Por que o Flamengo está na final da Libertadores 2019?

O futebol é a coisa mais importante dentre as coisas menos importantes das nossas vidas” (Arrigo Sachi)

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Eu já acho que o futebol é a coisa mais importante dentre as coisas sem importância. Mas, não podemos negar que quando a política precisa dele, ele passa para o status de supra sumo.

O advento da Copa do Mundo 2014 e da Olimpiádas 2016 quebraram o Brasil junto com a política socialista petista, que encheu o sistema público de servidores e o privado de contas geradas por benefícios sociais para pagar.

Depois dos dois eventos esportivos de grande porte ficaram estádios para senão lotar pelo menos receber jogos – estão tendo que completar com shows de artistas internacionais -, hotéis para receber hóspedes e restaurantes para servir pratos para alguém em visita à cidades que às vezes não têm nada para ser visitado pelo turista comum, que é o massivo.

Então, o futebol passou a ser gerido de um jeito que nem tá tendo graça acompanhar. As próprias partidas acontecem com total controle dos controladores. E é notável isso. Não é preciso ser tão sensitivo como eu!

Quando ao ver uma dessas partidas de futebol nos deparamos com gols incompreensivelmente perdidos, expulsões estranhas, pênaltis causados de maneira mais do que infantil por atletas que só vivem de treinar sua posição e sua movimentação dentro da área pode saber: é fruto de gestão. E agora tem também o VAR, árbitro de vídeo, que não passa de mecanismo pra ajudar nos artifícios dos gestores.

Quando um pênalti é cometido fora do alcance das atenções dentro do estádio e das câmeras de vídeo colocadas em pontos de visão mais coerentes, aí é que me deixa mais desinteressado de acompanhar o Esporte. É coisa armada com zagueiros e atacantes para acontecer caso o gol não saia naturalmente em um jogo em que o resultado é pra ter gol do time que vai cobrar a penalidade, de repente, gol de quem for o cobrador ou a vitória ou o empate do clube favorecido com a penalidade.

E quando os técnicos enfraquecem seu time para favorecer o adversário que tá combinado de ganhar ou empatar o jogo? Tiram o melhor em campo e põem uma água; fazem substituições descabidas. Pior é quando no decorrer da semana, jogo importantíssimo pra ser jogado, inventam que o craque ou os craques do time se contundiram ou foram convocados pra jogar amistoso pela seleção de seu país, às vezes sub 20?

Só quem quer ser enganado é que acredita que tudo isso sai espontâneamente, sem ajuda dos gestores de resultados. É um tal de fulano de tal perder uma partida para um time que precisa ganhar para ajustar a tabela. Vai o entregador ter mais pra frente sua compensação em cima de outro time. Um tal de deixar se vencer em um campeonato pra ser o vencedor noutro. Tenham dó!

É nítido isso se acompanharmos os últimos resultados dos clubes de Minas no Brasileirão. Nem Atlético e nem Cruzeiro cobiçam qualquer coisa nesse fim de temporada, parece que a gestão faz o número da ameaça de o Cruzeiro cair pra Segunda Divisão para com isso atleticanos e cruzeirenses reagirem à mídia dando atenção pro certame.

Precisam de audiência para os veículos de imprensa e de transmissão esportiva pelo menos para salvar a grana do patrocinador. E cuidar da imagem dos atletas que as presidências e os lobistas estão interessados em mandar para o exterior, que compra tudo quanto é lixo que no futebol brasileiro aparece. Haja vista Neymar, Vinicius Jr…

O Atlético Mineiro perdeu em casa para os reservas do Ínter de Porto Alegre não só porque seu elenco é medíocre. Isso é o que querem que o torcedor replique. Mas porque o time gaúcho tava combinado de perder a Copa do Brasil para o xará paranaense do Galo e chegar à Libertadores pela porta do Brasileirão.

O Grêmio socou uma goleada no Galo, também no Independência, porque sabiam que ele precisaria estar na porta do G4, pois, seria pelo Brasileiro que a gauchada chegará à Libertadores 2020, já que a semi-final da liberta 2019 no Maracanã estaria vendida para os cariocas e só virou 5 a 0 o jogo de volta para que o torcedor gaúcho perdoasse seu time convencido de que o Flamengo é mesmo “o cara” da temporada. Coisa simples de aceitar pra ele, pois, há não muito tempo viu o Grêmio erguer a taça da mesma competição.

Aí vai o Cruzeiro vencer em casa o São Paulo propositalmente apático para não deixar os candidatos ao Z4 no ano escapar muito e ficar ruim de se gerir o torcedor. Vencer o Corinthians na casa dele pelo mesmo motivo.

Vai o Galo empatar com o Palmeiras na Allianz Parque, perder pro Fla no Maracanã praticamente sem jogar, empatar com o CSA no Rei Pelé, em Maceió, num jogo em que todos os esquetes possíveis entraram em campo – pênalti por conta do VAR, expulsão por ato infantil de jogador do Atlético para convencer o atleticano desavisado que o resultado de 2 a 2 foi vitorioso para o Galo, já que o time jogara com jogador a menos. E outras coisas que é melhor uma postagem inteira para discorrer sobre elas e mostrar como são artificiais.

E ainda tenho que citar o Galão da massa abater em casa o Santos, então terceiro colocado na competição, sendo deste a vez de mesmo superior não incomodar o adversário para facilitar a vitória dele. Aí tem também o número da troca de técnico.

As bilheterias nem chegam a ser a expectativa de reação do torcedor. Se bem que bastou o atleticano esvaziar o Independência para que o time do Atlético voltasse a ter resultados positivos.

Queriam gerir o torcedor do Galo fazendo o time dele perder pontos e o rival se recuperar da zona de rebaixamento, ameaçando uma troca de posição. Nas locuções de rádio e de TV e na boca dos jogadores, técnicos e torcedores escolhidos a dedo para dar entrevistas o conteúdo “os resultados positivos saem quando o torcedor incentiva presenciando no estádio seu time” é fácil de ser percebido nesses jogos.

É assim que se faz engenharia de comportamento e se põe o torcedor para pagar o pato e não deixar o samba morrer. Se ele fosse esperto perceberia que sua ausência nas arquibancadas faz seu time pontuar mais, então, ele diria: “vamos continuar faltando“.

O presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, pai de piloto de Fórmula 2, falou em entrevista ouvida pela Rádio Inconfidência AM que os clubes vivem da renda obtida com a televisão, da venda de cotas à associados e da venda de jogadores.

No Brasil, a pindaíba tá tão grande que os clubes aguardam conclusão de legislação para se tornarem empresas. O Figueirense de Santa Catarina estaria em teste e já decreta falência – na Série B deste ano já perdeu jogo por WO por não comparecimento em campo dos atletas devido à crise financeira que o impediu de pagar salários, árbitros e etc. O Botafogo do Rio de Janeiro, em crise já indisfarçável, cogita ser o primeiro grande a seguir a trilha.

O Cruzeiro de Minas Gerais é notícia desde o início do ano na lista negra dos inadimplentes. Holofotam suposta corrupção, mas, o estouro parece ser anestésico ou estratégia de persuasão do público. E o Atlético é o que melhor consegue esconder que está na mesma merda financeira que está a grande maioria dos times brasileiros de futebol. A demagogia contratada pela imprensa à seus jogadores fez doerem vários estômagos: “atrasos nos salários não é desculpa para não vencermos o Santos“. Kkkkk!

Mas, como é que o Flamengo tá na boa? Era notícia frequente nas páginas de jornais sobre economias fracassadas a situação do rubonegro do RJ. Tá certo que é superprotegido pelo lobby do futebol e o que não falta é quem põe dinheiro na roda para salvar o clube.

Só que só botar dinheiro pra pagar salários, deslocamento das esquipes, permanência nos campeonatos não resolve a situação. É preciso encher estádio, vender produtos com a marca do clube. E às vezes, por mais que seja qualificado o escrete, as coisas não acontecem no campo sem que a conspiração manobre.

Tanto é que o Flamengo virou o bicho-papão do meio do ano pra cá. Por necessidades midiáticas e econômicas no mundo todo cada ano é um o bicho-papão. Geralmente do Rio de Janeiro ou de São Paulo e nunca do Nordeste e companhia no caso do Brasil.

E enquanto o Flamengo atropela todo mundo, com uns cedendo sob demanda a derrota, todos ganham. Até o clube pequeno, que só cede e vai passear na Série A pra pegar dinheiro bancando o boi de piranha fatura alto. A briga pelo acesso na Série B é por essa boquinha. Tanto é que quase ninguém que sai da B e vai pra A fica. É bate e volta! Rende mais.

Porém, tem algo nessa história gloriosa do Flamengo 2019 que ultrapassa essa mecânica usada pela gestão do futebol há boas dezenas de anos. Em fevereiro de 2019 o Ninho do Urubu, CT do mengão, sofreu um incêndio que ceifou a vida de jovens promessas do clube que estavam na mira de virar níquel e ir para os cofres rubonegros. Outros Vinícius Jr. Se recompor financeiramente se tornou imperativo para os cariocas.

E mesmo que não haja qualquer indício de o Flamengo ter recebido favores nesse sentido como foi bem claro com a Chapecoense por causa do acidente aéreo que levou a vida do time inteiro praticamente, só se pode deduzir que fizeram bem tecnicamente a artimanha. Afinal, o Flamengo é o Flamengo, não? Vai mendigar na TV? Ainda por cima, apadrinhado pela Globo como é?

Com a Chapecoense armaram da equipe catarinense não ser rebaixada no Brasileirão por três anos consecutivos. E assim foi. Participar da Copa do Brasil, Libertadores ou da Sulamericana idem. À cada fase ultrapassada, grande soma de dinheiro na conta corrente. E sem que ninguém perceba, pelo menos até as oitavas de final tendo maquinada a passagem.

E para essas coisas acontecerem como planejado é preciso que todos no certame estejam de acordo e cumpram um papel. Clubes, confederações, patrocinadores e mídia. Inclusive os times sulamericanos e a Commebol.

E você fica aí fazendo inimigos enquanto os outros fazem dinheiro!

Bolsonaro defendendo a liberdade de imprensa: Me engana, eu gosto!

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A margem para a teoria conspiratória começa com o caso em que um amigo do presidente, o comediante Danilo Gentili, teve uma suposta condenação em primeira instância de seis meses de prisão com base em censura de opinião levada ao público em um programa de televisão, mesmo que de baixa audiência o programa entre os que presam entretenimento de nível e são capazes de se opor a certos pronunciamentos.

Neste caso, os desavisados manifestaram-se contra a condenação, mesmo concordando com a opinião que enaltece que o comediante teria cometido abuso em seu humor idiota contra a deputada Maria do Rosário do PT gaúcho, conhecida inimiga – pelo menos política – do atual presidente da república. Segue o que seria a trama que coroa a divagação conspiracionista desta vez.

O atual presidente da república é famoso pela sua rejeição e traquinagens contra a imprensa. “Se você quer ser bem falado, derrube a imprensa” ensinaram os marxistas culturais. Porém, estamos num país que por mais que Bolsonaro e sua gente pense que a maioria é burra, isto lá não é verdade. A maioria é intelectualizada e de esquerda, sabe fazer oposição. Logo, para não cair aos pés da imprensa, o presidente viu-se a necessitar minimizar sua imagem de Trump dos trópicos, banindo suas atividades anti-imprensa.

Nada melhor, então, do que pegar um bode expiatório, pode ser o chefe do STF, Dias Toffoli, e criar um factóide o envolvendo. Alguns aliados indesconfiáveis do Governo, como suspeito serem o site O Antagonista ou a revista digital Crusoé, publicariam ataques contra ministros. E o factóide seria usado para que o Judiciário se veja com a missão de defender a liberdade dos políticos, encenando com isto uma operação visando sanção de lei censurando jornalistas, seguida de caça a tuiteiros.

Toffoli abriria um inquérito para inibir ataques ao órgão que preside, emitindo mandatos de prisões e viabilizando operações policiais em casas de usuários do Twitter no Brasil. Decisão que teria sido tomada pelo ministro Alexandre Moraes.

A ação mexeria com os brios dos encarregados de parecer serem defensores da Constituição de 1988 e um deles apareceria numa quarta-feira, tipo 17 de abril, chamando de “censura” e “retrocesso” a decisão de Moraes ao determinar a remoção de conteúdos jornalísticos, que a própria Globo, junto com a Folha de São Paulo, teriam noticiado serem verdades as acusações de ligação de Toffoli à Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato, que teriam sido transformadas em fakenews pelos magistrados. O papel de moralizador da questão e vigilante da Constituição teria sido exercido pelo ministro Marco Aurélio Mello.

Um tempo é dado para o povo absorver o cenão montado e a TV Globo aproveitaria para inclusive fazer ganhar mais adesão à causa contra a Venezuela, exibindo em um telejornal de meio de tarde um quadro que coloca a Noruega em primeiro lugar como país em que há mais liberdade de imprensa e o Brasil em centésimo quinto, só perdendo na América do Sul para a temível Venezuela.

Após a grande mídia fazer o merchandising e cumprir a parte dela: ventilar a suposta perseguição e impressionar as massas com a audácia de juristas que pode afetar toda a população brasileira, o magistrado nomeado paladino, pode ser, por exemplo, o Moraes, revogaria a própria decisão e apareceria atando as mãos do promotor da censura à imprensa, Tofolli, que chegaria a ter cogitado para efeito de ibope um impeachment. Moraes esperaria a sua populista e quase crística atitude também ser ventilada para o público. É fácil no Brasil fabricar falsos heróis.

Para coroar, o presidente impopular também por causa do seu relacionamento com a imprensa apareceria nas redes sociais em uma live, vestido a la Collor de Mello com uma camiseta demagógica e demagogicamente acompanhado por um tradutor de libras, parabenizando, após usar sua credenciada imagem de presidente para promover ações do filho Eduardo, a atitude do ministro Moraes, confessando não saber muito o que acontece em seu governo ao usar as palavras “parece que” para se referir à revogação, e aproveitando também para fazer merchan das famigeradas grandes igrejas evangélicas.

Isso tudo, obviamente, sendo ventilado com louros e glamour pelo jornalismo subsidiado pelo governo, melhorando sua imagem com a imprensa de toda sorte e ainda ajudando o borburinho a tirar as atenções da aprovação da Reforma da Previdência. Por mim tá tudo bem, mas, eu gostaria de não ser tratado como caduco.

 

LINKS PARA LER OS FATOS

https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2019/04/18/interna_politica,1047389/bolsonaro-parabeniza-moraes-por-derrubar-censura-a-reportagens.shtml

LEIA: “Os meninos da Rua Albatroz“. Aprenda a construir opiniões críticas contundentes.

A prova que o Governo Militar era de esquerda

Essa é pra fazer o Bolsonaro revirar no túmulo… ops: na UTI!

A História é contada pela situação. Nos meus tempos escolares, ensino primário e colegial, a situação era formada pelos militares. E quem está no comando controla as instituições cívicas. Entre elas a educação. Logo, os livros do MEC eram colocados na grade seguindo orientação dos generais. O que os historiadores tinham que colocar dentro deles era ditado pelos meganhas. Assim como o que ia nas páginas dos jornais.

E o que eu lia nos livros de História e Geografia naqueles idos, o que eu encontrava nos álbuns de figurinha e até nas revistas em quadrinhos, apresentava a realidade do mundo de maneira mais mastigável. O material de escola, publicitário ou artístico e midiático não eram tão manipuladores. Não buscavam te fazer acreditar na verdade que costuma querer que se acredite quem está na situação. Muitos daquela época e que podem chegar a ler este texto contestarão, mas, aquele material resistiu ao tempo e todos nós temos acesso a ele. Não tenho como dizer outras coisas sobre aquele procedimento educacional, pois, posso ser facilmente desmentido.

Na grade escolar se falava de Comunismo, apenas não se enaltecia. Não tinham os textos o mesmo entusiasmo que tinham os que propagandeavam o capitalismo. Na verdade: o consumismo. Ninguém, dentre os brasileiros médios, passava o tempo a pensar sobre regimes semi-opostos buscando adesão. Mas, o suficiente para sabermos que isso existia, sim, era divulgado. Me lembro que eu sabia de cor os nomes das quinze províncias soviéticas e das respectivas capitais. Era obrigatório para as provas saber sobre a União Soviética, a China e os Estados Unidos.

Já nos livros didáticos utilizados na grade do MEC a partir do Regime Civil, com relação aos tempos militares vemos muito recrutamento para aversão, muito ataque. Falam de censura que não existiu e de procedimentos que não eram adotados para qualquer pessoa. Houve sim perseguições políticas. Havia muitos militantes marinheiros de primeira viagem, que entravam de gaiato em grupo subersivo, simpatizavam com a causa dos líderes e saíam a afrontar os generais e com isso ajudavam a engrossar o caldo das prisões abusivas, torturas e outras desavenças acontecidas com muitos inocentes. Isso porque nisso os generais eram mesmo durões. Aliás, tinham que ser, pois, se não se zelasse pela ordem e se protegesse o ideal do regime que se queria manter, haveria desgoverno e consequentemente anarquia.

E quem são os sujeitos que estão no poder hoje, por trás do regime civil? São exatamente os que nos idos em foco queriam derrubar o governo. Sob pretexto de falta de liberdade para as pessoas e de existência de miséria e de injustiças. Carregavam a bandeira do Socialismo na tentativa de angariar simpatizantes e assediar pessoas. Eles não estão só no PT ou nos outros partidos de linha esquerda. Estão também no PSDB, nos demais conservadores e, obviamente, no PMDB, que voltou a se denominar MDB.

Quando chegou a vez daqueles enfrentadores do sistema botar a mão no poder, o que eles fizeram? Venderam as estatais que os militares criaram, quebraram, de propósito, as instituições públicas e muitos benefícios sociais que também foram implantados pelos militares. Permitiram a entrada do capital estrangeiro até em atividades em que o bem de produção é o trabalhador, como nas centrais de atendimento. Escravizaram, com isso, o trabalhador. Venderam ele para as multinacionais. E é assim que está configurado e querendo ficar cada vez pior.

Trabalhador de call center nos tempos militares seriam, sem qualquer dúvida, funcionários públicos. O setor, assim como os centros de processamento de dados, era considerado reserva de mercado de trabalho a função e não podia ser explorado por empreendedores estrangeiros. Os estrangeiros, se quisessem, que viessem instalar fábricas e produzir algo que pudesse ser vendido, fazendo o país ganhar com a exportação do excedente, assim como aconteceu com as fábricas de automóveis. Nada de mamata de vir pro Brasil escravizar o trabalhador, entregar pra ele máquinas precárias para ele trabalhar, pagar a ele o salário mínimo só para ele consumir e fazer o capitalismo girar e lucrar alto com o seu atendimento prestado durante árduas horas por dia.

Naquela época haviam dois partidos. O MDB – Movimento Democrático Brasileiro – e a ARENA – Aliança Renovadora Nacional. É um pouco difícil de definir isso, mas o primeiro representava o desejo de se sair do Regime Militar e o segundo o oposto.

Democracia no Brasil eu acredito que não tenha existido nem mesmo quando a ala que se rotulava como democrática entrou no poder. Só de se constatar a necessidade de aprisionar psicologicamente a população, por meio das instituições doutrinárias, para que ela seja mantida no cabresto sem que perceba, pois, iludida com o conceito errôneo de democracia, que ela determina como “se poder fazer o que se quer“, já é um indício de ditadura. Ditadura civil. Sai da atrocidade visível para se manter a ordem e o progresso praticada pelos militares e entra na invisível, extorquida à base de controle mental e engenharia social, praticada pelos civis. Não só os políticos. E é duvidoso se para manter ordem ou criar progresso que as táticas acortinadas dos civis são implantadas.

Como está implícito, no modelo de governo civil esquerdistas e direitistas formam um laço só. Mas, se fazem de adversários para garantir permanência no poder. Senão os militares intervêm e acabam com a farra. Essa é a lógica de Hegel. No fundo é “todos contra os militares“. Sob a ilusão popular de ser “todos pela democracia“.

A estratégia mais sensacional adotada por esse conluío é o pluripartidarismo. Muitos partidos não significa só dividir uma boa soma da receita pública na forma de apoio financeiro aos partidos políticos. Mas, uma forma de camuflar investidas contra os inimigos do regime civil e de manipular a opinião pública, colocando a população para seguir linhas partidárias, que estão sob o controle das lideranças políticas ou da elite que está por trás dos partidos. Quer entendam ou não a ideologia da facção que são seguidas.

Se voltarmos ao passado e reinstaurarmos o bipartidarismo, teríamos de volta o MDB legítimo e a ARENA. Todos os partidos interessados em manter o Regime Civil se concentrariam no MDB e o inverso na ARENA. Teríamos que fazer um levantamento dos feitos de cada grupo e juntar os interesses.

No lado civil estariam o interesse de liberação das drogas, do aborto, da sexualidade descompromissada, do crime, da baderna e da violência, do “faz o que quer” que caracteriza a mídia corporativa. Na área econômica vem privatizações, consumismo fútil e empregabilidade fantasmagórica, entrada desenfreada do capital estrangeiro e perda de soberania nacional. Lavagem de dinheiro e corrupção. A Educação priorizaria o emburrecimento e a infantilização. No campo do trabalho: o escravagismo encripado. As polícias totalmente aparelhadas e operando o suficiente para garantir o soldo, exercendo suas funções um pouco somente nas solicitações para defender o sistema. E na administração pública os abusos que vemos desfilar os homens do Judiciário e a extravagância típica dos políticos de qualquer esfera: municipal, estadual e federal. Tudo que só não constatamos se não quisermos.

E no militar: busca rígida pela ordem e bom comportamento, desenvolvimento econômico sustentável. Progresso comedido. Respeito pelos índios, pelo brasileiro de todas as regiões, pelo menor abandonado. Nova Funai, novas superintendências regionais, nova Febem. Interesse em criação de projetos sociais e de amparo ao trabalhador. Como o Funrural e o PIS. Novas fundações de incentivo à cultura. E, é claro, estatais. De negativo só as obras faraônicas, Mas, elas estão presentes em qualquer tipo de administração pública. Tudo bancado com dinheiro público para usufruto pelo nação. Colocando a imprensa e os veículos de mídia no chinelo para que sua ganância não venha a comprometer a ordem e o progresso ou educar o povo para a servidão.  Mais vermelho impossível.

Percebe-se assim que o Governo Militar tinha uma quedona para o socialismo. Aqueles radicais que o combatiam é que estão no poder hoje e privatizaram tudo o que foi começado naquela época. Eles é que deviam receber investimento dos Estados Unidos. O Tio Sam odeia estatais e benefícios sociais. E foi ele que bancou a redemocratização do Brasil. Foi ele que comprou a maior parte das nossas empresas e se apropriou da maior parte dos nossos recursos naturais, nossas riquezas. E quem facilitou e continua facilitando para eles? A última cartada foi o Pré-Sal e lá vai a Eletrobrás, que os militares criaram. Qual o regime que está no poder? Será que o Bolsonaro tem noção sobre esse esquerdismo todo desses idos que ele gosta tanto de enaltecer? Será que ele se interessaria em reavivar a ARENA e buscar pelos interesses que hoje seriam dela?

Não é guerra, é só reflexão e ponto de vista. E colhidas as informações da memória a maior parte. Mas, tenho um vasto material da época, a maior parte impresso, que não me deixa mentir. E não há contradição com o que venho publicando neste blog, pois, venho criticando os acontecimentos que são injetados na sociedade atualmente. A maior parte esquetes midiáticos, com o propósito de desviar a atenção do povo para que ele enfie-se num erro. Meu ceticismo é notório. Meu niilismo idem. Meu inconformismo ainda mais. Duvido do futebol e do esporte em geral, da cultura e das artes, da imprensa, da mídia, do sistema educacional – destaco as escolas, da ciência, das igrejas, das empresas, dos poderes executivo, legislativo e judiciário e principalmente do governo. Ninguém me parece ser íntegro. Todos manipulam e parecem militar por um bem comum onde poucos ganham. Não há distribuição e sim fascismo. É só navegar nas postagens e verificar que não há nenhuma contradição. A não ser que se queira, sem qualquer coerência, tachar dessa forma.

Este texto tem a pretensão de ser o último publicado neste espaço com os marcadores que o compõe.

Quando nomes de tucanos aparecem como réus em alguma investigação, cai até avião carregando relator?

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Aí é muita sacanagem do “destino”. Logo na hora que a novela tava ficando boa e que começou a aparecer no papel de vilão nomes que costumávamos ver na TV bancando os mocinhos, a novela vai ter que ser interrompida por causa de um acidente que levou a vida de alguém importante da equipe técnica?

Poxa, todo mundo sabe – a própria TV Globo educou todo mundo assim – que o momento de se avaliar se o artista é bom é quando ele tem que fazer o protagonista do mal, ou seja: o vilão da história. Se ele for capaz de fazer o telespectador odiá-lo tanto quanto é capaz de fazê-lo amá-lo, então, ele é realmente fera na interpretação. E aí, queimou nossa expectativa de verificar se o óbvio, na minha opinião, reinaria: os tucanos da história sendo odiados pela audiência só pelo motivo de, por não conseguirem mais enganar o público, serem tachados de estarem a interpretar suas vidas reais.

Se a solução a ser dada pelo diretor da novela for parar a produção, então, vai virar a mesma uma panela de pressão com caldo de feijão saindo pelos cantos da tampa: uma bagunça só. Vão ter que desprender quem tá preso e quem o público tanto queria ver metido no xadrez vai continuar locupletando na maciota, como se dizia antigamente. Agora, a privatização da Petrobrás e a entrega do Pré-Sal também terão que encerrar as atividades.

Portanto, se quaisquer dos lados nessa briga pode ser enquadrado em acusação de sabotagem do acidente de avião ocorrido com o relator do STF Teori Zavascki, o que em princípio freia a Operação Lava-Jato, sabe-se lá até quando, pois, com certeza vão querer engalobar o público com discursos de que será necessário fazer essa investigação para depois retomar as demais na operação, e arrastar isso pra mais de século, então, qualquer autorização que o Governo ou mesmo os acionistas das empresas envolvidas no escândalo tenham obtido para desfazer de braços delas precisará ser revisto.

Isso, é claro, do ponto de vista de um leigo no assunto, mas, que sabe que como parte do povo pelo menos ainda é um dos donos da Petrobrás e do Pré-Sal. E que não está nada satisfeito com a forma obscura e golpista com que acontecem as autorizações e adesões para a venda parcelada das estatais para grupos estrangeiros.

Nessa Teoria Conspiratória, a sempre suspeita de envolvimento em sabotagens, a poderosa CIA dos Estados Unidos, fica levemente fora de suspeita, pois, se pararem a entrega do petróleo brasileiro para os supostos empreendedores nefastos que ela operaria em seu favor, o combinado entre eles ficará pela metade. E, por outro lado, se nada muda ante ao acidente, os nomes velados terão que ser destampados. E isso acontecendo, é mais do que nomes de políticos e empresários corruptos que ficarão conhecidos ao povo. Destamparão até fatos trágicos questionáveis ocorridos por nossas bandas.

De repente até os incidentes com explosões de foguetes na base maranhense de Alcântara descortinariam. Mas não sob a justificativa de os Estados Unidos quererem evitar que outros países entrem na corrida espacial, como na reportagem da Superinteressante. Afinal, no caso do VLS, em 2003, o foguete cujo lançamento se tivesse prosperado colocaria nosso país no mapa cósmico, o Brasil recebia a cooperação da Ucrânia, ex-país comunista, que poderia muito bem se unir também politicamente ao Brasil – país que na Era Lula (2002-2010) tendia ao socialismo – no sentido de mostrar ao mundo poder de realização magnânima exercido sem reverência ao capital imperialista. O Tio Sam ficaria apertado a beça! Por enquanto esqueçamos os foguetes e esperemos explicações com relação ao comentado desastre de avião da vez. Vamos seguir essa que deve ser a novela substituta!

Sobre o acidente com Teori Zavascki, fontes: El Pais e Agência Brasil.