E se o dinheiro fosse o trabalho?

Imagine só: Você arruma um trabalho e ganha um cartão. Com este cartão você pode comprar, dentro de regras, tudo o que você precisa e muito do que você quer. Enquanto você estiver empregado, o Sistema pagará tudo o que você consumir com o seu cartão. Você só terá que se manter empregado.

Se perder o trabalho, se deixar de trabalhar, terá um prazo para voltar à ativa. Se não voltar dentro do prazo, cairá na condição de mendicância. A mendicância nesse sistema equivale ao sujeito que é sustentado pelo Estado: recebe assistência médica ambulatória, remédios de farmácia popular, auxílio do tipo Bolsa Família para comprar comida, ter água encanada em casa e também energia elétrica, transporte gratuito em ônibus e metrô, escola até o Ensino Médio.

Desempregados só contarão com o necessário. Nada de lazer consumista, como ida à bares ou à shows; nada de passeios e viagens.

A gratuidade desse pacote dura indeterminadamente, porém, o Sistema procurará recolocação para você. E quando encontrar, você não poderá recusar a oferta de trabalho.

Não haverá exercício de profissões ou salário. Você poderá se capacitar para atuar em uma profissão, adentrar nela no mercado de trabalho e até se manter nela o mais possível. Mas, caso perder o emprego e voltar a se empregar no mesmo ramo estiver difícil, qualquer coisa que aparecer ou que o Sistema arrumar para fazer será bem-vindo. O próprio cidadão desejará isso, pois, ficar desempregado será perder qualidade de vida.

Quanto ao salário, todos ganharão a mesma quantia: um cartão de compra. O Sistema estipulará o que – na verdade, como – cada qual poderá comprar com ele.

Você quer uma casa, escolhe uma, dentro dos critérios do Sistema, passa o cartão e compra. O sistema pagará ao vendedor a prestação, enquanto você estiver trabalhando. Quando der a quantidade de prestação paga para a casa ser sua, assim será.

Se você ficar desempregado pelo tempo limite e entrar na mendicância, se a casa ainda não estiver paga você a perde. Ela volta para o vendedor. Neste sistema, a propriedade privada não acaba. Se vier a se empregar novamente tendo passado pela mendicância, se a casa ainda estiver disponível ou de volta à venda, você poderá solicitá-la e voltar a pagá-la. Do ponto que parou.

Uma vez a casa sendo sua, você poderá comprar outra com o seu cartão – ou trabalho. E como proprietário de uma casa, virar vendedor de imóvel para o Sistema. O suor derramado é que será o fator de riqueza. Riqueza que não passará de pai para filho, todos terão que trabalhar para ter o que precisarem além do básico e o que quiserem.

Um carro, por exemplo, se você tiver a condição para comprar um – ser habilitado a dirigir seria uma condição -, você poderá comprar mesmo estando pagando uma casa. O que você não conseguiria é comprar outro carro estando pagando um. Outro smartphone estando pagando um. Outro aparelho televisor estando pagando um. E por aí vai!

E todas essas compras você pagará mensalmente junto com os itens da sua dispensa, a conta de água, luz, telefone, internet; os eventos que você quiser participar ou idas à bares, restaurantes, boates, passeios e viagens. Tudo isto será acumulado no seu cartão e pago pelo Sistema, bastando você estar trabalhando. É claro: dentro de critérios é que se dará seu consumo.

De um modo geral, não haveria distinção de classe social, não haveria separação em ricos e pobres, negros e brancos, cristãos e muçulmanos, crentes e ateus, alfabetizados e não alfabetizados. Todos seriam: trabalhadores.

Isto é comunismo? Afinal, todos iguais, justiça social sendo feita. Isto é comunismo?

Pode ser. Mas, tem este diferencial: a propriedade privada não acaba. E nem o dinheiro. Há lugar para a soberba, a avareza, a ganância, a opulência, a ambição e até para a futilidade. Tudo que o capitalista preza não é negado à ele. O sujeito que com o seu trabalho pagou uma casa, por exemplo, ou um carro, e compra outro desses itens para oferecer à venda no mercado – vulgo: ao Sistema – é provido de dinheiro. Idem os donos de negócios. Como exemplo: os donos de bares ou restaurantes.

Com o dinheiro ele poderá comprar outro carro enquanto paga um com seu trabalho. E abastado de dinheiro, pararia de atuar como trabalhador, se quisesse, sem entrar na mendicância. É, inclusive, o que acontecerá com os aposentados, embora estes também receberão um cartão – o de aposentadoria – em vez de dinheiro vivo.

Você gostaria de viver em uma sociedade assim? Não? É, mas pode ir se acostumando com essa ideia, pois, no mundo todo é o que vem por aí. Caso estiverem certos ou mesmo garantidos por fontes seguras os futuristas empolgados que gostam de espalhar esse tipo de utopia.

Conhecer a si mesmo: a única forma de ser livre

Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses” (Sócrates)

Algo daquilo que a Ciência ensina que todos nós deveríamos saber a respeito é sobre o Efeito Tunelamento. Pode ser que esse conhecimento sirva de inspiração para entender a si mesmo. E entender a si mesmo é crucial para se libertar das amarras do Sistema e gozar de existência satisfatória, o que é, para muitos, o único motivo de qualquer um de nós, seres vivos, termos vindo à Terra.

O Efeito Tunelamento é algo que poderia ser explicado com o ditado “água mole e pedra dura tanto bate até que fura“. Um exemplo clássico deste efeito é o que mostra uma esfera tentando transpor uma barreira.

Fonte da imagem: Wikipédia

A energia potencial da barreira – energia de resistência ou de formação do corpo sólido – é maior do que a da esfera somada à energia cinética – energia de movimento – empregada pela mesma na tentativa de transposição. Nessas condições, a esfera bate na barreira e volta.

No entanto, para a Física Quântica, para tudo há uma probabilidade de acontecimento. Em algum momento, dada a condição específica, a esfera consegue transpor a barreira e alcançar o outro lado.

A Física Quântica diz que o observador consegue determinar sua observação. É o que seria o desejo de ver uma coisa realizada. E quando a coisa se concretiza, então, seria o desejo do observador o proporcionador das condições necessárias para que a probabilidade seja dada como realizada.

Logo, com o desejo alteramos as leis mais constantes do Universo. Não que esteja errado que essas leis sejam constantes, mas, sim, que a observação combinada com o desejo pode alterá-las, quem sabe complementá-las ou até mesmo criar leis instantâneas, de duração conforme a conveniência de terem sido criadas, e com o auxílio delas realizar milagres, uma vez que milagre é quando o impossível se torna possível. Só dá pra dizer que não seriam invioláveis essas leis, como a Física newtoniana acredita que sejam.

A realidade que percebemos é só parte do que é totalmente a realidade. À medida que aguçamos os sentidos, que criamos foco e mantemos atenção mais afiada ao que observamos, notamos (ou interpretamos) mais detalhes que estão disponíveis para serem notados.

E porque não desenvolvemos o interesse de observar mais potencialmente o horizonte ou porque não temos conhecimento de que a realidade é bem maior do que o que captamos dela, passa despercebido cenas agradáveis para nos desfrutarmos delas, como cores de matiz desconhecida, ou até mesmo oportunidades de atuação mais intensa e desejável na existência, colhendo beneficências e gozando de maior prosperidade.

Estima-se que haja em torno de 40 bilhões de bits de informações acontecendo em nossa volta e nós processamos apenas 40 milhões disso – é uma diferença gritante. É como se não estivéssemos percebendo a maioria das coisas que estão acontecendo à nossa frente.

Não precisamos processar tudo do que está ao redor, é claro, e talvez processemos o necessário, mas, não é difícil imaginar que quanto mais processarmos, mais felizes e prósperos seremos. E processar além do que se processa pode ser que seja algo que se faça espontaneamente, coisa que se escolha fazer.

Os visionários ou os gênios são classificados assim, talvez, porque fazem isso, processam a realidade mais do que o ser humano padrão processa. Quer façam espontaneamente, por dedicação, a partir do momento que tomam conhecimento sobre a verdade de se ter a opção de fazê-lo; quer façam por pura intuição ou por sua natureza de ser, condição em que se enquadram gente como os sensitivos, os médiuns, os monges, os filósofos.

Isso faz pensar que essa percepção maior é própria de quem se liberta ou abdica de viver como vive a coletividade, cujo cotidiano é cheio de afazeres fúteis e ou desnecessários, que competem, esses afazeres, com a escolha de se atentar plenamente ao tempo presente e desfrutar o máximo da realidade observada, recorrendo mais ao que observam os olhos – por assim dizer – do que a mente, abrindo mão, até, do uso da imaginação, vivendo mais a própria história.

Um acontecimento que nos envolve, necessariamente exige nossa presença como o ou um dos protagonistas. De modo que ao dizermos quem somos, devemos incluir o acontecimento. Assim pensando, chegamos ao axioma: “Eu sou o que acontece comigo“. Se estou em um momento de puro lazer, eu sou a entidade que desfruta desse momento e também sou todas as coisas que estão sendo desfrutadas. Elas só existem para que exista também o meu momento. Concluo, então, que elas existem para que eu exista.

E, por conseguinte, o sentimento, as sensações que produzo internamente em meu ser, que é o que me forma ou o que forma a minha percepção de mim mesmo em cada momento que vivo – um cara sentindo certo sentimento – e idem a percepção dos que me veem, também irá fazer parte da descrição de mim quando eu descrever para mim ou para outrem o que sou. Como disse o filósofo indiano Jiddu Krishnamurti: “Eu sou o observador e as coisas que observo“. Concorda esta máxima com o que diz a Oração de San Germano.

E isso antes de você se identificar como um alguém, um nome, uma filiação, uma ideologia, etnia ou nação. Como ensinava em seu exercício espiritual o escritor e conferencista norte-americano, falecido em 1964, Joel Goldsmith: “Você não é o seu corpo“.

Você não está no seu corpo; não está em suas mãos, suas mãos são suas; não está no seu coração, seu coração é seu; não está na sua mente, sua mente é um instrumento seu para lidar com o mundo. Você é um autômato. Um ser divino te controla. Toda a sua inteligência vem dele. Ele é que é o Ser, você é um Não-Ser. Você é o Não-Ser que com suas atitudes molda o Ser que te molda. Você é as ações dele. É ele em ação, que de outra dimensão experimenta o mundo material usando você como invólucro.

Você é um espírito que possui um corpo físico e não o contrário. Até mesmo ficar rico ou arranjar um grande emprego para que seu corpo físico possa gozar satisfatoriamente da existência, que é o motivo de seu corpo espiritual te manter vivo, é função dele. E ele sabe como fazer isso, pois, de tudo no mundo material é onisciente e tem todas as respostas. Basta, no entanto, que você se aproxime mais da sua essência espiritual. Pra isso, é necessário que você aumente a cota da realidade que você percebe, que você aumente sua vibração.

Tudo que sabemos ou tudo que usufruindo do que sabemos, geralmente para tocar nossos afazeres diários e funcionar para a sociedade e, de acordo com os dogmas auferidos, para cuidar da própria manutenção e da dos que tutelamos, além de se dar a satisfação necessária para continuar existindo, deslancham as mesmas combinações na rede neural que o cérebro controla.

As mesmas sinapses cerebrais realizamos diariamente. De modo que não aprendemos coisas novas dessa forma. Ficamos presos em um conjunto de sinapses que são o que delineiam o cotidiano que vivemos. Para fazermos coisas diferentes, precisamos realizar novas combinações de neurônios nessa rede.

Ainda não se sabe qual o limite de combinações que o cérebro é capaz de criar. No entanto, o que se descortina com o uso de drogas como o LSD ou da tecnologia de aumento da realidade (Realidade Aumentada), considerando essa perspectiva, tendo como ponto de partida o sentido da visão, poderia ser descortinado à olho nu.

O Sistema, ou seja: o controlador da sociedade, tenta o mais possível, e remotamente, é claro, manter-nos presos ao limite de combinações neurais que realizamos. É o mesmo que nos manter presos ao que aprendemos ao longo da própria história. Um limite – ou um aprendizado – que se pode pensar ter sido imposto pelo Sistema através de seus auxiliares de modelagem, que modelam seres humanos. Temos entre eles várias instituições: a Família, as escolas, as igrejas, a Mídia, as corporações, os clubes de futebol. Só para citar alguns.

Quem consegue se libertar, quem consegue sair das garras do Sistema, é que consegue atingir níveis de percepção da realidade bastante profundos. Infelizmente isto tem que acontecer primeiro e como é bastante eficiente o cerco do Sistema, é fato dizer que seja imperativo ter sorte.

Pessoas que atingem tais níveis de percepção se tornariam independentes, livres. Se antes disso experimentavam privações e controle de sua vida por terceiros, passariam a experimentar prosperidade em tudo que se predispuserem a fazer.

O Sistema consegue detectar essas pessoas e acaba entrando em contato com elas. Se não as consegue eliminar sem ter que fazer convites, as convidam para compartilhar do fatiamento do bolo do poder, integrando o topo das castas, onde estão os controladores do Sistema, geralmente grandes empresários, mas há também entre eles eclesiastas, militares, grandes profissionais liberais.

O Sistema quer que você limite seu cérebro. Que você faça todo dia as mesmas coisas, que pense sempre do mesmo jeito, que se lance sempre às mesmas atividades, tome as mesmas atitudes. É desejável para o sistema que você esteja sempre em conflito, embebido de preocupações, principalmente as financeiras, e alimentando-se de coisas negativas.

O Sistema te deu a TV para que você se mantenha na frente dela recebendo mensagens banais, desimportantes, alienantes ou constituindo negatividades, repúdios, indignações ou euforia. São essas as emoções que ajudam a limitar sua capacidade de usar seu próprio corpo para tocar sua vida.

Emoções que competem com esse cerco e te transformam em um super ser humano, livre e altamente subsistente, como o amor e o perdão, o Sistema tenta de todo jeito evitar que você valorize ou até mesmo que experimente de fato. Quantos não pensam ser amor ou perdão emoções – geralmente carência, piedade ou resignação – ensinadas por agentes do Sistema, como os líderes religiosos, como a ser uma dessas duas grandes emoções libertadoras?

O mais atual instrumento de controle social que o Sistema nos deu é o telefone celular. O Sistema quer que você fique atento à ele, abduzido, o maior tempo possível de seu dia. De preferência colocando ou lendo postagens em redes sociais da internet, outros dos aparelhos de controle que o Sistema possui à disposição.

Há um movimento circulando em pró de levar ao maior contingente possível de humanos as informações que neste texto são passadas. Os que compõem o movimento são, digamos, seres iluminados, que atingiram o nível de percepção da realidade discutido aqui, e que não se renderam às abordagens do Sistema para fazer parte da elite dominante e negar ao resto da humanidade o conhecimento que têm.

A questão é que só se consegue, de fato, passar tais informações, certificando-se de que estão pelo menos sendo recebidas, através do tet-a-tet, ou seja: contato pessoal, de boca a ouvido. Quaisquer organismo de imprensa, rede social, blogs ou sites na internet tentando passá-las sofre censura velada e o alcance de atenção não acontece.

Isso desencoraja a crença de que esse conhecimento é válido e que qualquer indivíduo a portá-lo poderia realmente controlar sua própria realidade e viver vida feliz ou realmente feliz. Mas, nadar contra a corrente é preciso. E é por isso que aqui tento fazer a minha parte junto àqueles com quem não tenho a oportunidade de me reunir pessoalmente.

Uma hora a gente se encontra e de boca a ouvido colocamos o Sistema em xeque!