Como eliminar 7,5 bilhões de pessoas sem uso de guerra: Feminismo

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Na Alemanha, em Frankfurt, no Institut für Sozialforschung – Instituto de pesquisa social – o diretor supremo assinava o contrato de mais uma demanda dos serviços de engenharia social que prestava a instituição que ele dirigia. À grande mesa, pensadores convocados para uma reunião de brainstorming pensariam a estratégia que satisfaria a necessidade do cliente.

  • Senhores! O governo de certo país tropical identificou em seu orçamento previdenciário que sua Previdência falirá em menos de vinte anos e levará junto para a bancarrota o próprio país. Existe recebendo do governo na nação uma quantidade enorme de aposentados, gente prestes a aposentar, indenizados de causas que o governo perdeu, segurados do Seguro Desemprego, pessoas afastadas por doença e pensionistas por morte do cônjugue.

    Há nessa nação muitas mulheres que trabalharam regularmente por poucos anos, somente até se casarem, e que vão ser beneficiadas pela extensão da aposentadoria quando o marido falecer.

    Pra complicar, o número de pessoas trabalhando não é suficiente para montar o valor mensal para pagar as aposentadorias dos que já estão aposentados e as delas próprias. E o número de homens em idade ativa é bem superior ao de mulheres.

  • Foquemos, então, na criação de empregos para mulheres! – opinou um dos membros.

  • Resolveram dessa forma, inclusive colocando mulheres em ocupações próprias de homens. Mas não deu certo! Os homens passaram a ter problemas de desemprego entre outros. E elas, naquele país, aposentam com menos idade do que eles.

  • Humm! Empregos específicos para elas não tiram dos homens suas oportunidades.

  • E se mudarem as leis para a Previdência, podem colocar homens e mulheres aposentando com idades simultâneas. Só temos que criar meios de engenhar a população a aceitar essa mudança legislativa.

Após ouvir dois outros membros se pronunciarem, o diretor da côrte continuou a dar detalhes da gravidade da situação política.

  • Fizeram por lá alguns debates com essas soluções. Ninguém aceitou as ideias profundidas. Tiveram o consentimento inibido. Mesmo consciente de que as soluções apresentadas pela ala liberal do parlamento eram inevitáveis e de sua responsabilidade quando governava, a Esquerda do país incentiva a oposição.

    Os matemáticos do Congresso por lá, concluíram que de imediato se eliminassem a pensão vitalícia o respiro será grande. Empurraria a quebra da Previdência para dez anos mais. Logo, pelo menos nesta sessão, sugiro direcionarmos nossos esforços neste ponto.

E assim fizeram os confabuladores. E traçaram uma estratégia que usava o Feminismo para atiçar o ego das mulheres e com ele atiçado elas fariam voltar o ardente desejo de independência do jugo masculino. O querer olhar para o macho, bater no peito e dizer “ganho meu próprio dinheiro; tenho meu próprio trabalho; se você pode trabalhar por 49 anos para se aposentar eu também posso; terei minha própria aposentadoria e não precisarei esperar você morrer pra isso; vou é poder ter o gostinho de ver você me vendo aposentar graças ao meu próprio esforço”.

O próximo passo foi mais simples: criar empregos para as donas de casa à espera de enviuvar-se e no ato de assinatura do Contrato de Trabalho fazê-las optar por abrir mão da continuidade do recebimento da aposentadoria do marido em caso de morte do mesmo. Tal qual outrora fizeram no Brasil com o FGTS em detrimento do Decênio.

Olá!

Até aqui, podemos calcular por alto que já eliminamos cerca de 1 bilhão de pessoas com o auxílio luxuoso da natureza, manipulando o clima e microorganismos biobeligerantes, e evitamos o nascimento de bilhões de habitantes injetando nas populações vacinas contendo infertilizantes, tal qual, provavelmente, lá vão fazendo com o terrorismo estratégico por trás do coronavírus.

E sem dar um tiro ou estourar uma bomba. Com exceção das armas climáticas, deixamos as coisas todas no lugar. Você ainda está vivo, né? Garoto resistente!

O Feminismo como elemento de contenção populacional não seria o nosso assunto neste ponto da nossa série. Mas, da mesma forma que ocorreu com o episódio “Armas climáticas”, que teve adiantado o assunto devido às complicadas chuvas que cairam nos solos de Minas Gerais, e com o episódio “Biobeligerância”, que não pôde aguardar o tempo marcado em função de não perder a massificação do tema “bioterrorismo” dada pelo advento da iminente pandemia pensada do Coronavírus.

A ocasião de um debate com mulheres, onde o feminismo chegou à conversa, me levou a cuidar desta antecipação. De certa forma, é a melhor maneira de tecer textos, pois, a necessidade de pesquisas profundas diminui e a produção do material é mais rápida. E aqui introduzimos o conceito de arma ideológica, aquela em que se combate um inimigo moldando sua forma de pensar. O mesmo que “colonialismo”.

Nascido no Século XIX, na senda da Revolução Industrial, quando as mulheres começaram a trabalhar nas fábricas, compondo a força econômica do país, o Feminismo se desenvolveu como movimento filosófico, social e político. Tem como caraterísticas básicas a luta pela igualdade de gêneros (masculino e feminino) e pela participação da mulher na sociedade.

Esse movimento sempre foi uma armadilha para as mulheres. E profundido que teria sido criado por homens que compunham a Escola de Frankfurt. A mesma que deu origem ao Instituto de Pesquisa Social da Alemanha, mencionado na introdução deste texto. Entretanto, a demanda seria outra: reduzir nascimentos. Ou seja: controle populacional. A ideia era jogar homens contra mulheres e com isso diminuir as chances de cópulas que dão origem à nascimentos. Afastar dos óvulos os espermatozóides. Teoria de conspiração, é claro!

Considerando como verdadeira essa profusão, já no início os marxistas de Frankfurt viram que a tática não era tão simples de obter êxito. As mulheres sempre se deixaram impressionar por assuntos como o amor, a família e filhos. O sexo para elas, naquele tempo, não fazia parte de suas vidas como algo que lhes fosse de interesse crucial e de direito. E nem o homem o deixava ser.

Autoproclamando para si privilégios perante a mulher, o homem por muitos anos fez pose de dominador, construiu e manteve o que conhecemos como “sociedade patriarcal”, na qual a mulher é reduzida a um objeto de prazer, que desde menina era educada para ajudar as mães nos trabalhos domésticos, casar e ter filhos, dos quais seria a responsável pelo zelo e pela doutrinação familiar em todos os níveis.

Não podia trabalhar fora quando casada. E em outro estado civil trabalhava apenas em funções específicas do gênero, ganhando salários menores do que os dos homens, e não tinha acesso aos assuntos relacionados com política ou economia.

Para funcionar a tática que visava corromper a mulher, teriam que aniquilar da cabeça dela também os assuntos que a abrangia implacavelmente. Precisavam enaltecer: a busca feminina pelo prazer sexual, não necessariamente compromissado e acompanhado de amor como outrora ela exigia; a liberdade que é própria da vida sem filhos – ou com filhos, porém, nas fases mais maduras; o gosto pela independência sócio-econômica. E por que não dizer: o gosto pela competição com o sexo oposto, o masculino.

Em 1949, apareceu em cena a escritora francesa Simone Lucie Ernestine de Marie Bertrand de Beauvoir com seu livro “Le Deuxième Sexe” (O Segundo Sexo). Conforme a Wikipédia, O pensamento de Beauvoir analisa a situação da mulher na sociedade (https://pt.wikipedia.org/wiki/Le_Deuxi%C3%A8me_Sexe). No Brasil, a análise foi publicada em dois volumes: “Fatos e mitos” é o volume 1, e faz uma reflexão sobre mitos e fatos que condicionam a situação da mulher na sociedade; “A experiência vivida” é o volume 2, e analisa a condição feminina nas esferas sexual, psicológica, social e política.

A Superinteressante completa (https://super.abril.com.br/cultura/o-segundo-sexo/ ): “O livro traz uma análise profunda sobre a condição das mulheres na sociedade, abordando aspectos psicológicos, biológicos e históricos. Como a autora pertencia ao time dos existencialistas, ela parte da teoria que não se nasce mulher, mas ‘torna-se mulher’. “O Segundo Sexo” trata do sexo feminino sem rodeios, analisando a vagina, a menstruação, o prazer feminino e outros detalhes, em linguagem direta, que foi chocante para a época.”.

Beauvoir era libertária a ponto de viver um romance com um homem adúltero e sem se casarem. Trata-se do filósofo existencialista Jean Paul Sartre. Isso era um escândalo para a ocasião e reflete nos dias de hoje como modelo de relacionamento homem-mulher. Porém, com a bigamia podendo se estender à ambos, não só ao homem. Situação que já foi associada ao alastramento da AIDS.

Sobre Beauvoir:

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/07/05/cultura/1562337766_757567.html

https://www.ebiografia.com/simone_de_beauvoir/

Poderiam os intelectuais marxistas da Escola de Frankfurt, todos homens, terem investido no sucesso do livro “O segundo sexo” e na carreira de Simone de Beauvoir para obter os resultados de controle de natalidade provavelmente lhes solicitado por algum capitalista preocupado com a quantidade de seres humanos viventes no planeta durante certo marco cronológico? Em 1950 eram 2,5 bilhões de habitantes (https://www.ecodebate.com.br/2013/04/30/os-20-paises-mais-populosos-do-mundo-em-1950-2010-2050-e-2100-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/). Em 2050, prevê-se 9,5 bilhões.

Outros fenômenos advindos da libertação psicologica incentivada pelo livro, embora não previsto nele, seriam o aumento do lesbianismo e o abandonar dos filhos devido à fuga das mães do lar para o trabalho. Fato que culminou na transferência de educador – que hoje tem como participante da educação familiar a televisão, representando a mídia, o que é bastante perigoso – e o crescimento da chegada bem sucedida da droga ao pré-adolescente.

E mais: o aumento de divórcios, o surgimento e banalização da mãe-solteira, a massificação da prostituição – que seria um efeito colateral, que envolve distintamente quem faz e quem paga os programas sexuais.

Inevitavelmente proliferaram os incels e os machistas. E aqui, a tática contribui também com as mortes registradas como casos de feminicídio. Infla-se o contingente de mortes com os abortos que as mulheres passaram a ter direito de cometer e as natimortes devido à desenvolvimento precário do feto, que muitas vezes o contraceptivo ou o uso de drogas como a talidomida, o de cigarros e o de álcool propiciam.

Dividindo o casal as despesas da casa, o homem deixou de ser o provedor da família. As discussões de relacionamento ficaram severas. Com ela jogando sempre na cara dele não depender do dinheiro dele, esnobando, às vezes, por ganhar mais.

Homens comuns se sentiram humilhados e impotentes perante o empoderamento que a mulher construiu, que a confere melhor renda, maiores oportunidades de trabalho e chances de encontrar parceiros de melhor estirpe.

Porque os divórcios e as separações se tornaram comuns, problemas com as partilhas dos bens e a guarda dos filhos decidiram por homens e mulheres evitarem concepções. Esse procedimento foi propagado e chegou àqueles que ainda não haviam se submetido à experiência de paternidade. Começa, com isso, a dar certo o plano de redução populacional com base na inibição da gravidez, abortos e natimortes.

As famílias se tornaram cada vez menores e o conceito mudou. Tanto pai quanto mãe passaram a possuir outro cônjugue e as crianças passaram a ver um e outro separados. Parodiando o “Poema enjoadinho” de Vinícius de Morais, “Filhos, para quê tê-los” virou lema. “Melhor não tê-los”, como diz o poema, já era reflexão indiscutível.

No dia 18 de agosto de 1960, a feminista Margaret Sanger e a milionária Katherine McCormick, que haviam se unido para inventar uma pílula contra a gravidez que fosse fácil de usar, eficiente e barata, viram se realizar a demanda da dupla (https://www.dw.com/pt-br/1960-primeira-p%C3%ADlula-anticoncepcional-chega-ao-mercado/a-611248). O contraceptivo oral Enovid-10 fora lançado nos Estados Unidos. Se resolvia até certo ponto a questão da gestação pós-sexo heterossexual.

O lesbianismo como alternativa de sexo natural devido a problemas com escassez de homens que provoquem interesse às mulheres, veio a somar na conta do impedimento de natalidade. Mulheres não engravidam de mulheres!

Uma vez livres, as mulheres se tornaram vorazes na busca por espaço. “Quando a mulher se equipara ao homem ela o supera”. Em eventos marcantes, cada vez mais tabus contra as mulheres são jogados no chão.

Em 1968, em frente ao teatro onde acontecia o Miss América, uma suposta queima de sutiãs simbolizava o protesto contra a ditadura da beleza. O balanço dado no concurso que interessava muito mais aos homens sacudiu as estruturas de Atlantic City.

Mary Quant pode até não ter sido a criadora, nos anos 1960, da minissaia. Mas, sem dúvida, a vestimenta se tornou símbolo da mulher feminina, sexy e livre pelas mãos da então jovem estilista.

Dizem que a nossa Elis Regina foi a primeira mulher a ser vista de minissaia na televisão. A moda segurava a mulher plasticamente agradável aos olhos masculinos.

Sophia Lauren, Raquel Welch, Brigitte Bardot e Ursula Andress mantinham os homens na poltrona do cinema. Jane Fonda bancando a Barbarella preservou por mais tempo o hábito do homem de fixar posters de mulheres em vez de broncos na porta de seu guardarroupa. A nossa Vera Fisher não ficava para trás.

Bo Derek, de “A mulher nota 10”, e a ex-pantera Farrah Fawcett garantiram vendagem para revistas femininas, como a Playboy, que hoje simplesmente desapareceram. Talvez não por causa da nudez melhor e de fácil acesso propagada pela internet, mas, porque as mulheres sacaram que elas gastavam muito dinheiro e dedicação para se vestir elegantemente para quem só queriam as ver nuas.

Hoje a mulher ocupa cargos invejáveis aos homens. Aparecem na mídia como pessoas de destaque nas artes, no empreendedorismo e até nas ciências e na política, chegando, muitas delas, ao posto máximo de uma nação. Realizam atividades até onde era restrito ao gênero masculino, como a construção civil. Pegando no pesado e até dando ordens. Guiam seu próprio carro e vão em grupos femininos às boates, bares, restaurantes, estádios e outros locais e eventos. Se masturbam, contratam go go boys tão somente para se divertirem. Tornam cada vez mais descartável o gênero oposto ao delas.

A parecer quererem mesmo serem desinteressantes aos homens, elas se tatuam em demasia, fumam, usam drogas e bebem a la Rê Bordosa em público sem o menor pudor. Brigam de porrada umas com as outras, aparecem nuas em protestos políticos – como o grupo Femen da Ucrânia –, jogam futebol e basquete, urinam ao ar livre, flatulam, deixam as axilas peludas. Aprendem a falar palavrões e assuntos chulos em seriados de TV como “Sex and the city” em vez de estimularem-se a ser uma jornalista independente e de sucesso como inspirava ser a “Mary Tyler Moore” ou mesmo a Zelda Scott. E não se importam nem um pouco com modelitos com salto alto para parecerem dondocas. Gata Borralheira faz mais a cabeça das moderninhas.

Pra piorar, existem cientistas que alertam: “De acordo com estudos recentes, o cromossomo Y, que só os homens transportam, está se deteriorando e pode desaparecer completamente em um futuro próximo”. O que significa que em um futuro próximo, bebês masculinos deixarão de nascer. A “ilha paraíso”, local onde as amazonas amigas da Mulher Marvilha moram, será todo o planeta.

Se essa revolução feminista ocorrer tal qual esse roteiro, como nasceremos, não sabemos. Talvez mediante fecundação in vitro, com o gameta masculino vindo de bancos de sêmen fornidos de estoque para mais de séculos. Ou então a mulher se tornará um ser de reprodução assexuada. O bom é que estudos recentes sobre o cromossomo mostram que a estatística pode estar errada.

O que se deve esperar é que a guerra entre sexos chegue a uma trégua antes que essa revolução ocorra de fato. Nos entendamos primeiramente, como seres humanos que têm responsabilidades tamanhas no Universo. A de procriar, em primeiro momento, e a de ser feliz vivendo mutuamente e desfrutando dos prazeres da carne – existência material – sem procurar se destruir.

E aqui termina a postagem. Me desculpem se ficou grande. Posso ter me empolgado. Se gostou, compartilhe, curta e ou comente, no canal de vídeo ou no blog, pra me ajudar a continuar a produzir os episódios. Veja os outros episódios caso ainda não tenha visto. Perceba que a cada vídeo a qualidade melhora. Não esqueça de adquirir o livro “Os meninos da Rua Albatroz” e jamais perca nossas postagens!

 

Intimidando o Capitalismo

Comunista é o pseudônimo que os conservadores e saudosistas do fascismo inventaram para designar todo sujeito que luta por justiça social
(Érico Veríssimo, 1971, no romance Incidente em Antares)

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Mao Tse Tung por Andy Warhol

Um jovem disse pro outro que não sabia o que valeu pra ele ter visto na escola filosofia e sociologia. Os amigos e amigas dele condescenderam. Estavam dando seu apoio à decisão do governo de tirar essas duas disciplinas da grade escolar. Fruto do combate ao eficiente pensamento comunista.

Como prova da abilolação que os absorviam, tiveram a audácia de dizer, apontando o dedo para o que chamaram de “esquerdinhas”, que “na China não tem essas disciplinas na grade escolar e o país é a maior potência do planeta”. Não citaram em que setor seria a China essa potência. A China de Mao Tsé Tung, pode?

Num ponto de ônibus, o primeiro da fila era um jovem de talvez vinte e poucos anos. Vestido até civilizadamente, mas, com linguajar, gesticulação e assunto de marginal.

O volume da prosa ruim do cara atingia todo o terminal de ônibus. Contava ele, sem pedir licença, para dois outros na fila, sujeitos típicos conservadores, que estava a um ponto de se vir livre de sua mulher. Comemorava até.

Depois chegaram outros dois sujeitos. A julgar pela aparência completa, incluindo vestes, cabelos e semblantes, bisca ruins também. Enturmaram com o primeiro. Distantes, mantinham a desinteressante conversa em alto e repugnante som.

O primeiro contou a nova sobre a separação. Deu detalhes do tipo: “a mulher estava me enchendo o saco e ainda veio com agressividade pra cima de mim”. Ao que os outros perguntaram: “não matou ela não”. E obtiveram como resposta: “Não, tenho que ficar pianinho porque estão na minha cola”.

Daí, o besta gritou feliz e foi parabenizado pelos outros dois bestas, que nem conseguia acreditar que ia ficar livre de usar o anel de compromisso que lhe apertava o dedo anular da mão direita. Para ele não importava trocar o anel por uma tornozeleira eletrônica.

Então, do nada começaram a falar sobre um lugar comum aos três. O primeiro, sempre em som evidente e perturbador, fez questão de dizer que conhecia bem o lugar e que vendia droga no tal. Frisava, sem qualquer temor, que vendia droga.

Para se tornar ainda mais repugnante, perguntou para os outros dois se eles pagaram passagem que nem bobocas para estarem ali dentro do terminal. Queria com isso relatar que impôs ao motorista do primeiro ônibus que utilizou para levá-lo até ali, que lhe deixasse entrar pela porta de saída, sair pela de entrada ou pular roleta. Virou herói para os outros dois, que não disseram nem que pagaram e nem que não.

Cada vez que o sujeito expelia pela boca sua idiotice, mais ele fazia se sentirem ameaçados e inseguros as pessoas de bem que sem chance de evitar o ouviam.

Num outro dia foi no corredor de um call center. Era um feriado e as ligações davam muita trégua. Como se sabe, o predomínio de homossexuais e drogados nesses ambientes é total. E que os assuntos que eles comentam são de nível duvidoso e em tom para chamar bem a atenção, o que satisfaz o ego deles.

No momento observado, queriam intimidar a platéia formada por trabalhadores que não tiveram a alternativa de não se submeter à confissões sórdidas e prosas ruins enquanto praticam sua atividade laboral. Foram obrigados a ouvir o mesmo naipe de conversa que tecia o causador de insegurança do primeiro cenário esboçado.

Esse tipo de comportamento intimidador tem financiamento político. E o objetivo de deixar instável e amedrontada a sociedade. É tática de recrutamento político e manipulação de comportamento social.

Só funciona dentro do Capitalismo essa tática. O destruindo, qualquer seja a ideologia do praticante. Inibe o consumo, pois, a insegurança faz com que a população evite sair de casa.

Se arranca com essas táticas pessoas para aderirem propostas que prometem dar um basta nesses tipos de sujeitos, não importando o meio, ou propostas que dão a sensação de que a democracia está evoluindo para o “tudo pode”, “não dá nada pra ninguém a contravenção ou a falta de ética”.

São estes apenas dois entre os muitos exemplos do que se pode conseguir em se aplicando esse golpe nos desavisados. Golpes que prosperam principalmente quando não se pode contar nas escolas com disciplinas que abrem a mente e fazem com que se tenha condições de decifrar articulações políticas como a citada. Disciplinas como sociologia e filosofia por exemplo.

Se vacinar contra isso é fazer como um dos que aguardavam o ônibus fez. O comunista enfiou fones no ouvido, ligou o rádio de seu celular, a lotação apareceu e ele deixou passar, pegou a próxima. Deixou que aqueles imbecis falassem apenas entre si, onde nenhum efeito surtiria.

Diferente deles só mesmo os incautos que se incomodavam com a conversa chata e não tiveram a esperteza de boicotar a viagem. Correram estes, inclusive, risco de serem assaltados pelo trio dentro do veículo.

Esse tipo de coisa a Direita gosta de associar à Esquerda. Mas, tanto uma quanto outra lateral política aplica no povo a estratégia pragmática, que gera resultado bom para quem não tem competência para administrar.

Quem deseja o bem social e qualidade de vida, segura e livre de exposições indesejadas, deve tomar atitudes que patrocinam, mesmo que sutilmente, pelo exemplo, a doutrinação nessa direção. E cobrar descência das autoridades da nação quanto ao foco na administração pública, sem uso de manipulação social.

É missão dos governantes educar as pessoas a se comportarem de maneira a não oferecer perigo umas às outras. Se fizerem isso, protegerão, automaticamente, a propriedade privada e os direitos humanos. E sem precisar, na gestão, desviar o foco da vontade do povo e gastar dinheiro em combate ao Comunismo.

Que nada tem a ver com os cânceres que realmente assolam o Capitalismo e ainda assim recebe associação dos defensores deste à tudo quanto é coisa ruim. Tão somente porque iguala as pessoas o pensamento comunista. Havendo igualdade, não há maldade.

A ameaça que o Comunismo oferece ao Capitalismo é bemvinda perto da que no Capitalismo os cidadãos oferecem a si mesmos.

O velho truque da dispensa de ministro

Veja-PauloGuedes

A situação é a seguinte:

Bolsonaro ganhou a eleição para presidente fazendo com que um monte de servidor público, cristãos protestantes e pessoas contaminadas contra o PT com uso de trabalho de manipulação de opinião confiasse em sua promessa de moralizar o Brasil, acabar com a corrupção e a roubalheira nos cofres públicos, colocar petistas em cana e botar arma na casa de cada brasileiro e brasileira de bem. Ou seja: só promessa vaga e populista.

Para arcar com as promessas, ele decidiu colocar um chamado por ele de técnico no gabinete principal de cada ministério.

Para as pastas da Economia e do Trabalho, o técnico escolhido foi o ex-consultor de banqueiro Paulo Guedes. O motivo principal talvez fosse o fato do homem ser ultraliberal.

O bom disso é que cada vez que Guedes solta uma frase o barulho que ela faz não só ensurdece a população, mas, também a cega totalmente. Deixa toda a atenção dela voltada para a fala.

E com essa cortina esticada, Bolsonaro pode pôr em prática o que lhe interessa (e aos seus) e também se esconder de ter que arcar com certas coisas que prometeu. Ou pelo menos de ter que andar rápido com a implantação delas.

Acontece que a Reforma da Previdência, uma das bombas que vêm sendo adiadas de estourar desde o governo Collor, que todos os presidentes dele pra cá prometeram tirar do papel e mantiveram guardada, não agrada a maioria dos que confiaram seu voto ao então candidato do PSL. E menos ainda aos oponentes clássicos do presidente, os esquerdistas.

Pelo menos aos primeiros deveria agradar, pois, se cogita que se votaram no Jair é porque estariam decididos a apoiar o político no que quer que ele precisasse. Mas, não é como acontece, então, agora o presidente está em maus lençóis.

Guedes, o ministro da economia, nos primeiros dias de governo virou estrela. Muitos, como diz Bolsonaro: marxistas culturais, andaram proclamando que ele é que seria o verdadeiro atual presidente da república. Coisa que estava enciumando o seu Jair e por certo fez com que ele aquietasse um pouco o facho de seu guru. A idéia dos marxistas culturais era esta mesmo!

Com a volta da discussão a cerca da reforma da previdência, o economista Paulo Guedes voltou a ganhar foco. O texto polêmico dela é dele. E dizem que tem também pitaco de seu chefe imediato, o presidente da república. E junto com o foco no ministro veio o aumento da insatisfação com o governo de todos que serão afetados pelo texto maldito.

Parece que o Governo recuou quanto à essa reforma. Terá que fazer alterações no texto e de repente estaria disposto a isso há bastante tempo. Só que tem a vaidade pra se tomar conta, né? E a inevitável perda de moral para com o povo e para com seus aliados se der de ré.

Algo teria que ser feito para parecer que o que vier a ser finalizado com relação à esse filho sem pai que é a Reforma da Previdência foi fruto de legítima autonomia de ação e de livre e espontânea vontade do Governo a decisão.

Entrou em cena, então, o velho truque do dono do invento que esbraveja com aqueles que querem fazer modificações no brinquedo que inventou. Qual birrento ameaça largar o cargo de inventor devido a isso, alegando, pra que ninguém o tache de louco, que nem queria estar o ocupando.

Com toda certeza houve acordos com Paulo Guedes para que ele bancasse em público o bode expiatório e ameaçasse deixar a chefia de seu ministério. O Governo vai acabar mudando para algo suportável essa reforma é porque não teve cacife para aguentar a pressão do povo.

E vai dizer com boca boa que só não saiu como queria o tratado – em outras palavras: como exigia o capital e o patrão Tio Sam – porque o frouxo do criador das polêmicas do texto pulou fora na primeira derrota na Câmara.

E Guedes, sai? Minha opinião: Espero que não. As propostas do guru do Bolsonaro são radicais, mas, a situação financeira do país fazem-na cruciais, indispensáveis. Todos teremos que fazer um esforço imensurável para entendê-las e apoiá-las. Na próxima postagem eu explico melhor. Usarei um exemplo tão claro, que parecerei estar desenhando.

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Boa leitura, absorção de cultura e diversão!

 

 

 

Estamos vivendo a ditadura do empregador

trabalho escravo

Estamos já vivendo uma ditadura do empregador. Não bastasse a retaguarda oferecida pelos ministérios públicos em pró das empresas para as mesmas obterem mão-de-obra barata e escrava (no sentido de trabalhador sem direito de reclamar de exploração, com mãos atadas e mordaça na boca), o empregador ainda pode contar até mesmo com quem cuja existência só se justifica se for para defender o trabalhador. No caso os sindicatos laborais. A anulação da Contribuição Sindical contribuiu foi com isso.

Existe um conluio contra o trabalhador que funciona da seguinte forma:

O empregador explora, cometendo os mais incríveis abusos para obter produção do funcionário; torna o trabalhador refém de faltas contra o empregador que pode lhe ocasionar perdas no acerto e dificuldade para se recolocar no mercado de trabalho; paga o salário que achar que deve pagar e ainda faz de tudo para forçar descontos no mesmo e dá aumento quando quiser, à alíquota que lhe convier, mesmo quando a resolução de um dissídio der diretrizes diferentes.

O sindicato laboral ampara o empregador se fazendo passar por protetor dos trabalhadores. Engana a classe e a faz incorrer em erros que ajudam o empregador a obter seus resultados. O sindicato laboral não faz isso de graça. Ganha dos patrões para rifar os que ele judicialmente deveria representar.

Procurado um partido político de esquerda para filiação e entrada em campanha a cargo político para defender uma classe trabalhista e sua injúria contra os abusos dos empregadores do setor, os diretores do partido fingiram acolher meu interesse e instituiram comigo uma espécie de agenda para que eu confirmasse minha filiação e iniciasse minha trajetória militante. Ocorreu uma perda proposital de contato, adiamentos de novos encontros e sequer minha ficha de filiação eu obtive a aprovação. Simplesmente não me deram qualquer satisfação se queriam ou não que eu prosseguisse com meu intento dentro do partido. Era garantia de cadeiras em câmaras de vereadores e deputados e de repente até de senado devido ao amplo contingente de eleitores que a militância assediaria. Gente que se sentiria amparada contra as injustiças sociais que sofria e que não recusaria seu voto sabendo que teria no hemisfério político uma representação de peso. Percebi depois que os dirigentes do partido, pelo menos a unidade municipal que procurei, não tenho dúvida disso, estavam comprometidos com o sindicato laboral da classe que eu queria defender, talvez recebessem também alguma coisa para não colocar luz na causa, e por isso se omitiram para não perderem a boca. Pode ser também que soubessem com quem ou o que mexeriam e se acovardaram.

O Ministério do Trabalho é o mais sarcástico de todos. Os juízes são acusados de serem comprometidos com o sistema trabalhista, de maneira a não gerar desemprego – ou seja: se há trabalho escravo e nada pode ser feito por eles para mudar isso, o que não é verdade, que se dane o trabalhador, ele que aguente seu carma – e de maneira a não legar oneração vultosa como as de rescisões trabalhistas para o empregador. É até fácil de entender isso, pois, o sistema público depende dos impostos que arrecada, pagos pelo trabalhador, na forma de INSS e de ICMS (quando consome seu salário comprando), por exemplo, e pagos pela iniciativa privada – pelas empresas. As empresas produzindo e distribuindo seus produtos ou serviços geram impostos.

Tente acessar o site de denuncia do MT ou tente ligar o 158. Só a opção carta é que ainda não testei. No caso do site você só consegue acesso à página de denúncia se for pelo Internet Explorer. Mas, tem que ter sorte, pois, sabotam o funcionamento para você não conseguir contato. E o confuso 158, depois de muita espera você consegue agendar um contato com a ouvidoria do Ministério do Trabalho em seu município.

Certa vez, fui numa ouvidoria agendada para tentar uma atermação para solicitação de Rescisão Indireta – Aviso Prévio ao Empregador. Meu motivo era justo e derradeiro, desde que eu não deixasse passar o tempo que os juízes determinam ter ocorrido o perdão. Decorrido esse tempo e o motivo deixa de ser justo para o pleito.

Antes desse momento, com o motivo que eu aleguei nesse momento, eu havia procurado para a mesma intenção o sindicato laboral da categoria em que eu trabalhava. Porém, com outro motivo. O sindicato me recebeu, me deu folhas para assinar e me disse que em até 30 dias eu teria minha audiência. Minha causa era ganha. O sindicato ficou me enrolando, eu ligando e enviando e-mail insistentemente, até que o tempo passou e deu-se o perdão por eu não ter entrado logo com a causa. Desconfio que o sindicato procurou orientação com a empresa e a enrolação que ocasionou o perdão teria sido o lhe orientado.

Na ouvidoria do MT, o ouvidor me perguntou se eu entendia de leis trabalhistas e eu disse que sim e que na faculdade tive seis meses de Direito. Ele me passou uma cópia da CLT, aberta na página do Art. 483, que trata de justa causa ao empregador. O artigo possui alíneas de “a” à “g” e o livro que ele me passou possuía escrito à lápis uma tal alínea “h”. Disse ele que era proveniente da Reforma Trabalhista. A alínea me amedrontava mexer com o patrão, pois, se por mais que eu tivesse razão no pleito, se o juíz considerasse que não eu estaria ferrado tendo que pagar as custas da causa. Ou seja: legislação criada para favorecer a ditadura do patrão contra o empregado que não se intimidar e para tirar de cabeça o trabalhador e fazê-lo aceitar calado seu prejuízo. Saí dali indignado e fui procurar advogado particular em um aglomerado de escritórios advocatícios que existe perto do Forum Trabalhista em Belo Horizonte. Falo a respeito mais embaixo.

Recentemente eu procurei o MT não para efetuar reclamação, mas, para fazer denúncia contra uma empresa, apontando as práticas ilegais que ela cometia, dignas de serem investigadas pela Polícia Federal. Uma semana depois da denúncia feita através do site do MT, recebi uma resposta em meu e-mail, que dizia ter sido encaminhado o contato para outro setor do órgão – ou seja: empurra-empurra sem fim – e me orientava a procurar contato pessoal para receber melhor informação quanto ao que era denunciado para, por fim, iniciar um processo. Ou seja: o mesmo que a atermação acima e o mesmo que tirar-me de cabeça. Que nem fizeram o sindicato laboral, o partido de esquerda e etc. O não-me-toque ao empregador.

Agora vou falar sobre advogados particulares. Aparentemente, os advogados querem pegar casos a laço. Causas trabalhistas eles costumavam cobrar porcentagem sobre o valor da causa se ganha. Se não ganha, ficavam os honorários, que sempre eram combinados baixos valores, pois, quem procura advogado para resolver pendengas da vara trabalhista não tem muito dinheiro.

As causas que os advogados viam que não podiam ganhar eles sequer pegavam. E agora, mesmo havendo certeza de sucesso não lhes incentivam muito, pois, os juízes não estão dando valores altos para o empregador pagar a título de indenizações como as de assédio moral. Para se conseguir provimento negado pelos juízes nessas causas é preciso ser muito bem provada a acusação e isso espanta ainda mais os defensores. Logo, eles não veem muita vantagem em defender trabalhadores com acerto de até cinco anos de contrato de trabalho recebendo o Salário Mínimo.

Esses advogados são acusados de estarem fazendo tratos com as empresas. Receberiam delas para levarem seus clientes a erros, incluindo o de não comparecimento à audiências, o que conseguem com omissão de informação e outras manobras, e quando é inevitável a perda do processo pelo empregador, o reclamante fica sem receber o ganho por longos tempos, com o advogado justificando que espera ele a posição da empresa quanto ao pagamento.

Conheço uma pessoa que teve em fevereiro/2018 o provimento negado ao réu de um juíz em seu processo de reversão de demissão por justa causa e ainda não recebeu sequer aquilo que não é o empregador quem paga: a liberação do FGTS e do Seguro Desemprego. Aliás, são dois insumos trabalhistas pagos pelo Estado e que o mesmo não quer pagar ou adora postergar o pagamento. Essa tratativa serve para ajudar nisso também.

Fiz contato pessoal com dois advogados para lutar contra uma empresa. Os dois me tiraram de cabeça citando a Reforma Trabalhista como obstáculo. Ficaram de olhar meu material poderoso que garantia causa ganha desde que não excedesse o tempo dado ao perdão e até hoje eu não recebi nenhuma satisfação de nenhum dos dois. Também entrei em contato com o site Jus Brasil, onde você deixa uma reclamação e atrai advogados interessados. Recebi cópia do meu contato com o site em meu e-mail, mas, nenhum contato com advogado. Parece que todos estão comprometidos mesmo com essa ditadura do empregador.”

E pra acabar: a imprensa.

A imprensa é em quem você pensa levar à público essa dificuldade que o trabalhador está encontrando para fazer valer os seus direitos e acabar com os abusos do patrão. Porém, é com quem você menos pode contar. Os jornais que podem te ajudar são os pequenos, que não fazem cócegas ao Sistema devido à seu baixo alcance.

Já a grande imprensa, que pode mudar qualquer tipo de opressão no Brasil e moralizar qualquer setor ou resolver qualquer questão devido à massividade que seu noticiado alcança, a qual assusta qualquer alvo de notícias malfadadas, tem sua receita vinda direta ou diretamente do empregador que a maioria dos trabalhadores vão de encontro em causas trabalhistas. Além de terem as empresas como patrocinadores de suas notícias, o trabalhador é um dos consumidores delas e ele desesmpregado não consegue fazer isso. A imprensa hipocritamente impede o desemprego. Com isso, mais uma vez essa roda de opressão se blinda e tem garantida sua hegemonia no poder.

Uma observação: O Governo Temer implantou a Reforma Trabalhista e colecionou revolta dos trabalhadores. Ele próprio sabia que daria nisso. Agora que acabou a Copa para o brasileiro, entrará na imprensa, principalmente na TV Globo, carro chefe dos outros organismos, o rechaçamento de imagem dos políticos que incomodam, geralmente os de esquerda, mas, trabalharão também a aversão ao Bolsonaro, e busca de aceitação para os políticos que pagam essa imprensa, chamada de golpista, para livrar o caminho ao poder e ampliar suas chances de serem eleitos.

Muitos dos políticos e partidos denominados conservadores ou direitistas irão prometer queda dos principais itens dessa reforma. Michel Temer e suas equipes teriam trabalhado a indignação do público contra a sua reforma trabalhista tão somente para esse momento. Bradando contra termos da Reforma Trabalhista e tendo apoio da mídia corporativa – de maior alcance – em suas promessas, os eleitores tenderão sem resistência a dirigir seu voto para esses políticos e partidos.

Deve-se ter muito cuidado com essa jogada. Tanto direitistas quanto esquerdistas conseguirão anular se não todo o texto desse instrumento de perda de direitos do trabalhador, pelo menos os itens principais. Porém, sabe-se lá a que preço. A Direita sempre mostrou um “tampa aqui, destampa lá” e nenhuma transparência em suas intenções. Uma vez recebido o voto do eleitor e eleitos democraticamente para ocupar os postos mais prioritários da política brasileira, coisas como privatização definitiva da Petrobrás estão bem na mira dos chamados políticos obedientes ao Capital. Principalmente os tucanos.

Portanto, não deixe o cachimbo cair de novo e segura a Esquerda no Poder. Ainda é em quem melhor podemos confiar. Não, é claro, deixando de fazer o policiamento e cobrança pós eleição. Foi isso que faltou aos eleitores da Esquerda que foram desrespeitados e sofreram golpe em seu voto com a queda de Dilma Rousseff e cerceamento com a prisão arbitrária de Lula. Temos nomes na Esquerda que têm potencial para serem erguidos e substituir à altura as perdas. Não desistamos!

Futebol é arte e tática de manipulação social

Levando adiante o meu ceticismo quanto ao Futebol brasileiro e mundial, havia algumas rodadas para acabar o Brasileirão 2017 eu postei no Facebook, no formato previsão futurística baseada na lógica, uma provocação aos crédulos. E essa provocação atingiu alguns dos meus contatos ao vir que a maioria das previsões se concretizara, mas, a que aconteceria por último teria falhado. Segue o texto da provocação.

PREVISÃO DO FUTEBOL ATÉ O FIM DO ANO:

GRÊMIO: CAMPEÃO DA LIBERTADORES. RIO GRANDE DO SUL NA LIBERTADORES 2018.

FLAMENGO: CAMPEÃO DA SULAMERICANA. RIO DE JANEIRO NA LIBERTADORES 2018.

O ATLÉTICO MG TERMINARÁ O BRASILEIRÃO COM 56 A 59 PONTOS E SERÁ BENEFICIADO PELO G9 E IRÁ À LIBERTADORES 2018 JUNTO COM O CRUZEIRO. MINAS GERAIS NA LIBERTADORES 2018.

MESMO FAZENDO O NÚMERO DE QUE VAI PERDER O CAMPEONATO QUE JÁ ESTAVA GANHO, O CORINTHIANS IRÁ GANHAR O BRASILEIRÃO E JUNTO COM PALMEIRAS E SANTOS COLOCARÁ SÃO PAULO NA LIBERTADORES 2018.

ESSAS INFORMAÇÕES VAZARAM DA IMPRENSA QUE SABE MAIS DO QUE ACHAMOS QUE ELA SABE E O FATO DE ESTAREM CIRCULANDO PODE FAZER MUDAR UM RESULTADO OU OUTRO. MAS, DE FORMA QUE A GRANA PENSADA DE GANHAR NÃO ESCAPE AOS CLUBES E ÀS CONFEDERAÇÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS.

Em meus textos anti-futebol eu costumo acusar de ser uma das razões de minha birra o gerenciamento que fazem as instituições controladoras para que a modalidade esportiva funcione adequadamente para favorecer um esquema de corrupção visando o angariamento de altas cifras de dinheiro. No caso do Brasil, as principais instituições são, para mim, as Organizações Globo e a CBF. Daí a razão de um dos meus questionadores ter pronunciado, pra me cutucar, que a Globo teria mudado uns dos resultados só por ter sido antecipado pela publicação. Mal sabia ele que eu acredito priamente nisso e que a intenção da antecipação teria sido essa mesmo.

É notável que nos últimos anos o Campeonato Brasileiro tem seguido certa fórmula para alcançar e aprisionar a atenção do público. O clube campeão o consegue com longas rodadas de antecipação e as atenções se voltam para quem estará no ano seguinte na disputa da Copa Libertadores e da Sulamericana e quem quedará para a Segunda Divisão do Brasileiro. “Coincidentemente”, essas respostas são respondidas na última rodada. Se isso acontecesse de outra forma as atenções se perderiam e com elas as reações que se espera do público.

Eu acredito nas ideias que propagam complacentes do que seria um movimento que deseja desestabilizar através da critica sensitiva (seja ela demonstrada no futuro como a ter sido falsa ou verdadeira) o futebol moderno. Vários filósofos do chamado “marxismo cultural” ensinaram que acusações contundentes, independentes de serem verossímeis, a um sistema dominador, fazedor de cabeças e captador de reações do público, podem arrancar adeptos dentre a multidão para atuar no propósito de destruir tal sistema. E o Futebol é um desses sistemas. E a forma com que ele afeta as pessoas, pelo menos no Brasil, e as fazem inconscientemente incorrer em erros que prejudicam os outros e a si mesmo, enquanto uma cúpula lucra verdadeiras fortunas, eu quero ver destruída.

O resultado acusado de ter sido mudado teria sido o do Flamengo na Sulamericana, que afetou a classificação do Atlético MG para a Libertadores 2018. Risco que eu sabia ter grande probabilidade de acontecer, pois, se há realmente uma conspiração por trás dos acontecimentos do mundo do Futebol, se as deduções apresentadas antecipadamente estivessem corretas e se essa conspiração se visse tendo que fazer alterações em seus planos para desencorajar a crença em movimentos que espalham ideias que a perturba e também impedí-los de crescer, ela o faria alterando o que viesse por último, assim, o prejuízo com relação ao lucro originalmente arquitetado para se ganhar seria menor, já que as expectativas até então estariam todas satisfeitas.

A primeira pista que obtive para suspeitar disso foi ao ver o Vitória, jogando em casa, na última rodada do Brasileirão. Depois de começar ganhando do Flamengo, cedeu-lhe a derrota. Teria sido um resultado combinado, cujo efeito é discorrido a seguir.

Em toda aquela semana que antecedeu a rodada final do Brasileirão, os programas esportivos falavam que se o Flamengo não resolvesse dentro do campeonato sua classificação para a Libertadores 2018 ela poderia não vir. O time tinha na ocasião a opção de chegar ao referido certame com a credencial de campeão da Copa Sulamericana. Disputava ele a semifinal dessa competição e andava colhendo resultados medíocres que lhe estavam valendo o julgamento de não andar bem das pernas. E além de passar pela semifinal ele teria que se sair bem da Final, obtendo o título do torneio.

O Vitória amargaria, diante de sua torcida, mais uma queda para a Segunda Divisão do Brasileiro, caso perdesse a partida e não fosse beneficiado por uma combinação de resultados. Nessa situação, jamais o clube iria ceder (que no futebol é o mesmo que vender) uma derrota, jogando em casa contra um time que na ocasião estava uma baba. Alguém teria que ter mudados os planos articulados para ele e ser sacrificado.

E este do caso foi o Coritiba. Obviamente, de acato pensado e recebendo compensações ou promessas de compensações por isso. Para a administração obscura do Futebol no Brasil, o torcedor que  se lixe. E o do Coritiba aceitou o destino dado sem suspeitar que pudesse estar a perder seu tempo com o seu ato de torcer e que o que presenciara do time para o qual torce na última rodada do campeonato era fruto de uma negociação.

Com isso, estava cavado, então, com segurança, pois com a articulação a presença na Libertadores 2018 estava garantida, o abismo da Sulamericana para o Flamengo. Para que essa engenharia funcionasse devidamente, o Atlético Mineiro teria que ter alterada a projeção que seguia nela no campeonato, devolvendo como visitante os scores que fora submetido a ceder no primeiro turno do campeonato como anfitrião. Se isso fosse mantido ele fatalmente chegaria aos 56 ou 59 pontos apontados na provocação referida. O Galo de Minas fechou com 54 pontos a jornada. Dois pontos a menos que o Fla.

Outro fato que foi ignorado diz respeito à classificação da Chapecoense para a Taça Libertadores 2018. No final do ano passado, por causa do acidente, uma vertente administradora do futebol brasileiro sugeriu que a Chapecoense ficasse por quatro anos isenta de cair pra segundona. Assim, o clube se recuperaria financeiramente estando na Série A e com chances de ir para a Libertadores novamente. Outra vertente foi à mídia discordar disso (de mentirinha pra inglês ver), alegando que isso seria ilegal.

Então, durante um tempo no campeonato a Chapecoense fez o número do frequentador do Z4 (aqueles que caem para a segundona) e na reta final, pegando clubes que já estavam com a situação no campeonato resolvida, retirando dessa alegação apenas seu resultado em casa contra o Coritiba na rodada final, fizeram por onde ela ir parar na Libertadores. Tudo administrado para parecer natural, é claro. Poucos notaram isso. A Chape terminou seu compromisso empatado em pontos com o Atlético MG, valendo-se do critério de desempate.

E o Atlético MG? Esses clubes grandes são todos beneficiados pelos administradores do futebol no Brasil. Todos eles endividados, precisando participar de campeonatos importantes, de aparecer na mídia. Ganham eles e ganham também os administradores. O Galo foi o time que mais faturou nesses últimos seis anos com exposição na mídia e conquistas, ainda que não sendo lá tantos títulos conquistados. O Galo estava devendo cooperação para esses clubes todos, pois, todos cooperaram com ele, à pedido do complô, obviamente, nesses seis referidos anos. Incluindo o grande rival Cruzeiro.

2017 desde o começo os céticos já sabiam que o Galo iria pagar dívidas de cooperação. Suspeita-se que inclui-se nisso a perda da Copa da Primeira Liga para o Londrina. Só que o torcedor não perdoaria nunca se o clube, com tanta mídia o apontando como o favorito à conquista do Brasileirão 2017 e tanto investimento feito em atletas, só vacilasse e sequer fosse parar na Libertadores no ano seguinte.

O plano passou a ser sacrificar o Botafogo, o time que mais deve dinheiro no Brasil e que precisa arrumar titulo e participação em campeonato importante pra superar essa crise. O torcedor do Cruzeiro imaginou que o time fez favor pro Galo empatando, quase ganhando, com o clube carioca, na casa dele na última rodada.

O fato foi indispensável para colocar o Atlético Mineiro exatamente na posição de espera do G9, caso o Flamengo faturasse a sulamericana, que ficou. A massa atleticana teria por que continuar a dar atenção para os acontecimentos do futebol por mais duas semanas e de uma forma que daria bastante bafafá do tipo que a mídia gosta: tendo que torcer para o benefício de um grande rival inter-estadual.

Se o pior ocorresse, não seria nenhum desastre que causasse revolta de torcida, pois, além de o atleticano ser mantido com o status de “apaixonado pelo clube“, o que seria o pior para ele no ano seria chegar a não ter chance de classificar para o principal certame sulamericano. Amargar a humilhação de dever favor para Cruzeiro e Flamengo é coisa que o atleticano esquece rápido. E ademais, o Galo disputaria a Copa Sulamericana em 2018, torneio que para o conluio oficial ele ainda não faturou. E essa conclusão vale também para o sacrificado Botafogo do Rio de Janeiro.

Se toda essa especulação tiver um fundo de verdade, o fictício Movimento Céticos do Futebol na verdade teria feito duas proezas: Primeiro a de mudar a Final da Copa do Brasil. Que conforme os descrentes na seriedade do Futebol teria sido entre Cruzeiro e Botafogo. Provavelmente com o Botafogo a ganhando. A Final ficou formada entre Cruzeiro e Flamengo, com o Flamengo com projeção, na ocasião, de propenso campeão da Sulamericana.

O Cruzeiro já iria para a Libertadores pelos seus esforços no Brasileirão e é um clube que pode ficar sem título por um tempo, pois, acumulou nos últimos anos, favorecido pelo esquema supostamente exposto, várias conquistas. E depois, não é à toa que a Globo e o clube enaltecem o voleibol para que o cruzeirense adira e botam o próprio para comemorar titulo de voleibol. O grande risco é quanto ao perdão do torcedor se visse o clube deixando escapar o título da Copa do Brasil e não vendo qualquer outro no futebol no ano, já que o Brasileirão naquele momento estava longe de ser conquistado e possivelmente já encomendado pelo Corinthians de São Paulo. O cruzeirense não é como o atleticano.

O desfecho para se conseguir ridicularizar os crentes de que o Futebol brasileiro é administrado ficou por conta da perda da Sulamericana pelo Flamengo, que já estava com a vaga na Libertadores 2018 garantida. O mengo teria perdido de propósito a competição da Commebol, que ao que parece o Futebol brasileiro também controla. Na verdade, uma conspiração global controla. Com a configuração dada com esse desfecho, a previsão dos céticos falharia em dois itens: Flamengo campeão da Sulamericana 2017 e Atlético Mineiro indo pela sexta vez consecutiva disputar a Copa Libertadores do ano seguinte. Dessa vez por mérito de seus principais rivais.

E quanto à Globo, basta ver o vídeo do Paulo Henrique Amorim, que mostra que a Globo não tem mais audiência com telejornal, com Faustão, com Fantástico, com novela e vive de investir no mercado financeiro. Não é à toa que se vê a parte televisiva da organização cortando cabeças de artistas e jornalistas à revelia.

Um desses investimentos que a Globo opera seria centrado no futebol. Mas, pra que este esporte dê para ela o retorno que ela espera ele precisa ser administrado. E é isso que ela faz: maqueia até mesmo o que acontece dentro do gramado.

Parceira da CBF, a Globo manda no futebol que ela assessora sob o manto de só cuidar de fazer transmissões de rádio e televisão e cobertura de imprensa. A Globo e sua espécie de sucursal (como alguns difundem) Traffic, estão sob a mira do FBI por suspeita de corrupção no futebol. Envolve até a realização, não só a transmissão, da Copa do Mundo 2014 as suspeitas.

Então é isso. Eu continuo crendo em tudo que os céticos do futebol profundem a respeito desse esporte porque me faz muito mais sentido do que simplesmente ver resultados revoltantes saírem do nada e pessoas responderem com comportamentos que favorecem apropriadamente a um grande jogo de interesses. Que revela que é tudo armação o que ocorre no meio esportivo, por estar ele muito próximo da mídia e ser, com isso, muito midiatizado. Se tudo isso for mais do que especulação, sabendo que conseguiram esses feitos, de tanto ter combatidas suas versões da verdade, os céticos vão acabar moralizando o futebol. Este terá que voltar a ser jogado verdadeiramente no campo. Perde o ideal de consumo por trás do Futebol, mas ganham o público e o esporte.

Às vezes, de tão inacreditável a verdade deixa de ser conhecida
(Heráclito)