O fim de tudo: Futebol – Pt.2

O futebol é a coisa mais importante das coisas menos importantes
(Arrigo Sacchi)

Para a maioria dos torcedores, começa-se a se prender ao futebol já na infância. Fruto de influência do pai e ou dos tios é o mais frequente. Uma vez escolhido o time a torcer por ele, é difícil largar o mesmo, bem como o interesse pelo futebol. É como uma lavagem cerebral: com falas como “não vá desapontar seu pai ou passar o vexame  de ser um vira-folha”, os influenciadores ganham o apoio do restante das torcidas e dos agentes provocadores que assessoram a instituição Futebol para garantir a manutenção do gosto pelo esporte e pelo clube para o qual torcem.

Se este for portador de muitas conquistas, expressas em títulos de campeonatos, isto é lembrado constantemente às torcidas e favorece o cativo da consciência do indivíduo preso no cativeiro do futebol.

Ao torcedor é ensinado a soberba e a ostentação. O mesmo é conduzido à ira e ao ódio. União e abnegação são condutas que só se aplicam aos correligionários.

O torcedor nunca reconhece que perde muito tempo e dinheiro com seu culto. Não vê que seu bolso ou sua barriga não enchem com a prática a que se entrega boa parte do dia, sete dias por semana.

Sua cultura é limitada, exclusiva melhor dizendo. No lar, as horas são passadas a acompanhar programas de rádio e TV que tratam de futebol, quando a mesma motivação não é satisfeita ao celular. Em trânsito, se em conversa, o tema é o mesmo. Não se consegue falar de outra coisa. A cabeça é mantida em permanente preocupação com as tabelas dos certames ou com os bastidores envolvendo o time do coração ou, pior, os seus rivais. Quando se dão por si, já é fim de ano e o que se fez de proveitoso, de engrandecimento pessoal?

Não raro, o analfabetismo ou a baixa instrução imperam no círculo de torcedores. Evasão de escola ou boicote de presença em eventos que implantam comportamentos diversificados – como ida ao teatro, museus, galerias de arte – são acontecimentos corriqueiros.

Pra não ter que se sentir menosprezado por ser escravo do futebol e por ser essa a razão de não marcar participação em escolas ou em outros segmentos culturais e para enfrentar os que irão lhe tachar pelo culto de alegria-boba, improdutiva, emburrecedora, limitadora de atitudes, ocasionadora de cabresto e empobrecedora, o torcedor proclama – atendendo mais a si próprio ou enganando a si mesmo –  que ir  ao teatro ou à galeria  de arte, por exemplos, são  coisas  de maricas ou de almofadinha, de burguês  ou de quem quer ser o que não é. E que esses cultos não possuem qualquer graça.

Os filmes de cinema ou os programas de TV que lhe interessam têm como padrão a propagação de violência e futilidade. Idem as músicas que tolera ouvir e cantar. Os hinos cantados nas arquibancadas, dotadas de profusão de ódio, apologias perigosas e banalidades suas letras, as expressam. E há quem justifica dizendo que a arquibancada é o lugar de quem tem vida sofrida extravasar.

E o sujeito recebe inconscientemente essas instruções de comportamento. Quem dita para ele as regras é a indústria do futebol, que possui várias outras indústrias em seu staff. Através dos mesmos que abrem clientelas – criam torcedores e torcidas – para as instituições que compõem essa indústria, o trabalho de cooptação é feito.

Todos nós, seres humanos, viemos ao mundo para gozarmos a existência material, plena de felicidade. E o envolvimento clássico com o futebol – da forma que a Indústria deseja que se envolva e conduz à própria – não permite que esse objetivo seja atingido. Em algum momento de qualquer partida ou durante o curso de um campeonato, fracassos do time para o qual se torce é experimentado. E vida plena de felicidade incide não se experimentar um segundo sequer de qualquer sensação adversa à de bem-estar ou à de alegria.

Essas sensações adversas são as que surgem quando uma torcida é em vão (que é o que acontece em partidas cadenciadas), quando um tropeço de time acontece, ou um jogador erra um passe, um zagueiro falha, um gol contra ocorre, um gol pró é perdido, um atleta é expulso ou amarelado, um gol é anulado, um pênalti não é convertido em gol, um árbitro erra na arbitragem, um comentário destrutivo da imprensa é ouvido. Tudo isso contra o time que se torce pra ele.

O contrário, quando tudo isso é destinado ao adversário, traz fragmentos de alegria. Porém, uma alegria carregada de energia maléfica por ser sarcástica, gozada em detrimento de outro. Desejo de tristeza do outro e sentimento de vingança estão inclusos nessa alegria. Logo, não é alegria.  É, sim, alimentação de soberba e mutilação de caráter.

Partidas cadenciadas são aquelas manobradas para atenderem a um script. As manobras visam dar uma plástica aos confrontos, que os tornam interessantes de serem vistos, tanto por quem está presente no estádio, quanto quem está de frente para a TV ou com o ouvido atento ao rádio. São mexidas no que deveria se dar naturalmente, que forjam a percepção de ser válido o tempo e o dinheiro gasto com o culto ao futebol.

Configura ser ou beira ser estelionato ou falsidade ideológica o que fazem. Mas, atende até mesmo gente do judiciário essa gestão, logo, só se lamenta não ser possível atender ao mesmo tempo todos os lados, todos os interesses. E principalmente: todos os torcedores. Tem que haver perdedores para haver ganhadores.

As manobras também possibilitam que o movimento nos sites de apostas aconteça da maneira esperada, com grande volume de lances e fechamento dos ensejos de modo a legar bastante dinheiro para as instituições que lucram com a modalidade de entretenimento adicional ao esporte predileto e opção de renda para o torcedor.

Essas entidades seriam basicamente as casas de apostas, os clubes em confronto e o arrecadador de impostos, geralmente os governos. Paralelamente ganhariam os fornecedores das casas – um deles seria a imprensa, que incentiva durante as transmissões dos jogos e todo o pré-jogo as pessoas a apostarem – e as corporações que decidem colocar num site de apostas sua publicidade, não se importando com que tipo de avaliação estará sendo feita a associação que faz de sua marca à modalidade de entretenimento e renda.

Partidas escritas por gestores de comportamento humano – o humano no caso é o torcedor – teriam os scripts executados pelas entes da imprensa, principalmente os  narradores e locutores das rádios e televisões, que ditam a leitura a ser feita de um lance ou de uma atitude de jogador; pelos  técnicos – que muitas vezes dão rumos às partidas com suas mexidas equivocadas ou instruções duvidosas, as quais o profissionalismo obriga os jogadores a segui-las tal qual é ensinado nos coletivos nos centros de treinamentos; pelos árbitros e seus apitos suspeitos; agora tem o VAR para também possibilitar gerência dos acontecimentos dentro de campo. Y otras cositas más!

O produto dessa gestão muitas vezes – senão sempre – determinaria o fechamento de um item de aposta. Se aposta em resultado de uma partida, quem vai marcar gol, se haverá ou não pênalti na partida, quantos escanteios haverá, se haverá expulsões, se acontecerá gol até certo tempo de jogo. Alguns itens de aposta podem ser apostados até certo tempo no decorrer das partidas.

Se observa facilmente a TV, por exemplo, incentivando telespectadores a correr para apostar. É suspeito de não atender esse apelo os longos minutos de acréscimos que têm sido aplicados com frequência às partidas, que inclusive favorece também à emoção esperada de se sentir nos instantes finais delas.

Tem acontecido muito gol aos finais dos dois tempos, por vezes nos acréscimos; grande número de expulsões – muitas muito estranhas, com jogadores a parecer pedir para serem expulsos – e pênaltis – muitos deles elucidados somente pelo VAR, que convenientemente veria onde ninguém vê, e a parecer ter sido proposital a conduta dos desportistas que os ocasionaram; grande número de pênaltis perdidos; muita entrega de bola para o adversário; muita zebra incompreensível nos placares temporários e finais; muitas decisões de passagem de etapa decididas por meio de cobrança de pênaltis; muita venda vultosa de pernas-de-pau vendidos como estrelas devido à convocações – provavelmente corruptas –  para seleções nacionais ou à jabá promocional praticado por agentes da imprensa; muito lobby para atletas estarem em campo mesmo sendo o pior desempenho; muita notícia que diz que determinado atleta não estará em campo devido à contusão em treino; muito cartão que provoca a saída de jogadores na partida em curso ou na seguinte do mesmo campeonato mostrado devido a atos infantis demais para se dizer que o atleta que tomou o  cartão é profissional; muito drible ou jogada mirabolante que definem astros em campo a parecer ter tido a condescendência do adversário para serem viabilizados; muito confronto em etapas de copas – principalmente em finais – que parecem terem sido solicitados, talvez por patrocinadores.

Tudo em que se aposta e tudo que facilita viabilização de resultados que sabotam apostas está presente nas partidas de maneira bastante diferente do normal delas nos tempos anteriores à chegada das casas de apostas e da necessidade de tornar emocionantes os confrontos para agradar ao público e alavancar patrocinadores. Na próxima parte será discorrido sobre isso.

O fim de tudo: Futebol – Pt.1

Outro dia em um bate-papo pelo Whatsapp, um amigo me fez perceber que o gênero de filmes Faroeste já se pode considerar extinto. É bem possível que já esteja vigorando geração de pessoas que não sabem o que é bang-bang. A partir disso, resolvi criar esta série de postagens que discorrerão sobre outros itens da cultura humana que estão à beira da extinção.

A emissora de rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, noticiou em seu site que em relação ao futebol, os jovens não estão se comportando da maneira como deveriam para que as coisas para o Esporte continuem a funcionar como funcionavam. Se prostrar em frente a um aparelho televisor e ficar duas horas a ver gente correndo atrás de uma bola e a ouvir narrador e comentaristas de futebol a falar bobagens e a fazer merchandising e moldagem de opinião não seria mais tolerável pelo público. Haveria algo de errado com o futebol que se deva temer a permanência da sua importância para as sociedades mundanas, principalmente no Ocidente e no meio capitalista?

Eu ouvia outra rádio FM de Belo Horizonte quando a qual anunciava a entrada no ar da coluna de seu comentarista esportivo. O comentarista informava comentando sobre os jogos envolvendo times de futebol de Minas Gerais que iam acontecer no dia, 17 de maio de 2023, pela Copa do Brasil, um torneio nacional.

O colunista iniciou seu comentário falando sobre o Cruzeiro. Falou que o clube enfrentaria em Porto Alegre o Grêmio do Rio Grande do Sul. Frisou, com bastante disposição, que o confronto envolvia os dois maiores conquistadores do título da Copa do Brasil, e, com mais disposição e irradiação de alegria, que o Cruzeiro era então o maior ganhador.

O América Mineiro veio a seguir. Só disse o colunista que o time jogaria em casa contra o Internacional, também de Porto Alegre. E só.

Por fim, o parecer sobre o Atlético Mineiro, também comentado com empolgação, que receberia o Corinthians de São Paulo. Para cativar o ouvinte, se atleticano, o comentarista disse ser o Atlético muito mais forte do que o Corinthians na atualidade, sugerindo que o time venceria com facilidade seu jogo, dando a entender, aos mais sensíveis, que as competições futebolísticas são resolvidas nos bastidores e certos órgãos de imprensa saberiam os resultados de cada partida e até mesmo quem será ao final da competição o ganhador da mesma.

Eu, atleticano, creio que o que vou discorrer aconteça com todo torcedor, pelo menos os da minha geração para cima, que são os que a imprensa não se preocupa em adestrar ou respeitar, por achar, talvez, que não mais fazemos parte dos torcedores que alimentam de grana e repercussão positiva o futebol, fazendo com que os interesses de todos os envolvidos com o Esporte – na verdade: com a instituição Futebol – sejam satisfeitos e renovada a alienação que mantém girando a engrenagem da instituição, que é não gostar de ver, ler ou ouvir comentário entusiasmado sobre o clube para o qual torço, o Galo, no mesmo bloco de programa de rádio ou de TV ou página de publicação impressa em papel em que o rival Cruzeiro é noticiado da mesma forma.

Pior ainda é quando é clara a demagogia que visa recrutar comprador de exemplar de jornal e revista ou audiência pra rádio ou TV. Tanto os torcedores da minha geração quanto os de qualquer outra geração querem mais é que o rival se dane, ninguém quer ouvir, ver ou ler rival sendo mimado.

A hipocrisia da imprensa esportiva e de todos para quem ela trabalha não passa batida para os que hoje estão com 45 anos de idade ou além, por isso é que estes não contribuem mais com o Futebol da forma como já contribuíram, sobrando para os jovens este papel. Os velhos, de hoje, acham que no Futebol tudo é manobrado em pró do espetáculo e consequentemente das receitas. E que sendo assim, preferem ver circo de verdade.

Essas manobras, no caso da Copa do Brasil, já começam com os confrontos, que é feito acreditar serem fruto de sorteios. Sorteios que decidem quem enfrenta quem e quem joga em casa o primeiro jogo. Em Belo Horizonte, analisando só os times desta cidade, tem se tornado frequente na fase a que pertence as partidas mencionadas pelo colunista da emissora de rádio FM, oitavas de final, participarem três clubes.

Às vezes acontece de dois deles jogarem o primeiro jogo em casa e saírem pra jogar o segundo, como nesta edição, e às vezes o contrário. Mas nunca a “sorte” faz com que os três alterem essa logística conveniente. Em BH há a possibilidade de dois clubes jogarem no mesmo horário no mesmo dia, pois, há dois estádios em condição de sediar jogos da Copa do Brasil. E como essa copa utiliza três dias da semana – terça, quarta e quinta-feira – para a realização das disputas, o terceiro clube pode jogar em dia diferente.

Se realmente são sorteios, a cúpula administradora tem muita sorte de em determinadas fases do certame caírem sempre confrontos ideais e também no que diz respeito às datas e ordem de mando de campo, que atendem as conveniências dos clubes, das federações e confederação, da imprensa, dos patrocinadores.

Outra observação curiosa é com relação aos estados: nesta edição se vê dois times mineiros enfrentando dois gaúchos. Ainda sobrevivem na edição apenas dois times do Rio Grande do Sul, se tivesse um terceiro, talvez este enfrentaria o Atlético Mineiro e aí atribuiriam a sorteio o fator. Ano passado, nesta fase os três de Minas enfrentaram três do Rio de Janeiro.

E se analisarmos os anos anteriores iremos encontrar bastante dessas configurações curiosas definidas “mediante sorteio”. Já aconteceu inclusive de haver vários clássicos locais tendo sido sorteados. Os mais observadores entendem que de sorteio nesse evento esportivo deve ser idôneo só o do lado do campo antes de iniciar as partidas.

Por que manobrariam competições? Por que não deixar que as partidas e competições sigam soltas como sugeriam ser as mesmas no passado, até os anos 1990 no meu entendimento? Embora eu tenha bastante desconfiança de não ter sido bem assim os jogos das finais do Campeonato Brasileiro de 1980 entre Atlético Mineiro e Flamengo e a Copa do Mundo de 1982, principalmente aquele Brasil 2 X 3 Itália, conhecido como a Tragédia do Sarriá.

No início, os clubes existiam apenas para oferecer as comunidades um local para elas desfrutarem de lazer e praticar esportes que requerem infraestrutura pouco ou nada democráticas. Os clubes angariavam frequentadores apenas com a infraestrutura que possuíam.

Acharam de construírem agremiações, no começo compostas pelos próprios frequentadores, e colocá-las para disputar torneios entre os clubes que representavam, e de fazer marketing com as vitórias conquistadas, os frequentadores – também chamados de associados – passaram, então, a olhar para esse marketing na hora de escolher qual clube se associar. Coisas como “tal clube é X vezes campeão do torneio X de futebol” passaram a contar mais do que ter mais piscinas, ter mais quadras de esportes diversos, ter área de convivência mais bem estruturada.

Pra agravar, surgiu o profissionalismo no Esporte. Se antes os próprios frequentadores participavam por boa vontade das equipes que os clubes que frequentavam montavam, a partir do profissionalismo, atletas contratados – que quase nunca são também associados do clube – é que participam dos certames, ganhando – cada vez mais – dinheiro para jogar.

Somado a isto vieram os gastos para existirem as competições, federações e a confederação e para que as equipes possam disputá-las. Gastos com uniformes, equipamentos de treino, locais de concentração, locomoção – hoje a maioria das vezes: passagens aéreas –, hospedagens.

E também a necessidade de espaço para sediar jogos que o clube não possuía capacidade para sediar. Daí surgiram os estádios, geralmente municipais. Com eles: pagarem, as equipes, para jogar. Embora haja como tirar da bilheteria dos estádios esse pagamento, já que apareceu a figura do torcedor que não é necessariamente frequentador ou associado do clube.

Não podemos deixar de lembrar que os cartolas das federações e confederações esportivas retiram do bolo de dinheiro que os clubes levantam seus gordos salários e que os árbitros de futebol idem. Estes, cada vez mais faturam para apitar – disseram ano passado, 2022, que a Copa Libertadores rendia a eles cinco mil dólares por apito – e que as partidas de futebol modernas exigem nos grandes estádios um quarto árbitro.

Parece que acharam que dava bom marketing ter atletas de destaque nacional ou mundial no plantel, o que acreditaram, no início, que se faria só com convocações para a seleção nacional e difusão de ganho de alto salário. Hoje, a folha salarial só dos atletas decide que o Esporte – aqui no caso o futebol – não é mais viável se o clube não tiver uma receita primorosa.

Há hoje em dia o fator premiação: o próprio público – doutrinado, é claro – não se interessa em dar a necessária atenção a um torneio se ele não tiver um cobiçado prêmio para ser dado ao vencedor. Só status de campeão não serve.

Como não é possível que simplesmente entregue à sorte as competições gerem distribuições justas de títulos, de forma que nenhuma instituição desportiva da mesma localidade deixe de ter associados por não possuir tantas conquistas de torneios nas modalidades esportivas que competem, tanto pior se houver um rival local repleto de troféus para serem pelo menos equiparados, isso porque o torcedor avulso passou a ser maior número do que o fiel associado e acha que troféus na galeria da instituição melhora sua autoestima e lhe dá sensação de supremacia perante torcedores de outros escretes, os clubes tiveram que partir para a busca de receita em outros campos.

Daí vieram as figuras dos patrocinadores, da participação da imprensa na formação de nomes de jogadores – que envolve transmissão de jogos por emissoras de rádio e de TV, notícias de bastidores sobre personagens do meio esportivo e mais o jabá promocional, muito observado nas falas dos narradores de televisão e locutores de rádio e nos escritos de colunistas de imprensa escrita, comentados com o objetivo de fazer o público memorizar nomes de times, jogadores, técnicos, dirigentes e marcas de todo tipo de produto ou de serviço.

Só que a estrutura que exige hoje a realização das competições esportivas de toda sorte não se mantém só com essas investidas. É preciso que as partidas tenham total atenção do torcedor e ou do telespectador e que estes deem feedback que faça com que os patrocinadores percebam que injetou dinheiro onde há olhos visualizando sua marca ou ouvidos ouvindo falar dela.

Para que isso aconteça, todas as partidas têm que ser emocionantes e repletas de esquetes como estrelas em campo, dribles fantásticos, defesas fantásticas de goleiros, gols mirabolantemente perdidos, disputas de pênaltis, mexidas notáveis de técnicos, expulsões esquisitas, provocações de jogadores a outros jogadores ou às torcidas, comentário maldoso ou puxação de sardinha de narradores, locutores e comentaristas esportivos. Tudo isso parecendo ser indubitavelmente acontecimentos naturais. A frequência com que se vê esses ingredientes nas partidas é que sabota essa percepção.

Introduziram, em 2013 aproximadamente, as casas de apostas para complementar a receita das entidades. Porém, não foi suficiente para arrancar a atenção do público de maneira satisfatória. As apostas vistas como possibilidade de renda mais do que de diversão poderia ser a chave para a satisfação desejada.

Print do chat de uma transmissão do campeonato capixaba em 20/05/2023: um jogador do time Serra errou um passe, o que fecundou o gol da vitória do adversário Rio Branco de Venda Nova. Alguém na conversa, crítico, lembrou as entregadas de bola em partidas do Brasileirão, que visariam sabotagens no sistema de apostas.

Por isso, muito se suspeita de serem as competições manobradas para gerir a adesão do público, satisfazer a distribuição de conquistas pelos clubes para que eles não passem por evasão de associados e, por fim, lucrar com apostas. Na segunda parte dessa dissertação sobre os rumos do futebol e do esporte em geral discorreremos sobre a presença das casas de apostas no setor esportivo.

Conhecer a si mesmo: a única forma de ser livre

Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses” (Sócrates)

Algo daquilo que a Ciência ensina que todos nós deveríamos saber a respeito é sobre o Efeito Tunelamento. Pode ser que esse conhecimento sirva de inspiração para entender a si mesmo. E entender a si mesmo é crucial para se libertar das amarras do Sistema e gozar de existência satisfatória, o que é, para muitos, o único motivo de qualquer um de nós, seres vivos, termos vindo à Terra.

O Efeito Tunelamento é algo que poderia ser explicado com o ditado “água mole e pedra dura tanto bate até que fura“. Um exemplo clássico deste efeito é o que mostra uma esfera tentando transpor uma barreira.

Fonte da imagem: Wikipédia

A energia potencial da barreira – energia de resistência ou de formação do corpo sólido – é maior do que a da esfera somada à energia cinética – energia de movimento – empregada pela mesma na tentativa de transposição. Nessas condições, a esfera bate na barreira e volta.

No entanto, para a Física Quântica, para tudo há uma probabilidade de acontecimento. Em algum momento, dada a condição específica, a esfera consegue transpor a barreira e alcançar o outro lado.

A Física Quântica diz que o observador consegue determinar sua observação. É o que seria o desejo de ver uma coisa realizada. E quando a coisa se concretiza, então, seria o desejo do observador o proporcionador das condições necessárias para que a probabilidade seja dada como realizada.

Logo, com o desejo alteramos as leis mais constantes do Universo. Não que esteja errado que essas leis sejam constantes, mas, sim, que a observação combinada com o desejo pode alterá-las, quem sabe complementá-las ou até mesmo criar leis instantâneas, de duração conforme a conveniência de terem sido criadas, e com o auxílio delas realizar milagres, uma vez que milagre é quando o impossível se torna possível. Só dá pra dizer que não seriam invioláveis essas leis, como a Física newtoniana acredita que sejam.

A realidade que percebemos é só parte do que é totalmente a realidade. À medida que aguçamos os sentidos, que criamos foco e mantemos atenção mais afiada ao que observamos, notamos (ou interpretamos) mais detalhes que estão disponíveis para serem notados.

E porque não desenvolvemos o interesse de observar mais potencialmente o horizonte ou porque não temos conhecimento de que a realidade é bem maior do que o que captamos dela, passa despercebido cenas agradáveis para nos desfrutarmos delas, como cores de matiz desconhecida, ou até mesmo oportunidades de atuação mais intensa e desejável na existência, colhendo beneficências e gozando de maior prosperidade.

Estima-se que haja em torno de 40 bilhões de bits de informações acontecendo em nossa volta e nós processamos apenas 40 milhões disso – é uma diferença gritante. É como se não estivéssemos percebendo a maioria das coisas que estão acontecendo à nossa frente.

Não precisamos processar tudo do que está ao redor, é claro, e talvez processemos o necessário, mas, não é difícil imaginar que quanto mais processarmos, mais felizes e prósperos seremos. E processar além do que se processa pode ser que seja algo que se faça espontaneamente, coisa que se escolha fazer.

Os visionários ou os gênios são classificados assim, talvez, porque fazem isso, processam a realidade mais do que o ser humano padrão processa. Quer façam espontaneamente, por dedicação, a partir do momento que tomam conhecimento sobre a verdade de se ter a opção de fazê-lo; quer façam por pura intuição ou por sua natureza de ser, condição em que se enquadram gente como os sensitivos, os médiuns, os monges, os filósofos.

Isso faz pensar que essa percepção maior é própria de quem se liberta ou abdica de viver como vive a coletividade, cujo cotidiano é cheio de afazeres fúteis e ou desnecessários, que competem, esses afazeres, com a escolha de se atentar plenamente ao tempo presente e desfrutar o máximo da realidade observada, recorrendo mais ao que observam os olhos – por assim dizer – do que a mente, abrindo mão, até, do uso da imaginação, vivendo mais a própria história.

Um acontecimento que nos envolve, necessariamente exige nossa presença como o ou um dos protagonistas. De modo que ao dizermos quem somos, devemos incluir o acontecimento. Assim pensando, chegamos ao axioma: “Eu sou o que acontece comigo“. Se estou em um momento de puro lazer, eu sou a entidade que desfruta desse momento e também sou todas as coisas que estão sendo desfrutadas. Elas só existem para que exista também o meu momento. Concluo, então, que elas existem para que eu exista.

E, por conseguinte, o sentimento, as sensações que produzo internamente em meu ser, que é o que me forma ou o que forma a minha percepção de mim mesmo em cada momento que vivo – um cara sentindo certo sentimento – e idem a percepção dos que me veem, também irá fazer parte da descrição de mim quando eu descrever para mim ou para outrem o que sou. Como disse o filósofo indiano Jiddu Krishnamurti: “Eu sou o observador e as coisas que observo“. Concorda esta máxima com o que diz a Oração de San Germano.

E isso antes de você se identificar como um alguém, um nome, uma filiação, uma ideologia, etnia ou nação. Como ensinava em seu exercício espiritual o escritor e conferencista norte-americano, falecido em 1964, Joel Goldsmith: “Você não é o seu corpo“.

Você não está no seu corpo; não está em suas mãos, suas mãos são suas; não está no seu coração, seu coração é seu; não está na sua mente, sua mente é um instrumento seu para lidar com o mundo. Você é um autômato. Um ser divino te controla. Toda a sua inteligência vem dele. Ele é que é o Ser, você é um Não-Ser. Você é o Não-Ser que com suas atitudes molda o Ser que te molda. Você é as ações dele. É ele em ação, que de outra dimensão experimenta o mundo material usando você como invólucro.

Você é um espírito que possui um corpo físico e não o contrário. Até mesmo ficar rico ou arranjar um grande emprego para que seu corpo físico possa gozar satisfatoriamente da existência, que é o motivo de seu corpo espiritual te manter vivo, é função dele. E ele sabe como fazer isso, pois, de tudo no mundo material é onisciente e tem todas as respostas. Basta, no entanto, que você se aproxime mais da sua essência espiritual. Pra isso, é necessário que você aumente a cota da realidade que você percebe, que você aumente sua vibração.

Tudo que sabemos ou tudo que usufruindo do que sabemos, geralmente para tocar nossos afazeres diários e funcionar para a sociedade e, de acordo com os dogmas auferidos, para cuidar da própria manutenção e da dos que tutelamos, além de se dar a satisfação necessária para continuar existindo, deslancham as mesmas combinações na rede neural que o cérebro controla.

As mesmas sinapses cerebrais realizamos diariamente. De modo que não aprendemos coisas novas dessa forma. Ficamos presos em um conjunto de sinapses que são o que delineiam o cotidiano que vivemos. Para fazermos coisas diferentes, precisamos realizar novas combinações de neurônios nessa rede.

Ainda não se sabe qual o limite de combinações que o cérebro é capaz de criar. No entanto, o que se descortina com o uso de drogas como o LSD ou da tecnologia de aumento da realidade (Realidade Aumentada), considerando essa perspectiva, tendo como ponto de partida o sentido da visão, poderia ser descortinado à olho nu.

O Sistema, ou seja: o controlador da sociedade, tenta o mais possível, e remotamente, é claro, manter-nos presos ao limite de combinações neurais que realizamos. É o mesmo que nos manter presos ao que aprendemos ao longo da própria história. Um limite – ou um aprendizado – que se pode pensar ter sido imposto pelo Sistema através de seus auxiliares de modelagem, que modelam seres humanos. Temos entre eles várias instituições: a Família, as escolas, as igrejas, a Mídia, as corporações, os clubes de futebol. Só para citar alguns.

Quem consegue se libertar, quem consegue sair das garras do Sistema, é que consegue atingir níveis de percepção da realidade bastante profundos. Infelizmente isto tem que acontecer primeiro e como é bastante eficiente o cerco do Sistema, é fato dizer que seja imperativo ter sorte.

Pessoas que atingem tais níveis de percepção se tornariam independentes, livres. Se antes disso experimentavam privações e controle de sua vida por terceiros, passariam a experimentar prosperidade em tudo que se predispuserem a fazer.

O Sistema consegue detectar essas pessoas e acaba entrando em contato com elas. Se não as consegue eliminar sem ter que fazer convites, as convidam para compartilhar do fatiamento do bolo do poder, integrando o topo das castas, onde estão os controladores do Sistema, geralmente grandes empresários, mas há também entre eles eclesiastas, militares, grandes profissionais liberais.

O Sistema quer que você limite seu cérebro. Que você faça todo dia as mesmas coisas, que pense sempre do mesmo jeito, que se lance sempre às mesmas atividades, tome as mesmas atitudes. É desejável para o sistema que você esteja sempre em conflito, embebido de preocupações, principalmente as financeiras, e alimentando-se de coisas negativas.

O Sistema te deu a TV para que você se mantenha na frente dela recebendo mensagens banais, desimportantes, alienantes ou constituindo negatividades, repúdios, indignações ou euforia. São essas as emoções que ajudam a limitar sua capacidade de usar seu próprio corpo para tocar sua vida.

Emoções que competem com esse cerco e te transformam em um super ser humano, livre e altamente subsistente, como o amor e o perdão, o Sistema tenta de todo jeito evitar que você valorize ou até mesmo que experimente de fato. Quantos não pensam ser amor ou perdão emoções – geralmente carência, piedade ou resignação – ensinadas por agentes do Sistema, como os líderes religiosos, como a ser uma dessas duas grandes emoções libertadoras?

O mais atual instrumento de controle social que o Sistema nos deu é o telefone celular. O Sistema quer que você fique atento à ele, abduzido, o maior tempo possível de seu dia. De preferência colocando ou lendo postagens em redes sociais da internet, outros dos aparelhos de controle que o Sistema possui à disposição.

Há um movimento circulando em pró de levar ao maior contingente possível de humanos as informações que neste texto são passadas. Os que compõem o movimento são, digamos, seres iluminados, que atingiram o nível de percepção da realidade discutido aqui, e que não se renderam às abordagens do Sistema para fazer parte da elite dominante e negar ao resto da humanidade o conhecimento que têm.

A questão é que só se consegue, de fato, passar tais informações, certificando-se de que estão pelo menos sendo recebidas, através do tet-a-tet, ou seja: contato pessoal, de boca a ouvido. Quaisquer organismo de imprensa, rede social, blogs ou sites na internet tentando passá-las sofre censura velada e o alcance de atenção não acontece.

Isso desencoraja a crença de que esse conhecimento é válido e que qualquer indivíduo a portá-lo poderia realmente controlar sua própria realidade e viver vida feliz ou realmente feliz. Mas, nadar contra a corrente é preciso. E é por isso que aqui tento fazer a minha parte junto àqueles com quem não tenho a oportunidade de me reunir pessoalmente.

Uma hora a gente se encontra e de boca a ouvido colocamos o Sistema em xeque!

O inóspito país do Bolsonaro reeleito

* Discorro na crônica opiniões próprias.

Estou aqui a imaginar como será o Brasil se porventura, é claro: burlagem das urnas, tendo o TSE, Globo, Datafolha formado uma conspiração que teria engando os eleitores do Lula esse tempo todo, o para mim farsante e despreparado Jair Bolsonaro for reeleito.

Num primeiro momento, imaginei a hipótese de nós contrários a isso permanecermos no país. Isto já sei como seria: não irá haver governo e nem qualquer benefício para o país ou para o povo, como foi nesse primeiro mandato desse para mim vigarista, devido à oposição que fizemos, a qual nos proporcionou impedir que os interesses dos grupos por trás desse para mim tirano farsante fossem por ele cumpridos, enquanto os cegos apoiadores dele achavam que era neles que o tirano e seus comparsas estavam pensando quando, através de facultadores de massas de manobra, os cooptaram.

Nós opositores, estou evitando usar o termo esquerdista, uma vez que temos plena consciência de que a oposição ao bolsonarismo não é formada só por esquerdistas, somos inteligentes, politizados, sabedores dos verdadeiros problemas do país e quando um político capenguinha está a usar seu mandato em nome de terceiros, por isso tivemos essa condição de frear esse governo vira-lata nesses quatro anos e facilmente o frearemos de novo.

Mas, o interessante mesmo é divagar na segunda hipótese: todos nós, opositores do regime político chamado bolsonarismo, sairmos do país por não querermos estar entre pessoas hipócritas que sabemos não ser saudável viver entre elas.

Vamos, de repente, em partes, para os lugares que nos mandaram esses quatro anos: um tanto pra Venezuela – para estes, de fato o Brasil virará a Venezuela –, outro tanto para Cuba, China, Rússia, Angola, Coréia do Norte. E por aí vai! De repente, até pra marte, pegando carona na nave do Elon Musk.

No Brasil, então estariam vivendo os bolsonaristas. Negros submetidos ao branco, “sem mimimi de racismo”, índios extintos, LGBTs para sempre no armário, drogados continuando a usar drogas, às escondidas ou não, mesmo sem liberação, somente artistas gospel usufruindo da Lei Rouanet. Nada de ateus ou seguidores de outras religiões; nada de cristãos não evangélicos.

Nada de direitos para empregada doméstica. O pobre tendo que se submeter ao presunçosamente rico. Recebendo dele o tanto que ele quiser pagar. Nada de famílias recebendo Bolsa Família, recebendo, sim, o substituto, Auxílio Brasil, de R$600,00.

Todos com porte de arma e licença para matar, embora tendo que matar seus iguais, pois, aqueles que teoricamente se atiraria neles vazaram. Mesmo o pessoal do agronegócio, cujo um benefício dado a ele em seu governo, Bozo disse no debate entre presidenciáveis na Globo que foi receber porte de arma, não terão em quem atirar, pois, o MST e os ambientalistas também terão vazado.

A Amazônia: toda desmatada; o nióbio, o grafeno, o ouro do Brasil e o pré-sal: nas mãos do governo brasileiro (e não dos Estados Unidos), como presumem que será com todas as riquezas hidrominerais e botânicas do país.

Sem pedagogia que proporciona o estudante pensar e causar problemas para o sistema capitalista escravizador. A escola sem partido, cristã emburrecedora à distância cheia de revisionismo nas matérias e provida pelo Cogna implantada.

Nada de estatais, todas as empresas e setores econômicos privatizados. Os Orleans de Bragança junto com as oligarquias rurais de todos os tempos mandando em todos e impondo o modelo de família a ser adotado e a moral e os bons costumes lhes convenientes.

Não esquecendo, é claro: implantado o estado-mínimo, que a maioria dos bolsonaristas ou dos eleitores do Bozo, por exigirem a abolição da pedagogia Paulo Freire do sistema de ensino do MEC, jamais soube do que se trata e nem tem capacidade intelectual para saber.

Continuará essa massa assim, sempre a seguir a boiada à espera de Jesus voltar, por lhe garantir essa volta um provável crápula ladrão e lavador de cérebro e dinheiro pastor evangélico, desses que há por aí sempre a induzir pessoas de seu rebanho a votar num facínora, o qual tudo o que menos quer na vida é que Jesus volte porque isto representa o fim de seu negócio. A corrupção será, cuspida e escarradamente, varrida para debaixo do tapete… das igrejas!

Lá onde estivermos, nós que não compomos essa massa sem capacidade intelectual mínima para perceber que é manipulada, com certeza estaremos vivendo melhor do que estaríamos se vivendo no meio da corja que irá ficar no comando da nação. Isto se pode deduzir de imediato.

O que não dá para deduzir é se de lá, observando os acontecimentos no Brasil, estaríamos felizes, nós desterrados, por constatar que os bolsominions se realizaram e vivem como o Deus deles manda, mas pelo menos livres de ter que terem suas crenças confrontadas, com a real apresentada e expostas ao ridículo.

Os egos destes, totalmente satisfeitos por terem se livrado de tudo que eles achavam que era o que os faziam estagnados na vida, na condição de simples rés de um gado, que eles continuarão a ser, o que é indubitável.

Ou se de nossas novas pátrias – ou novo planeta – estaríamos dando risadas por perceber que o rebanho que ficou estaria infeliz, tendo que manter a aparência de estar feliz por não ter a hombridade de dar o braço a torcer e admitir o tanto que estavam errados. Vivendo vida de escravo sem saber que vive assim. Alguns, corroendo-se por sentir a nossa falta.

Para mim, a segunda hipótese de constatação é que é o que eu veria de lá de onde eu estivesse. É claro que esse meu desejo, por mais que essa massa que vota em Jair Bolsonaro seja segregacionista, não se configurará.

Mas, não deixo de expor essa reflexão que fiz, uma vez que hipoteticamente, no mundo das ideias, tudo é possível porque na mente do indivíduo que é livre para opinar e para pensar, político imbecil nenhum manda. E nesse reino, o da imaginação, tudo pode ser antecipado, tamanha a lógica que se enxerga no que vai parar nele para ser analisado.

*Opinião do autor da crônica, que não tem vínculo com partido nenhum, apenas acha que nada justifica dar o comando do Brasil a Jair Bolsonaro, principalmente depois de a ele ter sido dado chance de presidi-lo e só se viu incompetência e descasos.

Quem contará nossa história?

Se coloque na pessoa de um ávido colecionador de revistas em quadrinhos. O que ele coleciona mesmo é a arte que essas revistas transportam, portanto, se esta estiver adaptada para um formato digital, o significado da coleção é o mesmo.

Um dia, você viu que a mais antiga das suas revistas se deteriorou por completo. Perda total. Mas você disse para si mesmo: “Por sorte eu a possuo em PDF”. E se sentiu aliviado.

Noutro dia, você quis reler as histórias do exemplar de papel que foi perdido e recorreu ao CD-Rom onde havia colocado o PDF do mesmo. Se viu sem condições de utilizar a mídia, pois, o leitor que havia em seu computador se estragara, não havia mais técnico que o consertasse e nem como comprar novo leitor, pois, o CD se tornara obsoleto com a chegada do pendrive e foi esquecido.

Novamente, você disse para si mesmo: “Por sorte eu coloquei uma cópia em um HD externo. Fora até o local onde o dispositivo estava guardado e o tirou do lugar para plugar no computador via porta USB. Só não era mais prático estar apto a usufruir do material que você queria acessar do que se ele estivesse em seu formato original, o de revista em papel, que era só tirar do lugar e começar a ler.

Praticado seu consumo, você fez toda a operação para tirar do computador o drive de leitura e o guardar novamente. Nisso, você notou como ele era frágil. Um dia poderia cair, empenar, arranhar a região de leitura, derreter ao fogo. E aí você terá se despedido para sempre do exemplar de revista em quadrinhos tão amado.

E nessa hora você se pôs a pensar: “Por mais cuidado que eu possa ter, chegará um tempo em que nenhum dos itens de minha coleção estará disponível para eu desfrutar”.

E isso te fez herdar uma decepção, que chegou até a lhe motivar a dar de mão desde já de tudo o que havia colecionado. Desfazer o amor, o fascínio ou a obsessão pelos artigos lhe traria conforto e lhe pareceu ser algo inteiramente racional. Sem contar que lhe devolveria a liberdade. Quem se apega a qualquer coisa teme excessivamente perdê-la. E com isso, se torna aprisionado, refém dos próprios interesses.

Porém, uma luz surgiu no fim do túnel para evitá-lo de dar o próximo passo, que seria jogar a coleção em uma fogueira. Você se lembrou de uma reportagem que leu em uma revista, lá nos anos 1980, que informava sobre uma caverna na Suiça onde estariam guardadas, com o máximo de segurança, informações de tudo o que o homem fez. Se um dia algo advier de forma a deixar a humanidade individualmente sem seus registros, era só recorrer ao acervo protegido na caverna. Pelo menos o que for coletivo estaria arquivado nela. Haveria lá, ainda que em formato digital, uma cópia do exemplar da revista amada.

Entretanto, você também se lembrou de um documentário que por acaso viu no Youtube: “O mundo sem ninguém”. Conforme o documentário, se uma tragédia ocorrer na Terra, como um hecatombe nuclear, e dizimar da face dela o ser humano, em dez mil anos não sobrará nada para contar que um dia nós, humanos, existimos. E isso fez você voltar à estaca zero.

Mas aí você teve nova inspiração. E concluiu: “Ora, sem ter alguém para ler o exemplar, ele não precisa ser eterno”. E isso o aliviou de forma definitiva.

Se um dia o próprio planeta for varrido do Universo implacavelmente, de maneira que não só banirar-se dele o ser humano e sua consciência, sua capacidade de observar e de sentir a existência, mas também todo e qualquer ser vivo, sensciente ou não, todo e qualquer corpo material, incluindo as rochas, o Universo prosseguirá com sua expansão como se jamais, em qualquer tempo, tivesse existido o planeta Terra. O que se dirá do que havia dentro dele!

Fica então a pergunta: Qual o espaço que há no Universo para as preocupações humanas? Se refletirmos à fundo sobre isso, veremos que até as entidades divinas que as religiões pregam, como Jesus Cristo por exemplo, perderá completamente o significado se não houver alguém, com o imaginário tomado pela idolatria, pelo fascínio ou pela obsessão, para pensar a seu respeito ou para querer usufruir de seus deixados.

A vida é uma oportunidade única para contemplarmos o momento presente e obter dele experiências sem se importar com a durabilidade delas. Nada é eterno como uns dizem serem algumas coisas. Tudo é modificável. E só o que existe é o momento que chamamos de presente. E nele não cabe perder tempo com qualquer preocupação. Principalmente as que aprisionam a mente.

A diferença entre educar e estudar

Primeiro momento: No Facebook uma colega postou “A forma arrogante como algumas pessoas estudadas tratam pessoas que não estudaram demonstra que estudar não garante educação” e o algoritmo da rede achou que devesse a publicação aparecer no meu mural.

Pensei que pudesse ser a Rede tentando me fazer militar contra aqueles que pregam que o país não deve destinar verba às escolas públicas, então, reagi comentando: “É só no Brasil que estudar significa educar-se. Estudar nos outros países significa o que é: adquirir conhecimento. Rs!”. Coloquei o “Rs” de risadinha para que a colega não pensasse que eu estivesse querendo pagar lição de moral.

Segundo momento: Encontrei com um amigo professor em barzinho e no ensejo procuramos colocar nossas conversas em dia. À certa altura do bate-papo, a jukebox estava em volume exagerado e o professor perguntou se eu não toparia ir para outro boteco. Decaí porque eu tinha um compromisso naquele local. Fui até a dona do bar e solicitei que diminuísse o volume. Provavelmente por conhecer minha média de gastos no ambiente comercial recreativo, a proprietária atendeu ao meu pedido.

Nosso assunto então era questões da política brasileira. Surgiu oportunidade para expormos ideias sobre implantar o Liberalismo econômico e acabar logo com a guerra de interesses que disputam bolsonaristas, esquerdas e pessoas não necessariamente politizadas que opinam sobre os factóides políticos despejados pelos diversos canais de mídia existentes nas sociedades atualmente, entre eles as redes sociais na internet, como por exemplo o Facebook.

O professor me disse que o Brasil não está preparado para viver o Estado-mínimo. E eu lembrei que no sistema mixto de economias que define o regime econômico do país é que não dava para continuar, seria melhor implantar o socialismo de vez.

Concluímos, então, que o brasileiro não está pronto para os dois regimes. E o professor pontuou que o motivo seria a falta de educação do povo e que houvesse investimento pesado em educação seria possível optar por um ou outro sistema. Foi aí que falei para ele sobre meu comentário no post da colega de Facebook.

O professor discordou do meu comentário. Achava ele que devesse sim o país investir em educação. Nisso, procedi dizendo que teríamos que compreender a palavra “educação” do modo correto. Educar um indivíduo é torná-lo adequado para o convívio em sociedade. Isso quem faz em primeira instância é a família. As crianças recebem dos pais essas instruções. O governo, a mídia e as igrejas, com mais ênfase esses três, fariam o resto.

A parte do governo não se dá exclusivamente providenciando e gabaritando escolas. Na escola se vai aprender a ler e obter o conhecimento de diversas ciências positivas que ao longo do tempo o homem acumulou. Na escola também se aprende uma profissão e se capacita a trabalhar nela. Citei a medicina. Mas, têm que chegar à escola já educado, já tendo bons modos. E dei a informação que na faculdade eu tive professores que não tinham um pingo de educação ou que fossem bem menos educado do que eu. Isso torna verdadeira a reflexão na postagem de Facebook mencionada.

O Governo investir em educação é criar campanhas educativas e usar os outros instrumentos como meio de implementar essas campanhas. Em minha infância, tempos militares no Brasil, era comum se vir dessas campanhas em todas as instituições públicas e nos mais diversos produtos de mídia – por exemplo: na campanha do Dedinho, que visava incentivar a prática de esportes e ajudou o Governo Médici a implantar a disciplina Educação Física nas escolas, utilizaram revistas em quadrinhos que eram dadas nas escolas ou vendidas nas bancas; a campanha para criar a consciência de higiene e limpeza utilizou um personagem chamado Sujismundo, que foi parar em filmes para a televisão e em cartazes que se podia ver fixado até em estabelecimentos comerciais e interior de ônibus.

Ou seja: as escolas serviam de murais e porta-vozes para fazer chegar ao público pertinente a elas a mensagem do Governo para educar a população. Porém, isso sendo mais esperado de se ver nos estabelecimentos educacionais de ensino fundamental. As universidades poderiam no máximo dar apoio para relembrar esses deveres a seu público, que está nelas para se profissionalizar em alguma profissão e já tem que estar educado para os processos sociais – como não sujar as ruas, não fazer barulho em locais de uso comum das pessoas, como se proceder no trânsito.

O professor concordou em partes com o meu apontamento quanto a investimento em educação, mas manteve sua opinião quanto ao motivo de não ser devidamente educado o povo para viver o minarquismo ou o socialismo propriamente ditos. Ele próprio citou que a solução seria pegar representantes de cada grupo social do Brasil e em um debate chegar ao melhor modo de realizar as implementações.

Nisso concordamos juntos sem resistência. E ilustrei minha adesão considerando o bar onde estávamos como a Sociedade. O interesse daquela sociedade era que todos nós, os consumidores do bar, estivéssemos satisfeitos em estar nela e jamais decidirmos ir para outra sociedade. O volume da jukebox, por exemplo, teria uma configuração que não incomodasse quaisquer dos usufruintes do local.

E o potencial de gasto de cada consumidor não seria o determinador dessa configuração, uma vez que por não se tratar de um local incondicional para se estar e ainda por existir concorrentes que provesse o mesmo lazer, quem fosse excluído da decisão, ou seja: quem não suportasse o decibel determinado, estaria livre para se retirar. E o interesse do proprietário é que ninguém se retire, quanto mais quem representasse consumo maior.

O determinador seria, sim, um debate com a participação dos proprietários, funcionários e clientes do boteco. A melhor expressão do que é democracia é o debate.

Intervenção militar pró criminalização do comunismo

Protestam nas ruas de São Paulo. Pedem intervenção militar para criminalizar o Comunismo. Como seria isto: criminalizar o comunismo?

Criminalizar é tornar um crime um ato, por exemplo. Vai ver o desejo é esse. Mas, seria o criminalizado o praticante de atos comunistas? Será que estes que pedem em faixas essa criminalização sabem que atos seriam estes? Será que eles não praticam os mesmos?

Geralmente, quem sai em protesto nas ruas é motivado por um líder, geralmente um político. E ele move as pessoas à fazê-lo a fim de defender os seus interesses. Estes, na maioria das vezes não são claros para quem compra a ideia e a segue. Pra dizer a verdade: para quem se vende à eles.

A situação de desespero que vemos na política brasileira, com presidente da república lutando para não perder o posto e recrutando incautos para garantir por ele a manutenção do mesmo, é preponderante – chegando a ser obrigatório – o uso de persuasão psicológica para angariar adesões.

Os grupos que movem pessoas a pedir a tal intervenção militar tecem, com seus próprios argumentos, para aqueles que os apoiam o que seria o Comunismo. Fazem do regime vermelho um assombro pior do que o da pandemia, que não precisa que ninguém dê-nos uma versão sobre sua ameaça.

Só para deixar os militantes pró intervenção militar para criminalização do comunismo mais espertos, se você possui desejo de igualdade (ou seja: vida em comum ou comunismo). se você gostaria de ter dentro da sociedade as mesmas condições que o seu vizinho, que o seu patrão, que o presidente da república, então, você vai ter que parar com isso, pois, isso é um ato comunista.

E fora isso tem uma série de outros hábitos que com certeza você sustenta que são oriundos da ideologia comunista. O que dizem para você os que você anda seguindo para se agarrar à luta deles não é verdade.

A parte do Comunismo que você deveria combater, a filosofia econômica, nem de longe o Brasil corre perigo de sofrer mutação. Nosso destino parece ser o colapso econômico total devido à esse emburrecimento da população, que em vez de protestar em pró do Liberalismo Econômico que Paulo Guedes iniciou a implantação, protesta para que persistam os escândalos envolvendo o presidente da república, que parecem querer frear o liberalismo.

Daqui a pouco o ministro deixa o cargo também e aí, meu, só mesmo implantando a economia do regime vermelho para nos salvar. Se seus mentores te explicasse sobre o modelo de economia planificada talvez você saberia visualizar a grande solução que estamos deixando escapar não exigindo aceleração da aprovação dos projetos do Guedes.

E procure outra forma de manifestar que não seja protesto nas ruas carregando faixas contendo palavras de ordem, pois, isto também é um ato comunista.

Pandemia de não-nascimentos

Esta postagem vem em caráter especial, mas, não deixe de prestigiar a última postada: “Como se livrar do medo da morte da moda“.

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Há os que dizem que essa pandemia seria um plano de uma conspiração mundial que teria o interesse em reduzir a população do mundo. A quantidade de gente que teria que morrer, se essa pandemia tiver mesmo o compromisso de matar já teria que estar com o número de mortos causado por ela na casa dos cem milhões de pessoas para atender a necessidade dos conspiradores. Ou do contrário não alcançaria o objetivo de atingir bilhões de humanos até 2021, como rezaria uma tal Agenda 21 e uma tal de Tábuas da Geórgia.

Adaptando a informação dada pela Wikipédia, a Agenda 21 oficial foi um dos principais resultados da Eco-92 (ou Rio-92), conferência ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. O documento gerado estabeleceu a importância de cada país participante em se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas socioambientais. No Brasil essas discussões são coordenadas pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável (CPDS) e da Agenda 21 Nacional.

Esse compromisso se constitui num poderoso instrumento de reconversão da sociedade industrial rumo a um novo paradigma, que exige a reinterpretação do conceito de progresso, contemplando maior harmonia e equilíbrio holístico entre o todo e as partes, promovendo a qualidade, não apenas a quantidade, do crescimento.

O Georgia Guidestones é um monumento em granito localizado no Condado de Elbert, Geórgia, Estados Unidos, e nele estão gravados dez frases em oito línguas modernas: inglês, espanhol, suaíli, hindi, hebreu, árabe, chinês e russo, e uma pequena mensagem, no topo, escrita em quatro antigas línguas: babilônio, sânscrito, grego e em hieróglifos egípcios, contendo as teses de Albert Pike.

Foi construída a partir de 22 de março de 1980 e se encontra finalizada. Os teóricos conspiracionistas utilizam o monumento para amparar acusações de que no mesmo estaria cravado uma mensagem sensacionalista, que seriam os dez mandamentos vindo de uma tal Nova Ordem Mundial, que teria o interesse em dizimar populações e controlar social e economicamente o planeta.

As frases encontradas nas tábuas são:

  1. Manter a humanidade abaixo de 500.000.000 em perpétuo equilíbrio com a natureza.

  2. Conduzir a reprodução sabiamente, aperfeiçoando a aptidão física e a diversidade.

  3. Unir a humanidade por meio de um novo idioma vivo.

  4. Controlar a paixão, fé, tradição e todas as coisas com razão moderada.

  5. Proteger povos e nações com leis e tribunais justos.

  6. Permitir que todas as nações regulem-se internamente, resolvendo disputas externas em um único tribunal mundial.

  7. Evitar leis insignificantes e funcionários públicos desnecessários.

  8. Equilibrar direitos pessoais com deveres sociais.

  9. Valorizar verdade, beleza, amor procurando harmonia com o infinito.

  10. Não ser um câncer sobre a terra e deixar espaço para a natureza.

Se observarmos, considerando as notícias que nos chegam, o que acontece no mundo nos aspectos econômico, comportamento social e ambiental faz muito sentido dizer que essa pandemia vem servindo aos propósitos que teriam sido estabelecidos pelo advogado e escritor maçon Albert Pike.

Os colapsos econômicos que vemos fazem aparecer notícias de sugestões de redução de salários principalmente de funcionários que foram valorizados por força midiática e não pela atividade que faz – caso dos atletas, particularmente dos jogadores de futebol do mundo todo, e dos artistas, jornalistas e apresentadores de programas de televisão (não é à toa que a TV Globo se empenha tanto na manutenção da aparência de caos na Saúde que teria essa pandemia) – ou por acesso à própria ampliação salarial – caso dos políticos e juristas. E medidas como destinar dinheiro de fundo eleitoral à instituições públicas de saúde, dar auxílio monetário ao informal e ao desempregado por 3 meses, antecipar o Bolsa Família, liberar saque do FGTS, tudo isso visa não deixar a economia em maus lençóis enquanto se ajusta a sociedade.

O presidente Bolsonaro ignorando o cenário de calamidade tecido para a pandemia estaria encenando, já que é o responsável por promover esse duro ajuste sócio-econômico no Brasil e se aparecer em público condescendendo com o lobby do caos, ao final do processo, quando se tornar perceptível – talvez – que tudo não teria passado de um grande teatro em pró de objetivos urgentes não mastigáveis pela sociedade, sua cabeça estará fora do pescoço. É melhor tudo acontecer como ele precisa e ao final as pessoas dizerem: “É, Bolsonaro estava certo e nos avisando o tempo todo, mas, fomos ouvir os inimigos dele…“.

Pequenos empreendimentos correm o risco de fecharem as portas, o que atenderia a expectativa da tal Nova Ordem Mundial de controlar todos os negócios, pois, ao final da crise as grandes corporações os absorveriam e transformariam seus ex-donos em empregados.

Isso é o que esperaria os que estariam operando por trás dessa pandemia um golpe nesse sentido. Vão estes se decepcionar, o povo vai saber defender os pequenos e médios empresários, boicotar as grandes corporações e reerguê-los. Desde, é claro, que entre em contato com as denúncias feitas por blogueiros, youtubers e escritores não subsidiados, que como eu disponibilizam reflexões que fazem pensar fora da caixa.

E é perceptível que a modalidade de teletrabalho – home-office – está por conta da pandemia sendo testada à força e caso vingue a ideia as empresas terão mais liberdade para operar mantendo seus funcionários trabalhando em casa.

No caso do teletrabalho, os salários preveriam custeamento dos gastos com a produção – incluindo alimentação, água, luz, telefone e internet –, extinguiria-se ou minimizaria-se o gasto com locomoção até a empresa, e com tudo isso uniformizariam-se, os salários, e ficariam mais em conta para os empregadores saldá-los. Junto com as políticas do Liberalismo Econômico, que correm à vista ou às escusas em velocidade alta pelas nações, os objetivos sócio-trabalhistas e econômicos da ordem estariam sendo cumpridos.

Eu sei que estamos sob ataque de gang stalking, técnica para causar esquizofrenia em massa (leia a respeito neste blog: clique!). A maior das esquizofrenias que estamos nos acometendo dela é a da assepsia. Estamos ficando maníacos por limpeza nessa de querer conter a disseminação do vírus. Higienizamos a casa de maneira absurda, se refletirmos bastante veremos que no fundo há sempre uma brecha para a probabilidade do verme chegar à gente por ter se alojado onde não pudemos ter atenção ao limpar.

Às vezes entramos em nosso quarto limpo, livre de qualquer sujeira, tendo vindo da rua e cuidado integralmente da assepsia antes de entrar novamente no lar, ligamos o computador e nos colocamos a utilizar os periféricos dele. Acabamos de usar e vamos lá passar álcool ou sabão no equipamento todo, como se o vírus tivesse a faculdade de se autocriar dentro do quarto. Se isso fosse possível, de que adiantaria qualquer prevenção de limpeza? E o mesmo vale para o uso de máscaras, o distanciamento social, evitar ambientes fechados. Em algum momento todo o cuidado será inútil, será burlado até mesmo por causa do excesso de cuidado. Não temos escapatória!

Eu estou aderindo a esquizofrenia em grupo. Mas, confesso que penso que nem o presidente Bolsonaro: tudo é um exagero. É claro que eu não estou observando os fatos da posição privilegiada que ele está. Por isso não posso me dar o luxo de ignorar a causa do pânico coletivo. Eu só posso duvidar, não posso ter certeza. Talvez o presidente possa.

Se eu morasse com um amigo, eu perguntaria para ele qual era sua crença com relação a essa articulação social. Se fosse tal qual a minha, eu não adotaria esquizofrenia alguma dentro de casa. Lá fora eu só adotaria por questão de responsabilidade social.

Mas, morando com a família é diferente. A culpa será muito grande caso se esteja errado e se tornar o vilão da casa, o provável causador da morte da mãe ou do adoecimento do irmão tão somente por ter sido relapso e não ter respeitado a crença deles. Por isso: “bora ficar esquizofrênico”. É claro que absorver paranoia dando atenção 24 horas para a imprensa mundo-cão não faz parte do pacote que assinei. É o famoso “não sou obrigado”. Chispa, TV Globo!

Mas, muito da higienização a que me submeto é própria de se fazer independente de haver pandemia de coronavírus. Faz parte das obrigações salutares que tornam uma casa não tóxica. E idem as preocupações com a saúde, com manter um consistente sistema imunológico. Chegam a ser, na minha opinião, prazerosas essas preocupações.

E olha essa situação:

O INTERESSE DE CADA UM NO CONFINAMENTO CONTRA A COVID-19

O APOSENTADO precisa que o trabalhador ativo saia do confinamento, pois, é ele quem paga sua aposentadoria.

Detalhe: ele é um dos que está na mira dos pandemizadores para morrer.

O POLÍTICO E O SERVIDOR PÚBLICO precisam que o trabalhador ativo saia do confinamento, pois, suas regalias e remunerações precisam dos impostos que são arrecadados com o trabalho deles.

Leia lá em cima o que nas Tábuas da Georgia é falado sobre funcionários públicos.

O COMERCIANTE precisa que o trabalhador saia do confinamento e vá até o seu estabelecimento praticar o consumo que lhe dá a retirada mensal. Sem trabalhar o trabalhador não tem como praticar o consumo.

Tá, esse tá sabendo se defender dos golpistas.

O PROFISSIONAL LIBERAL E O PRESTADOR DE SERVIÇO precisam que o trabalhador saia do confinamento para contratar deles os serviços que prestam.

Idem o anterior.

O POLICIAL, o BOMBEIRO e o PROFISSIONAL DE SAÚDE precisam que o trabalhador fique confinado para que a vida desses profissionais fique mais protegida e eles não tenham que trabalhar para que seja possível voltar para o seu lugar o trabalhador tão cobiçado pelos membros da sociedade que insistem que ele saia do confinamento.

São os únicos a quem realmente o confinamento ajuda. E o policial ainda vê o crime e a contravenção como o vandalismo e o uso de drogas freados.

O GOLPE CONTRA O PRESIDENTE BOLSONARO precisa que o trabalhador ativo fique confinado. Mas, só até que o golpe se efetive, tratando de sair do confinamento logo a seguir, independente de ainda haver o perigo da Covid-19.

Quero deixar claro que isso está aí por uma questão de conscientização. Eu estou na torcida para que Jair Bolsonaro renuncie logo, pois, é um atalho para essa loucura que chamam de pandemia acabar. E depois, quem está presidindo o país, na minha opinião, são os ministros, se o “homem” cair, eles continuam. E sob a batuta do general Mourão. Portanto, o golpe vai ter o que está guardado pra ele. O povo não é tão fluoretado e tão massacrado pela tecnologia 5G o quanto pensam!

A GRANDE MÍDIA quer mais é que o trabalhador se foda. Se ele se confinar ela ganha de quem a paga para estimular o confinamento; se ele sair do confinamento ela ganha de quem tem interesse em pagar por esse estímulo.

Ao fim de tudo será muito mais fácil de o indivíduo médio, principal alvo da grande mídia, ser capaz de boicotá-la ao ponto de destruí-la. Acabando com essa instituição será maior a probabilidade de jamais passarmos novamente por golpes de terrorismo psicológico dirigidos às massas.

Portanto, como trabalhador, eu optei por trabalhar em casa. Assim, ninguém me culpa de ter colaborado com a ganância dos que usam o trabalhador em proveito próprio e nem com o infortúnio de quem precisava que a preocupação com a economia e com o trabalho viesse após a garantia de que com saúde e tranquilidade para trabalhar o trabalhador pudesse continuar carregando todo mundo e o Capitalismo nas costas.

Fico pensando no que vão fazer quando a massa acordar e resolver tomar atitudes que combatem essa manipulação toda. Já aparecem alarmistas propagando táticas de gang stalking substitutas para a pandemia. Agora estão dizendo que o povo está ouvindo disperso no ar sons estranhos. Os apocalípticos falam que são as trombetas dos anjos anunciando a vinda de Jesus. Ambientalistas dizem que se trata do som das geleiras dos polos avisando que o aquecimento global trará um novo dilúvio – até mencionam essas chuvas excessivas que temos presenciado no sudeste do Brasil. E ainda tem os conspiracionistas, que não perdem a oportunidade de mencionar o HAARP. Saiba a respeito na postagem deste blog sobre eliminar populações com uso de armas climáticas.

O pessoal do canal Rural Business no Youtube é o que faz o melhor terrorismo informacional, uma vez que eles alarmam o risco de o Brasil virar um “grande fazendão” para produzir alimentos para a China e nós brasileiros nos transformarmos indesejavelmente em funcionários dos chineses. É outra teoria em que eu aposto no comportamento rebelde e na autoestima do brasileiro médio e digo que vai falhar o plano, vamos saber dar o troco, derrubar políticos e empresários que estiverem o viabilizando, nem que tenhamos que viver outra guerra civil. Outra porque isso que se passa no Brasil com relação à Covid-19 é pra mim uma guerra civil não declarada.

Discorrer mais formidavelmente sobre todos os pontos que teriam sido estabelecidos pela tal conspiração tem que ser feito em publicação ou capítulo próprio, concentremos no quesito “redução populacional” que está implícito na Agenda 21 e escancarado nas Tábuas da Georgia. Ao que parece, conforme a introdução deste texto, a pandemia não seria o instrumento que viabilizaria o intento até o ano que vem. E não esqueçamos que existem as previsões centradas no ano de 2031, que marcaria a chegada da Quarta Revolução Industrial, quando 800 milhões de empregos provavelmente serão extintos.

No entanto, a grande sacada dessa pandemia passa despercebida. A quarentena, ou: isolamento social, que atinge cerca de 141 países, propicia uma taxa de natalidade bem pequena no mundo para este ano. Ou seja, chegaremos ao ano de 2021 com o número de mortes que a pandemia conseguir alcançar, o número de mortes normal de acontecer todo ano em todo o mundo e não-concepção em índice que garante os planos dessa conspiração sem ter que recorrer à guerras militares ou mesmo causar tanta mortalidade.

Se vier a vacina para a Covid-19 ou se as pessoas vacinarem novamente contra a gripe H1N1, como no Brasil estão ajeitando de fazer, poderiam usar, como suspeitam os conspiracionistas, uma substância na vacina que traria esterilidade às pessoas. Daí colocaria-se mais fermento no cumprimento da tarefa de controle populacional.

Se o propósito com as vacinas for mesmo esse, a pandemia convencerá as pessoas a aceitarem uma alegação de vacinar-se anualmente contra a gripe, renovando o poder anticoncepcional da substância no corpo dos férteis pelo prazo de validade da mesma. Essa alegação vindo dos porta-vozes da conspiração, como a grande mídia por exemplo.

Portanto, matar pode não ser o negócio para quem está fora do grupo de risco. Os deste grupo a conspiração estaria interessada em ceifar mesmo suas vidas. Principalmente os maiores de 60 anos que se encontram aposentados e dependendo do Sistema. Haja vista a propagação de que as previdências de todos os países estão quebradas e ameaçando a hegemonia do Capitalismo.

Confinar-se ou não, se é você quem escolhe é uma decisão segura

A.A.Vítor – Autor do livro “Os meninos da Rua Albatroz”, cujo capítulo “Planejadores do futuro sombrio” previu o momento atual. Sobre saúde e espiritualidade leia: “A magia que enriqueceu Tony”. Sobre empreendedorismo, relação interpessoal e sexo leia: “Contos de Verão: A casa da fantasia” e “Todo o mundo quer me amar”.

Nessas horas é que é bom ser cubano ou norte-coreano

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A postagem deste blog “Morreremos de fome se não quisermos morrer de câncer” está sendo muito discutida aqui no blog e em outros canais onde ela foi divulgada. E, permita-me ser presunçoso, parece que o alcance chegou às autoridades atacadas na postagem. O programa “A voz do Brasil”, na edição de 10/01/2019, informou que a “Anvisa quer eliminar gordura trans até 2023“.

Ou seja, ainda que falte posicionamento do órgão quanto aos produtos que sofrem acusações de fazerem mal à saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária confirma que substâncias usadas nesses produtos são aprovadas por ela sem que um estudo criterioso sobre seus efeitos seja feito antes da aprovação. Pressupõe-se que o negócio é fazer dinheiro com a comercialização pra que haja arrecadação e entre outros favorecidos os empregados da Anvisa vejam seu bolso cheio.

Vídeo da postagem no canal do Youtube

Os comentários na postagem conduziram a discussão à teorias conspiracionistas que são discutidas no livro “Os meninos da Rua Albatroz“. Da agenda da Nova Ordem Mundial ao controle mental via sistema religioso judaico-cristão, a suposta conspiração a existir no mundo e controlar a realidade de toda a humanidade foi atacada pelos comentaristas.

Mas, uma dessas teorias chamou mais a atenção e me moveu a tecer este texto. Trata-se da que prega a necessidade de reduzir a população mundial para um índice que tornaria sustentável a vida no planeta Terra. Esta teoria é fartamente discorrida no livro “Os meninos da Rua Albatroz” e já foi também aqui no blog, mas, o que se segue é uma espécie de complementação das divagações feitas.

Calcula-se que o número de pessoas a serem eliminadas do planeta seja 7,5 bilhões. Gente pra caramba, não é mesmo? E o que ficaria para desfrutar dos deleites da Terra seriam 500 milhões.

Para quem se orienta pela Bíblia para entender a História, informações como arrebatamento de pessoas, tribos de Israel a serem erguidas das cinzas, advento de uma terra prometida para assentar judeus são corriqueiras.

A Biblia fala de 144 mil selados, mas, mais do que nunca se sabe que este livro é um código secreto de comunicação que uma classe de judeus utiliza desde que o Cristianismo foi fundado por Paulo de Tarso e propagado por Constantino Magno.

Por exemplo, o número 666 se trataria do nome do imperador Nero Cesar de acordo com a numerologia cabalística dos rabinos, a gematria. Leia sobre isso no site da BBC. Fazer com que os gentios doutrinados pelo Cristianismo – vulgo cristãos – pensem que se trata de uma referência a alguma besta do mal por vir foi só um meio que os judeus encontraram de cifrar mais ainda sua comunicação.

E ainda alcançaram, na Atualidade, poder através de temor por conta disso! Quando na verdade quem temiam eram eles: o imperador os perseguiam e qualquer conspiração contra ele tinha que ser cuidadosamente planejada. E não dava pra ser falando às claras o nome da vítima, o local e a razão das incursões.

Alguns estudiosos da Bíblia sem compromisso com o sistema religioso judáico-cristão dizem que 144 mil seria o número de missionários que surgiriam para conduzir a multidão ao caminho de Deus. Portanto, dá pra considerar que a população mundial reduzida a dois terços – que também representa o número 666: 2/3=0,666 – seja a quantidade de filhos de Deus que irão herdar a Terra.

Ou seja: 500 milhões de judeus, se levarmos em conta os estudos de Robert Lomas e Cristopher Knight publicados no livro “A chave de Hiran“, que deixam claro que o Salvador da Bíblia tinha a missão de salvar de seus inimigos seu povo – judeu – e não toda a humanidade, receberiam escrituras de posse do planeta com tudo o que há nele.

Porém, eliminar 7,5 bilhões de pessoas não é tarefa fácil. A melhor estratégia seria mediante uma guerra, cujos exércitos usariam de armas nucleares em seus ataques. Os boatos sobre uso dessas armas e iminência da Terceira Guerra Mundial estão aí ocupando a mente das pessoas e as distraindo dos assuntos principais.

Só que em se dando a destruição massiva de vidas humanas dessa forma deixaria o planeta numa situação que nem mesmo os 500 milhões privilegiados escapariam da morte. Isso em curto prazo.

A não ser, é claro, se envolvermos nessa história outras teorias de conspiração. Por exemplo, há a que diz que o povo privilegiado fugiria para Marte e por lá ficaria até que a Terra deixasse a inospitalidade. É uma versão futurista do Dilúvio, a lenda suméria que os hebreus se apropriaram dela e foi parar na Bíblia cristã como se fosse uma história hebráica, batizando Gigalmesh com o nome de Noé. Veja informações a respeito: clique!

Os salvos partiriam para Marte em naves espaciais individuais. Tal qual sugeriram em 1938 os criadores do Super-Homem, os judeus Jerry Siegel e Joe Schuster, ilustrando a fuga do bebê Karl-El – “El” é “deus” em hebráico – do cientista Jor-El e sua esposa Kara, que o enviaram em direção à Terra a fim de salvá-lo da destruição de seu planeta natal Krypton. As naves seriam os misteriosos caixões da FEMA. Bem, expedição à Marte está sendo fartamente falado nos meios de comunicação!

Entretanto, se a solução for conforme essa divagação, os salvos teriam que aguardar um enorme tempo pra deixar a privação em Marte e voltar para desfrutar dos prazeres da grande Gaia. Destruir a massa por meio de guerra entre nações não é econômica e ideologicamente viável. É melhor obter soluções mais viáveis.

Uma delas seria a dizimação silenciosa de humanos e outros animais, que alias já vem acontecendo há anos. Essa ameaça de Terceira Guerra Mundial é só pra distrair o povo, junto com o Paulianismo (ou Cristianismo, que conforme o livro “A chave de Hiran” é a religião inventada por Paulo de Tarso sob encomenda dos romanos) enquanto os elimina na forma de vacinação; alimentação suavemente venenosa; ingestão de transgênicos e de agrotóxicos; desastres ambientais provocados fora de qualquer suspeita (de repente até o terremoto no Haiti em 2010, a tsunami na Ásia em 2004 e o rompimento da barragem de Brumadinho em 2019 entram aqui); virus sexualmente transmissíveis produzidos em laboratório; administração de doenças, sobretudo as neurodegenerativas; massificação do uso de drogas e de tatuagens; corrupção do sexo e da sexualidade e uso de contraceptivos e agentes infertilizantes para evitar nascimentos. E outras estratégias que estão em curso. Confrontos só em guerras civis como as que acontecem na Criméia e na Ucrânia e tentam fazer acontecer na Venezuela.

Para obter êxito nesse tipo de ação é necessário ludibriar o público. O indivíduo médio em toda humanidade é fácil de pegar pelas calças, pois, ele se põe suscetível ao consumismo de produtos e serviços e ao estilo de vida propagado como a ser moderno e o ideal para o sujeito que vive os dias de hoje. Um cara que não larga o celular, não sai da internet, só come enlatados e ensacados, se enche de drogas, de tattoos e de outras manias preparadas em institutos de psicologia social sob demanda de governos e dos poderosos da Elite Global para lhe baixar a guarda, corromper a razão e conduzí-lo à matar e morrer por conta própria. Esses casos de franco-atiradores, massacres em escolas, creches e cinemas que vemos a televisão noticiar são efeitos dessa estratégia.

Já as sociedades que se fecham para o imperialismo, como a cubana e a norte-coreana, não se pode atingir com sucesso usando desses artifícios, pois, elas recusam a modernidade, as futilidades da modernidade, o consumismo, o modismo, os hábitos propagados pelo American Way of Life. Ou seja: recusam o que tem a oferecer o Capitalismo. Se fecham e ameaçam até a destruir o mundo com armas nucleares se insistirem em mudar-lhes o modo de vida sadio e protegido da má intenção dos que se proclamam donos do mundo e o Ocidente aceita essa proclamação.

É por isso que a propaganda dos globalistas, interessados em baixar a guarda e invadir o território cubano e norte-coreano para eliminar suas culturas e tornar aptas suas populações a morrer como os demais, coloca na cabeça do público debaixo de suas asas ideias deturpadas sobre o Comunismo e o Socialismo e buscam adesão para combaterem as nações que praticariam esses tipos de regime político. Ou as que se mantêm capitalistas, mas, não querem virar capachos dos Estados Unidos, como o Irã e a Venezuela. Te jogam contra esses países e te usam como massa de manobra pra conseguir o objetivo deles de entre outras coisas reduzir a população mundial.

Nunca deixe de ler o livro “Os meninos da Rua Albatroz“, no qual essas ideias são destrinchadas na forma de conto, a mais didática que a literatura consegue promover para fazer entender conteúdos difíceis de serem assimilados pelo método normal de assimilação.

 

Quanto mais supremacia, mais decadência

capitallxcomum

No Comunismo, o bem público permanece público. A propriedade privada sofre estatização e passa a pertencer ao público (povo).

No Neoliberalismo, o bem público se torna privado. E a propriedade privada continua a ser privada.

No Comunismo há participação plena do povo como proprietário dos bens e das riquezas nacionais. Ninguém explora ninguém.

Os que contestam isso não fazem outra coisa que não tentar impedir que essa verdade seja percebida e encoraje a destruição de suas mordomias pela busca dessa situação de igualdade.

No Neoliberalismo, os grupos hegemônicos compartilham os bens privados. E o restante da população é explorado por estes.

Não é preciso ser um gênio em economia para decidir qual sistema é melhor. Mas, é preciso ter conhecimento e coragem para tomar a decisão de lutar por ele.

Continue fazendo isso da forma que dá: apoiando o neoliberalismo. Pois, quanto mais rico se fica, mais pobres se faz.

Chegará-se a um ponto em que os pobres não conseguirão mais sustentar a riqueza dos ricos. Ou perderão o interesse por isso. E sem essa sustentação, os ricos empobrecerão.

Veja o exemplo tirado do futebol. O futebol é super maqueado. Clubes são feitos vencedores, enquanto outros são feitos perdedores. As rivalidades entre os clubes também são fabricadas e artificialmente suportadas.

Os clubes e as federações fazem negócios entre si, que incluem controle de resultados de partidas e destino de títulos. Sem importar se o torcedor espera ver em campo a verdade que acredita nela: que presencia um esporte, uma disputa. E não o cumprimento de um trato, de uma negociação.

Funcionando dentro dessa dualidade de clubes prósperos e clubes semi-fracassados ou sem brilho algum, mas, com contingente de torcedor que interessa ao mercado de consumo do segmento esportivo, o mimimi que alimenta a imprensa existe. E é isto que atrai anunciantes e, portanto, receita não só para os veículos de comunicação.

Um exemplo que dá razão para essa realidade teria se dado esta semana na Copa do Brasil 2019.

Temos o time do Cruzeiro de Belo Horizonte exposto na mídia como a estar em brava crise financeira por causa de dívida oriunda de corrupção. Em sorteio suspeito colocaram um embate do clube contra o rival local no torneio. Isto, se bem administrado conseguiria gerar uma boa soma de dinheiro com as atenções alcançadas.

Na fase em que ocorreu o embate, Quartas de Final da competição, o vencedor passando dela abocanharia onze milhões de reais. Teriam administrado, então, uma derrota do Atlético, inesperada até mesmo pelo próprio torcedor cruzeirense, no Mineirão no jogo de ida. E uma vitória, no Independência, estádio do Atlético, faltando um golzinho pra mandar para o número da disputa de pênaltis a sorte da partida, que se recorressem a ele seria manjado por já ter sido bastante usado em outras jogadas envolvendo os dois escretes.

E pra garantir que o Cruzeiro ganhe mais dinheiro com doações da confraria – que toda ela tem interesse em que o clube não seja abalado pela crise que o assola, pois, é bom instrumento de arrecadação para todos – teriam tirado do torneio os virtuais campeões, Flamengo e Palmeiras. Os quais, se enfrentassem a equipe mineira com o compromisso de cederem a ele a vitória, qualquer um suspeitaria de maracutaia devido à superioridade atual da equipe carioca e da paulista ante a mineira.

É mais fácil o flamenguista pensar que perder para o Atlético Paranaense na casa dele e em uma disputa de pênaltis é compreensível e o palmeirense achar que foi injustiçado perante o Internacional de Porto Alegre. Os quatro: participantes também da confraria, que mais parece uma companhia de teatro.

Com isso, o Cruzeiro provavelmente abocanhará os 70 milhões de reais prometidos ao campeão do certame. O que amenizará sua crise, que não parece ser de hoje que o meio a conhece. Talvez, esses últimos títulos que o clube de Minas Gerais contemplou faça parte dessa campanha de socorro financeiro ao próprio. Não cair para a Segunda Divisão do Brasileirão idem.

Salvo, é claro, se este texto alastrar-se. Aí, mudarão alguma coisa. De maneira, é claro, que só especialista percebe a alteração. Coisa que desencorajaria a crença no que prega o autor dele. Que por incrível que pareça, antes mesmo de publicar qualquer coisa, encontrou no meio simplório onde se encontram os mais iludidos torcedores gente com tal desconfiança.

Saída essa que ocasionaria o campeão não sair, de bom grado, do campeonato com o prêmio, só com o título. Futebol é capitalismo e no capitalismo tudo é produção, ficção, montagem para dar consumo e etc.

Mas, à medida em que uma agremiação do pólo vencedor se distancia cada vez mais em conquistas do seu rival, o público que cultua este o deserta. Perde seu interesse por ele ou muda sua preferência de atenção e vai torcer para o outro.

Mesmo havendo o marketing psicológico, injetado pela cúpula que conduz o modo de pensar desse nicho social, que marginaliza ou abomina o chamado vira-folha.

Esse distanciamento faz com que as presenças no estádio e as audiências dos veículos de comunicação sofram baixas; crianças que torceriam para o clube fracassado deixariam de existir por falta de incentivo dos pais, que imaginariam formarem fracassados ou sofredores ao legar ao filho sua preferência de torcida.

E com isso se estabelece o futuro com risco de extinção ou de empobrecimento total da instituição desportiva que massacra sua torcida em suas negociações. Ou, caso esteja fora de cogitação essa hipótese: com seus vacilos e maus resultados.

Por falta de rival local devido à sua supremacia, o time que sobrará aos poucos verá também sua decadência. Futebol precisa de rivalidade. O que é cultuado dentro desse segmento cultural é isso. Basta ouvir o que sai da boca dos torcedores à cada vez que o time que torcem pra ele supera o rival.

Um torcedor se vendo só levando a pior para o rival, principalmente quando é mais do que óbvio que uma forra é evidente, como seria o Atlético Mineiro vencer o duelo ilustrado, e ainda vendo o adversário se encher de títulos de campeonatos enquanto o clube do coração posa de azarado como se fosse esta a real explicação, tende a se libertar, se desaprisionar da lavagem cerebral que é o interesse doentio pelo futebol, que é uma coisa insignificante.

Torcedor não ganha nada de fato. Nem enche seu bolso e nem sua barriga. Nem com a tristeza, quanto mais com a alegria que isso possa trazer. Após a euforia dada pela conquista de um título vem a vida que segue. Vem a necessidade de matar um leão por dia. Vem o correr atrás para saldar as contas do mês. E sozinho. Sem a ajuda de qualquer delegação esportiva ou da imprensa.

Vem a real de se ser solitário, mal-sucedido social e financeiramente, mal alfabetizado e privado das verdadeiras boas coisas da vida. Coisas que não acontecem com quem faz parte da cúpula que administra o futebol.

Essas instituições, pelo contrário, insistindo na batalha pela escravização da mente do indivíduo, que o faz perder dinheiro em nome dos interesses delas, que é um deles a manutenção do comportamento fútil, agressivo e abobado, porém lucrativo, que o futebol cria em quem o leva a fundo, fazem é atrapalhar os compromissos de quem se submete a elas.

Voltando à política, que afeta substancialmente a vida de todas as pessoas, por isso não é insignificante como o futebol, com um quadro de decadência devido à saturação de fartura se confirmando, dá-se a reação da burguesia, que jamais gostaria de viver como um pobre ou mesmo em igualdade social, ainda que gozando de bonança todos nessa igualação.

E a saída para os burgueses seria devolver direitos e aceitar compartilhar a riqueza também com os que estão fora dos grupos hegemônicos.