IMAGEM: Internet
Você quer ser livre? Está saturado da mordomia e arrogância dos políticos? Tá cansado de ver a mídia dar as cartas, agir no intelecto das pessoas para estas terem certos comportamentos e com isso preparar terreno para políticos e empregadores cometerem abusos? Quer dar um basta na exploração dos patrões e dos políticos? Quer enfraquecer o poder da maçonaria? Então, meu, gaste dinheiro. Em espécie.
Se todos de repente exigirmos a volta do dinheiro em espécie, o capitalismo entra em colapso. Se todos, por exemplo, resolvermos sacar o que temos em contas correntes e poupanças, os bancos não terão como pagar e terão que responder por calote.
Se todos formos aos supermercados buscar o mesmo produto, nem todos sairão do estabelecimento com o produto na mão. A procura será maior do que a oferta. Os fabricantes terão que contratar mais trabalhadores para satisfazê-la. Pedirão empréstimos para arcar com a produção. Se endividarão.
E se no dia seguinte, simplesmente a gente boicotar o tal produto? O mesmo ficará encalhado. O supermercado se verá em apuros por ter apostado na compra. Não cumprirá com o pagamento feito à crédito em duplicatas.
O fabricante terá problemas com a justiça por não cumprir as obrigações do contrato de trabalho com os empregados. Os bancos serão os primeiros a tomar das empresas o calote.
Sem receber, o banco quebra. Vai à bancarrota. Desferirá sem piedade pra cima de seus devedores. Que serão os patrões. Oh, glória!
Muitos comerciantes vendem eletrônicamente o que não têm para vender. Em muitos casos, sequer é possível para o planeta produzir as entregas prometidas. Muitos dos compradores não buscam receber o que compram.
Tudo o que se vê ultimamente em termos de compra e venda é especulação. Um promete o que não tem, na espectativa de não ter que fornecer; outro solicita o que não precisa, não se importando se não receber.
As exigências de consumo estão sendo satisfeitas pelo ato de contratar e de pagar, mas não de consumir. E esta realidade é imposta pelas corporações. Quantas vezes você usou totalmente o crédito que você pôs em seu celular?
As operadoras dizem pra você que suas ligações são ilimitadas, mas, você reclama é do que tem limite, o acesso a dados. E mesmo podendo efetuar ligações, você prefere comprar mais dados e se render à comunicação mais vantajosa para as operadoras por ser paga por pacotes. Pare de cumprir com a expectativa delas.
Se de repente todos nós resolvermos voltar ao tradicional, exigindo pagar e receber com papel moeda e tocar no ato da compra o produto que se deseja comprar e por fim o levar para casa, o Capitalismo entra em colapso e pode até se extinguir. A melhor forma de acabar com o Capitalismo é fazê-lo voltar às suas origens.
Hoje em dia impera o crédito. E na base do crédito, muitos são ricos e poderosos. Crédito é fidúcia, é crença. É só confiança. Você precisa acreditar que alguém tem o que faz parecer que tem para que ele se mantenha em seu status de quem controla você. A partir do momento que você põe à prova aquilo que um magnata ostenta, se ele não puder prová-lo, ele não é diferente de você.
Quando os magnatas são iguais àqueles que os tornam magnatas comprando seu produto, a economia se vê em estado de choque. Se está, então, à beira de se pedir socorro para o socialismo.
Portanto, derrubar o capitalismo ou forçar a implantação do socialismo para estabelecer a igualdade entre os povos e parar a exploração do homem pelo homem é uma questão de comportamento econômico que está ao alcance de qualquer um.
E não é preciso que toda a população de uma nação se comporte como tal. Basta que um grupo organizado faça aparecer nas estatísticas dos analistas econômicos certa tendência de consumo. Estes, de porte dos dados oferecerão suas análises aos produtores. E estes, como de costume, apostarão no que determinarem esses consultores. Se logo a seguir, o comportamento do consumidor for o de negar a tal tendência, deixando na prateleira quando os analistas disseram que ocorreria o contrário, a rasteira é dada.
Como, por exemplo, uma multidão combinar de acessar o Google e pesquisar sobre o mesmo tópico. A companhia vai colocar o tópico entre os trends (mais procurados) em seu site. Vai vender para um monte de imbecis essa informação. E os imbecis vão traçar estratégias com relação à informação. Imagine o desequilíbrio que o gasto em vão causaria quando os compradores de trends observarem que ninguém estava de fato interessado no que lhes foi informado?
Basta que muitos comecem a preferir pagar com papel-moeda (dinheiro vivo), à vista, comprar como tradicionalmente, evitar o cartão de crédito ou a compra pela internet, preferir os modos antigos de consumir certos produtos e rejeitar produtos novos para que a desforra sobre toda essa audácia política e econômica seja possível.
No trabalho, basta abrir mão das tecnologias atuais e trabalhar com os recursos com que se trabalhava antes da evolução tecnológica. Se o patrão não quiser empregar nessas condições, faça o trabalhador o seu próprio emprego. Ou trabalhe informalmente.
Em toda história, o patrão sempre foi a figura do que tem os meios de produção. Hoje, qualquer um consegue produzir qualquer coisa se tiver que ser pelo modo antigo. O patrão se sustenta por possuir tecnologia de ponta. Só que esta pode ser substituída pela antiga por aquele que precisa produzir pra poucos. O patrão clássico não pode.
Uma vez vendo o trabalhador tocando sua vida construindo o próprio emprego, o patrão irá atrás dele pra ofertar condições melhores de trabalho e também de salários. Patrão não gosta de pôr a mão na massa. E nem os seus. É com o trabalhador que ele tem que contar se quiser fabricar e distribuir o que quiser produzir para lucrar com isso.
O poder está nas mãos do trabalhador e do consumidor. Políticos são desnecessários e patrões são dependentes da nossa boa-vontade de trabalhar e de consumir. Não é, de forma alguma, compreensível que tenhamos que estar tolerando, por exemplo, as insandices de Jair Bolsonaro ou as ameaças do Paulo Guedes. Não temos que tolerar tanto poder dado para os empregadores e tanto açoite ao trabalhador.
Os poderosos só possuem a audácia e o controle sobre os homens quando podem intimidar insinuando serem quem controla os que a seu favor seguram armas e atiram. Se tivermos consciência de que precisam de nós como trabalhadores, ainda que da forma com que exigirmos trabalhar, e como consumidores não precisamos temer repressão armada.
E ainda está sob nosso poder esfregar na cara dos poderosos usurpadores que os que pegam as armas deles para nos reprimir também são gente como nós. Trabalhadores e consumidores explorados. Gente que não atiraria nos seus entes queridos antes que os mesmos sejam capazes de domá-los pela conscientização que mostra qual o lado a que pertencem.
E ademais, qual violência há em não se comportar como consumidor ou como trabalhador da forma que o mercado e os políticos esperam?