O pensamento no universo

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Temos o costume de pensar que o pensamento são passagens mentais aleatórias e que o mesmo existe só na nossa cabeça. Porém, o pensamento pode ser uma espécie de detecção de acontecimentos ocorridos ou em decurso em algum lugar do planeta ou do universo.

Pode ser também uma história produzida por nós mesmos e presenciada somente por nós. Nesse caso, o pensamento pode ser chamado de imaginação.

E também pode ser um acontecimento paralelo à observação que incessantemente fazemos da realidade. Lembrando que não podemos ao mesmo tempo observar e imaginar. Nossa atenção não consegue se instalar em dois lugares.

Ponha-se no seguinte cenário: Você está dentro de uma cabine de BRT a olhar para a paisagem enquanto aguarda a chegada do ônibus que irá se dispor dele. E você vê construções inertes, o vento a balançar folhas de árvores e fios de alta tensão presos nos postes. Pássaros a revoar, carros a ir e vir às vezes em alta velocidade e às vezes em desaceleração até parar. O semáforo a trocar cores de luzes. Pessoas entrando e saindo nas cabines.

Além do sentido da visão, inclua o olfato, com o cheiro do ambiente que você está a ocupar, os sons que disputam a atenção dos seus ouvidos, o sabor de algo que você possa estar a degustar.

Note que não há espaço na sua mente para pensamentos vagos ou para a imaginação quando você está priorizando a observação. Tudo o que vai nela se relaciona com tudo o que impressiona o seu momento presente. Inclusive, boa parte do que você pensa vem da sua interação com o externo e com o agora. São respostas ao meio que antes de serem dadas precisam ser pensadas.

Somente quando você pára um pouco de dar atenção para as coisas da realidade é que as outras formas de pensamento ressurgem. Num vai e vem incessante entre um plano e outro, porém, controlado pela sua razão, que em estado de vigília precisa tomar conta de muita coisa. Entre elas: não perder a lotação aguardada.

O pensamento, seja qual for a natureza dele, analisado dessa forma é parte da sua existência. É tão material quanto o que você observa externamente. Ele nasce de modo imanifesto e segue ganhando forma para que você possa compreender a mensagem que ele traz. O imanifesto não é que você não o entenda, é que ele é o nada.

Se pudéssemos circular todo o universo, em algum ponto dele estaria você. E onde você estiver, lá estarão os seus pensamentos. Logo, os pensamentos de todos nós fazem parte do universo. É coisa tão material quanto nós, pois, o universo que nos envolve fisicamente é todo feito de energia e dentro desse bolo de energia está tudo o que é pensado por todos os seres pensantes.

Sendo assim, concluímos que mesmo a realidade física pode ser um pensamento. Na verdade, vários pensamentos. E os seres que os estão pensando não são necessariamente os que conhecemos como pensantes. Quer sejam racionais ou irracionais.

Notemos nesse caso que os pensamentos são acontecimentos. O que está realísticamente à sua volta pode bater na mente de alguém em algum lugar, para não irmos muito distante, do planeta. Assim como bate na sua cabeça acontecimentos de outras partes.

E mesmo o que é imaginário, o que arbitrariamente você imagina, dá o seu enredo, pode um dia vir a acontecer materialmente na realidade de todos nós. Pode ser você o protagonista do acontecimento ou um outro que obteve a mesma inspiração e levou mais à sério a necessidade de manifestá-la socialmente.

Com isso, se chega à conclusão de que somos co-criadores do universo. Deuses junto com Deus. Deus seria o imaginador mestre e nós os que estamos abaixo de seus pensamentos, vivendo a realidade que eles trazem. Não é fascinante isso?

A sorte pode ser provocada

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Ouvi uma conversa na qual um homem dizia para sua ex-mulher, que ele reencontrava, que não teve sorte na vida. Teria ele feito tudo certinho, buscado desejar ardentemente o que quisesse ter e mantido fé inabalável na realização do que desejava. E, no entanto, o homem se encontrava deixando a meia-idade com pouco patrimônio, mal empregado, ganhando pouco e sem dinheiro de reserva para fazer qualquer coisa. Sem condições, sequer, de manter uma mulher ao seu lado, por não poder sustentar aos dois.

Me pus, diante à minha bisbilhotagem, a refletir sobre essa questão da sorte. Será que ela pode mesmo ser criada, produzida, planejada, projetada?

Com foco na conversa, o que o homem chamava de sorte seria o que em outros antros é chamado de ter se tornado bem sucedido. Logo, ele dava o primeiro passo quando iniciava um desejo e o conservava em mente.

Porém, o desejo por si só não se transforma em realização. Quando ele visualizava isto e ficava à expectativa disto acontecer ele colocava em movimento sua fé. Outro passo que ele dava. A fé deixa a gente otimista, mas, no estado de espera.

É preciso que usemos de técnicas que nos faça desenvolver a intuição. Durante o estado de espera provocado pela fé iremos fazer uso dela para intuírmos o que precisamos fazer ou aonde devemos ir para que a condição para que o fruto do nosso desejo possa ser manifestado na realidade seja alcançada.

De porte do que precisamos ou estando onde devemos estar para vermos se materializar o que desejamos, levados a isso pelo trabalho de nossa intuição, vem a fase de mover a palha. É como estar de porte dos ingredientes e querer que uma porção de trigo misturada com ovos e leite se transforme em um bolo coberto com chocolate: Se não formos dar a forma de bolo à massa e cobrí-la com chocolate não teremos o desejo de comer o bolo realizado. Então, nessa receita, após o desejo e a manutenção da fé vem a ação. Mover-se é por-se em ação, é agir.

Mas, se ao agir as coisas derem errado, é imperativo perseverar. Dizer para si: “Putz! Dei o chute e a bola não passou nem perto.” ou “Puxa! Bateu na trave.”. Ir para casa mantendo aceso o fogo do desejo e inabalável a fé na obtenção do êxito. E voltar às práticas que ajudam a intuir nova oportunidade. Testar, testar, até acertar a vez derradeira.

No mundo quântico em que vivemos as probabilidades são infinitas. Nada é impossível. O impossível é apenas uma das probabilidades de ocorrência de um evento. Por sinal, a que tem menos chances de ocorrer se nunca desistirmos de tentar até encontrarmos a probabilidade que nos atende.

Uma boa reflexão para entender a verdade disso é por à prova que “não fazer” é uma ação que se toma, é algo que se faz. Basta usar o diálogo:

– O que você fez?

– Não fiz!

– O que você não fez?

– ????

E, se ao agir as coisas rumarem para darem certo, entram em cena a atitude condicionadora e a humildade.

A primeira se refere ao comportamento a ser adotado quando a oportunidade está nas mãos. Nada de achar que a partida está ganha ou que tem a situação sob controle.

No campo do emprego, ainda teríamos que conquistar o recrutador que vai nos dar uma vaga. Já a desejamos, botamos fé que ela viria, intuimos o que precisávamos fazer para a abocanharmos e aonde tínhamos que ir para encontrá-la. E agimos, fomos até ela. Se não demonstrarmos merecer a vaga – se não tomarmos atitudes que mostram para o recrutador isso – nada será obtido. Ficaremos no meio do caminho, tendo apenas ganhado a experiência de se vir capaz de chegar até onde chegou. Faça novamente do mesmo jeitinho e melhore-se para a fase que vem depois.

E se demonstrarmos qualidade demais, capacidade demais, vontade demais, podemos assustar o recrutador e fazê-lo considerar que pecamos por excesso. Devemos ter humildade suficiente para abrir mão de esnobar toda nossa competência e mostrar apenas que somos competentes, abertos a aprender e a aceitar soluções dadas por outros, ainda que não melhores do que as que podemos prover. Demonstrarmos toda a nossa competência deve ser uma necessidade dos outros e não nossa.

Essa é a receita para fazer a sorte mudar. Ninguém que teve que ir à luta e se tornou bem sucedido, de modo que as pessoas o chamam de sortudo, fez algo diferente disso ou pulou quaisquer dessas etapas. Ainda que sem saber o que fez.

E, para brindar longa vida à sorte se ela vier, jamais podemos deixar de nos sentir agradecidos por sermos capazes de realizar por nós mesmos nossos desejos, valendo-se de técnica. O agradecer e sentir-se agradecido nos dá sustentação espiritual para estarmos sempre a produzir sorte, estarmos sempre com a sorte nos acompanhando.

Experimente esse algoritmo e verá que o acaso da sorte inexiste. O que existe é vontade de produzir a própria realidade. Insistindo até que a probabilidade do êxito – que existe previamente, já que é imaginável, entre as probabilidades para qualquer situação – seja selecionada.

Quem é sábio não constrói amuletos, constrói a sorte!

*Leia o livro “Todo o mundo quer me amar” e encontre mais reflexões como esta!

Nunca deixe de querer para si o melhor

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Às vezes a gente se auto-aniquila por pensar que insiste bastante em querer para si algo que possa ser extraordinário demais. Auto-aniquila porque é comum pessoas nos tentar tirar da ilusão de tentar, nos fazendo pensar que é melhor por os pés no chão e desperdiçar tempo com o que pode dar certo, mesmo que esse certo seja só amenização. No fundo, estes gostariam de ter a mesma fibra que nós e lutar pela mesma coisa. É a luta deles também.

Mas eles desistem. Acham que não conseguem obter o que é grandiloquente demais. E não querem se sentir sozinhos como covardes e fracassados que são. Nessa, tentam nos sabotar a expectativa e vorazmente a luta. E às vezes conseguem.

Mas, quando não conseguem, ou quando nos incentivam a manter o propósito e a brigar contra tudo para vê-los em prática, lamentando não poder ir junto conosco, o que a gente ganha com a perseverança pode valer para eles também. Se você não concorda, por exemplo, com uma decisão do Governo, porque ela, digamos, te cria perdas que os governantes não têm e por isso as projetam para os da sua classe respeitar, se você alcançar o seu desejo, todos da sua classe terão alcançado os deles.

Antes de atrapalhar ou simplesmente criticar a luta de alguém, verifique no que ela pode ser útil para você se ganha. Então, se não puder auxiliar, ignore!

O poder da disciplina

Você consegue tudo que quiser se tiver foco e disciplina. Foco é um objetivo a ser alcançado e disciplina é um estado de espírito que se mantido patrocina o alcance do objetivo. O grande segredo para se viabilizar planos é comportar-se de maneira a compreender que tudo que é feito por quem quer atingir certa meta é em pró do seu objetivo.

Você deixa de comer uma comida deliciosa, que você tanto queria comer e eis que surge a oportunidade, e em vez de lamentar isso você diz para si mesmo: “Isso é um prazer passageiro e eu ter deixado de comer favorece o alcance do meu objetivo”. O mesmo vale para deixar de ir a um evento ou a uma festa, deixar de conhecer certos lugares ou de comprar certos pertences. “Tudo isso é passageiro e a minha abstinência patrocina o alcance do meu objetivo”.

Com tanta determinação de se sacrificar em nome de um motivo maior, chega um momento que a resiliência se torna tão natural que você acha que já não lhe brota mais desejos, você não tem outra razão para viver, nada mais te importa, pois, é tudo passageiro.

Eis que um dia você se dá de frente com o seu objetivo atingido. E a primeira coisa que você constata é que ele também é passageiro. Mas, algo que é duradouro você pode confirmar: a disciplina. Esta vai estar com você para sempre daí pra frente. Você já sabe usá-la e você pode usá-la. Você não procrastina, não desiste enquanto não alcançar sua meta. E outras metas, passageiras ou não, virão tão logo você termine de cumprir uma. E lá estará consigo, para sempre, a disciplina.

Contenha-se sempre; renuncie o que lhe é somente uma paixão; e assim você terá tudo que quiser ter e nada ficará em seu poder, pois, tudo é passageiro, somente o seu dom de trazê-los para si é que é eterno e caminhará contigo.

Leia o livro “Contos de Verão: A casa da fantasia” e aprenda a conquistar coisas e pessoas.

E se eu morresse agora?

Sozinho em casa tenho mais condição de fazer certas reflexões. A minha natureza já é a de refletir o tempo todo. Eu me pus a pensar, solitariamente, se eu morresse agora, o que eu me daria por satisfeito por ter feito e com o que eu estaria profundamente decepcionado por não ter conseguido atingir o objetivo de realizá-lo?

A gente é levado a imaginar que temos que chegar ao fim da vida tendo obtido sucesso em algumas coisas que são nos impostas e que não sabemos bem ao certo se elas são irrelevantes para nós. Sofremos sem precisão por nao ter atingido todas as metas. Coisas como termos conseguido adquirir um imóvel ou um automóvel, formado em alguma profissão, feito grandes viagens, ganhado muito dinheiro, tendo ainda um bom montante à disposição a qualquer hora, graças ao bom cargo seguro que ocupamos em alguma companhia ou à prosperidade alcançada nos negócios. Ter chegado ao matrimônio e construído uma família.

Mas, é quando você está solitário é que aparecem algumas percepções sobre a grandeza do Universo. E inevitavelmente se constata que nenhuma dessas coisas vale o esforço e a perda de tempo gastos para realiza-la.

Qualquer um concorda que todo momento de satisfação é bastante efêmero. Você regozija-se por causa do êxito em alguma coisa, durante instantes, e logo o motivo da satisfação se acomoda. Virando uma mesmice, à qual fomos doutrinados a pensar que precisamos estar sempre a superar o que já foi conquistado para que possamos saná-la e o tal sucesso fazer sentido.

Isso, para mim, é tormenta. O que está imperando nessa situação é a insatisfação. Ela leva tempo para ser desfeita e logo que isso acontece é certo de ela aparecer novamente.

Devemos o sucesso aos insatisfeitos.
(Aldous Huxley)

Sim, concordo com a aplicação dessa frase aqui também. Se nos acomodarmos com o sucesso, após a chegada dele nada avançará. Com o tempo, virará rotina e quem o obtém passará a viver como um robô, sem o objetivo de avançar, apenas o de manter o status configurado, que obviamente não incide o surgimento de inovações para ser sustentado.

Para que serve o progresso se ele só produz insatisfação? Para que serve o progresso se for para apenas gerar mais progresso?

A gente olha para o alto e vê as nuvens ou as estrelas. E parece que o que enxergamos é o limite da Terra para nós. Embora estejamos convencidos de que há muito mais além do que vemos, sabemos que tudo é ampliado imensamente quando em nível de galáxias. Aliás, infinitamente.

E quanto mais se distancia do chão, menos perceptíveis somos. Chega-se a um ponto em que o maior de nós parece tão insignificante, dimensionalmente expressando, quanto é uma formiga lava pé ou um ser microscópico aos nossos olhos. Em algum lugar do espaço, o tanto que estamos reduzidos em relação a ele, nos faz sermos comparados com aquilo que chamamos de vácuo quântico. O menor espaço que poderíamos imaginar. A condição de ser nenhuma coisa ou energia pura, devido à minuscularidade percebida. É assim que provavelmente somos vistos por uma consciência ou um observador existente em algum lugar distante esse tanto. As coisas só ganham proporções palpáveis e significados quando um observador se aproxima delas.

Aí nesse momento é que paro para pensar: que importância tem qualquer conquista ou qualquer feito diante da imensidão do Universo? No que eu ser capaz de ganhar muito dinheiro ou de ter uma invejável ocupação social e patrimônio pode mudar qualquer coisa no curso do Universo? Na Terra, sim, alguma coisa pode representar minha arrogância, meu fascínio por material ou minha soberba.

O tempo de existência na Terra é bastante curto. Pense nisso em relação à eternidade, que é o próprio Universo que sugere haver!

Se você elimina das suas crenças os dogmas que o sistema impregna, o que o sistema considera que você deve prezar para se sentir satisfeito, você, então, cria seus próprios valores para sentir satisfação, orgulho de si mesmo e gozar plenamente da curta existência que nos é proporcionado. E não diferencia em nada daqueles homens bem-sucedidos e afamados de quem procuramos, coordenados por nossos instrutores, traçar os passos.

E com relação a deixar contribuições para as gerações futuras, no que se refere ao planeta — pois para o cosmos nada podemos contribuir, apenas desvendá-lo —, viver sem molestá-lo é o bastante. O que é ter o seu nome atribuído a um grande feito, um pensamento esclarecedor
ou até mesmo a uma frase inspiradora, perto da imensidão do Universo? Da Incerteza e da eternidade do Universo? Nenhuma verdade é imutável nesse nível. Uma lei estabelecida para o planeta pode muito bem não servir para nada se um poderoso corpo celeste vir a colidir com a Terra e varrê-la ou mudar seu funcionamento para todo sempre da realidade universal.

Ainda que ser honrrosamente ou devidamente creditado a um grande feito não dependesse da boa vontade daqueles que ao longo das épocas constroem a história monopolizando as informações, procurar viver intensamente o que puder viver, livre e sem se esforçar tanto ou perder tanto tempo com preliminares que supostamente são viabilizadoras de grandes feitos, é muito mais compensador.