À esquerda, os melhores clientes 

O sujeito esquerdista gastava uma grana boa por fim de semana em um bar. O bar trabalhava com comida e bebida recreativas, que como sabemos são supérfluos, não têm valor nutritivo e algumas até fazem mal a saúde. 

O dono do bar era um eleitor do Bolsonaro padrão, ou seja, cooptado através de marketing político e assimilador assíduo de notícias falsas contra as Esquerdas. Sem consciência política afim e sem QI médio pra questionar certas incoerências na pregação do bolsonarismo.

Certa vez ocorreu um bate-boca feroz entre o esquerdista e alguns dos clientes do bar por causa de intenção de voto. O esquerdista desafiou os bolsonaristas a explicar o que Lula roubou dos brasileiros e o motivo de ele estar livre para concorrer à presidência da República e citar um único feito de Bolsonaro no seu atual mandato que valesse para todo brasileiro. Caso os bolsonaristas dessem respostas válidas, o esquerdista destinaria seu voto ao Bolsonaro. 

Como era de se esperar, os bolsonaristas não explicaram e nem citaram nada em favor do Bolsonaro. E cada vez mais se viam pagando mico por sustentar uma militância e opção de voto pra lá de idiota. O dono do bar vendo aquilo quis defender os clientes afinados com sua preferência de voto e aos gritos esbravejou-se contra o esquerdista e ainda o humilhou em público com dizeres improcedentes totalmente fora do contexto. 

O esquerdista gastava naquele bar mensalmente muito mais do que qualquer bolsonarista que ia nele. Não reclamava de preço, não difamava o bar, era constantemente roubado, mas mesmo assim relevava em nome da política de boa vizinhança e boa condução do capitalismo.

Foi, no entanto, o ensejo, a gota d’água. Ele não era nenhum masoquista e vitimista como são os bolsonaristas. Pagou a conta que abrira àquele momento e falou para o dono do bar que não voltaria mais ali. E que qualquer que fosse o ganhador da eleição para a presidência, a vida dele em nada mudaria, continuaria a beber sua cerveja e a pagar suas contas, pois, não dependia de político para isso. 

E recomendou ao dono do bar que ele repensasse suas atitudes e priorizações pra não perder mais esquerdistas porque irá precisar deles para manter em pé seu bar caso seu candidato ganhe. 

A maioria dos eleitores do Bolsonaro é evangélica, este eleitorado não bebe álcool, não frequenta boteco. Os eleitores que bebem, votarão em Bolsonaro olhando para os seus interesses econômicos. Muitos são empresários em busca de favores, proteções comerciais e prioridades de investimentos. Isso se dando, irão atrás de um status social que apontará automaticamente que frequentar o bar em questão não seria algo frequente por ser se declarar povão.

Não se consegue demonstrar nem desenhando ao bolsonarista, mas o bolsonarismo usa o pobre, mas não o tolera. Disfarça, mas não tolera o povão. E não se deixa de ser povão só porque votou desavisado no Bolsonaro. 

Eis aí uma demonstração bastante persuasiva do quão poderosa é essa arma que todo eleitor, na qualidade de consumidor ou de trabalhador ou de contratador possui: o poder de decidir quem irá se beneficiar com o seu dinheiro, sua amizade e sua participação na sociedade.

George Soros vai morrer

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George Soros inaugurou uma matrix de comportamento para os investidores. Esta leva em conta a especulação financeira. Conforme o mega empresário, se o mercado está caótico, se ganha mais dinheiro do que com ele estável. E aí: metem bomba no mercado.

Isto significa que não é a produção que sai de uma fábrica para a venda o que abastecerá o empreendedor dela de lucro. É, sim, a virtual capacidade de produzir.

A produção muitas vezes não expressa essa capacidade. Ela é o resultado dos dias trabalhados pelos empregados e do que não foi perdido durante o processo fabril. Os refugos até que podem ser reaproveitados – ou até mesmo vendidos –, mas, as horas não trabalhadas pelo contingente operário não se recupera. E nem se vende.

Diante dessa ineficiência natural e irremediável da obtenção de produtos é que o mercado de especulação opera. Quanto maior a capacidade virtual de produzir que uma empresa ostenta, mais procuradas são suas ações, uma vez que passa ela a impressão de solidez e de que durante muito tempo a companhia estará existindo no mercado.

Estaria ela sem qualquer risco de falência e consecutiva perda de investimento para o acionista. Caso, é claro, o segmento de negócio tenha elasticidade animadora.

Exceto se uma condição especial acontecer. Para uma fábrica criar uma virtualidade de produção, imprescindivelmente que atraia interessados em se associar a ela mediante compra de ações, basta criar uma estrutura que sugira suportar milhares de operários, milhares de postos de trabalho. Mesmo com vários deles fora de operação.

Como é um risco muito grande para qualquer empregador assumir deveres salariais com milhares de pessoas, o salário destas incondicionalmente tem que ser pequeno. Esta é uma razão pela qual no mundo todo, cada vez mais, o operário ganha pouco e enriquece os patrões. Que faturam com sua força de trabalho e com a especulação financeira.

É também a razão de haver muita demanda falsa sendo propagada ou até mesmo atendida pelas empresas; muita rotatividade de contratação e demissão; muito funcionário fantasma ou ociosos compondo as folhas de pagamento sem o patrão reclamar. Fazer parecer que tem grande quadro de colaboradores operando atrai mais dinheiro do que realmente ter.

E explica também – uma das explicações – porque certas funções que podem muito bem serem automatizadas são mantidas em sua maior parte legadas à mão-de-obra humana. Os call center, por exemplo, podem fazer seus atendimentos com margem maior do que 80% automatizados. E é o segmento de negócio que mais emprega.

Às vezes, para ganharem do governo incentivos fiscais e deduções de impostos e com isso melhorarem ainda mais a rentabilidade, empresas com contigentes gigantescos de empregados vendem para políticos essa suposta realidade. Administrações públicas que experimentam quadro de desemprego alto fadam aos políticos insucesso na carreira e aos partidos dificuldade de aprovação pelo público. Por isso, eles se rendem à deficitar o orçamento público em nome de empregabilidade fictícia.

Uma máxima do Liberalismo Econômico, doutrina defendida por Adam Smith, onde no século XVIII negava a participação do Estado na economia, deixando-a aberta a liberdade de iniciativa e concorrência, é que empresas com grande quantidade de postos de trabalho são arriscadas para os governos de qualquer esfera.

Além de elas chantagearem os governos em busca de isenções, se elas falirem elas criam um colapso total na região onde operam. Há casos em que uma fábrica sustenta 80% da empregabilidade direta e indireta de um município.

Com isso, vale mais ter quatro empresas em condições reais – sem precisar mamar nos cofres públicos para realizar seu exercício – de empregar mil pessoas do que uma que empregue quatro mil. Além do que, quanto menos empregados uma companhia tem para pagar, graças a necessidade de rotatividade baixa – não dá pra perder tempo treinando substitutos – maior é o salário.

O que não pode nunca acontecer é a classe operária tomar consciência disso e simplesmente se negar a ocupar postos de trabalho de empresas com contingente gigantescos de operadores. Com toda certeza há muita vaga nelas porque elas participam de esquemas de especulação financeira com base nas aparências.

Aí a casa cai pra todo mundo! Dá-se o colapso financeiro mundial. A matrix George Soros morre. E só quem pode tirar o mundo dessa encrenca é o trabalhador.

Numa operação de socorro de mercados, o trabalhador ganha voz. Pode fazer exigências. E uma delas fatalmente seria pagamento de salários justos. Pagando-se salários justos, decreta-se o fim da linha para o mercado de especulação.

Tudo voltaria a ser como era antes de este ter iniciado suas atividades, cuja maior ênfase dessas atividades fora nos anos 1990.

A questão é: como faria o trabalhador para dar um ultimato desses? Ele depende de emprestar sua força de trabalho para obter o que precisa. Essa característica do início do Trabalho permanece. É do seu emprego que o operário retira a receita para praticar o seu consumo, para pagar o seu sustento.

Uma saída seria trocar de posição, virar também patrão. E submeter-se aos mesmos problemas com relação à mão de obra – caso não vá esse novo patrão operar sozinho em sua empresa – e ainda enfrentar a concorrência maior do que o normal, já que outros trabalhadores estariam na iminência de optar pelo mesmo.

Logo: virar patrão não é uma saída infalível, derradeira.

Estamos vivendo a época dos multibilionários. Pouca gente que ganha bilhões de dólares mensalmente. Será que há alguém no mundo que faça algo tão importante para a humanidade que o justifique ganhar tanto?

Quanto esses sujeitos gastam por dia para garantir seu sustento e caprichos? Será que consomem toda quota diária que sua remuneração mensal lhe lega?

Pesquisa publicada no livro “O pequeno livro do dinheiro”, de David Boyle, informa que a camada útil mais pobre da sociedade mundial vive com menos de dois dólares por dia. Cotado a R$ 4,105 a compra, conforme o Kensaq.com, no momento em que esta postagem foi redigida, significa viver com R$8.210 diários.

Um brasileiro que dá razão a dizerem que ele vive com essa quantia diária é justo pagarem para ele um salário mensal de R$246,30.

Entretanto, algumas observações devem ser feitas. É óbvio que esse brasileiro não possui endereço fixo e nem trabalha formalmente. Aquele que assim trabalha, só a passagem de ida e volta do trabalho, que ele recebe incluida em seu salário, já dá isso. Somado ao vale-refeição e outros insumos trabalhistas e mais o consumo diário de seu domicílio, se chegará facilmente a um valor que se ele ganha o salário mínimo – R$998,00 – ele não fatura. O salário em questão gera a fração de R$33,27 por dia e o mínimo que a conta sugerida expressa é de pelo menos R$50,00.

Logo, assim como o patrão não produz o que para as bolsas de valores ele sugere produzir, o empregado médio – considerando o assalariado – não recebe pelo que gasta mensalmente. Como é que ele consegue equilibrar essa fórmula?

Bem, há um segredo a ser revelado aqui. O qual leva a pensar que vivemos num ambiente capitalista, mas, somos suportados por medidas típicas do Socialismo. De outra forma, este país – o Brasil – já teria falido na prática também.

Se você se interessa pelo avanço dessa dissertação em uma nova postagem, deixe uma reação para prosseguirmos. Cinco curtidas ou comentários e a gente segue em frente!!!!

Leia o livro “Os meninos da Rua Albatroz”.

E NUNCA PERCA NOSSAS POSTAGENS!

O Sol perto dos olhos

Ninguém é inútil, pois, neste exato momento, em alguma coisa, estamos substituindo algo ou alguém. Por exemplo: Quem está desempregado substitui no banco de espera por uma vaga alguém que conseguiu um emprego. É a vez dele de se por à disposição dos empregadores, quando estes precisarem substituir um funcionário.

Um homem de negócio não pode substituir ou ser substituído nesse exemplo, mas, dentro do campo dele a mesma analogia se segue. O atual diretor de uma empresa substitui seus antepassados. O pai falecido ou aposentado, que criou o negócio depois que deixou de ser empregado de alguém que o teve de substituir quando ele se transformou em um concorrente, pode ser o substituído. Nisso acontece mais substituições. Quando, por exemplo, uma empresa engole seu concorrente ela o substitui.

Tenhamos em mente agora um homem que iniciou um negócio inovador. Alguém que não engoliu concorrente algum, ele simplesmente pôs no mercado algo que não existia. A quem ele substituiu? Ilustremos, para chegar a essa resposta, com o cenário que mostra o dia-a-dia de uma comunidade onde precisam os moradores ir a um ribeirão com latas d’água na cabeça para buscar água. O empreendedor da história inventou um meio da água ser transportada por um duto coletor até uma grande caixa d’água, de onde os moradores recebem o líquido por meio de dutos distribuidores.

Ele substituiu um método, mas prevalece a analogia: “estamos sempre substituindo algo ou alguém“. Enquanto fizermos assim somos úteis. Quando não somos capazes de aparecer com um aparato inovador para modificar um jeito de fazer as coisas, facilitando-as, então, temos que ser capazes de nos por à disposição de alguém que precisará de quem o ajuda a operar o negócio que criou.

O que não se pode fazer é ficar parado, à espera de uma luz que apareça no final de um túnel. Assim estamos substituindo o ocioso e inerte que deixou a vaga para se transformar em um substituto em ação. O problema é que nessa condição de ficar à espera não se sabe o tempo que se pode permanecer nela.

A luz é algo que queremos sempre alcançar. Mas, infelizmente, o que tanto queremos enxergar nos cega quando está muito perto. É uma ironia isso. E há outra particularidade da luz que não interessa à pessoas que se põem em ação: a luz quando chega até nós traz-nos o passado. Sim, o que vemos brilhando no céu já passou. Está vindo em nossa direção e se chegar até nós algum dia estará mais velho ainda. E só nos depararemos com um passado levemente mais recente caso nos enveredarmos a ir em direção à ela enquanto ela vem até nós. Encontraremos com o passado do mesmo jeito. E o passado não nos ajuda a modificar as coisas pra ninguém e também não nos coloca à disposição de um empregador para que nos utilize porque estes estão sempre com questões inéditas para resolver.

Enquanto nos dignamos a apenas contemplar a luz e torcer para que dela venha alguma ideia que nos faça chegar à nossa própria fórmula do sucesso, as outras pessoas vivem o sucesso que podem viver substituindo outras ou se pondo à disposição para substituir. Ou seja: sendo útil. É preciso fazer essa reflexão, aquele que prioriza esperar em vez de agir, antes que o Sol o cegue os olhos por ter se aproximado bastante. As melhores ideias que surgiram às melhores cabeças que já existiram e que se transformaram em coisas de grande utilidade ocorreram enquanto seus mentores substituiam alguém, exercendo uma função, ou se punham à disposição para fazê-lo. E o momento que o Brasil vive requer que hajam bastante pessoas que pensam e agem assim.

Teria a Escola de Frankfurt nos trazido o nosso admirável mundo novo?

Neocapitalismo. É nisso que eu estava pensando quando eu quis escrever esta postagem. O capital transformado, disfarçadamente, em instrumento de manutenção de políticas socialistas. Garantia de empregabilidade e, contudo, consumo à vistas grossas. Levando ao extremo a engenharia social tal qual foi imaginado por Aldus Huxley em seu livro “O admirável mundo novo”. Sem qualquer tipo de revisionismo. Sem, inclusive, deixar a engenharia genética e alimentar de fora. E com direito, tirando-se as máscaras dos mantenedores do problema, à administração de drogas na sociedade. Nada de Soma ou de ácido lisérgico, diga-se de passagem. Outras drogas sintéticas, mais vagabundas, é o que usam.

E aqueles alemães marxistas encripados – Max Horkheimer, Rosa Luxemburgo, Theodor W. Adorno, Herbert Marcuse, Friedrich Pollock, Erich Fromm, Otto Kirchheimer, Leo Löwenthal – que costumavam pensar o mundo para a geração deles para frente dividirem, será que eles eram mesmo visionários ou será que o que fizeram foi influenciar com força gente que sempre teve as rédeas do mundo na mão e resolveu empregar as ideias que essa trupe colocava em pautas de discussão nas sombras da Escola de Frankfurt?

Estamos vivendo uma Era em que não só o emprego tradicional evaporou-se, mas, também os costumes antigos, que o tornava viável. Ninguém mais quer trabalhar na linha de produção de uma fábrica. E ninguém mais quer comprar o que se produzia nessas fábricas. Todos que estão para começar em um emprego agora quer ser algo especial. Se é que ainda há alguma ocupação que se possa dizer ser especial. O mais perto que se possa chamar de atividade operária é a função de um operador de telemarketing que exerce suas tarefas em um contact center.

Será que tem consumidor suficiente para todos os veículos zero quilômetros que ainda saem da indústria automobilística? Parece que venda garantida só têm os lotes de smartphones e tablets, que no Brasil já chegam montados. Nem tudo na prateleira dos supermercados encontra outro destino que não apodrecer por ali mesmo. Cobrir o corpo com tatuagens está mais na cabeça da humanidade de todas as idades do que visitar uma antiquada loja de roupas.

E enquanto a mudança de comportamento das pessoas carcome o capitalismo, este sobrevive com uso de uma estratégia: mercados de mentirinha. Economia planificada sendo chamada de neoliberalismo na base da distração oferecida pela mídia.

Para sermos claros, sempre o capitalismo contou com argumentos que faziam com que os mercados sempre estivessem aquecidos. Mesmo sem haver necessidade alguma, o consumidor ia às compras para satisfazer o ego atiçado pela mídia. Fora a necessidade de consumo imposta pelas datas comemorativas, que tornam as pessoas reféns do comércio, algumas vezes ele ouvia dizer que seu tênis estava fora de moda e por isso ele comprava outro. Outrora ele caía na lábia de que a validade do produto era de certa quantidade de meses. Por vezes, os recursos existentes no novo modelo de televisor não estavam presentes no antigo e por isso era necessário trocar o aparelho para poder usufruir dos recursos que todos estavam usufruindo.

Trocavam tecnologias, entradas de tomadas de cabo elétrico para atender a supostas normas de segurança baixada pelo Governo ou pelo Inmetro ou para “salvar o meio-ambiente”. Você mesmo pode se lembrar de mais táticas. Com o celular ainda fazem todas essas coisas. Jogavam sujo, mas, ninguém percebia, só acatava. E assim se garantia saída para tudo que passava pelas linhas de produção.

E já que citei o segmento de contact center, vamos exemplificar por ele como é esse processo de demanda de consumo forçada nos dias de hoje.

Compreende-se que os call center são mantidos pelas ligações que atendem. O negócio deles é atender ligação. Por exemplo, um call center que atende para uma operadora de telefonia móvel precisa que os clientes dessa operadora necessitem fazer tais ligações. A própria operadora poderia fazer esses atendimentos, mas, a terceirização é forçada pelo órgão regulamentador do setor, que usa o paliativo da empregabilidade e obriga as operadoras a cuidar só de sua prestação de serviços. Assim se gera motivo até mesmo para a existência do órgão regulamentador e, por conseguinte, dos cargos existentes dentro da organização.

Só que se a operadora prestar infalivelmente seus serviços, como manda uma das premissas do capitalismo, o cliente jamais precisará ligar para reclamar de alguma coisa. Entra em cena, então, alguns remendos para gerar ligação para contact center. O primeiro deles é a interrupção arbitrária dos serviços. O cliente imagina que está sem sinal para fazer ligações ou acessar a internet por puro ossos do ofício da tecnologia. Mas não: o sinal foi cortado propositalmente para clientes específicos ou para uma região inteira, assim, haverá pessoas ligando para reclamar e solicitar providências. O curioso é que para ligar para o call center as antenas ajudam e sempre há cobertura.

Outra tática: contas de telefonia têm propositalmente seus valores errados para maior. Ninguém deixa barato quando o problema é pagar mais e para aproveitar disso a URA dos números de atendimento das operadoras fica de prontidão para transferir para um atendente humano a chamada. SMS carregando falsas mensagens e solicitando a ligação para um asterisco qualquer coisa aterrorizam diariamente quem é cliente de operadoras de telefonia móvel. O objetivo é ele ligar para receber a informação de que fora um engano e que ele pode desconsiderar. Não era melhor ficar em paz, sem ligar para call center, se já se sabe que o recado é improcedente? Tem gente que liga para verificar se procede um SMS que recebeu dizendo que lhe estava reservado um prêmio de milhares de reais, bastando ele ligar para a operadora para tratar de pegá-lo. Golpe sujo e antigo para fazer pessos ligarem e ainda tem quem perde tempo com confirmação da mentira.

Há outros estratagemas de invenção de demanda nesse segmento de mercado, como, por exemplo, pessoas receberem cachê para passar o dia ligando para call center, digitando um número de telefone pré-conhecido por SMS enviado pelo call center, contendo a reclamação a fazer e os dados do verdadeiro dono da linha para validação pelo atendente a quem for dirigida a chamada. Muitas vezes o impostor é orientado a solicitar ativações de plano ou de forma de pagamento do tipo Conta On Line e quando o problema aparece ao verdadeiro dono ele se vê obrigado a ligar para o call center para desfazer a ativação indevida. Ser cliente de operadora de telefonia móvel é passar por muito desaforo e ter bastante chateação e perda de tempo com ligações não programadas.

Olhando pra isso, pensamos: Mas, a operadora é quem paga o atendimento, porque ela permitiria esses golpes? Não é possível que ela não sabe que acontecem ligações frias para ela pagar. E há também o fato de ela arriscar perder seus clientes por causa desses descasos com o consumidor. Porém, há suspeitas de que as operadoras são condecendentes com o assunto porque elas são recompensadas com incentivos fiscais oriundos do Governo por sustentar empregos. Em outras palavras: redução de custos de operação e lavagem de dinheiro. Diante a essas informações não oficiais, mas, contundentes, não é de se admirar a razão de o Governo Temer ter dado dinheiro para as teles. Elas, no mínimo, ameaçavam acabar com o esquema, dizendo que a crise estava brava e que seria cada um por si, e com isso haveria desemprego massivo.

E o cliente não foge porque todas as operadoras atuam da mesma forma. Todas são a mesma coisa. O desconforto que se encontra em uma, se encontra propositalmente noutra. E, depois, a população está escravizada demais ao uso do celular para ela mover-se contra esse império do mal e cobrar qualidade e descência desse mercado. Tanto no quesito prestação de serviços, quanto taxas cobradas, quanto atendimento de CRCs. Se precisam gerar emprego e a solução está no atendimento de telefones a culpa não é do consumidor. Podem muito bem deixar o atendente de plantão esperando pela ligação sem que ele seja obrigado a atender, quase que sob chicotadas, chamadas inventadas, de gente que não quer nada, e receber seu salário mínimo do mesmo jeito que não vai afetar o faturamento do call center, já que ele tem o seu faturamento mínimo garantido pelo Governo.

E por ser a demanda do setor de atendimento por telecomunicação um produto inventado, os trabalhadores da categoria ganham baixos salários e são submetidos a condições de escravo em seu dia-a-dia nos call center que participam desse esquema. Até o sindicato dos trabalhadores da categoria entra na corrupção para fatiar o bolo e com isso não têm os trabalhadores a quem recorrer para melhorar sua realidade de servir de boneco em uma peça teatral, cujo tema é chamado de rotina de trabalho ou de administração de empresa. Quiçá de um país!

Esse é só um caso dos muitos de demandas fictícias para sustentar empregos e criar consumo para vitalizar o capitalismo. Há outros de igual forma inventivos. Se pensarmos bem, focando nesse exemplo, todos os operários são funcionários do Estado, pois, recebem salários pagos com dinheiro oriundo de benefícios fiscais. Uma sociedade onde o Estado controla o mercado, como a pensada pelos marxistas, é socialista. O socialismo direto é que é honesto, por que não discutí-lo com a sociedade e implantá-lo?

Haverá neste blog outra postagem sobre esse assunto, mostrando a engenharia genética empregada para gerar consumidores e como a cultura e as artes se aliam ao capitalismo para torná-lo vivo. Táticas desenvolvidas informalmente pelos filósofos da Escola de Frankfurt. Se você se interessa por esses assuntos, comente ou curta a postagem!