Como saber se temos ímpeto de empreendedor?

Empreendedor é aquela pessoa que tem uma idéia, uma vontade ou uma intenção e se vale de métodos para atingir o objetivo. Pode ser lançar um produto ou enveredar em um negócio, comprar um objeto ou conquistar alguém.

Em negócios, particularmente, a pessoa empreendedora necessita ter mais algumas características, que a torna única, pois dos outros tipos de empreendedorismo todos nós temos um pouquinho, e entre elas a de ser dona do seu nariz.

Sim, o sujeito empreendedor não pode ficar à espera de decisões acontecidas em reuniões de terceiros para ver sua idéia, vontade ou intenção em ação. Falar que seres assim são bastante inteligentes é redundante.

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A fórmula da realização

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Você concorda que se você pensa em um sujeito que te causou um imenso desaforo você se enche de fúria? E em seguida, você se move a ir até ele tirar satisfação e dentre as possibilidades acaba brigando com ele? Em função da briga, duas das coisas que podem acontecer é você sair com um braço quebrado ou com um processo judicial por agressão?

Se você concorda com essas proposições, então, você admite que PENSAMENTOS produzem SENTIMENTOS, que nos movem à ATITUDES que nos retornam RESULTADOS.

Se isso é assim para o exemplo acima, por que não é para pensar em ter um bom emprego, sentir a alegria que se terá se puder tê-lo, se preparar para partir em busca de uma vaga nele e, por fim, obter sucesso material com o dinheiro que se ganha fácil quando se trabalha com o que se gosta?

Agora, consideremos que o resultado da primeira hipótese ocorreu devido a uma situação real. O que impediria o resultado alcançado na segunda hipótese se a situação sugerida ocorresse toda em sua mente?

As proposições podem ser hipotéticas, mas, os resultados são sempre reais. Quem vivencia na mente processos que no meio físico dão certos resultados os obtém neste meio. Não há outro lugar para os obter.

Quem é rico e bem amado na mente é na realidade coletiva. Simplesmente porque não faz qualquer sentido possuir no imaginário qualidades que só fazem sentido se experimentadas no mundo material.

Não há diferença entre ser rico ou pobre no plano mental. Não tem neste qualquer importância qualquer estado ou invenção criados para serem degustados no ambiente físico.

Portanto, se você ainda não vive a realidade que te satisfaz plenamente, que te satisfaz o tempo todo, treine sua mente para estar sempre a ter os pensamentos que fazem com que você tenha sentimentos que te movam à ações que te retornem na sua realidade os resultados que você deseja.

Essa leitura é só o começo! Preparo uma série de reflexões construtivas que lhe convencerão de que o melhor negócio do mundo é pensar.

Leia o livro “Todo o mundo quer me amar“. E nunca perca nossas reflexões!

Próxima postagem: “Quanto mais supremacia, mais decadência”.

Exercício para enriquecer

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A mente humana funciona sob sugestão. O que os biólogos chamam de seleção natural ou de adaptação ao meio pode também se tratar de um processo de sugestão da mente.

A mente impressionada simula para seu utilizador a realidade que corresponde ao que nela é impregnado. Afinal, é com ela que percebemos o mundo e o interpretamos.

Se mentalmente nos condicionamos a certo cotidiano, é bem capaz de também na realidade objetiva gozarmos de cotidiano parecido.

Isto porque a mente entende que estamos sendo ameaçados e ela, por sua vez, busca recursos que refletem na existência, tratando de nos livrar do que seria a ameaça.

Essa ameaça do caso é a de não nos sentirmos felizes. Assim como o corpo precisa de alimento para se sustentar e sem ele seu ocupante é ameaçado de morte, o que obriga a mente a criar meio de impedir essa fatalidade, nossa psique foi projetada para ser feliz. Do contrário, entra em depressão, o que sinaliza a morte.

A boa notícia é que a felicidade é uma sensação. E como toda sensação, acontece de modo subjetivo. É uma experiência interna de nosso organismo. Pode ser esta provocada por fatores materiais ou mentais.

A felicidade que se experimenta ao guiar um automóvel de luxo não se difere da de quando somente imaginamos estar nesse cenário. Embora, imaginar requeira muito mais esforço para impressionar a mente do que o ato experimental.

Em vez da reação imediata à experiência, no processo de imaginação, se valendo do pensamento apenas, o cérebro deve realizar as mesmas sinapses que realiza durante uma interação material para deslanchar as mesmas substancias e reações orgânicas responsáveis pela criação do estado de felicidade.

A realidade para cada indivíduo é o produto do deslocamento de seus hormônios, entre outras substâncias, dentro de seu organismo. A efervescência gerada dessas substâncias é que dão forma às emoções que experimentamos. E o estado emocional é o estado real de cada indivíduo.

Se você quer saber como você está neste exato momento, verifique quais são as emoções que você está a experimentar. Verifique também o que está deixando você assim. Dessa forma, quando você quiser ficar neste mesmo estado e os elementos que você constatou como serem responsáveis por isso não estiverem alcançáveis então, utilize a imaginação para produzir a mudança interna que lhe ocasiona estar em tal estado.

Com o tempo você verá que não há diferença entre a experiência real e a imaginária. E que a realidade está ao nosso inteiro dispor quando se domina a moldagem do próprio estado biológico interno.

Pra resolver esta dificuldade da imaginação, esse esforço maior, é que existem os jogos mentais. São exercícios que se praticados com determinação e disciplina pode levar a mente a se autoestimular para um propósito. Quanto mais repetição, mais rápido se chega aos estados internos que configuram cada sensação que nos molda o espírito.

E aqui vai um exercício que serve muito bem ao propósito de condicionar a mente para o enriquecimento. Se divirta fingindo ter toda condição de se preparar para obter dinheiro facilmente e saber utilizá-lo em tempo hábil. O dinheiro é móvel e se move rapidamente. Do contrário ele não nos interessaria com tanto fulgor.

Imagine que chegue até você uma proposta para participar de um jogo. O desafio é você gastar um milhão de reais em 24 horas. Das 8:00h de um dia até o mesmo horário no dia seguinte. Se você conseguir gastar todo o dinheiro, você ganhará dois milhões de reais como prêmio. Se não, você não ganha nada. Mas também não tem que devolver o que conseguiu gastar.

O prêmio aumenta duzentos mil reais por cada hora a menos que você conseguir gastar o dinheiro. De modo que se o milhão for consumido totalmente em uma hora apenas, o valor lhe pago como prêmio será de 6.800.000 reais. Mais rápido se gasta, mais rico se fica.

Iniciando o desafio às 8:00 da manhã de um dia e indo até o mesmo horário no seguinte se poderá contar também com opções noturnas e matutinas de consumo.

Agora, as regras. Você só poderá gastar 3000 reais com compras em um único estabelecimento – o que vale também para um único produto – ou com contratação de serviço. Nada o impede de repetir as mesmas compras e contratações em estabelecimentos diferentes.

E todo negócio que você fechar terá que ser pago à vista, dentro das 24 horas. E é obrigatório pegar a nota fiscal ou recibo. É permitido pagar dívidas suas existentes, desde que gere comprovante o pagamento e que o valor unitário das faturas não ultrapassem 3000 reais.  Você pode gastar consigo ou com quantas outras pessoas mais você desejar. Não vale fazer doações, depósitos e nem emprestar dinheiro. Dentro da limitação, você pode criar empresas ou algum meio de continuar a ganhar dinheiro após o teste, caso você não se sáia bem.

Os únicos valores que você terá que devolver ao final do desafio, caso você não consiga gastar o milhão de reais, é o que fugir da regra. Se você pagar uma conta sua de 5 mil reais por exemplo, esta será tirada do cômputo geral caso você consiga gastar todo o dinheiro. Terá que ser devolvido o produto com valor fora do orçamento permitido, quando possível ser devolvido, ou o dinheiro gasto com ele quando não.

Estas restrições criam no jogador um cuidado especial com o desempenho moral no jogo. E faz evoluir o comportamento ético devido à severidade da punição. Ir com sede demais ao pote é a única imperfeição moral que poderá te fazer perder dinheiro neste jogo.

E aí, topas o desafio? Deixe nos comentários, se possível apresentando sua contabilidade, o que você faria para vencer este desafio ou pelo menos para aproveitar ao máximo o dinheiro que conseguir gastar.

Se vendo imaginariamente, diariamente, nesse  desafio, você acostuma seu cérebro à encontrar soluções para usar dinheiro rapidamente. E passará a enxergar a realidade como um curto espaço de tempo para se efetuar realizações. São 86400 segundos para se aproveitar o máximo da existência. Você precisa dormir um prazo, logo, você tem que ganhar dinheiro até dormindo.

O cerco à opinião do anônimo

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IMAGEM: Techweez.com

Agora virou moda na televisão programas de entrevistas coletivas temáticas discutirem a liberdade de expressão na internet, que abrange todo mundo e não só as “celebridades” que são convidadas para participar ou têm aceitas a participação nesses programas. Ou seja: os bem-aventurados que realmente têm direito de manifestar sua opinião acerca dos assuntos não têm o umbigo afetado.

No geral criticam que o “povo”, que para bom entendedor se entende por “qualquer um que não seja da tchurma”, abusa quando entra em seu perfil numa rede social e posta fotos descabidas, mensagens irresponsáveis, agressões a pessoas públicas. Quanto a esta última preocupação, parece que esqueceram que a pessoa pública é causadora de modificação na vida daqueles que às vezes se expõem à ela até por ser inevitável. Modificação que quase nunca é para o bem.

Eu, por exemplo, tenho sérios acessos de repugnância quando sou obrigado (obrigado sim: se você está em um ônibus e alguém o invade com um celular tocando funk no viva-voz no mais alto volume, você perde completamente o seu direito de sossêgo e concentração) a entrar em contato com o que propõem certos artistas e outros elementos de vida pública. Eles produzem seus lixos, sabe-se lá com que objetivo, e os que eles conseguem catar pra fã replicam arrogante e irresponsavelmente e infernizam até o diabo.

O que eu vier a pensar desse cara eu vou pensar também do artista que ele venera. Aí, eu tenho que me conformar em ser oprimido? Não posso por da boca pra fora com alguém via Whatsapp e menos ainda postar no meu exclusivo perfil numa rede social?

Isso protege os que montam em cima da gente pra viver vida farta. É para o território ficar livre para o sujeito que tem sua opinião e faculdade de alienar e perverter um caboclo blindadas pelo regulamento que implicitamente diz: “se você não é famoso e nem participa da grande panela, não fala e nem escreve nada, pois, é pior para você“. Quando não é pela razão de a opinião cônscia de um anônimo expor um protegido do sistema e estragar os planos dele e dos grupos que ele faz parte.

E o papo da evasão de privacidade? Ou seja: “um ridículo qualquer achar que sua opinião é importante e tem que ser mostrada”. Achar que ela vai mudar o mundo ou que ela vai fazer diferença na vida dos outros. Que é como Eles dizem.

Isso é  o que as pessoas mais fazem na internet. Massageia o ego delas. As livra do stress. E elas não podem fazer isso porque incomoda um “bem-aventurado que tem espaço na mídia” porque ele acha que o qualquer deveria é estar a compartilhar a opinião dele, desse suposto célebre. Para eles o povo tem é que só pagar seu acesso a internet e dar atenção pros famosos. Tem nada que bancar a pseudo-celebridade ou o modelo de selfie não!

E a preocupação com essa tal liberdade que as pessoas ganharam para deixar de ser só público vai mais longe: esses que opinam na mídia gostam de advertir, de mandar recado olhando para lentes. Ameaçam mencionando leis que protegem os outros contra calúnia e difamação; de sofrer danos morais; de sofrer danos materiais. Rezam que essas leis funcionam, que elas já funcionaram para eles e que aqueles que sofrem de egocentrismo do anonimato devem tomar cuidado, pois, podem sofrer as consequências, mesmo se opinando mascaradamente e mesmo pelas leis e sistema jurídico do Brasil. Pode ser o Julian Assance mascarado que a perita Justiça brasileira o encontra e o pune.

E não é daquele jeito que todo mundo está acostumado a imaginar: Fazendo de testa-de-ferro um caboclo qualquer, criando um crime pra ele, pondo a mídia para expor à exaustão a imagem do sujeito selecionado e mandando o cara para o xadrez espetacularmente diante às câmeras e com isso criar a sensação de estar dando satisfação para a sociedade ou cumprindo com o que prometeu. Sendo que o único crime que o sujeito encarcerado teria cometido é o de ser anônimo e sem dinheiro para pagar um bom advogado que o faça dar a volta por cima e o feitiço virar contra o feiticeiro.

Essa preocupação toda, minha gente, quem não sabe qual é a procedência dela? Perda de espaço que os grandes veículos de comunicação vêm sofrendo. Quem dá trela para televisão, por exemplo, hoje em dia? Eu? Por que eu estou aqui escrevendo sobre algo que eu só poderia ter visto na televisão? Ora, não escrevi aí pra cima que você se expõe à todo tipo de lixo cultural até sem querer? Foi o caso.

E não é só a televisão que disputa com as redes sociais, com os blogs e outros veículos de comunicação democrática o direito de apresentar opinião. A internet te tira também de comprar jornal, de ouvir rádio, de ir ao cinema. Eu acho é pouco! E pra mim, podem cercear à vontade o direito do cidadão de manifestar sua opinião. O importante para mim é a absorção de informação. E mesmo se existir só “Eles” para informar, se conseguirem novamente o monopólio, eu venho sustentando minha vida de anônimo sem dar qualquer tipo de audiência para eles não é por abundar os canais de informação, é porque eu os desprezo mesmo, não fazem a menor diferença na minha vida.

Pronto para morrer: I have found what i looking for

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Eu descobri que a vida não passa de ser a atenção que damos a um ponto. Do foco que mantemos a uma cena e os elementos dela com os quais interagimos.

O que está na cena que focamos, participando dela junto conosco, se comporta como partículas para nós. O que estiver fora dela, incluindo o que está às nossas costas, se comporta como energia pura. Ou seja, podemos até vê-los, mas, não têm qualquer significado pra gente, a não ser que entrem no nosso palco e passem a participar da peça.

Eu consigo me por no espaço sideral, a milhões de anos luz de distância, e desse ponto quando olho para a Terra eu a tenho que procurar em meio a nebulosas de pó. Se eu conseguir identificá-la, por certo eu só sei que algo acontece dentro do grão de areia que ela me parecerá porque um dia eu já estive dentro dele.

Se eu decidir, de lá de onde eu estiver, avançar até meu planeta natal, à medida que me aproximo dele é que as coisas ganham importância. Vão sendo definidas, ganham limites e individualizam-se. De forma que em determinado momento o close será tão fechado que eu passarei a pensar que eu não saí de onde eu estava e que a Terra pode ser um dos pontos repletos de microorganismos que eu estarei a enxergar.

E olhe isto: Se eu olhar para a minha mão e puder penetrá-la com a minha visão, eu estarei fazendo essa mesma viagem em direção ao infinito novamente. Se eu conseguir atingir o plano em que se encontram os átomos, mais além até, então, eu estarei a ver a energia pura. Nada mais haverá para ver ou o sentido da visão não será mais capaz de observar o que vem depois.

E se eu estiver ainda a milhões de anos-luz de distância da Terra, e fitar a minha mão com a mesma intensidade ocular, eu terei a mesma experiência que teria se eu estivesse dentro da Terra fazendo a mesma coisa. Eu teria levado comigo aquele universo que pertence à minha mão. E o fim dele é sempre, provavelmente, o inicio ou o retorno ao universo em que materialmente minha mão estiver inserido. O qual está inserido no todo de pura energia que vagueia formando coisas versáteis, das quais somos uma delas, desde a origem de tudo, desde o Big Bang, que de repente também é continuo e continua a explodir.

Então, o que estou fazendo comigo levando a vida que levo? Insatisfeito com ter que trabalhar todos os dias, o dia todo; com algo que eu não gosto de fazer; gastando com a minha locomoção até o local de trabalho o tempo que eu gostaria de gastar escrevendo, por exemplo. Tendo sonhos que só são adiados e que eu não sei se antes de morrer eu terei os realizado.

E se realizados, qual o impacto que isso vai ter sobre mim em vida, que não um instante de alegria seguido de tédio e vontade de realizar outra coisa? Será que depois de morrer vou levar essa alegria comigo? Poderei usá-la? Vou saber ou querer fazer isso?

Não serão estas, coisas orgânicas, típicas da vida biológica ou da vida que levamos na Terra? Ou seja: vai servir para outros lugares onde provavelmente eu não serei um ente material e sim espiritual, já que terei desencarnado e viverei como espírito? Como pura energia. Será que só um corpo físico contendo um cérebro humano pode captar essas sensações? Teriam os espíritos outros canais de receber os impulsos desse evento e a ocasião gere sensações bem diferentes do que experimentamos materialmente?

Seria o máximo que essa vida poderia me legar estando eu num estado espiritual: recordações de momentos alegres. A alegria é uma sensação. É abstrata. E as coisas abstratas são etéreas, espirituais. Pode ser que vá ter algum valor pelo lado de lá.

Então, se sou um nada para um observador distante enquanto vivo uma vida insípida aqui nesta existência; e se após partir desta eu serei algo maior e levado para qualquer lugar do cosmos, talvez do cosmos de outro plano, onde haja outras dimensões e sentidos; e se só as alegrias que eu vier a experimentar por aqui é que pode ser que irão ter algum significado para mim. Por que perco tempo suportando essa vida de insatisfação e agonia?

Eu estou pronto para morrer, pois, encontrei a resposta do que eu procurava. Entretanto, morrer só vai ser fácil se advir-me naturalmente. Logo, até que isso me venha, que eu abandone a minha insegurança e a minha covardia e dê um basta nos limites a que estou preso. Ainda que isso signifique que eu vá virar um desagregado da sociedade, um vagabundo, um mendigo, um ermitão, um monge. Qualquer coisa que me faça sentir liberdade. Que me faça viver sem horários para cumprir ou contas para pagar ou satisfações para dar.

Se a verdade não pode ser dita, é preciso saber mentir

Há momentos que precisamos ocultar uma verdade. Podemos ser comprometidos com a publicação dela e a punição pode ser maior do que a dada por mentir. É meio assim o que ocorre no sistema de delação premiada que vemos desfilar na mídia. A mídia e os políticos, então, são grandes mentirosos? Não tenho dúvida disso, mas não pelo que foi tocado.

Se você não pode contar a verdade, então, use a sua imaginação e conte o que você está imaginando. Se te perguntam onde esteve no sábado passado à noite e você não pode revelar, passe a tecer no palco da sua mente uma situação passada em algum lugar da sua escolha, que você possa comprovar que esteve nele em algum momento da sua vida ou, de preferência, que você possa estar nele quando bem entender, e que não seja o local verdadeiro onde esteve, e relate o que se passa na sua imaginação, datando o acontecimento com a data e hora a ser explicado.

Não é porque está na mente ou foi vivido em um sonho que não é real. A realidade concreta também é uma ilusão. Só o momento presente, como enquanto você lê isto, é que é real. Os momentos antes viram passado – portanto: lembranças – e os que não vieram ainda: imaginação, precognição. Lembranças e imaginação são vividos no plano imaterial da mente. Mas são reais. E o melhor de tudo: atemporais e não locais, portanto, eterno.

Imaginar não é mentir. Quase tudo que acreditamos no dia a dia é fruto da imaginação de alguém ou da nossa própria imaginação. Vão nos contando e vamos sendo influenciados a dar razão em nossas mentes para o que contam. E às vezes nós mesmos nos auto influenciamos. Prática que é até boa: Você se engana mentindo pra si que é rico e acaba se tornando. Costumo dizer, em contradição ao Renato Russo, que mentir pra si mesmo é sempre a “melhor” mentira .

E ainda há a quase indiscutível alegação de que manter o hábito de imaginar patrocina a realização do que é imaginado. A verdade passa pela mente, acontece primeiro na mente. É por isso que a mídia nos faz tanto imaginar as “verdadeiras mentiras” que a imprensa noticia. Uma vez posto-nos para imaginar o que quer que seja, o que quer que seja tem grandes possibilidades de virar real. Absolvendo-se assim o noticiador. Se expor à imprensa (escrita, falada ou audiovisualizada) é participar de experimentos sociais.

Só que quando o que nos põem para imaginar compromete a liberdade de outras pessoas, a célebre prática de imaginar passa a ser perversa. Ajudamos com a nossa adesão a incriminar alguém, a sofrerem injustiças. Por saberem disso, é exatamente para contornar essa situação que há os defensores de acusações como os advogados. E a forma de eles evitarem as incriminações ou as injustiças é fazendo uso de leitura fria e de perguntas-chaves, que conseguem desmontar a articulação de quem usa a imaginação para mentir sem ser responsabilizado.

São usados estudos neurolinguísticos como a leitura dos sinais. “Olhar para o alto e para a direita simultaneamente” representa acesso à área do cérebro que recorre à criação de imagens e significa criatividade, portanto, imaginação; Olhar para o outro lado mantendo a direção significa que o sujeito busca a parte da memória cerebral que guarda os registros vividos, logo, lembrança do passado, busca da verdade. Junto dos sinais: perguntinhas que dão curto-circuito na mente quando respondidas sob pressão. Tudo isso ajuda a evidenciar a verdade. Nem que seja pelo infalível método de fazer negar uma afirmativa. Por isso, antes de mentir é bom estudar sobre a arte de mentir e não ser desmentido.

– Você mentiu para mim, não é verdade?
– Sim!
– O seu “sim” em resposta à minha pergunta “não é verdade” confessa que você mentiu.
– Mas, com a pergunta você procurava certificar o que perguntou antes: se eu menti pra você. Eu não menti, por isso eu respondi “sim”. “Sim, é verdade”.
– Eu não te perguntei isso, eu afirmei. Eu perguntei se a afirmação que fiz não é verdade. Você respondeu que sim.
– Se eu respondesse “não” daria no mesmo. Você me diria que por obter um “não” para uma negação, “não não”, teríamos um “sim”. Eu estaria negando a negação “não é verdade” e ficaria um “sim” para “você mentiu para mim”.
– Por isso nunca é bom mentir, meu jovem. A verdade tem mais chances de prevalecer em um interrogatório!
– E de ser produzida idem!

(Diálogo montado a partir da consígnia de um clássico teste de lógica aplicado em recrutamentos e seleção otimizados)

Nada está por vir, tudo é você quem traz ou vai até

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IMAGEM: http://home.lawsoup.org/

O ser humano pode usar como referência para explicar o que é estar vivo sua faculdade de esperar por acontecimentos vindouros. O tempo todo lidamos com a sensação de que algo está por vir ou está pra ser configurado. A eterna ilusão de que existe o futuro.

O mais comum é esperar a chegada do acontecimento que o tirará de uma situação presente, geralmente, esta, de ordem econômica. Mas, qualquer espera, por mais que ela pareça sólida, como aguardar chegar ao local de trabalho estando dentro de um ônibus que ruma para o próprio ou aguardar o fim de semana fecundar para ir a uma festa, dá no mesmo. Tudo isso é ilusão e são as nossas expectativas e o nosso mexer de pauzinhos para viabilizá-las é que produzirão os momentos que aguardamos, mesmo se eles forem diferentes daquilo que se passou em nossas mentes a maior parte do tempo até a consolidação do fato.

Quando se espera algo de um jeito e isso sai de outro, ou seja: nos imprevistos ou nas mudanças de plano, às vezes percebendo-se conscientemente o caminho se alterar, às vezes intuitivamente, sem muita nitidez, seguindo uma dinâmica veloz demais, nossas expectativas vão sendo alteradas sem o nosso controle. Mesmo nessas ocasiões não podemos dizer que o que foi vivido por nós não foi por nós antevisto. Efêmeramente, mas antevisto. Sem dar chances de tomarmos providências para enfrentar a ocasião, mas, previsto.

Isso faz acreditar que somos donos do nosso destino sim. Basta termos controle sobre nossos pensamentos vinte e quatro horas por dia e criarmos as expectativas nos adequadas para lidar com eles que realizamos o que quisermos.

Não é nada fácil fazer isso, eu sei. Nem tão pouco acreditar que isso ocorre ou que seja simples assim. Mas, a fórmula para se ter controle total da realidade obriga-nos a ser eficientes com o que pensamos. É imperativo que dominemos nossos pensamentos e não que eles apareçam e tomam conta de nós, como se não fôssemos os originadores deles ou os responsáveis por eles. E é tão simples aceitar essa informação como verdadeira! Qualquer um admite que seu dia é exatamente como foi pensado por si próprio durante o tempo em que se esteve em vigília. O que ocorre durante nossas distrações nos satisfaz mais, mas, é devido a outro ensinamento, que tecerei a respeito em outra postagem.

Temos nossa hora de acordar, caso a expectativa de o despertador do celular funcionar seja satisfeita. E na maioria das vezes é. Em se acordando, seguem-se as rotinas cerimoniosas até a hora de sair de casa para ir para o trabalho, por exemplo. No trabalho, a execução das tarefas e os relacionamentos interpessoais também satisfazem expectativas.

E tudo se realiza automaticamente, como num stream de video na internet de antigamente: acumulava pacotes de dados, exibia um tanto, parava de exibir; acumulava novamente, reexibia. Similar a tirar da memória a rotina a seguir, esperar os eventos acontecerem, experimentar como puder, quase sempre sabendo o que fazer. E assim passam-se os minutos, horas, dias, meses e anos. E a existência se forma.

A proposta deste texto é tentar provar que se você quiser, se você for corajoso o suficiente, pode sair de qualquer insatisfação, a qualquer momento, e passar a viver da forma que te satisfaz. É preciso coragem, determinação e confiança, é bem verdade. Mas, o que é preciso mesmo é destituir-se das matrizes de comportamento nos implantado para aceitarmos viver na ilusão de que futuro existe e que chegamos até ele por puro acaso.

Nos fazem pensar assim porque dessa forma não usamos nosso poder de materializar o que pensamos. Não procuramos imaginar um dia melhor e mexer os pauzinhos para viabilizá-lo. Você vai querer passar o dia pensando estar em uma fábrica diante a uma esteira executando uma rotina de operário se eles deixassem esse segredo chegar até você? Não vai, não é mesmo? Vai querer ter as expectativas que seu patrão firmemente mantém, que são ver seus operários produzindo, os produtos que eles produzem saindo, o dinheiro das saídas entrando e ele o gastando com algo bem prazeroso. E vida que segue!

Muda status quo, acaba com mordomias e regimes governamentais, se todo mundo de repente souber desse segredo e resolver testá-lo. Para que ninguém faça isso é que existem coisas como a mídia, os produtos dela, o esporte, a arte, a química do sabor, a exaltação do sexo, a indústria da fé, o ativismo e as causas, as lutas de classe, o turismo, a moda ou as baladas. E outros instrumentos que dirimem as intenções nobres. Nos ocupam ou preocupam e nos desviam a atenção essas coisas. Nos divertem e nos corrompem a mente para a diversão descabida e obrigatória.

Membros de sociedades secretas conhecem esse conteúdo filosófico e o utilizam. E estão sempre conspirando para que o próprio fique restrito a eles. Dizem que Abd-ru-shin – pseudônimo do escritor alemão Oskar Ernst Bernhardt – colocou no livro “Im Lichte der Wahrheit – Gralsbotschaft”, no Brasil:  “Na Luz da Verdade – Mensagem do Graal”, esse pensamento e várias informações ligadas a ele e que levam a uma meditação libertadora, que livra o ser humano de todas as prisões que ele conhece e é levado, pelo poder que sofre, a sustentar. Um conjunto de ideias que conhecido por completo se atinge certo nível de consciência capaz de desaprisionar o indivíduo em todas as suas amarras.

Hitler, que era obscecado por esoterismo, proibiu a circulaçao dessa obra e colocou o autor sob a vigilânia da Getaspo. Olha o quanto ela compromete a elite que deseja que a realidade de cada um de nós continue sendo do jeito que é.

Se você não controla a sua mente, alguém o faz em seu lugar.
E tira ele vantagem disso
“.

Acompanhe as próximas postagens deste blog para conhecer outras explanações que se relacionam e completam esta. Visite todo o blog e conheça os livros publicados pelo autor deste veículo e adquira para incentivar a continuação das postagens.

O porquê de eu ser produseduprosperfelicista

João 1: 1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

Você simplesmente dizer uma palavra para fazer alterações na sua realidade não é suficiente. Tem que haver uma compreensão do que você diz e tem que haver emoção na forma como você fala. A emoção que você sente com a compreensão da palavra que você pronuncia vindo à sua mente enquanto você faz a afirmação é que gera a vibração que fará transformações em você. Sendo assim, se doce de leite traz sensação prazerosa para você, quando você pronuncia essa combinação de palavras a imagem ou a impressão que o doce de leite lhe causa o acomete e você simula em si o prazer que lhe dá comer doce de leite – com menor intensidade de quando há uma experiência real de degustar o doce, obviamente. E a recíproca também é verdadeira: se te causa mal comer doce de leite é isso que o simples pronunciar da palavra irá gerar em seu estado interno.

Fica assim bem entendido que não é a palavra em si que faz mudanças em nosso interior e sim a compreensão dela, o significado dela. Muitas palavras, consultando suas etimologias, têm origem diferente do que compreendemos hoje. Pegamos, por exemplo, em português, a palavra “trabalho”. Segundo o site Dicionário Etimológico ela teve, quando cunhada, o significado de tortura. Nesse período, quem era trabalhador era torturador. Uma pessoa que fazia a afirmação de ser uma pessoa trabalhadora gerava em si a sensação ou a energia motivacional interna que experimenta quem pratica tortura. A semântica cuidou para que o verbete “trabalho” se tornasse o que conhecemos hoje. Seguindo o raciocínio que estou discorrendo, a maioria de nós quando faz a afirmação “eu sou uma pessoa trabalhadora” tem em mente estar a cuidar para transformar a sua realidade em algo positivo.

 O Dr. Masaru Emoto, com a sua experiência chamada Mensagem da Água, nos mostrou o quanto influenciamos o mundo com o que dizemos. Se todos nós soubéssemos sobre essa experiência e a aceitássemos viveríamos a passar o dia convivendo o mais possível somente com palavras que nos fizesse bem. Ou seja: palavras construtivas otimistas. Perceber que o dia é melhor quando nos forçamos a dar atenção para e falar sobre somente o que nos causa ganho ou bem estar está ao alcance de qualquer um. O cantor Roberto Carlos é famoso por rejeitar gravar canções que possuem na letra termos que fazem pensar em coisas negativas. Ele mudou a letra de várias composições sua de antes de ele tomar essa decisão. A mais famosa foi a canção “É preciso saber viver”, que antes levava em uma estrofe a expressão “Se o bem e o mal existem” e no álbum acústico do próprio essa expressão virou “Se o bem e o bem existem”. Ninguém duvida que pelo menos publicamente a vida do rei parece esbanjar positividade.

Quando pronunciamos palavras que nos motivam mudando nosso estado interno, a motivação que elas nos causam é que nos impulsiona a viabilizar o que desejamos ver realizado no nosso ambiente. Por isso eu acredito que seja verdade que fazemos primeiro em nós a mudança que queremos ver no mundo. E quando o que você faz para você e que reflete positivamente também para os outros, ao redor ou não, ganha o interesse deles replicar ou preservar. Daí o reforço para eu acreditar nessa máxima. Além de podermos notar que quando somos mal interpretados ou ofendemos “mesmo” alguém com o que dizemos, podemos notar mudanças em seus semblantes e comportamento. É a influência do dito que pronunciamos em sua direção. Quer tenha sido dito para ele ou não.

Histórias sobre gênios das mil e uma noites nos inspiram a acreditar na possibilidade da palavra mágica. Uma palavrinha que falamos e fazemos as coisas acontecerem. E pra mim isso é perfeitamente possível se seguirmos o raciocínio que apresento. Veja: Quem se exibe para uma plateia pronunciando uma palavra mágica e modificando no ambiente algo de modo que possa ser constatado por ela é alguém bastante confiante, com total domínio daquilo que quer apresentar. As palavras que ele usa para fazer as modificações para serem visualizadas, além de fazer o trabalho em seu interior, que o permite se tornar bastante motivado e confiante para o espetáculo, manipula vibracionalmente os elementos de que ele se vale para oferecer à plateia algo impressionante. Sei que pode ser fantástico demais o exemplo, mas, seria comparado a manipular a força da gravidade para erguer um objeto, alterando, com uso de som orientado, as vibrações do objeto ou de quaisquer dos elementos que estiverem disponíveis ao seu redor.

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IMAGEM: http://www.marceloponzoni.com.br/

O uso de palavras ou frases e textos inteiros mágicos está no pronunciar de mantras, no rezar orações, no falar termos ininteligíveis, no simples cantar canções religiosas ou profanas. Mas, é mais funcional quando você cria suas próprias palavras mágicas. “Abracadabra”, diferente dos demais é para o gênio da lâmpada algo que ele interpreta imediatamente e se enche de sensações internas que o faz cumprir com um objetivo. Abracadabra pode ser simples junção de sílabas de vocábulos que todos nós conhecemos, embaralhados de tal forma que só o gênio sabe o que é. Alguns estudos dizem que o termo é hebraico e faz evocação a um Deus que seria oriundo de Siriús (vide) e a Wikipédia dá um parecer mais sério. Mas, a lógica do uso é a mesma desse raciocínio que exponho.

Uma boa dica para o emprego dessa técnica de usar a força da palavra ao seu favor é mesmo você criar seus próprios termos de motivação. Termos que lhe fazem encher-se de fé. Fé é uma sensação que queremos sempre ter, mas que quando temos nos acontece aleatoriamente, em situações condicionadoras. Não conhecemos a sensação de fé de modo a tê-la quando quisermos ter. Se pudéssemos fazer isso estaria resolvido o problema de toda a humanidade, pois, ninguém tem dúvida (sem trocadilhos) de que o que mais nos traz os problemas é a falta de fé. Logo, criar palavras que nos faz pensar no que queremos sentir para utilizarmos em nós é ótima saída. Quando você quiser sentir felicidade basta dizer para si que és feliz e se você se acostumar com isso estará condenado a ser feliz. Quem ficará infeliz com essa condenação? Por isso é que acho que o Roberto Carlos tem razão.

Você vê como são os rappers, funkers e seus seguidores com relação a sorte na vida e ao temperamento deles: estagnados socialmente, revoltados com causas que eles constroem para si, aborrecidos com a vida, pobres e violentos. Pois, é tudo que eles passam o dia a afirmar nas mensagens das canções que cantam e ou escutam e que os fazem ter sensações que eles se acostumaram a reverenciar e as ideias que cultivam, o que eles decidiram para si que é o correto para eles. Ideias, por exemplo, de que a sociedade os exclui. Se exclui, exclui por causa do que eles fazem. Basta dar de mão dessa cultura e dar uma chance para si de ser diferente, mais otimista e a cultivar sonoridades mais assimiláveis e em volumes audíveis, que eles verão modificações na vida deles quando decidirem ver.

As palavras convencionais perderam força para nos estimular. Por estarmos acostumados com elas. Algumas criamos crenças inibidoras contra elas. Por exemplo: Muita gente não consegue ganhar dinheiro porque tem bloqueio sabotador contra esta palavra. Para essas pessoas é bom, quando quiserem atrair dinheiro facilmente e sentem dificuldade de achar que isso é possível, trocar o termo dinheiro para um sinônimo. Pode ser “conseguir uma fortuna”, “conseguir um grande pagamento”. “Ficar rico” pode ser trocado por “Ficar afortunado”, “prosperar”. E por aí vai!

Agora, mais eficiente ainda é bancar o neologista. É claro que você não vai registrar em nenhum dicionário o neologismo que criar. E você pode torná-lo público – tanto o termo quanto o seu significado – ou destiná-lo só para o seu usufruto. Você pode dizê-lo somente mentalmente ou em voz alta. O importante é que ele funcione em você. E nesse sentido, a melhor técnica que conheço é a de formar palavras com sílabas de palavras que têm a ver com o que você quer ter ou ser. Se você quer ser bonito e rico você pode pronunciar para si: “eu sou bonrico”. E pronto: em uma única palavra você tem as duas coisas exercendo influência sobre você. Basta conviver com ela, criar em si a interpretação dela. E rapidamente, toda vez que você pronunciar para si que é bonrico você estará afirmando que é um sujeito repleto de beleza e de riqueza. Logo você se dará conta de que se não era, de tanto usar o termo se tornou. É por isso que eu sou produseduprosperfelicista.

“Pedi e vos darei; procurai e achareis; batei e ao que bateres será aberto” (Mateus 7:7)

Mais truques e reflexões desse tipo no livro “Contos de Verão: A casa da fantasia“.

A Deus o que é de Deus

O rapaz da T.I. – gay inconformado – fazia sua administração nas máquinas de um galpão, quando perto dele iniciara-se uma discussão entre um operador do setor e seu, também gay, supervisor. Os administradores de máquinas do setor de tecnologia da informação preparavam computadores dedicados para que os usuários que trabalhavam no galpão não mais precisassem revezar os equipamentos dos postos de trabalho.

O operador encrenqueiro, que também era analista de sistemas, desconfiava de que estivessem batizando as máquinas para então destiná-las. Com isso, a empresa espionaria os colaboradores que exerciam a função no galpão. Ele, irreverente, perguntou para o operador da T.I. se ele já podia entrar com a senha dele para ser captada pelo keylog instalado no sistema operacional.

O rapaz da T.I. ficara sem jeito com a pergunta e demonstrou dificuldade para não confirmá-la por meio de gestos. O operador encrenqueiro, que jogava na cara de seu supervisor todas as tretas que este fazia para sabotar o trabalho dos subordinados que estavam sendo perseguidos a mando da gerência, o que ele captava por meio de intuição, se valeu disso para tentar mostrar para o supervisor que havia algo bastante convincente para ser utilizado como fonte de informação, com o que ele devesse preocupar, já que todas as acusações feitas à gestão não podiam ser provadas documentalmente, graças ao trabalho maldito desta de não deixar rastros que ajudassem a evidenciar seus abusos e sua má fé para com os membros das equipes de dealers.

Como eu sei que você está batizando essa máquina e que vão me espionar e forçar-me a erros, é o que você deve estar se perguntando“. Disse ele para o jovem da T.I. E logo, ele mesmo respondeu: “Está cheio de espíritos desencarnados aqui me avisando, pois, sou sensitivo“. E continuou perante um sorriso jocoso que o ouvinte da interlocução esboçava. “Espíritos de pessoas que trabalharam em empresas como esta e partiram tendo levado para o túmulo grande angústia por causa dos abusos que sofreram e não puderam se vingar deles antes de partir. Eles esperam uma oportunidade para isso para que eles possam descansar em paz. Sou médium e empresto minha presença aqui no mundo material para que eles consigam se livrar dessa angústia“.

O falante ouviu do ouvinte um “tá bom, viu” mixado com gestos de deboche e resolveu ser mais detalhista, sabendo ele que o técnico em informática com quem dialogava era velho de casa e conheceu certos casos ocorridos na empresa.

Perto de você há uma moça que trabalhou aqui. Ela morreu em um acidente de carro quando vinha para cá. Ela e duas amigas. Ela dirigia. O carro caiu em uma ribanceira. Ela corria por estar atrasada. Buscava evitar broncas de gestor. Só sobrou uma das garotas, que ficou tetraplégica. O fato tem dois anos.

O jovem identificou logo o fato e amoleceu-se. Teve um início de desmaio. Apoiou-se numa bancada e tentou conter a respiração acelerada. Reportou ele, em seguida, que era amiga dele a mulher. Ele falou o nome dela, quase concomitantemente com o que se dizia médium. Isso o deixou mais impressionado ainda com o que presenciava.

Uma situação em que o sobrenatural está bem perto de ser revelado longe de suspeitas de fraude faz com que até mesmo o mais ateu dos mortais pense em Deus. E o rapaz da T.I. pensou. E disse: “Se você pode mesmo se comunicar com mortos, pergunte se Deus existe“. Mas, o que ele ouviu do encrenqueiro foi: “Eu mesmo posso te responder isso: Deus não existe, Deus é. Existir é próprio de seres finitos. Ser é eterno, está sempre no presente de uma forma infinita.

Era uma explicação filosófica demais para um momento em que todos os presentes estavam surpresos com a possibilidade de encontrar de uma vez por todas as respostas que procuravam sobre questões místicas e religiosas. O administrador de sistemas, por sua vez, quis saber algo das suas preocupações que lhe era urgente saber: “Pergunta se é errado ser gay e se vou para o inferno pagar meus pecados“.

De novo, o protagonista da história fez saber que ele poderia dar a resposta. “Deus não se ocupa com problemas humanos. Problemas que criamos aqui na Terra, devemos nós resolver. Depois daqui, todos somos iguais. Do mesmo jeito que o rico é pra Deus, é o pobre. Pro mesmo lugar que vai o gay, vai o hétero. Isso vale para o inocente e para o culpado pelas leis terrestres; para a vítima e para o algoz“.

Aí, danou-se tudo para o jovem ainda em estado de letargia. “Ué, um cara rouba o outro aqui na Terra e perante Deus não tem que pagar por isso“, ele quis saber. “Por que deveria“, ouviu a réplica. “Deus criou o planeta, o ser humano e nos pôs pra tomar conta dele. Era tudo grátis pra todo mundo. Precisou, pegou. Frutas bastava ver o pomar cheio, subir numa árvore e se fartar delas; peixes, havia o mar e os rios para se pescar. Dormia-se ao relento, pois, a comodidade do lar não existia para nos corromper a mente e nos fazer pensar que precisamos de abrigo. Não havia propriedade privada e nem o desejo de posse. Era só viver cada dia, satisfazendo no tempo certo suas necessidades com o que Deus deixou para nos sustentar. Quem idealizou a vida de pertences – e até inventou a palavra ‘roubar’ para restringir o ato de pegar o que é de outro – foi o homem com o livre arbítrio que Deus lhe proveu para que ele tomasse conta da Terra enquanto o próprio se dedicava ao que deve ser da natureza do divino ocupar-se com. Um ladrão, que tem impulso de pegar algo que precisa, indiferente de haver proprietário, age mais fielmente à sua natureza – ou seja: ao que Deus cunhou – do que o que limita um território e o chama de seu.

A explicação melhorara. Deu para entender a ideia de naturalidade. Desde que você esteja agindo conforme sua natureza, você não infringe regra nenhuma do ponto de vista de Deus. Na jurisdição do divino não existem comportamentos que só o conhecemos porque um dia o homem fez questão de criar hábitos e atitudes que os fizeram aparecer. Onde esses hábitos e essas atitudes não se justificam ter, o jurista não precisa se ocupar de julgá-los. Provavelmente não há distinção de sexo no plano espiritual, sendo assim, onde se encaixaria a orientação sexual de alguém?

Tava tudo indo muito bem, quando o supervisor, filho de pastor evangélico, resolveu entrar na conversa para se opor ao suposto médium. Já que eles digladiavam-se, ele quis alfinetar. E não estava nem um pouco impressionado com a provável mediunidade em foco. “Você pode até ter razão com relação a ser gay, mas não quanto a ser ladrão“. É claro que sempre puxamos para o nosso lado, mesmo quando queremos ser do contra em uma questão. “Na Bíblia não falam sobre gays, mas falam sobre ladrões. Deus não concorda com o ato de roubar, ou de matar, por exemplos“.

O supervisor teve que ouvir a defesa: “A Bíblia é uma invenção do homem. O homem diz nela o que lhe é conveniente. Os romanos eram contra o ato de roubar, por isso colocaram esse adendo em seu livro de formação e condução moral, que eles se esforçaram para passar para as gerações como livro sagrado e tornar-se conhecido e temido pelo mundo todo. Assim ficaria facilzinho para o Império Romano dominar as multidões até mesmo entre os povos cuja oposição seus soldados não eram eficientes em derrotar”.

Teimoso, o supervisor foi à forra: “Aí é que você se engana, a Bíblia é um livro escrito sob inspiração divina e não pelos romanos. Esses só compilaram e divulgaram o que estava escrito em outras escrituras“. E mexer com gente preparada dá nisso: “Se é um compilado de livros escritos sob inspiração divina, então, não pode haver falha nos relatos daqueles que canalizaram do divino as histórias e os ensinamentos. No entanto, a história da morte do rei Saul aparece no cânon bíblico em três versões: ele suicidou-se (1 Samuel 31), ele teria pedido a um soldado que o matasse com a sua respectiva espada (2 Samuel 1), ele teria sido enforcado (2 Samuel 21). A própria Bíblia diz que Deus é infalível, portanto, ele não podia ter dado versões diversas para um fato que é único: a morte de alguém.

Para não estender o assunto, o encrenqueiro do setor retomou o foco da conversa e finalizou dizendo que a questão da sexualidade passa pelo julgamento humano e só por ele. Deus não iria questionar algo que ele próprio é que permitiu que ocorresse ao homem. Ele próprio deu ao homem livre arbítrio para viver como quiser e sem levar para ele, Deus, qualquer necessidade de julgamento. Seria o mesmo que Deus confessar que ele não é onisciente, onipresente ou onipotente. Sim, ao dizer que o correto é um de dois fatos, por ser possível o incorreto o criador de tudo não o teria previsto. Isso é inconcebível para quem é eterno, onisciente e etc. E também não é concebível mesmo tendo conhecimento de haver o oposto ou o incorreto permitir que ele ocorra para uns e para outros não e deixar que os humanos se separem. A Bíblia diz que Deus busca a unicidade. Ou que se distanciem da perfeição. Deus é perfeito. Isso não é justo. E Deus é justo segundo a Bíblia. Afinal, vivemos na escuridão: ninguém sabe realmente o que faz!

Mas,  o que nos causa dissabores são as diferenças constatadas dentro das sociedades. Porém, até a Bíblia nega que Deus quisesse que fôssemos sociais. Se ele quisesse que vivêssemos em sociedade não teria criado um único casal de humanos e desejado que seus membros vivessem um para o outro permanentemente em um local, o Jardim do Éden. Não seríamos por acaso frutos do pecado cometido por Adão e Eva de comer de um fruto proibido e por causa disso dar início aos filhos e à multiplicação do homem. Começar uma sociedade foi um erro. Pecar é errar em qualquer língua. Deus não erra, mas o homem sim. É de Deus a responsabilidade de reparar nossos erros? É mais nobre perdoá-los e deixar-nos conviver com o erro perdoado de modo a querer, por nossa própria conta, não mais repeti-lo.

Ficou a reflexão: Deus no fundo é comunista e os que pregam em seu nome, os evangelizadores, todos capitalistas muito bem sucedidos, usam de engenharia social baseando-se na Bíblia para se manter no alto da casta dando ordens e recebendo sem trabalhar.

O operador encrenqueiro não confessou que também usava de engenharia social para se beneficiar do ato e intimidar o supervisor com a aparência de que ele poderia sim provar na Justiça o que seu superior achava improvável e por isso recorria a abusos contra os membros da equipe que comandava. Ele já conhecia a história da mulher que morrera em acidente automobilístico e que trabalhara naquele local. Sobre ele intuir o que poderia estar a ser feito na máquina que ia operar era algo de sua experiência profissional como analista de sistemas e ex-chefe de equipe de desenvolvimento de software.

Parte dos argumentos deste texto foi extraída do livro “Os meninos da Rua Albatroz“.

O poder da palavra “gostaria”

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Se tem uma coisa que não tenho paciência para fazer é postar na internet tudo quanto é fato que acontece comigo. Me sinto um velho adolescente. Só por isso. E também um prestador de contas. Mas, esse eu vou quebrar o protocolo para falar de uma coisa bastante interessante que é o poder das palavras. Poder de persuasão, poder de transformação, poder de tudo.

Eu comprava um artigo em um supermercado, item único que me custou R$3,39. E, na hora de passar no caixa para fazer o pagamento, dei R$5,00 para a atendente. Ela se preparava para me voltar o troco, mas fez uma pausa, tendo reparado que havia uma sobra em centavos além dos um real. E me fez a pergunta: “Você gostaria de doar esses sessenta e um centavos para o Hospital do Câncer”. Como que hipnoticamente eu respondi “claro, que sim”. Ela, então, fez outro registro no caixa e me deu a notinha, a qual declarava o valor da doação.

Eu estou sempre fugindo de doar qualquer coisa. Não acredito na intenção das pessoas e nem acho que seja problema meu levantar fundos para qualquer que seja a instituição. Mas, ela usou a palavra “gostaria”. E em tom educado. Aí, foi diferente. Diferente de perguntar “quer fazer uma doação” e me permitir raciocinar se eu quero fazer algo que eu não estava com intenção de fazer naquele momento. Eu queria comprar uma lata de cerveja e só. Diferente de “vamos aproveitar e participar do bolão da Megasena” que os atendentes das lotéricas falam e que te deixa aborrecido por que não te dão na frase uma escolha e sim uma sugestão quase que obrigando sua acatação. Diferente dos chatos telefonemas da LBV ou do Criança Esperança, que podem acontecer a qualquer hora do dia e que de tão estratégico o texto da fala eletrônica não isenta ninguém de imaginar que seja gente rica pedindo dinheiro para dar pra gente pobre. Desconfiável, não?

Mas, ela falou “gostaria”. Ela me deu a chance de decidir. Ela me perguntou se eu teria gosto em fazer uma doação. Me apresentou uma causa nobre. Me fez perceber que o valor era irrisório e que eu tinha condições de doá-lo. Não veio com os 10, 15, 30 reais do Criança Esperança. Essa é a abordagem mais apropriada para se conseguir algo de alguém. Muito melhor do que a que faz aquele que te assusta ao mostrar suas feridas ou o seu sofrimento quando pede esmolas nas calçadas ou dentro dos ônibus. Esses, jamais irão poder contar com o poder da palavra “gostaria”, pois, há a necessidade de ser humilde para usá-la. E você nunca está sendo humilde quando apresenta seus problemas para ganhar algo de alguém, pressupondo que este seja melhor do que você e está em condições de te ajudar, por isso ele não tem que decidir nada, já está tudo decidido por ele. Isso é extorsão.

E, então, leitor, foi útil esta leitura? Gostaria de ajudar a divulgar o meu blog compartilhando-a?

Mais sobre o poder das palavras no livro “Contos de Verão: A casa da fantasia“. Aproveite a black friday no site.