Cesta de bambu e bolinhos de chuva

O capítulo 2 do livro “Os meninos da Rua Albatroz” também remete aos comes e bebes de emergência, bem como ao “jeitinho brasileiro” para se conseguir algum trocado. Tôim e sua irmã Deia certa vez colocaram em uma cesta de madeira os bolinhos de chuva – aqueles feito com farinha de trigo, açúcar, manteiga e ovos – que a mãe havia deixado em casa para eles utilizarem no café da manhã, uma vez que a região não contava ainda com padaria e comprar pão francês não era muito fácil. Os irmãos, aproveitando haver um conjunto de casas populares a ser construídas em uma avenida abaixo da casa onde moravam, passaram a mão na cesta e foram angariar alguns centavos por unidade de bolinho de chuva, que eram vendidas informalmente para os operários que construíam o conjunto habitacional.

cesta com bolinho de chuva

Lamparina e lampião

O capítulo 2 do livro “Os meninos da Rua Albatroz” também faz referência a dois utensílios que era utilizado naquele tempo em que no Brasil, embora emergente tecnologicamente, ainda havia residências que não contavam com energia elétrica por não ser o conforto tão acessível. Isso acontecia na casa da família protagonista, que no referido capítulo tem os patriarcas a levar uma discussão à luz de lamparina e de lampião, duas lâmpadas que funcionavam à base de querosene, que era queimado para gerar chama e esta era engrandecida devido à redoma de vidro, no caso do lampião, ou ao pavio alto, no caso da lamparina. A fumaça que saída do utensílio tinha um cheiro marcante e provocava fuligem nas paredes dos cômodos onde elas eram fixadas para iluminar. A solução serviu a muita gente em pleno centro urbano, mesmo em capitais brasileiras que já estavam em desenvolvimento há bastante tempo de então.

LAMPARINA