o suficiente para o eleitor esquecer o PT e apostar em novas legendas, inventariam uma prisão para o Lula.

E assim foi e está sendo. Porém, chegou a hora de aprovar a principal ou a mais polêmica, a mais difícil de passar pela adesão popular, das reformas: a reforma da previdência.

E o que pareceu que seria fácil quando passou pela Câmara, virou um angu de caroço, com a esquerda recrutando até mesmo quem estava fechado com o governo na aprovação.

Os esquerdistas pareciam querer pouco para arriarem. Bastava a liberdade de Lula. O trabalho de oposição à reforma da previdência ficaria a cargo dos próprios direitistas.

Então, a notícia chegou ao Lula como quem diz: “esse pepino é seu Lula, se vira, saia da jaula e trate de aprovar a reforma da previdência”.

Lula, então, convocou os seus advogados e inventou que não queria ser solto por um artifício indigno, não queria barganhar sua liberdade. Ou é declarado inocente ou ele fica na prisão.

Isso resolve sua situação de ficar escondido, longe da árdua batalha. Mas, não a do governo, de conter a oposição que sofre do seu próprio pessoal.

Só que não! O que não falta é gente replicando a conduta estapafúrdia do Lula e se cegando com isso. Essa cegueira é suficiente para criar uma cortina de ferro e blindar os parlamentares para eles aprovarem até mais do que a reforma da previdência.

De burro, Lula não tem nada. Menos ainda o governo.

É teoria conspiratória, mas, pode muito bem ser a verdade. Não deixe de pensar nisso!

E se Lula não fosse quem eles pensam que ele é?

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IMAGEM: Diário do centro do mundo. (com interferência)

O Brasil administrado pelo PT incomodava uma elite obscura nacional e o poder global do Capitalismo. O país rumando para o Socialismo mexeria com a organização mundial. Ricaços deixariam de ser ricaços e de explorar a plebe. Teriam que trabalhar para garantir seu sustento, tal qual trabalha os que na verdade são quem produz seus enriquecimentos.

Teriam que condicionarem-se e aceitarem viver com a mesma qualidade de vida dos empregados os patrões. Isso para esses sovinas e usurpadores seria o mesmo que a cova. Não lhes interessariam viver num mundo assim.

Por não fazerem falta, exceto em um mundo onde o corporativismo impera, seria uma boa para o restante da humanidade tal genocídio.

Então, a necessidade desses que no fundo são quem governam não só o Brasil, mas também o mundo, era derrotar neste país o pensamento de esquerda – ou seja: que não aceita desigualdade e nem submissão ao outro – e o governo que além de propagar esse pensamento lhe dava sustentação. Aumentava direitos para todos, embora isso custasse para os cofres públicos um custo completamente predatório.

Descuido econômico com o orçamento público, que para ser saneado senão pela aplicação de regras do Liberalismo Econômico que o Governo Bolsonaro tenta implantar, o país teria que consolidar, de uma vez por todas, o socialismo como regime governamental. A planificação da economia, estatização de empresas e distribuição do trabalho seria imprescindível.

Coisa que nem mesmo entes que se dizem esquerdistas – ou, pasmem, comunistas –, sem saber ao certo o que é isso, não gostariam de experimentar viver cotidianamente. Vez ou outra ficar sem usar o celular, por exemplo, até que poderia ser.

Daí, esses obscuros que controlam as nações e as mentes dos naçãos planejaram para o Brasil uma mudança de governo: sairia a Esquerda e colocariam em seu lugar “liberalistas econômicos”. Esse negócio de chamá-los de ‘conservadores’ é prática para recrutar intelectos menores, principalmente os moralistas religiosos, e estes aderirem o termo como algo que soa que os interessam e forçá-los a ajudar, com isso, a viabilizar a intencionada migração política.

A primeira medida que tomaram foi rechaçar a imagem de Dilma Rouseff, então presidenta da república do Brasil, transformando-a mais em uma “anta” – menosprezando sua capacidade intelectual – do que em alguém que tomava decisões perigosas para o sistema econômico do país. Fazer o povo se sentir estar a ser governado por uma incapaz, mais “burra” do que ele, funcionaria melhor.

Conhecendo a mente do povo como “eles” conhecem, não podia falhar essa investida. E não falhou. Assim como é normal o povo se achar um bom crítico de cinema e técnico de futebol, acreditar em factóides políticos ou mexidas imbecis na economia e dar pitacos também imbecis sobre isso lhe é peculiar.

Só que o PT, o partido de Dilma, que em suma era quem estava no poder representado pela presidenta e quem dava as cartas para ela, com tanto intelectual em sua organização não herdou a alcunha imposta à Dilma, nem tão pouco o desprezo de que necessitaria a cúpula que orquestrava as ações do público em busca de troca de gestão política nacional.

Ao menor sinal de propaganda eleitoral relacionando seus feitos em matéria de avanço social o eleitor já decidiria seu voto em pró de um outro candidato petista – ou de um candidato de outra legenda esquerdista.

Sabendo disso, os marqueteiros dos conspiradores bolaram o antipetismo. Tentaram a destruição legal da legenda, porém, as alegações usadas eram falsas e as que não eram não sustentavam a cassação.

O remédio foi criar rejeição à Esquerda. E com a ajuda do Tio Sam, através da NSA e da CIA, isso foi viabilizado. Criaram a roubalheira no governo, a corrupção na Petrobrás. E por fim: a Operação Lava-jato.

Entretanto, nada disso derrotou o inimigo abstrato da conspiração: o pensamento esquerdista, a acostumação com direitos e relativa igualdade social com que se via o grosso do contingente eleitor. A mudança que precisavam fazer mexeria nisso. Envolveria retirada de direitos e grandes sacrifícios financeiros para se chegar o país nos parâmetros que desejavam os gestores do capitalismo mundial. Daí a urgência em se intensificar a tática de persuasão pública chamada antipetismo.

Sopraram no brainstorm entre eles da cúpula, que talvez a melhor chance de sucesso na abordagem pretendida fosse afetar o ex-presidente Lula, ícone do PT. Imaginaram que por ter conquistado o que conquistou o povo a partir da era petista, a imagem de Lula simbolizava estrondosamente os avanços e a manutenção deles.

A ideia era: Se pudessem atuar na cultura ao expoente Lula, modificando os conspiradores conforme seus fins as qualidades do expoente, dominariam seus cultuadores. Teoria ensinada por Antonio Gramsci. Persona não grata para aqueles que foram arrebatados pelo chamado pensamento conservador e de direita.

Então, além de atacar os avanços sociais e criarem para estes desmistificações cientificamente incomprováveis, vinculariam a eles o ex-presidente como progenitor e ao mesmo tempo rechaçariam sua imagem, a moldando para o público como a de um sujeito ignorante que se meteu a Luther King e Robin Hood sem prever as consequências que à longo prazo surtiriam seus feitos.

Só que Lula era só a figura de proa. Era só quem usava a caneta presidencial para assinar as medidas projetadas por gente de todos os partidos políticos, inclusive os tucanos, e da mesma forma discutidas e votadas por tais.

Há benefícios sociais implantados nessa era e que foram atribuídos ao PT e que são de autoria de gente que hoje fica observando sem dar muito na cara para não perder sua aceitação junto ao público que se formou pós antipetismo. Gente que sente o maior pesar de ver sua ‘cria’ passar aperto ou rumar para a morte e prefere não defendê-la porque a versão de gente poderosa de que a cria não presta faz mais a cabeça dos alienados do que a defesa que possa se apresentar.

Isso é a melhor prova de que a maior corrupção que o país sofre é a da mente do povo. Corrupção praticada principalmente pela grande imprensa, porta-voz da conspiração anti-democracia. Apontando o dedo para as revelações recentes sobre o que teria sido o meio de colocar Lula na cadeia, suspeitamos de que essa imprensa não toma jeito.

E se o povo não comprasse essa ideia? Se tivesse dito “foda-se o Lula” em vez de se sujeitar à tática aplicada que esperava que o comportamento social fosse o de lamentar estar numa condição social melhor graças ao que seria um ladrão ignorante? Somado isso ao fato de estar vivendo na época o país um quadro econômico periclitante – criado com as fakenews propagadas pela imprensa, protegidas pelos institutos de pesquisa, que davam ao país um cenário de volta de inflação e de desemprego alto – que só teria sido materializado porque Lula – como se fosse e se tivesse que ser ele – não pensou que um dia o poderia ser?

Se o povo não desse atenção ao rechaçamento diário na mídia legado ao Lula, não teria possibilitado tudo que veio depois e que culminou na derrocada do PT e instalação do governo que a conspiração pretendia que fosse eleito – democraticamente – para viabilizar seus anseios. Não teria bancado sua própria declinação social e futuro escravismo.

Lula não estaria preso sob fraude. Não gastariam tanto dinheiro com a operação investigativa que busca manipular a opinião pública com sensacionalismos impostos como se fossem combates à corrupção. Não teriam sido tão bem sucedidos na criação de vilões e nem de heróis.

Não teria havido tanta prisão falsa de políticos e empresários, que a cada episódio cronometricamente exibido ajudou na eleição de bandidos, corruptos e de gente de caráter duvidoso para os principais postos da política brasileira. Gente, por exemplo, que finge atentado ou que propaga notícias mentirosas para o fim de combater o adversário e consegue perdão vinda dos órgãos judiciais que deveriam moralizar suas atitudes eleitoreiras. Gente que arremata voto à força.

Não teria havido tanta alienação popular e guerra ideológica insana, que fez grandes amigos virarem inimigos e a população conhecer o que foi classificado como ser a sua verdadeira cara – a de sociedade preconceituosa e anti-cristã por exemplo – quando na verdade o fenônemo não passa de efeito de estratégia de moldagem de comportamento e de pensamento. Ninguém pode dizer ao certo que fulano escondia sua verdadeira personalidade. Tá mais para ele ter adquirido uma nova, ter deixado de ser quem era. Sem o seu consentimento consciente, inclusive.

A gente pode esperar que se não tivesse funcionado a rejeição imposta ao Lula visando destruir o PT e o pensamento esquerdista teriam se obrigado a nos tratar como gente crescida, contado conosco para discutir as questões que ainda assolam a vida do Brasil e suas respectivas soluções.

Não estariam nos tratando como idiotas-úteis, contribuintes apenas, para nos forçar a tomar o procedimento correto, a ter o comportamento que viabiliza as soluções, a entender na marra os sacrifícios que teremos que fazer e nos lançar a eles.

Qual teria sido o trunfo que usariam para substituir a estratégia que serviu-se de Lula – talvez até com a condescendência dele próprio, como se suspeita – para aniquilar de uma vez por todas o pensamento classificado como esquerdista da massa?

Pensamento que blindava o país contra as aspiraçoes do imperialismo global, que hoje sem disfarçar apresenta seus interesses no Congresso Nacional. Os quais só não foram aprovados ainda porque existe uma resistência que age sem que os conspiradores consigam ver devidamente sua face. Resistência formada provavelmente por pessoas que não se sujeitaram às manipulações empregadas contra o público, entre elas o não dizer “foda-se o Lula”.

Precisamos, o povo, desenvolver o comportamento niilista. Pelo menos com relação à imprensa. Aí, sim, o povo irá ter o que merece: a cúpula que pode nos dar uma sociedade melhor e mais justa se curvando a ele.

Leia o livro “Os meninos da Rua Albatroz”.

E NUNCA PERCA NOSSAS POSTAGENS!

O ateu que Jesus Cristo salvou

Puto da vida com a demora para chegar ao Centro que o ônibus em que ele se encontrava se via nela por causa da bobagem de um jogo de futebol, um ateu literalmente rogava praga em tudo que se relacionava com o evento. Queria que os jogadores tivessem sido envenenados durante a partida para o estádio, que o próprio desabasse matando tudo quanto fosse idiota que estivesse presente nas arquibancadas, que os alienados locutores desportivos e tudo quanto fosse jornalista que fosse fazer cobertura da inutilidade sofresse derrame cerebral.

Tava nojento demais. Aquela conversa repetida, que não saía de previsões de resultados; contagens de títulos conquistados por cada equipe de futebol que tem vez na mídia; enaltecimento de jogador e de clubes; as insandices de supostos acontecimentos de bastidores que a mídia injeta para darem repeteco e ela confirmar para seus anunciantes que influencia um loco de otários predispostos a serem explorados como consumidores de artigos relacionados ao futebol ou ao Esporte; provocações ao torcedor do time rival, que nem estava no confronto. Aquela discussão que não levaria ninguém ali pra frente no meio social, que não enche barriga e nem bolso.

Jogariam no Mineirão Cruzeiro, de Minas, versus Palmeiras, de São Paulo. Um deles passaria para a Final de um desses torneios mesquinhos, de integridade duvidosa, que enchem o saco o ano inteiro e é usado pra desviar a atenção da população de algo que seja importante ela observar e cobrar soluções ao Governo.

Tal qual acontecia naquele mesmo momento: ônibus lotado, precisando melhorar a infra-estrutura e diminuir o preço da passagem ou tornar os salários compatíveis com a tarifa para que o sistema de transporte fosse justo; muita gente desempregada, tendo que ir pedir nos coletivos; facilidade no trânsito mal administrado para ocorrer transtornos como os engarrafamentos, e como naquela hora: sem motivo justo.

Precisa alguém que esteja voltando cansado do trabalho, que nada tem a ver com futebol, ser obrigado a chegar em casa bem mais tarde do que o seu trivial só porque vai acontecer uma partida de futebol num local no itinerário do transporte que utiliza? Fora a baderna de gente cabulando a passagem pulando roleta e perturbando com gritaria sem motivo e execuções de músicas escrotas, em alto volume, em seu celular, os passageiros pagantes. E ainda não se falou do foguetório que torcedor de futebol espúrio acha de soltar pra aumentar ainda mais a poluição sonora e aérea que parece para ele que não afeta em nada o planeta ou os viventes dele.

A costumeira adoração a Jesus Cristo em conversas entre duas pessoas, as apologias à droga e ao ridículo mundo do funk e do crime, e mais a paulada nas bolas do saco que é o assunto Eleição Presidencial e tudo que envolve a política brasileira ficavam de fora por causa daquele grande evento que desfila o potencial de imbecibilidade da humanidade atual. Sequer os pedintes e os vendedores de bala, que completam a parte dura de se aguentar dentro das lotações, apareceram pra fazer os alienados por futebol calarem a boca pelo menos um pouquinho.

Eis que, finalmente, a condução da linha 3550 alcançou o ponto de ônibus existente em uma esquina saída da Avenida Alfredo Balena, rumando para a Santa Casa de Belo Horizonte. Nosso ateu enraivecido desceu da lotação. Estava faminto e viu a chance de forrar o estômago olhando para uma lanchonete meio que armazém disponível logo que saltou. Entrou nela interessado em uma promoção de três pasteis por R$3,00.

Solicitou a promoção para o balconista vestido para o verão de frente para o mar, que não pôde ser identificado se era mesmo com quem se falava para pedir alguma coisa do bar, mas, com cara de quem não está muito afim de vender seu produto ele próprio perguntou para o ateu o que ele queria. Foi parar na mão do rapaz uma cumbica de plástico com os três pasteis e um copo americano com 300ml de refresco de uva. O freguês se ajeitou na única mesa disponível e logo depois lhe veio a notinha com o pedido para ele passar no caixa e pagar.

Como a achar que ele só podia estar numa de atrair o que não quer, lá foi nosso protagonista se expor à mesmice com que se deparara dentro do ônibus. E o assunto do jogo de futebol ferveu. Ainda mais chato. Com pessoas maduras se identificando como torcedor do Cruzeiro, do Atlético e da “puta que os pariu”, como os definia em sua cabeça o ateu.

Eis que naquela de dar palpites sobre o jogo, um dos interlocutores da discussão se dirigiu ao ateu para lhe perguntar o que ele achava que ia acontecer no confronto desportivo. O moço, querendo dizer algo áspero, mas, comedido, respondeu que não daria palpite porque não entendia de futebol. O solicitante do palpite achou um afronto. Como poderia existir no Brasil alguém que não desse toda a sua atenção ao futebol? Um cara desses deve ser maluco. Ou senão uma bichona. Ainda mais estando prestes a acontecer a importante partida que estava para acontecer naquela noite.

E com tom de chacota, olhando para seus condescendentes e risonhos amigos, o importunante que interrogou o ateu quis saber a razão de o ateu não gostar ou não entender de futebol, não conhecer os jogadores ou os clubes ou a situação de cada campeonato em disputa. Ele se via obrigado a mudar aquele quadro de indiferença total ao que no Brasil é uma instituição à qual se deve reverenciar. E o ateu, demonstrando irritação pela sabatina: “Não entendo de futebol, nem de política, nem de pobreza nenhuma dessas que gostam de perder tempo comentando sobre elas a maior parte do dia”. O cara achou que aquilo o insultava e demonstrou isso em seu semblante quando perguntou: “do que você gosta então”.

O ateu lembrou-se dos casos que ouvira falar que é muito comum pessoas agredirem outras por causa de divergências de opinião quando o assunto permeia o futebol. Lembrou-se que muitas das brigas finalizavam em morte. Eram cinco contra ele. Teria que responder, e já saindo para fechar a conta, de maneira categórica para que além de chegar em casa bem mais tarde e furioso com a razão, não chegar todo quebrado ou talvez nem chegar.

E foi aí que ele usou aquela expressão que é capaz de contornar qualquer contenda: “Eu só me interesso por Jesus Cristo. A única coisa que é importante na minha vida é o meu Salvador.”

Salvador mesmo! O máximo que o outro faria era falar que ele está certo, mas, que não precisava ser tão beato, que podia sim ter um tempinho para outros assuntos, que Deus não se aborreceria com isso. Ou então chacotar a fé dele. Mas, se isso acontecesse ele teria dado uma mudada na conversa totalmente a seu favor.

Acalmados os homens, que o deixaram em paz, paga a conta para o caixa, que saiu do meio da discussão, totalmente fora de caráter e também com cara de quem não queria receber, talvez por ter sido interrompido no que discutia, o ateu tomou o rumo da segunda lotação que iria tomar. E andando até ela ele refletiu: “É, esse tal de Cristo salva mesmo”. Mas, ainda estava fora de questão entrar em alguma igreja.

Botafogo 1, Atlético Mineiro 1: o lobby do futebol faz sua melhor exibição

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IMAGEM: Google.

09/07/2017, pelo Campeonato Brasileiro o Botafogo enfrentou o Atlético Mineiro no estádio Nilton Santos no Rio de Janeiro. O Atlético vinha de vitórias seguidas pelo campeonato, incluindo uma sobre o grande rival Cruzeiro, e o Botafogo amargava duas derrotas, uma em casa para o Avai. O Botafogo tinha a volta do ex-goleiro da Seleção Brasileira, Jeferson. Que estava afastado da posição titular por muitos meses, por causa de uma contusão. O goleiro que o substituía andava fazendo bonito na área e tomar dele a posição não era uma operação fora de qualquer risco junto à torcida do fogão. Mas, o lobby do goleiro exigia isso. A partida estaria batizada para favorecer sua volta de maneira a atar as mãos e botar mordaças na boca de cada torcedor botafoguense que intencionasse admitir o contrário. Logo, ele tinha que sair herói dela.

Em campo, o time titular com que o Atlético jogava não se sabia se era a opção B, C ou Z. E outra coisa que não se sabia a razão é por que o Atlético não jogava com a opção A. Se era para poupar os atletas titulares absolutos, cabia a pergunta “poupar de quê”, pois, tanto o próximo jogo pela Copa do Brasil ou pela Libertadores, que são decisivos, estavam longe de ser jogados. E, ademais, jogador de futebol ganha um burro de um dinheiro é pra jogar. Não é pra ser poupado de partida ou forçar expulsão ou inventar contusão pra não jogar. O torcedor contribui é para vê-los em campo, em todos os jogos. A verdade estava então na suspeita de que os jogadores em campo pudessem terem sido escalados por seus agentes, visando aparecerem para olheiros do futebol, através das arquibancadas de um bom palco localizado no Rio de Janeiro ou através da transmissão internacional da televisão. O horário do jogo favorecia a visibilidade no exterior.

O fato de o Atlético jogar com sua opção sem letra conhecida daria a chance para o Botafogo alcançar facilmente sua vitória. Mas, o que se viu foi o contrário: um time ajustado, brigador, ladrão de bola e que conseguiu marcar gol primeiramente. Isso, qualquer um que desconfia de maquinação sabe que se trata de formação de álibi para o que estaria por vir. Pareceria que o Galo estava mais determinado e o Bota apático.

E, então, o Atlético chutou duas bolas para gol e o goleiro programado para sair herói da partida as defendeu espetacularmente. Que eram defensáveis todo mundo viu, mas, ouvindo a narração do narrador do Premiere – entenda-se: Rede Globo – ditando didaticamente o que o observador deveria observar, pareceu que foram verdadeiros milagres.

O gol do Atlético foi marcado por um produto do lobby do Galo que estão tentando de toda maneira fazer o torcedor engolir que foi certeira a contratação que visa exportação forçada para o futebol estrangeiro ou visa fazer, mais uma vez, o clube agir como boi-de-piranha, mantendo no elenco jogador que outrora fora promessa do futebol brasileiro, mas que não conseguiu o devido passaporte para a glória. Algo não funcionou direito com esse cara.

Eu sei que todos que me leem pensam que sou maluco por pensar que por incrível que pareça, certas jogadas que acontecem dentro de campo sofrem maquinação, mas, o fato de o zagueiro Emerson Silva ter resvalado na bola e com isso feito parecer que o goleiro Jeferson fora vencido não foi um acaso. O narrador da “Globo” fazer questão de frisar isso o tempo todo não foi à toa. Ele também ganha o dele nessa palhaçada comercial. E ele jura que em determinado tempo do jogo a torcida do Botafogo vaiava o tal zagueiro, o culpando pela derrota momentânea. É aquele papel que esses narradoreszinhos têm que cumprir de moldar a opinião de quem os ouvem ou de jogar torcida contra jogador. Uma derrota apertada sempre tem sabor de injustiça quando o gol do adversário teve ajudinha de zagueiro do time atrapalhando a defesa certeira de um goleiro que é astro do time. A torcida nesses casos tende a ser tolerante. O narrador da TV trabalha isso fácil, fácil!

Como se não bastasse o Atlético jogar sem seu melhor escrete, o atleticano teve que conviver com o cenão do pênalti forçado: O zagueiro do Botafogo deu um jeito de a bola pegar na mão dele para ajudar o juíz a consolidar o pênalti encomendado para fazer a imagem do bom retorno do goleiro Jeferson e salvar o patrimônio de seu agente.

Agora, para não me macularem muito porque gosto de por caraminholas de teorias de conspiração na mente de quem me lê e jogar o público contra a mídia, principalmente, faço uma pergunta ao mais ingênuo de todos os atleticanos: Por que cargas d’água o Rafael Moura foi bater o pênalti, se havia em campo Robinho, o batedor oficial em qualquer time que ele joga? E, cá entre nós, não importa se o goleiro andou ou não, aquilo é pênalti que se bata? Mostrando o canto onde se vai bater?

Na certa, o Robinho só não bateu porque era para perder aquele pênalti e reforçar a imagem de herói do goleiro produto de lobby. Todos em campo deviam saber disso. E a grande imprensa esportiva idem. Então, fica o Rafael Moura com a fúria do torcedor. Ele tem lá seu crédito junto à massa e todos vão é se perguntar por que Robinho não bateu. Falar que em campo o Rafael era quem tinha mais gols pelo Galo no campeonato não é desculpa, pois, a situação àquela altura da partida era delicada.

Bom, o Galo continuou atacando, chegando na área do Botafogo e perdendo seus gols de maneira simples. Iago brincando de Controle para treinar o goleiro Jeferson; o mesmo acontecendo com Robinho cara a cara com o goleiro, quando poderia liquidar a fatura. A maioria esmagadora da torcida acha que foram lances naturais, perda de gol por falta de responsabilidade. “Faz parte do futebol”, é o que dizem. Eu é que não me iludo, pra mim é tudo script, tudo farsa para vender jogador, iludir o público e tomar dinheiro dele. Já que o FBI está de olho no futebol mundial, deveria olhar com carinho essas coisinhas que a gente tem que acreditar que é disputa e não teatro. E já que o Sérgio Moro é o cavaleiro da justiça contra a má índole e a corrupção, eis aí um bom caso. Só não vai dar mídia porque mexe com a Globo.

Daí veio a hora combinada para o Botafogo fazer o gol de empate: O final do jogo. Eu achei até que o Galo iria ganhar por 1 a 0, sem que o goleiro Jeferson perdesse sua noite de gala em sua volta aos campos pelo Botafogo, pois, pegou um pênalti, fez boas defesas, uma delas cara a cara com Robinho, o gol que tomou “nada pôde fazer”. Fazendo parte do script do narrador da “Globo”, inclusive, enaltecer que o arqueiro é um dos maiores ídolos do Botafogo, “não é qualquer um que joga 430 partidas por um só clube“. E enaltecia demais, também, que era o centésimo encontro na história entre Botafogo e Atlético Mineiro. Acho que ele pensava que isso daria um certo status ao jogo medíocre.

O gol botafoguense veio de um pênalti também. O jogador do Atlético que o cometeu, outro produto de lobby, filho de um técnico famoso: Wagner Mancini, não precisava dar um tronco no jogador que lhe tomou a frente, mas, devia estar seguindo script. E olha como “Eles” são fortes na manipulação, embora não conseguem convencer aqueles que estão de saco cheio do futebol industrial: O cobrador do pênalti também telegrafou a cobrança e o goleiro Victor defendeu, para livrar a barra do Galo junto a seu torcedor, que pensaria que o empate foi lucro para o Botafogo passando pelo que passou. Só que, em vez de rebater para os lados, como é o seu normal, Victor rebateu para frente, nos pés do cobrador. Aí, meu, se o batedor da penalidade perdesse o gol, até o goleiro herói da noite iria sofrer vaias de seu torcedor. Aí seria demais!

Bom, que eu não acredito no futebol atual, isso mundialmente falando, todos que me leem estão carecas de saber, mas que para mim essa partida foi a melhor exibição para que minhas críticas ganhem adeptos que tiverem boa vontade de olhar com esse olhar, disso eu não tenho a menor dúvida. Mais pra frente o Atlético vai ter sua compensação vindo da mão do Botafogo. É só esperarmos para vermos e desconfiarmos. Se isso não acontecer é porque mudaram os planos. Mudanças de planos dessa corja fazem o futebol aos poucos se moralizar. Logo, só temos a ganhar espremendo esses manipuladores de opinião na parede.

A farsa por trás da popularização da nudez

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IMAGEM: Notícias R7

Hoje eu precisei passar algumas horas em um centro hospitalar. E na sala de espera, como é comum em muitos estabelecimentos públicos, havia um aparelho televisor. Para a minha tristeza: ligada na TV Globo.

Era por volta das onze da manhã. O maldito aparelho entretia com o programa da Fátima Bernardes os moribundos que aguardavam atendimento. O sujeito já está doente e colocam para ele passar o tempo algo que o enche mais ainda de motivos para adoecer. Mas, parece que são eles próprios, os enfermos, que pedem pelo sadismo.

Como meu celular mostrava o último dos pauzinhos que marca o estado da bateria, não pude contar com ele para ouvir música. E ler o livro que estou lendo, por causa da minha enfermidade era coisa impossível na ocasião. Logo, tive que me submeter ao entretenimento imposto, já que se pode fechar os olhos, mas não desligar os ouvidos.

E, dentre outras futilidades e inutilidades que é peculiar de se ver nesse programa televisivo de variedades, a apresentadora queria incutir na mente de seu público a aceitação da nudez. A engenharia social envolvia entrevistas com atores globais que já tiraram a roupa no palco do teatro, em cenas de shows de TV, no cinema, em comerciais, em reality shows. Dividia com as entrevistas cenas de vídeo das artemanhas mencionadas pelos convidados e outras supostamente colhidas em ambientes recreativos públicos e até em colônias de nudismo. Continham tarjas pretas quando conveniente. Além desses, pessoas anônimas ou conhecidas de público pequeno relatavam no descontraído e importantíssimo papo suas experiências e davam seus apoios à cata de seguidores.

A audiência ao meu redor reclamava. Uns exigiam decência da emissora. Falavam em divulgação e amparo de coisa ruim. E como havia excesso de velhinhos de bunda de fora andando pra lá e pra cá tentando driblar as tarjas pretas, o público local aproveitava para cair de pau: “olha que velho safado”, “só mostra velho”, “velhos hoje em dia tá achando que tem vinte anos”.

Nesse momento eu quase saí do meu silêncio para ajudar aquele povo a entender melhor os programas da TV Globo. É óbvio que o que queria a emissora com aquele papo de nudez e mostração de velho pelado não era só forçar o público a aceitar mulher andar na rua com as tetas de fora. Era, sim, fazer a população aderir a nefasta proposta de reforma previdenciária que o Governo Temer deseja aprovar.

Ou seja, os velhos (pelo menos os que aparecem no Fantástico, no Jornal Nacional, no programa da Fátima Bernardes) de hoje são bombados, saltam de paraquedas, comem carne bem gordurosa em churrascadas proibidas para quem tem estômado de ninfeta, casam com garotas de vinte anos de idade. E mais essa agora: participam de colônias de nudismo e buscam aprovação para a nudez feminina em público.

Pra quê esse pessoal vai aposentar aos sessenta e cinco? Vamos botar todo mundo para aposentar aos oitenta! Afinal, aposentando aos 65 anos deixa o sistema sem trabalhadores por pelo menos quinze anos no futuro, pois, o jovem não quer saber de outra coisa que não se drogar, tatuar, mexer com o celular, ir pra balada. Trabalhar que é bom… E eles, incluindo esses programecos de TV e gente de mídia, não fazem por onde moralizar o jovem e pô-lo no caminho do bem, da produtividade. Preocupam-se, supostamente, com a possibilidade de se ver naturalmente o povo pelado nas ruas.

No fundo, pra esse pessoalzinho de televisão que fatura moldando opinião e gosta de parecer preocupado com questões-tabus pra alavancar ibope, não é boa coisa relaxarem a moral quanto à nudez em público. Primeiramente porque a moda, principalmente a feminina, aposta na vestimenta sexy e sugestiva, que só perde para a nudez total em se tratando de dotar de sensualidade a pessoa que a usa. E depois, quanto menos encoberto, menos mistério. E o mistério, o desejo de ver sob qualquer esforço um distinto corpo nu, acaba se de repente fosse grátis assim ter o desejo alcançado. Perderia completamente a graça. Viraria “Romanos 1” na Bíblia: “O homem perderá o uso de homem para a mulher e a mulher perderá o uso de mulher para o homem“. De certa forma, isso já tá assim. Nem precisa dessa força.

Mulheres e homens iriam ter que voltar a ser bicho e utilizar das armas da natureza para atrair o parceiro. Os animais andam pelados e é só quando aquele cheirinho de feronômio bate no nariz de um outro é que um macho olha com outros olhares para uma fêmea. Os saturados perfumes que há no mercado não seriam os produtos para fazer esse trabalho. Teria que ser um cheiro autêntico de hormônio de ser humano no cio sendo injetado no ar. Tá aí outra indústria que iria pro saco com a liberação da nudez. Outro anunciante de programas de televisão, por exemplo, que a TV perderia o dinheiro dele.

Percebe que percorrendo pequenos detalhes você consegue entender que não é bem pôr você pra aceitar o nu o que eles querem? É o contrário: querem que você esbraveje por causa da campanha, dando feedback de que assistiu a Fátima Bernardes, ainda que por não te darem chance de fazer outra coisa, e, de quebra, se submeta a algumas cenas que te mostram, como os velhinhos podem muito bem trabalhar aos setenta para oitenta anos de idade e dê seu apoio ao ilegítimo Governo Temer, também anunciante das emissoras de televisão e que provavelmente bancou o merchandising. Quando um olheiro do Governo infiltrado no meio das massas ver ou só ouvir você comentando o que aconteceu no TV show da Globo ele vai saber que você também viu velhinhos curtindo a vida boa de aposentado quando poderiam estar pegando no batente e ajudando o país sair da crise. Sacou a engenharia social embutida na trama?

E depois, poxa, não é Fátima Bernardes que vai te dizer se você deve ou não aprovar o nu social. É? Você nasce nu, depois ganha plena consciência de que é completamente natural o homem estar dessa forma perante o outro. Não há nada para estranhar ou para reivindicar decência. Não há afronto nenhum. Você sabe disso em seu íntimo.

A não ser, é claro, se você for doutrinado para pensar assim. Que é o que acontece e sua moral original se torna latente até que algo o faz a recuperar. E quem te doutrina contra a nudez não é o sistema? Então, que hipocrisia é essa de o sistema querer que você aprove a nudez em público? Canalhice pura, típica de televisivos e midiáticos!

E pra fechar o lixo de programa, a apresentadora quis introduzir uma outra aceitação, com certeza também sob demanda, provavelmente de grupo diferente e não do Governo. A campanha foi ao ar com o título “dança é pra menino”. Mostrava um bailarino, talvez fazendo o papel do suburbano que consegue manter costumes de bacana, pra dar aquela impressão que em todos os meios é possível meninos fazerem balé e ainda ganhar notoriedade e talvez até dinheiro com isso. E mais alienação ainda: menino dançar balé estaria ao alcance de todos os bolsos. A proposta de engenharia social principal nesse tópico era aprovar homens (viris – mostraram o sujeito efeminado sendo cultuado por uma plateia feminina e adorando a vida de superstar da dança) que se tornam bailarinos. Vai ver o patrocinador é uma escola de balé carente de bailarinos.

Era mais um daqueles papos que eu volto a repetir: “Não é Fátima Bernardes ou qualquer outro midiático que decide qual deve ser a nossa opinião a respeito de um assunto-tabu“. Mesmo porquê, quem faz virar tabu são eles próprios por trás da mídia e como tabu vão mantendo enquanto der audiência discutí-los.

A velada censura nas redes sociais

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IMAGEM: Observatório da imprensa

Câmara quer punir quem fala mal de político na internet
(Site Congresso em foco, 29/08/2015 11:12)

Quando eu li essa notícia na época, eu não acreditei que fosse pra valer. Meu costume é o de só acessar sites tocados por jornalistas livres ou no máximo esquerdistas. Do pessoal conservador da imprensa corporativa não me interessa suas mentiras ou maquinação da opinião pública.

E mais ou menos dessa época para cá eu vinha colhendo louros em matéria de repostagem de material jogado na internet em sites, blogs e redes sociais, e de textos que eu mesmo escrevia, no formato “minha opinião”, em meus veículos de comunicação pública (blogs, fan pages e grupos em mídias sociais).

Teve uma vez que eu me superei e consegui 500 curtidas e cento e tantos compartilhamentos de uma postagem que eu mesmo escrevi e espalhei em um grupo anti políticos de direita. Foi o início do auge, pois, embora o marco mais notável de reações do público em meus trabalhos tenha sido este, de então para cá, a média de visitações e reações ao que eu fazia (escrever ou compartilhar) era algo em torno de 100 arranques de atenções por dia. O conteúdo: sempre política. Pau em políticos, mídia, empresas, além de reflexões inovadoras, que ainda vêm para mim por meio de sensibilidade mediúnica.

Me senti um influenciador digital e vi nisso um futuro. Até tô escrevendo um livro com colagem das postagens. Publicarei quando o tema “Operação Lava-Jato” estiver dando sinal do fim da novela. Parece estar próximo isso, com o recém espetáculo da prisão de Eike Batista acobertando a votação da homologação das delações da Odebrecht.

Porém, de uns dias, talvez semanas, para cá, alguém apagou minha luz. Na verdade apagou a luz de todos os veículos que eu acompanhava, no Facebook principalmente, que faziam oposição ferrenha ao Governo Temer e aos grupos que lhes dão sustentação, principalmente as organizações Globo. Parece que colocaram uma mordaça na boca de todo mundo para pararem de expor verdades e um tean zu, instrumento de tortura chinês para quebrar os dedos das mãos, para pararem de escrever. As reações aos meus textos foram inibidas e as visitações aos meus instrumentos de publicação deles minguam.

Com relação às páginas e grupos que eu seguia, as mesmas tiveram sumidas de minhas notificações e mural as publicações recentes. Se eu quiser ver o que postam, tenho que ir buscar nos próprios perfis, grupos ou páginas. E o mesmo acontece para quem dessas páginas que quiser ver o que posto em meus canais.

Tudo indica que, de uma forma velada, a censura cobiçada pelos políticos da reportagem a que se refere a manchete que inicia este post está em vigor. E os instrumentos que omitem a comunicação entre aqueles que não têm papas na língua, não devem e não temem os políticos, foram silenciosamente arregimentados. Chegando ao ponto de ter sido cegada e calada a importante oposição que os grupos molestadores da sociedade vinham sofrendo e a invisibilidade herdada à grande mídia, que estava lhe começando a incomodar, pois, pelo menos entre os esquerdistas, o acesso à informação é destinado exclusivamente à imprensa livre, não corporativa, e a amadores que expõem opinião muito mais palatável do que expõem os grandes veículos de comunicação. Que só querem viabilizar golpes contra a própria audiência deles.

Respeitável público, com vocês, a prisão de Eike Batista

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IMAGEM: El País

E, ENTÃO, UM BILIONÁRIO VOLTA PARA O RIO PARA SER ENCARCEIRADO EM BANGU 2, RASPAM-LHE A CABEÇA E O POVO, SEM SABER O PORQUÊ, SE SENTE DE ALMA LAVADA E ACHA QUE É TUDO COISA SÉRIA?

Bem, em primeiro lugar eu gostaria de lembrar a todos que esses showzinhos que aparecem na mídia liderada pela TV Globo, prendendo tubarões da política e do empreendedorismo, não me ganham a atenção e nem me convencem de que não são roteiros bem construídos para enganar a opinião pública. Só idiota mesmo é que acredita nessa de que um bilionário, que pode simplesmente pagar um presídio próprio se realmente estiver envolvido em um inevitável encarceiramento (os Acima da Lei que tocam a Lava-Jato iam adorar botar a mão nessa grana), vá voltar para o Brasil para se entregar às autoridades e ir morar no inferno porque não completou a faculdade e por isso não tem direito à prisão especial.

Como pessoa pública ultrafamosa, Eike teria o direito de cela especial até por motivo de segurança para a própria casa de detenção. E o cara não passou por julgamento nenhum, só por denúncias. Quero dizer, não sei como funciona esse sistema penal brasileiro com essa montaria que anda tomando as decisões passando por cima de tudo e de todos, mas, antes era assim. Se não é mais, sei lá quando mudou. Às vezes, também, o bilionário passou por um Tribunal de Justiçamento maneirado.

Julian Assance, que ficou famoso com o site Wikileaks, não é muito mais rico do que Eike Batista e está protegido da Justiça dos Estados Unidos (sim: a Justiça séria dos Estados Unidos e não essa coalisão mídia/judiciário que chamam de Justiça no Brasil) morando na embaixada do Equador em Londres. Tenho certeza que se Eike Batista quisesse ele poderia fazer o mesmo, no mínimo no próprio Estados Unidos. Gente menor do que ele e comprometido com um monte de ulalá está livre e mandando prender no Brasil, o que querem mais?

Eike foi incentivador do Pré-Sal e tinha simpatia pelo PT. O grande foco nele é esse. Querem vender mesmo a Petrobrás e precisam ganhar a aceitação do público para isso, oferecendo para ele esses números de gente importante indo presa, com a TV Globo como Mestre de Cerimônia na apresentação, com exclusividade, do teatrinho. A acusação de repasse de propina para Sérgio Cabral é só um paliativo para te distrair e fazer você achar que teorias conspiratórias como essa não pode ter fundamento.

Se você não tomar cuidado, dar muita atenção para esses números e se ocupar repercutindo, você vai ver aonde você vai parar. Quer que eu te antecipe? No capítulo final a Petrobrás e o Pré-Sal vão para os gringos que estão por trás da Lava-Jato e os avatares que estão posando e que vão posar de detento ficarão todos livres, em alguma parte do mundo, talvez no Caribe ou nas Ilhas da Polinésia, para não citar Dubai, enquanto você pensa que eles tomam banho de sol por vinte minutos no presídio perto da sua casa.

Bem-vindo ao Governo Temer: Com os cumprimentos de Margareth Tatcher

Estar no poder é como ser uma dama. Se tiver que lembrar às pessoas que você é, você não é.” (Margaret Thatcher)

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Parece premonição essa frase de Margaret Thatcher. Cabe como uma luva para Michel Temer. É provável que muitos brasileiros não saibam que o presidente do Brasil é ele. Coisa que não acontecia com Dilma Rousseff, que tal qual a ex-primeiro ministro do Reino Unido nunca posou de dama, embora essa última tenha sido registrada na História carregando a alcunha de dama de ferro.

E, então, o STF perdeu um relator importante, que estava prestes a fazer coisas importantes para o caso que a equipe de juristas que ele compunha controla as investigações. Acho que “controla” é palavra melhor do que “coordena” diante ao que se vê na mídia. E o presidente (acho que é esse o cargo) não pode indicar um substituto para o relator vitimado em uma queda de avião, pelo fato, conforme fontes pesquisadas, de ser ele “um dos nomes dos nomes mais citados nos depoimentos dos diretores da Odebrecht que o ministro agora falecido estava para homologar e que seriam divulgados no próximo mês” (Brasil 247).

Eu estive bebendo umas hoje com um amigo que morou nos Estados Unidos durante anos. E ele entrou na onda que prega que “Donald Trump é o cara”. Me disse que deseja votar no Bolsonaro para presidente da república em 2018. E que acha que as reformas pretendidas por Michel Temer serão boas para o Brasil. É claro que só concordamos em um ponto: eu tenho também lá minha simpatia por algumas “trampices” do Trump.

Esse meu amigo acha que o ricaço presidente dos Estados Unidos deveria ter um cover na presidência do Brasil. “Com toda certeza o Bolsonaro é que não é esse cover”, eu disse isso pra ele. Completei dizendo que talvez o atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, seja. Kalil é também rico, iniciante na política e destrambelhado. Mas, por serem iniciantes em administração pública, tanto um quanto o outro tem-se que esperar para saber se eles conseguirão manter o salto alto em qualquer circunstância. No caso do brasileiro: até na hora em que o PSDB resolver conspirar para depô-lo. Já que Kalil jogou para escanteio um tucano na eleição que venceu. E já que o PSDB tirou do posto a Dilma.

Nessa onda de cultuar vídeos virais e lembrar de grandes frases ditas por pessoas públicas espalhados pelo Whatsapp, meu amigo – recém “zapzapador” – me mostrou um vídeo que continha o depoimento de um brasileiro que mora nos states, no qual o cara faz apologia ao Trump e põe essa caraminhola de haver um similar dirigindo o Brasil. Conforme ele: se isso ocorrer e Trump não cumprir a promessa de legalizar os imigrantes clandestinos que gostam de trabalhar, ele volta para o país cheio de orgulho. Vai saber o que ele vai fazer se só a segunda condição para a volta dele se confirmar.

E depois do vídeo, meu amigo me mostrou um jotapegue (kkk – não pus entre aspas porque estou registrando o termo antes do dicionário Aurélio) contendo a frase abaixo, que é de Margaret Tatcher:

Deixe-me dizer em que acredito: no direito do homem de trabalhar como quiser, de gastar o que ganha, de ser dono de suas propriedades e de ter o Estado para lhe servir e não como seu dono. Essa é a essência de um país livre, e dessas liberdades dependem todas as outras.

Ok! Concordo com tudo e principalmente no que se refere ao Estado. Só que, quem se alinha com Donald Trump, não pode se alinhar com Margaret Tatcher, pelo menos no que diz a frase agora acima. O que faz o bilionário – pelo menos o que dizem na mídia que ele faz ou pretende fazer – é típico de país livre? E um cara como o Bolsonaro chegando ao poder, podemos ter a expectativa de o indivíduo ter o Estado para lhe servir e não como seu dono? E as reformas que Michel Temer quer fazer sendo viabilizadas na íntegra, é um fator compatível com o direito de o homem trabalhar como quiser?

É, acho que fiquei muito confuso nessa conversa de hoje. Ainda bem que a cerveja estava gelada e saborosa. Meu amigo teve que interromper a degustação por causa de uma pequena desorganização que apareceu em sua casa e as pessoas para quem ele ia emprestar alguns pertences foram lhe chamar para ajudá-las em meio à bagunça. Aproveitei a deixa para lhe lembrar uma frase, já que ele me mostrara uma e a gente falava sobre política:

Qualquer mulher que entenda os problemas de cuidar de uma casa está muito perto de entender os de cuidar de um país.
(Margaret Tatcher)

Esquerda, Direita, o que são isso?

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Apesar do sucesso da postagem no Twitter, sofri severas críticas no Facebook por ter apresentado em jpeg uma caraminhola que duvida da integridade da ida do Internacional de Porto Alegre, clube de futebol, para a Segunda Divisão do Brasileirão. Não, não esqueci-me de que o Futebol (com f maiúsculo) no Brasil é intocável e que qualquer opinião que vai de encontro às crenças das pessoas perante a ele arranca represálias. Fi-lo porque qui-lo.

Alguns questionaram até minha imagem de esquerdista, alegando que o que eu postava era preocupação e argumentos conflitantes com a própria. Outros imaginaram que eu dava uma justificativa que amenizasse a queda do clube em questão, que fará sua estreia na divisão que todo ano espera que a CBF arrume um time grande, preferencialmente inédito, para torná-la viável, além de atingir outros objetivos. Coisa que não faz qualquer sentido, pois, não sou gaúcho e nem morador do Rio Grande do Sul e sou torcedor de um clube do meu estado, Minas Gerais. E tudo isso sem me dar direito de réplica: todas as críticas possuíam o comentário bloqueado para respostas. É até por isso que estou aqui discorrendo sobre isso. Aqui é meu e escrevo o que quero (rs)!

Bem, na minha opinião, a ideia de distinção de linha ideológica com uso de nomes de laterais vem do comportamento que se toma diante a uma causa, não necessariamente política. Contestar causas mercadológicas e midiáticas, que são as que encaixam minha crítica mencionada, é o que mais me move a ser “do contra”. Sim, esquerdista é “do contra” sim. Aquilo que não cabe uma oposição aniquiladora ou que não incomoda não cabe esquerdismo.

Tudo quanto é procedimento que tomamos a favor de uma causa é procedimento conservador, conserva a manutenção da verdade estabelecida para a causa. Convencionou-se chamar de comportamento de direita. Aquele que vai na tangente da causa a apoiando. O que rebela, contesta ou apresenta versões com relação à causa para serem apreciadas ou debatidas, vai na contramão de direção, portanto, é esquerdista.

Esquerdismo não é necessariamente “usar uma camiseta com a cara do Ché e com um buraquinho nela onde havia uma estrelinha do PT”, como muito bem disse em música os compositores da banda Pedra Letícia, bradando contra o vício da plateia de casas de shows de sempre estar a pedir que os músicos toquem Raul. Olha que atitude mais esquerdista, pois, toda banda quer tocar música do Raul Seixas para cativar o público e garantir uma audiência.

Disseram que eu ter publicado opinião estranha relacionada ao futebol fazia com que o veículo onde publiquei a mesma perdesse credibilidade, mas, tal qual o Pedra Letícia, eu não me importo com isso, afinal, publico ali o que eu penso. E dizer o que pensa é outra atitude esquerdista. Mascarar a opinião para agradar uma plateia e colher vantagens com o aumento desta já não é. Sinto desapontar! Ainda mais que eu não ganho nada com o que publico. Nem com o que agrada aos outros.

Noutra vez eu opinei noutro grupo esquerdista no Facebook sobre a minha rejeição ao sistema de cotas usado para entrada na faculdade federal no Brasil. Dispararam contra mim me chamando de falso esquerdista. No mesmo lugar publicaram a opinião sobre o assunto de uma filósofa bastante cultuada nos ambientes petistas. A opinião dela, que eu não conhecia até então, era idêntica à minha. Se o sujeito que publicou, que era um dos que me apontaram o dedo na cara, tivesse publicado antes o link para o vídeo, eu o teria compartilhado em vez de redigir um comentário. Olha quanta inocência ao criticar!

Bem, até na Bíblia, na minha opinião, essa ideia de ser “do contra” se relacionar com a esquerda está simbolizada. Na suposta crucificação de Jesus, o messias teria sido crucificado entre dois ladrões. Um mau e o outro bom. E o bom ficou à esquerda do messias. “Bom ladrão”: quer oposição à lógica fundada de que roubar é errado e que quem faz isso é mau maior do que esta? Pra mim essa é uma alusão inspiradora que diz que desde que a intenção seja boa é válido qualquer ato que não faz parte da natureza humana e por isso não é da jurisprudência de Deus e sim do homem. Eu já expliquei por aqui que roubar é um desses atos.

Mas, como assim, suposta crucificação de Jesus? Que esquerdismo é esse?

Já expliquei por aqui também isso. Não existe comprovação cabal desse fato. Mas eu só discorro sobre isso em meus veículos de comunicação. E até que essa comprovação apareça, de uma forma que não caiba mais ser do contra, assim como no caso da contestação da integridade da queda do Inter no Brasileirão ou do próprio Futebol brasileiro e mundial, minha opinião será mantida onde quer que eu seja livre para expressar. E sem que eu trave o direito de resposta.

“A opinião que domina é sempre intolerante, ainda quando é expressa por um liberal. Do contrário ela não prevalece”
(Adap. de Marquês de Maricá)

Somos meros acionistas da Congresso Nacional S/A?

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O Congresso Nacional do Brasil, na minha opinião parece uma empresa de capital aberto. Aberto só não: escancarado. E nós, contribuintes, somos acionistas dessa empresa, pois, a fonte de receita dela é a arrecadação de impostos.

O curioso é que essa empresa em vez de satisfazer os sócios com o lucro que consegue gerar, ela satisfaz a seus executivos, chamados de políticos. Na forma de propina ou de caixa 2 formado com o capital que vem de licitações superfaturadas, esses políticos enchem seus grandes bolsos, o qual é preciso que seja realmente grande porque ainda tem que caber o gordo salário que eles ganham da companhia.

Os clientes dessa empresa são variados. Já foram empresas – nacionais e estrangeiras – e seus empresários; teve um tempo – como no governo passado, o petista – que o cliente era o trabalhador; e agora voltou a ser empresas o freguês potencial. O trabalhador passou a ser produto e é vendido para este.

O segmento de mercado dessa companhia, atualmente é a venda de licitações e de favorecimentos a grupos empresariais. Alguns desses querem ganhar dinheiro viabilizando obras públicas de infraestrutura. Construir pontes, estradas, estádios, vila olímpicas fazem parte dessas obras. Arrendamentos, aluguéis de imóveis públicos e pedágios idem.

Outros querem explorar o trabalhador, lhe vendendo indiretamente planos médicos – substituindo o desconto do INSS no holerite -, ticket de alimentação, caderneta de poupança em vez de PIS, Décimo Terceiro e FGTS. Restringindo os meses de Licença Maternidade para que a mãe precise de uma creche para deixar o filho enquanto ela trabalha. Imagine se a Nestlé não está por trás dessa operação para oferecer a essas creches, além da água que ela diz não ser direito humano, o seu leite Nan, saindo o preço final bem salgado à trabalhadora!  E há quem diga que há consórcios do ramo de transporte de olho no desconto do Vale Transporte.

Não pára por aí a privatização e o entreguismo a que o Governo Temer parece se empenhar: o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida ou o FIES também dão bons subsídios à exploração da população carente. Que já se acostumou com esses insumos sociais, tendo criado um perfil de consumo, de moradia e de escolaridade. Talvez, então, para manter a dignidade com que viveu durante os anos de PT no poder, vá se interessar em conhecer as alternativas privadas e não deixar cair o padrão de vida. E nisso cairá no conto do vigário, que é próprio de políticos conservadores vendilhões aplicar.

Às empresas de mídia essa sociedade anônima também atende, oferecendo a elas reality show de primeira. Que garantem audiência 24 horas. A começar por shows circenses como o último impeachment protagonizado pela casa ou a entrevista dada por Mr. Fora Temer ao “Roda Viva” da TV Cultura, que fez com que a seriedade do programa fosse comparada à de um “Caldeirão do Hulk” no conceito dos até então seguidores do próprio.

A você que é sócio dessa companhia e que não vê a cor do capital que emprega nela, só resta uma opção: boicote tudo que sai dela. Assim nada entra nela e todos que mamam em suas tetas terão que caçar jeito de trabalhar decentemente. E isso tem que ser rápido. Antes que, como diz a Rita Lee em música, né, “tudo vire bosta”.