Sei que nada sou

Nossa, como é Drurys! Decidi não escrever mais em blog algum e nem em redes sociais e aqui estou eu quebrando isso. Já que não tem remédio… Mas é só desta vez!

Sei que nada sou, pois, não possuo estabilidade, estou sempre sofrendo transformações. Tudo o que acontece à minha volta é que me faz pensar.

E na minha mente não vão parar só o que observo, cheiro, ouço, toco. Há informações que são captadas pelo cérebro e que estão latentes aos meus sentidos físicos. Junta-se tudo isso no palco dela e forma-se a tempestade que observo, que me tira a concentração, dificulta meu poder de decisão, faz o caos tomar o meu ser, trazendo ansiedade, inconformismo, nervosismo, frustração por ser assim – como se eu fosse diferente de todos os outros seres humanos –, procrastinação, preguiça de terminar raciocínios e desenvolver ideias ou assimilar aprendizados, desmotivação para o passo consciente seguinte.

A maior parte do tempo, a maioria de nós está em piloto automático. E não tem essa de manter atenção plena, foco e outras balelas para se vir livre do caos e ser dono do próprio destino, que os chamados coach adoram lecionar.

A questão é que tudo isso é inevitável. Tanto as causas, quanto as reações. Faz parte da natureza, do materialismo, deste mundo, deste universo. Essa tempestade é tudo o que somos. Somos formados por ela. Não conseguimos nos livrar dessas influências como nos livramos de uma roupa que nos causa desconforto.

Somos o momento que estamos nele. Somos o que sentimos. A interação com o mundo nos emociona e consequentemente nos faz ter pensamentos que irão nos colocar no status do sentimento pertinente a eles.

E eu, como todo ser humano, estou sempre expressando sentimentos diferentes e itinerantes, que vão e voltam.

Somos a opinião que expressamos. É por ela que nos avaliam e nos rotulam. Por isso é bom ser aquela metamorfose ambulante, pois, se nos avaliarem mal após uma fala, quem sabe não melhore isso na próxima? Detalhe: nossos gestos também expressam a opinião que mantemos em dado instante.

E o que opino também está sempre mudando. A parte fixa da minha opinião, ou seja: as minhas convicções, esconde-se no meio da tempestade de pensamentos que me assolam a todo instante. E com isso, eu não consigo manter consistência no que propago.

O interessante é que isso se dá sem eu me contradizer. É como se sempre houvesse novidades no meu caminho, que me convencem que realmente nada sabemos e que o que sei é uma gota, sendo o Oceano o que ignoro.

É fato que isso tudo deva ser levado em consideração com relação ao meio material, ao que diz respeito ao Eu físico. O Eu Superior, que sobrepõe nossa mente e controla nossas ações, é constante e invulnerável ao que nos estimula fisicamente.

Cada vez mais, me distancio do ponto de partida, que já nem sei mais onde fica. E jamais chego a qualquer lugar. Me convenço, então, de que não existe a largada e nem a chegada, só o caminho. E esse caminho é você mesmo.

Essa trilha não é uma linha reta. É, sim, repleta de bifurcações. E como não se chega a lugar algum, quaisquer das ramificações que tomo – e faço isso automaticamente – é por onde eu deveria ir. De modo que não faço escolha alguma, simplesmente vou. E aquele que é realmente quem a gente é cuida do resto, ajeita tudo para que nos adaptemos para viver as experiências do ramo.

Não se paga pena pelas escolhas feitas, pois, não se escolhe nada. Simplesmente ocorre, às vezes, de sofrermos enquanto nos adaptamos ao rumo tomado. É até comum intuirmos coisas como “penei por ter tomado essa direção, mas, no final percebi que era a decisão certa”.

Eu sou caminho, a verdade e a luz
(João 14:6)

Dentro do corpo, cada um de nós é um ator

Escolhemos como ser. E o tempo todo estamos sendo. Os outros reagindo a nós nos mostra como estamos sendo. E a reação deles nos diz se vale ou não a pena permanecer no modo de ser.

Somos o que estamos pensando. Pensando, estamos emitindo irradiações que influenciarão o ambiente, influenciarão os outros ao redor. Isso pode ser bom ou ruim.

Se estamos sendo infelizes, vamos influenciar os outros em torno de nós a serem também infelizes. E isso só aumentará a infelicidade com que já nos encontrávamos. Com certeza o que queremos mesmo é nos livrar da infelicidade, mesmo que extravasando.

Se estamos irados, veremos a ira crescer em nosso entorno. Pode virar violência e voltar-se contra nós mesmos. E se formos conscientes, saberemos que a culpa é toda nossa e que os outros não tiveram culpa alguma sobre suas reações. A forma com que os outros nos tratam é o nosso carma e a forma com que reagimos é o deles.

Às vezes você se acha prestativo demais, cooperador demais e não há reconhecimento ou recíproca. Sai listando uma série de coisas que você faz no dia e que acha que ameniza a vida do outro que fica com as pernas para o ar enquanto você faz tudo.

Mas, é só parar e pensar: quantas dessas coisas somos obrigados a fazer? Vai ver nenhuma. É só deixar de fazer. Sempre reconhecem a importância de alguém quando este se ausenta. E deixar de cumprir com algo que outros se beneficiam do seu comprometimento é ausentar-se.

Quanto do seu dia você passa reclamando ou fazendo julgamentos? É um desperdício de tempo. O tempo não perdoa e voa, amor! E reclamar não traz energia boa, que se possa chamar de felicidade.

Fazer julgamentos, análise dos outros ou de relações é grande bobagem. Se o fizer, não externize, pense em silêncio. Não estimule outros a pensar sobre terceiros da forma que você pensa.

A opinião da gente procede da perspectiva da gente, logo, já não pode ser a mesma opinião se a quem a gente a emite não está em nosso lugar. É como uma pedra que devemos carregar e cuidar para não jogar nos outros, pois, pode machucar.

Ficar pelos cômodos falando alto o que se está remoendo na mente, com a expectativa de haver alguém ouvindo ou a pessoa a quem se dirige o pensamento só faz atrair o que estamos pedindo: infortúnio.

A mente da gente focada em remoeções e julgamentos punitivos só faz nos dar mais do mesmo, pois, o universo entende que é o que a gente quer. Bajular, ser bajulado, excesso de piedade, de melancolia, exibição de decepções consigo, frustrações com a vida, carências, solidão, excesso de altruísmo e de proselitismo.

Tudo isso são coisas que ao longo da vida atribuimos a nós e só nos faz colher sofrimentos porque aprendemos a gostar delas e a achar que elas nos destacam. Devemos nos perguntar se esse tempo todo não mantivemos voluntariamente essas coisas em nossa vida e hoje blasfemamos contra elas. Coisas que contribuem para o aumento da tristeza, o surgimento da depressão. E não melhora em nada a vida da gente.

A vida é o que sentimos. Se nos sentimos tristes, assim seremos até o sentimento mudar. E o sentimento pode ser mudado com a nossa vontade. É o maior processo de cura, diga-se de passagem. A medicina nos distrai enquanto o nosso próprio pensamento nos cura.

Desde que conciliemos o que desejamos com o que queremos, pois, parafraseando Neville Goddard: “Sempre que seu sentimento está em conflito com seu desejo, o sentimento será o vitorioso. Uma mudança de sentimento é uma mudança de destino. A vida não comete erros, e sempre dá ao homem aquilo que o homem se dá primeiro“.

Já tentou em momentos de muita tosse resistir e não tossir, agir como se nada tiver incomodando seus pulmões? Combinando essa prática com uma ida ao Sol, uma respiração profunda e um pouco de meditação e logo o faz-de-conta vira verdade. Estou sempre me saindo bem-sucedido nesse tipo de autocura.

Já viu quando estamos tão tristes, até mesmo chorando, e um fato engraçado acontece perto de nós, de surpresa, de forma que nem dá pra gente pensar no estado que estamos e nos pegamos a rir do fato? É a mesma transmutação de sentimento que acontece quando simplesmente você finge estar alegre e começa a sorrir bem aberto para expulsar de seu Eu a tristeza.

Cada um deve ser si mesmo, os outros corpos já estão ocupados. E só faz sentido ser se for para si mesmo. Deixar os outros para lá com a essência deles. Até mesmo ao apoiar o outro, ao fazer pelo outro, faça pensando em si mesmo, como a estar fazendo para si próprio o que beneficia outro.

Se não houver retribuição, reconhecimento, elogio, nenhuma decepção haverá, pois, se se faz pra si mesmo é você o encarregado de se retribuir, de se elogiar, de se dar o prazer de fazer o bem sem olhar a quem e sem deixar que a mão direita saiba o que faz a esquerda.

Pra finalizar: “Almeje o melhor, prepare-se para o pior e viva o que vier; Só existe decepção quando o pior não é expectativa“.

O Design thinking no combate às perdas da Indústria 4.0

Publicado o novo livro do escritor A.A.Vítor: Os passos da eficiência. Segue sinopse.

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Dois executivos estão prestes a assinar o contrato que irá afirmar a agência de publicidade da qual são sócios e um deles, devido a uma fatalidade, vê entrar em seu caminho um jovem deficiente físico conformado com a vida sem sucesso profissional devido à sua limitação física. Ao ser salvo pelo deficiente do ensejo fatídico, o empresário lega um desejo incontinente de o recompensar. O desejo se torna uma obsessão e o homem faz qualquer coisa para se livrar dela.

Consta que o grande contrato assinado pelos dois sócios exige uma campanha bastante prodigiosa, pois o produto a ser socorrido por meio da publicidade beira a extinção devido ao eminente advento da Quarta Revolução Industrial – ou Indústria 4.0. Buscar uma solução de sobrevivência para um produto com imensa dificuldade no mercado requer a sensibilidade de alguém que em seu dia a dia está a lidar com adaptações. Um deficiente físico é alguém assim.

Nasce desse mote uma imperdível história que narra casos de inovação, aumento de autoestima, motivação e superação focada nos campos do empreendedorismo e das relações interpessoais. Muita ação é vivenciada na trama e garante ao leitor experimentar bastante emoção e absorção de conhecimento e preparo para o futuro que se esboça.

Link para a compra: Clique!

Os passos da eficiência

Publicado o novo livro do escritor A.A.Vítor: Os passos da eficiência. Segue sinopse.

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Dois executivos estão prestes a assinar o contrato que irá afirmar a agência de publicidade da qual são sócios e um deles, devido a uma fatalidade, vê entrar em seu caminho um jovem deficiente físico conformado com a vida sem sucesso profissional devido à sua limitação física. Ao ser salvo pelo deficiente do ensejo fatídico, o empresário lega um desejo incontinente de o recompensar. O desejo se torna uma obsessão e o homem faz qualquer coisa para se livrar dela.

Consta que o grande contrato assinado pelos dois sócios exige uma campanha bastante prodigiosa, pois o produto a ser socorrido por meio da publicidade beira a extinção devido ao eminente advento da Quarta Revolução Industrial – ou Indústria 4.0. Buscar uma solução de sobrevivência para um produto com imensa dificuldade no mercado requer a sensibilidade de alguém que em seu dia a dia está a lidar com adaptações. Um deficiente físico é alguém assim.

Nasce desse mote uma imperdível história que narra casos de inovação, aumento de autoestima, motivação e superação focada nos campos do empreendedorismo e das relações interpessoais. Muita ação é vivenciada na trama e garante ao leitor experimentar bastante emoção e absorção de conhecimento e preparo para o futuro que se esboça.

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Sedução muito pesada

Se autocensurava Ela por causa dos seus oitenta quilos de peso distribuídos pelo seu metro e sessenta de altura. Era uma gordinha simpática. O volumoso corpo não repugnava ninguém exceto ela mesma.

Esse comportamento inseguro fazia com que Ela não arriscasse a dar o passo seguinte em direção a materializar sua vontade de sair com Ele, que ela ouvira das amigas se tratar de um homem maravilhoso, sem preconceitos e que as fizeram se divertir na companhia dele e gozar horrores em casos de sexo casuais. Ela queria ter a vez dela.

Entrara em uma academia de ginástica só para tentar melhorar sua autoestima. Mas, parecia não dar muito certo a investida, pois, logo que o efeito dos esforços físicos passavam ela se via a recuperar a ansiedade, que a fazia comer irresponsavelmente para contê-la.

Entretanto, parece que os seres humanos têm um fusível que quando o desejo é muito forte ele queima e obriga o indivíduo a repará-lo devido à dor incontornável que se sucede. Sendo a forma de efetuar a reparação, mover-se a fazer com que o desejo se cale. Em outras palavras: ir à luta!

E Ela se encontrava com o fusível queimado, precisando restabelecê-lo. E, coincidentemente, nesse dia ela viu à deriva, dentro de um shopping, prestes a subir em uma escada rolante, o motivo de sua aspiração incontinente. Apressou-se, com dificuldade por causa de seu peso, para tomar conta do degrau logo atrás do que ele tomava. Por sorte ele não era daquelas pessoas que sobe degrau por degrau enquanto a escada rola.

ELA: “Ê-ei! Veio comprar um presente para mim?”

ELE, SE VIRANDO PARA ELA SURPRESO COM O CHAMADO:

“Olá! Como vai?”

ELA, VENCENDO BRAVAMENTE A TIMIDEZ:

“Muito melhor agora que você está me dando atenção.”

ELE, NOTANDO O AR DE CANTADA E JÁ ARQUITETANDO UM PLANO PARA POR EM PRÁTICA UMA TRANSA EXCÊNTRICA:

“Que bom te encontrar, preciso mesmo de uma ajuda feminina.”

ELA, PRECIPITADAMENTE VENDO SUA SORTE FRACASSAR:

“Po… pode contar comigo!”

No segundo pavimento do estabelecimento comercial eles entraram em uma loja de roupas femininas. Nela, ele pediu para a colega de trabalho escolher uma langerie que ele daria de presente para uma mulher que por acaso tinha as medidas parecidas com as dela.

Ela escolhera, casuísticamente, a vestimenta íntima, pois, ficara explícito para ela que o rapaz era acessível à pessoas do porte dela.

Em aproximadamente vinte minutos a escolha foi feita e a compra efetuada. A moça ficara bastante feliz com a execução da tarefa imprevistamente lhe conferida. Lamentou não poder ser ainda mais útil e invejou a sorte da felizarda que vestiria a roupa que ela ajudara a escolher.

ELE, ABRINDO MÃO DE QUALQUER RISCO DE CRIAR UMA SITUAÇÃO DESCONFORTANTE:

“Agora, preciso ver como fica com a pessoa vestida com essa langerie. Será que está a seu alcance essa tarefa?”

Na cabeça dela ele só poderia estar falando de irem para um motel. Em nenhum outro lugar ela poderia colocar a langerie para ele visualizá-la vestida nela. A adrenalina que surgiu lhe deixou trêmula. Com muita dificuldade ela respondeu positivamente a ele.

E do shopping eles partiram para o motel ao lado. Onde ela experimentou a roupa, matou seu desejo de transar com ele, reconstituiu seu fusível controlador de ansiedade e ainda ganhou uma langerie nova. Que ela própria escolheu.

Extraído na íntegra do livro “Todo o mundo quer me amar“, uma seleção de crônicas eróticas, sedutoras, empreendedoristas, românticas, mágicas e divertidas.

Por que é temida a hora de partir?

Antes de dormir o chá de camomila e o exercício espiritual de alinhamento de chakras. A noite é tranquila e repleta de bons sonhos. Isso após a turbulência da experiência de quase-morte.

1Eu vou me embora / É chegada a hora / Não, não chore / Nem me faça chorar
O que é tristeza / O que é saudade / Me responda / Com justiça e não com lágrimas
E se lembrar de mim / Faça com o mesmo ardor / De uma canção feliz / De uma canção de amor

Eu não sei ao certo se isso é típico da velhice contemplar experiências de quase-morte. Tenho feito essas coisas constantemente nos últimos dez anos. E é o que me alivia o choque com minha realidade insípida, fracassada materialmente e a conflitar ideologicamente com o que percebo ser o que os donos do mundo tecem para a humanidade sujeitar-se. Idem o fato de a maioria das pessoas aceitar a submissão. E muitos de boca boa.

A morte me cairia bem nessas horas, não fosse o sentir-me preparado, com todos aqueles que sentirão minha falta ou que dependem de eu estar vivo amparados por eu ter estruturado minha partida.

2Depois que eu envelhecer / Ninguém precisa mais me dizer / Como é estranho / Ser humano nessas horas de partida

O corpo estendido na cama, pesado, totalmente relaxado após o alinhamento de chakras. Ausentes os sentidos até que o formigamento aparece junto com o sufoco. Uma pressão sobe peito acima. Vai até o topo da cabeça e parece que o cérebro expande devido a um vórtice que começa a girar dentro dele querendo sair para o espaço.

Uma dificuldade respiratória digna de um afogamento solavanca. Passagens da vida vêm à mente. Coisas que vivi, coisas que terceiros me fizeram vivenciar na imaginação. Tudo se passa como se tivessem sido a mesma experiência de observação. Daí se vê que somos todos um.

3Um vento frio assobia / Me arrepia / E me faz lembrar / A hora que eu nasci
E a calmaria rígida / Vislumbra a morte que eu nunca vi

Então, vem a hora da decisão. Sinto que se eu não frear a sensação não será só uma experiência fora do corpo. Sinto que irei fraquejar e poderei não voltar para Malkut. Deixarei de ser observador neste mundo. Passarei a ser um dos que observam quem observa.

4É o fim da picada / Depois da estrada começa uma grande avenida / E depois da avenida / Existe uma sorte, uma nova saída / São coisas da vida / E a gente não sabe se vai ou se fica

E é nesse ponto que bate o ainda ser humano. As responsabilidades vêm à tona na memória física da gente. Tem os desamparados para amparar. Sua saúde ainda é de ferro, as finanças não fizeram chegar pra você a miséria, a intolerância com a imperfeição dos outros você já é capaz de conter a depressão que isso traz. Para que o desespero em partir?

Escolho voltar. Retomo o objetivo de durar o mais possível no plano material. E a recompensa pela decisão sábia é o prazer enorme que a prática de quase-morte me dá toda vez que eu a contemplo. Talvez eu o faça só por isso.

TEXTOS INCINDENTAIS
1 e 3 – Estrofes da música “Toda a nossa vontade”. Lobão, Sob o Sol de Parador. 1989.
2 e 4 – Estrofes da música “Coisas da vida”. Rita Lee. Entradas e bandeiras. 1976.

Depois da missão cumprida

Assisti o vídeo de despedida do Fusca, produzido pela agência Johannes, a pedido da Volkswagen, e veiculado nos Estados Unidos.

A animação ao estilo Andy Warhol possui apelo emocionante e fecha com uma apoteótica ascensão do Fusca ao reino de onde veio, o da imaginação, tendo “Let it be” dos Beatles tocando ao fundo.

Com todos nós acontece o mesmo com o advento da morte: voltamos ao reino onde todas as coisas são imaginadas. O reino da criação.

Lá está o eu superior de cada um de nós, que é a consciência por trás da nossa observação e da nossa mente. Ela faz parte de uma consciência maior, que concebe tudo o que há no universo que desfrutamos e se divide em consciências individuais para o fim de usufruir, observar, captar sensações provocadas pela sua própria concepção.

Deve ser qualquer coisa surrealíssima essa situação de existência, na qual se coexiste diretamente com seres e objetos de todos os tempos. Tempos que já se foram e que estão por vir. Idem os objetos.

Um paraíso onde os viventes nele desfilam em formas diversas, incluindo a de inteligência ou energia pura. Em cores, sabores, cheiros, texturas e melodias oníricas, espirituais. Sem qualquer dependência temporal ou espacial. Onde tudo é flúidico, a nitidez não é importante e os limites da física são extrapolados.

Tudo é presença nesse lugar, vamos assim dizer. E é possível uma presença definida como a de um ser humano atravessar uma parede e seguir seu curso. Voar a altura impressionante e rumar em queda livre a um mar de rochas.

É isso o que nos espera após a morte. E por causa disso, em vez de aflição e medo do pós-morte deveríamos sentir é anseio. Lutar, é claro, o mais que puder para se manter vivo o máximo de anos aqui na Terra. Mas, dar de mão completamente de toda programação mental que recebemos sobre a morte e que nos faz viver mais limitados do que já nascemos predestinados a ser.

Fundando uma religião – Pt. 1

Me agradou demais o último texto que publiquei. Resolvi, então, ir mais a fundo e criar uma doutrina inteira do que pode vir a ser uma religião. Na verdade um estilo de vida, mas, você se dignaria a clicar no título para ver a postagem se ele fosse “fundando um estilo de vida” nesses tempos em que estamos coletivamente à beira da morte?

Bem, se vivermos despreocupados com a morte vamos aproveitar mais a vida. Certo? Ninguém sofre por causa do que ignora, sofre por causa do que considera.

Eu gosto muito, inclusive, de citar aquela frase do Steve Jobs: “A morte é a maior invenção da vida“. Ele quis dizer com ela que se encararmos a vida como um jogo – de videogame como era a praia do Jobs – teremos os elementos prêmio, castigo e fases. Cada fase que passarmos receberemos um prêmio e as que não superarmos: o castigo, o que encerra o jogo.

O castigo da vida é a morte. E todos sabemos que se recebermos este castigo por fracassar em uma fase não teremos oportunidade de jogar de novo. É raro quem o tenha. Menciono os que chegam a ficar dias em coma e voltam.

Daí você percebe que Jobs foi bastante observador e teceu muito bem sua definição para a morte a chamando de uma grande invenção. Podemos dizer que a morte nos motiva a viver. Prorrogar o surgimento dela é o objetivo de cada fase da vida que atravessamos.

Nos obrigaremos, inexoravelmente, a priorizar a qualidade de vida, a fim de sairmos vitoriosos. Buscaremos aprender bastante desde cedo; estar preparado para o desafio de ir longe na jornada; ter porte atlético e saúde inabalável; alimentar adequadamente; portar todas as informações que necessitaremos no caminho, sendo capazes de absorver as que forem se acumulando; cuidaremos do próximo pois ele poderá ser útil ao nosso sucesso e nós ao dele.

Não teremos tempo para mesquinharias, preconceitos, brigas e desafetos, uso de drogas e outros vicios. Planejaremos cada dia, reduzindo o máximo as imprevisões. Minimizaremos os riscos de acidentes, já que a meta é se manter vivo e íntegro. Evitaremos comportamentos que conflitam com o alcance do objetivo.

Quanto mais fases passarmos, mais vitoriosos seremos. Desfilaremos no ranking dos grandes campeões. Em igualdade de condições com qualquer outro jogador. Um magnata que conseguiu chegar aos 80 anos de idade e morreu trilionário, com relação ao objetivo de superar o máximo de fases ele não teria sido melhor do que quem chegou no mesmo topo e morreu paupérrimo. Até nisso a morte nos nivela. E diz pra você: “não é o dinheiro o que importa ou o que vai te deixar mais motivado a viver muito”.

O dinheiro melhora o estar vivo, não dá para negar. Facilita a complementação de tarefas e os cuidados para se manter vivo. Mas, isso só é perceptível por quem o tem.

Quem não o tem vive como pode e se chegar à alta idade é porque as cifras não foram relevantes, puderam ser substituídas por outras de igual valor, que às vezes nem nos damos conta dessa substituição.

Bom, dividi a postagem em partes exatamente para que os textos não fiquem longos e incompreensíveis na íntegra devido ao cansaço que a leitura em meio eletrônico costumar causar. Nesta primeira parte fiz só um esmiuçamento do que foi discorrido na postagem que a originou.

No próximo texto serão abordadas as principais questões que devem ser destituídas quando o assunto é viver sem o assombro da morte. Questões espíritas, como “vida após a morte” e “vidas passadas”, e de outras religiões. Questões filosóficas, políticas e científicas. Questões geológicas, como “mudanças climáticas” e “inversão dos polos magnéticos da Terra”. Questões pertinentes da Física Quântica e do Ocultismo.

Tudo isso será abordado para o fim de introduzir-se o estilo ideal de vida para esses tempos em que estamos perto do fim do mundo.

O poder avassalador de transformar a realidade que o orgasmo tem

Todo orgasmo faz surtir algum efeito no experimentador. Saúde, prazer, alegrar células e fazê-las trabalhar melhor, equilíbrio mental ou emocional, expansão dos sentidos, experiências espirituais.
Magos utilizam o orgasmo para operar na realidade. Seria possível para eles fazer modificações no meio externo em seu benefício com as energias do prazer sexual.
Essa proposição seria maravilhosa e estaria ao alcance de todos os humanos se o conhecimento do modo de operar fosse de domínio geral. Entretanto, soa fantasioso demais alguém mudar o curso de sua história, quiçá de outras pessoas também, bastando estar em transe orgasmático.

Sendo dono do próprio destino

Como as pessoas te tratam é o karma delas; como você reage é o seu
(Trulshik Rinpoche)
O provérbio tibetano atribuído ao dalai lama Kyabje Trulshik Rinpoche nos ajuda a lidar com a lei da ação e reação. O bater de asas de uma borboleta na América do Sul pode provocar um terremoto no Japão. Logo, a borboleta tem que meticular seus movimentos, pois, ela pode determinar o destino de muita gente de olho puxado lá no Oriente.